Você está na página 1de 56

i

******************************************************
Calisto Cornélio

O Contributo da Gaiola como Recurso Didáctico na Aprendizagem de Paralelepípedo


Rectangular nas aulas de Geometria caso 7ª classe.

Universidade Rovuma

Cabo Delgado

2023
ii

Calisto Cornélio

O Contributo da Gaiola como Recurso Didáctico na Aprendizagem de Paralelepípedo


Rectangular nas aulas de Geometria caso 7ª classe.

Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Física.

Monografia a ser submetida no Departamento de


Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática,
para obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de
Matemática com Habilitações em Física.

Supervisor: MEd, António Carlito Assane


iii

Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2023

Índic

e
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................11
1. 1. Contextualização...............................................................................................................11
1.2. Questões de Pesquisa.........................................................................................................12
1.3. Objectivo Geral e Específicos............................................................................................12
1.4. Justificativa........................................................................................................................12

CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................14


2.1. Conceitos Gerais................................................................................................................14
2.2. Saberes Culturais................................................................................................................15
2.4. Desvantagens de não uso de recurso didáctico..................................................................16
2.5. Vantagem do uso de Recurso Didáctico............................................................................16
2.6. Objecto Gaiola...................................................................................................................17
2.7. A Geometria.......................................................................................................................18
2.8. Configurações Geométricas...............................................................................................19
2.9. Recurso...............................................................................................................................19
2.10. Paralelepípedo..................................................................................................................20
2.11. Paralelepípedo Rectângular..............................................................................................20
2.12. Aprendizagem..................................................................................................................21

CAPITULO III: Metodologia.................................................................................................23


3.1. Quanto à Abordagem.........................................................................................................23
3.2. Quanto aos Objectivos.......................................................................................................23
3.3. Quanto à Natureza..............................................................................................................23
3.4. Local de Investigação........................................................................................................24
3.5. Participantes da pesquisa....................................................................................................24
3.5.1. Amostra...........................................................................................................................24
3.6. Instrumentos de colecta de dados e validação....................................................................25
3.7. Validação dos instrumentos de colecta de dados...............................................................26
iv

3.8. Características e analise dos dados....................................................................................27


3.9. Procedimentos de produção de dados................................................................................27
3.10. Procedimentos e Análise de dados...................................................................................28

CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................30


4.1. Analise e interpretação de dados dos testes.......................................................................30
4.1.1. Pré-testes.........................................................................................................................30
4.1.1.1. Teste de amostras emparelhadas de pré-teste..............................................................30
4.1.2. Pós-teste..........................................................................................................................32
4.1.2.1. Teste para amostras emparelhadas de pós-teste...........................................................32
4.3. Análise das entrevistas aos professores..............................................................................34
4.3.1. Ensino do conteudo da geometria em particular paralelepipedo rectagular na 7ª classe 34
4.3.2. As dificuldades ao ensinar o conteúdo de paralelepipedo rectangular na 7ª classe........35
4.3.3. Superação das dificuldades na parte dos professor.........................................................35
4.3.4. Impacto pedagógico na construção de uma gaiola para aprendizagem..........................35
4.3.1.5. Dominio dos alunos sobre as configurações e conceitos existentes no paralelepipedo
...................................................................................................................................................36

CAPITULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES.................................................................37


5. 1. Limitações.........................................................................................................................37
5. 2. Sugestões...........................................................................................................................38
Referências Bibliográficas........................................................................................................39
ANEXOS.........................................................................................................................XLIVIII
APÊNDICES.......................................................................................................................XLIX
v

Lista de tabelas

Tabela 01: Testes de Normalidade………………………….……..……….…..………...…..30


Tabela 02: Estatísticas de amostras emparelhadas……………;………………..…….……..31
Tabela 03: Teste de amostras emparelhadas…….……………………………...…..……......31
Tabela 04: Testes de Normalidade……………………………….………………….….…....32
Tabela 05: Estatísticas de amostras emparelhadas pós-teste……..…………………...…......33
Tabela: 06: Teste de amostras emparelhadas………………………………...…….….…......33
Tabela 07: Notas do grupo experimental…………………………...……………...….…......34
vi

Lista de Síglas e Abreviaturas

DP: Desvio Padrão


ESG: Escola Secundária Geral
H: Hipótese
M: Média
P: Professor
P1: Professor 1
P2: Professor 2
P3: Professor 3
PEA: Processo de Ensino e Aprendizagem
PoTAnGC: Pós-Teste do Aluno n do Grupo de Control

PoTAnGE: Pós-Teste do Aluno n do Grupo Experimental

PrTAnGC: Pré-Teste do Aluno n do Grupo de Control

PrTAnGE: Pré-Teste do Aluno n do Grupo Experimental

TPC: Trabalho Para Casa.


vii

Declaração de honra

Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que esta Monografia não foi apresentada em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Montepuez, _____de ______ de 2023

O Declarante
___________________________
(Calisto Cornélio)
viii

Dedicatória
Dedico aos meus familiares, docentes, comunidade acadêmica, colegas e amigos presentes e
ausentes que nos apoiaram em nossa caminhada. E sem deixar de lado a todos os corajosos
que entram no mundo da matemática, enfrentam derrotas, vencem obstáculos e saem
vitoriosos.
ix

Agradecimentos
Agradeço sobretudo a Deus, pois sem dúvida é ele quem nos conduz e fortalece todos os dias
para que possamos enfrentar nossas dificuldades e atingir nossos objectivos; portanto, foi por
sua vontade que chego até aqui para concretizar este trabalho.

Ao meu supervisor, Mestre António Carlito Assane por toda a sua disponibilidade, paciência,
orientação, atenção e amizade.

A minha querida mãe Justina Pius Kalalidya, por tudo que fez para que eu pudesse ter uma
vida melhor através da educação e principalmente por terem me ensinado que o melhor
caminho para a felicidade é o da humildade. Obrigado por cada dia de sacrifício por mim,
algo que com muita vontade almejo recompensá-los.

A minha filha, Dánia Calisto Juakali, pela coragem e força que tiveu de esperar todo tempo
que estava a estudar.

A minha irmã Eugenia Cornélio Juakali , e irmãos Tadeu Cornélio Juakali, Vicente Cornélio
Juakali e Geraldo Cornélio Juakali que sempre apoiaram e ainda apoiam-me. Obrigado por
tudo o que me ensinaram, pelo apoio nos momentos mais importantes da minha vida e
principalmente pela amizade que sempre me proporcionaram. Aqui também incluo meus
sobrinhos/as Todiana Rafael, Aissa Gabriel, Clemência Pius, Abu Gabriel, Edivania Tadeu e
Mirela Matias.

Por fim, agradeço a todos aqueles que contribuíram directa e indirectamente em minha
formação acadêmica, a todos os amigos de classe e docentes do curso, aos eternos meu pai
Cornélio Juakali e minha irmã Julia Cornélio Juakali que nos deixaram muitas saudades.

Agradeço a todos de coração!


x

Resumo
O trabalho teve como objectivo perceber o contributo que a Gaiola tem no estudo de configurações
geométricas nas aulas de geometria. Trabalhou-se com três (3) professores de matemática da Escola
Primária do 1° e 2° Grau de Niuhula e 72 alunos da 7ª classe. Para esses professores, foi aplicada a
entrevista semi-estruturada e para alunos o pré-teste e pós-teste como instrumentos de produção de
dados. A pesquisa seguiu uma abordagem do cunho quali-quantitativo e usou-se a técnica de análise
de conteúdo para a entrevista e pacote estatistico SPSS para pré-teste e pós-teste. Os resultados obtidos
mostram que três professores afirmaram que a gaiola como um recurso manipulável, trás um impacto
positivo na construção de itens geométricos, pois os professores clarificam que as configurações da
gaiola permite a boa aprendizagem em geometria na sala de aula. Aos alunos constatou-se a
diminuição das notas do grupo de controle, no (pre-teste e pós-teste) por não ter a explição dessa
materia de paralelepipedo rectangular usando a Gaiola como recurso Didáctico. E por fim sugere-se à
direcção da escola comprar Materiais Didácticos artificiais ou mesmo tradicionais para o uso na escola
nas aulas de Matemática; aos professores usem materiais didácticos adequadamente na sala de aulas e
proporcione o tempo para que os seus alunos tenham oportunidade de manuseá-la e aos alunos
conhecer os objectos que o professor trás na sala de aula em suas línguas maternas para possibilitar o
professor os objectos com a segunda língua.
Palavras-chave: Contributo, Geometria, uso da Gaiola, Recurso Didáctico, Paralelepípedo
rectangular.
Abstract

The work treats on the contribution of the use of the Cage as Didactics Resource in Parallelepiped
Rectangular Learning in the classes of Geometry "case 7th class. As objective, tried to notice the
contribution that the Cage has in the study of geometric configurations in the geometry classes. One
worked with three (3) teachers of mathematics of the Elementary school of the 1° and 2° Degree of
Niuhula and 72 students of the 7th class. For those teachers, the semi-structured interview was applied
and for students the per-test and powder-test as instruments of production of data. The research
followed an approach of the quail-quantitative stamp and the technique of content analysis was used
for the interview and statistical package SPSS for pre-test and powder-test. The obtained results show
that three teachers affirmed that the cage as a resource manipulate, back a positive impact in the
construction of geometric items, because the teachers clarify that the configurations of the cage allow
the good learning in geometry in the classroom. To the students the decrease of the notes of the control
group was verified after the intervention or the existence of sessions in the room of classes with the
experimental group. It is finally suggests her to the direction of the school to buy Materials Didactics
artificial or even traditional for the use in the school in the classes of Mathematics; to the teachers they
use materials didactics appropriately in the room of classes and provide the time so that their students
have opportunity to handle her and to the students to know the objects that the teacher behind in the
classroom in their maternal languages to make possible the teacher the objects with the second
language.

Keywords: Contribute, Geometry, use of Cage, Didactic Resource, Rectangular Parallelepiped.


11

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. 1. Contextualização
Esta monografia aborda sobre contributo da Gaiola como Recurso Didáctico na aprendizagem
de paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria caso 7ª classe. Uma parte inestimável
da população de Montepuez usa Gaiolas como instrumentos de captura ou armadilha de
pássaros. Tais Gaiolas resultam principalmente da experiência artística da própria sociedade
de Montepuez. A Gaiola não é usada só como armadilha de pássaros, portanto, percebe-se que
na sociedade de Montepuez uma parte não conhece a Gaiola como meio didáctico que
transmite o conhecimento matemático que deve ser explorada e deve ser aproveitada na
aprendizagem nas aulas de Matemática na 7ª classe, para assimilar conhecimento matemático
na matéria que aborda sobre paralelepípedo rectangular nas aulas de geometria.

A maior parte dos alunos que estudam 7ª classe conhecem a Gaiola e fazem Gaiola só para
usar como armadilha, não como meio de obtenção de conhecimento matemático e os
professores também não aproveita este objecto para servir de auxílio na aprendizagem para
fazer perceber melhor os alunos a aula que trata sobre paralelepípedo rectangular nas aulas de
Geometria.

Assim, o trabalho trouxe alguns conhecimentos que estão encontrados na Gaiola e propôs a
Gaiola para que seja utilizada no estudo das geometrias, uma vez assimilação adequada de
qualquer conteúdo passa pelo meio do uso de materiais didácticos, portanto, o uso da Gaiola
como meio didáctico na aula de paralelepípedo rectangular no estudo de geometria edifica
conhecimentos.

O trabalho, faz uma abordagem do conhecimento etnomatemático existente nos objectos,


tendo como pressuposto a Gaiola o objecto para o uso nas aulas de paralelepípedo rectangular
na 7ª classe.

Com essas constatações, levanta-se a seguinte questão: Qual é o contributo da Gaiola como
recurso didáctico na aprendizagem da Geometria em particular paralelepípedo rectangular
na transmissão de conhecimentos matemáticos?
12

1.2. Questões de Pesquisa


A pesquisa teve como questões de pesquisa: (i) Que modelo Geometrico são patente na
Gaiola, (ii) Que impacto a Gaiola traz na contrução de itens geometricos, (iii) Que relação de
construção existentem entre a Gaiola e os seus conceitos.

1.3. Objectivo Geral e Específicos


A pesquisa teve como objectivo geral perceber o contributo que a Gaiola tem no estudo de
configurações geométricas nas aulas de Geometria e objectivos especifocos: (i) Reconhecer as
configurações geométricas existentes na Gaiola; (ii) Descrever o impacto na construção de
conhecimentos geométricos; (iii) Relacionar os modelos existentes na Gaiola com os
conceitos de Geometria Plana e Espacial.

1.4. Justificativa
A razão da escolha deste tema, é pelo facto de, no meu percurso académico na Universidade
Rovuma, Extensão de Cabo Delgado, o pesquisador teve a oportunidade de estudar uma
cadeira intitulada Matemática na História e Etnomatemática, onde abordou-se aspectos
inerentes a Etnomatemática que tem extrema importância com actividades culturais do
quotidiano realizado na sociedade ao construir objectos, em que neles existem conceitos
matemáticos.

No momento do estudo, o pesquisador verificou que na sociedade de Montepuez, o objecto


Gaiola tem configurações semelhantes as de paralelepípedo rectangular a ser usadas como
armadilha de pássaros e não como meio didáctico na aprendizagem. Nesta vertente, alguns
que têm fabricado o tal artefacto são alunos da 7ª classe.

O tema interfere no conhecimento actual sobre o problema, visto que, diversos instrumentos
usados pelos alunos são etnomatimáticos em referência as Gaiolas, quando aproveitada-as há
a evolução frequente do conhecimento matemático principalmente nas aulas da 7ª classe que
versa sobre paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria.

A pesquisa trás reflexões no processo de ensino de Matemática, a cerca das necessidades


educativas principalmente da Geometria que oferece a busca dos objectos culturais (um
desses objectos é a Gaiola) como sendo ferramentas de auxílio alternativo na aprendizagem,
na transmissão de conhecimento.
13

A pertinência desta pesquisa reside na solidificação da Educação matemática bem como a


edificação de relações existentes entre Alunos e Professores perante o processo de Ensino e
Aprendizagem da Geometria tendo em conta a cultura.

A implicação prática da Gaiola como meio didáctico na aprendizagem além de armadilha de


pássaros, tras conhecimento profundo que cria concentração e motivação dos Alunos durante
a transmissão do conteúdo em relação as iniciativas desenvolvidas pelos Professores na sala
de aulas para percepção de paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria, e, cria um
gosto e vontade da Matemática que é dita como uma das disciplinas mais difíceis de todas as
ciências. E em relação a ciência, a pesquisa proporciona aos estudantes de diferentes níveis
de escolaridade mais uma ferramenta científica a ser explorada no domínio de saber. Como
estudante, espera que adquira o conhecimento pleno na área de investigação científica. E
espera-se que possa ajudar na busca de possíveis soluções para mudar essa realidade e desta
forma contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino geral e consequentemente se alcance
uma aprendizagem mais significativa por parte dos Alunos que estão ainda no Ensino
Secundário.
14

CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA


Nesta unidade são apresentada as diversas discussões literárias, que debruçam sobre o tema
em proposta. Partindo com as conceptualizações básicas. Tudo isto, objectiva dar maior
compreensibilidade no estudo pretendido. D’Ambrósio (1990); Knijnik (2001); Brito (2004);
Pollack (1992); Souza (2007); Leite (2001); Matos (2014); Gatti (2008); Ossofo (2006);
Uaila (2005); Lima (1991); Passos (2000) e Virtuz (1994); Monteiro e Junior, (2001); Piletti
(2010); Nhêze at al (2011); Libâneo (1985); Langa (2007); Batista & Maria (2013); Hilgard e
Campos (1987); Fernández (2001), Dogleg e Bhren (1991).
2.1. Conceitos Gerais
D’Ambrósio (1990) Etnomatemática:
É a arte ou a técnica de explicar, de conhecer, de entender como nos diversos
contextos culturais investigações que adotam essa linha de pesquisa procuram
identificar as técnicas ou mesmo habilidades práticas utilizadas por distintos grupos
culturais em busca de conhecer, de entender o mundo que nos cerca e utilizar em
busca do benefício individual ou do grupo. (p.320).

O termo Etnomatemática está relacionado a conhecimentos presentes nas práticas quotidianas


de diferentes grupos sociais. Esse conhecimento não é isolado, pois se integra ao quotidiano,
possuindo um aspecto abrangente. Na maioria das vezes, seu uso está aliado a soluções de
problemas, que é pensada dentro de um conjunto de valores, crenças e saberes que lhe dão
significado, não havendo, assim, na resolução desses problemas, uma preocupação disciplinar.
(Monteiro e Junior, 2001, p. 46).

Knijnik (2001) a Etnomatemática:


Refere a investigação das tradições, práticas que desenvolvem habilidades tais como
decodificação de conhecimentos e concepções matemáticas de um grupo social
subordinado (quanto ao volume e composição social, cultural e económico) e o
trabalho pedagógico de que o grupo: interprete e decodifique seu conhecimento;
Adquira o conhecimento produzido pela matemática académica, estabeleça
comparações entre o seu conhecimento académico, analisando as relações de poder
envolvido no uso destes dois saberes. (p. 88).

Na base as ideias dos autores acima, Etnomatemática é a Matemática usada por um grupo
cultural definido na solução de problemas e actividades do dia-a-dia; expressão de traços em
cultura que busca identificar seus próprios problemas e soluções culturais, identificando assim
suas actividades matemáticas que expressa traços de uma dada cultura.
15

2.2. Saberes Culturais


A Matemática adquire validade e significado no interior de um grupo, dentro de diferentes
práticas artesanais, isto quer dizer que, as actividades diárias feitas pelos alunos fora e dentro
da sala de aulas, ajudam a complementaridade valida da matemática (D`ambrosio (2007,p. 8).
Na perspectiva do Brito (2004) “as manifestações culturais caracterizam, identificam e
representam a cultura de um povo ou nação, cada um com a sua determinada particularidades
e princípios pela liberdade plena de opinião e pensamento”. (p.1).
A cultura se manifesta no contexto de saberes e fazeres, também na comunicação e nos
valores das pessoas. Em todos os tempos e em todas as culturas o conhecimento é gerado pela
necessidade de uma proposta a problemas e situações distintas subordinado a um contexto
natural, social e cultural. (D`ambrosio, 2001).
De acordo com Pollack (1992) os saberes culturais:
São concebidos como acúmulo de conhecimento produzido por várias gerações;
conhecimentos construídos com sentido de pertencimento, marcado pelas formas de
viver e compreender o mundo, suas representações e valores. Matemática está inserida
de alguma forma em todas as criações da humanidade e que toda tecnologia ou mesmo
objecto, por mais simples que possa parecer, tem em sua raiz uma vivência cultural e
uma abordagem de solução de algum problema da realidade. (p.10).

Com base as ideias dos autores acima, percebe-se que em cada cultura ou realidade cultural,
existem as diversas manifestações culturais observáveis como hábitos e costumes, cujos
mesmos devem ser respeitados e relacionados em diferentes áreas de saberes.
2.3. Recursos Didácticos
Souza (2007) “recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino-
aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos”. (p.111).
Souza (2007) sobre Recursos didácticos ainda postula que:
“O professor deve ter formação e competência para utilizar os Recursos didácticos que
estão a seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus
alunos, pois, ao manipular esses objectos a criança tem a possibilidade de assimilar
melhor o conteúdo” . (p.111).
Os recursos didácticos são todas as ferramentas que auxiliam no processo de ensino
aprendizagem, tendo como principal função a de facilitar a compreensão acerca do assunto
abordado pelo professor. Actualmente existe uma grande variedade de recursos didácticos que
podem ser utilizados no ensino, que vão desde os recursos mais simples aos mais elaborados e
tecnológicos, bastando apenas que o educador saiba reconhecer e adequar, os recursos a
realidade de seus alunos. (Castoldi e Polinarski, 2009).
16

2.4. Desvantagens de não uso de recurso didáctico


Libâneo (2000) de um lado “os recursos didácticos podem criar desvantagens no PEA quando
não forem usados adequadamente. Isto, podemos afirmar que o cumprimento integral dos
conteúdos tratados na sala de aula depende dos materiais didácticos adequados. Se os
professores não usaram adequadamente os materiais didácticos não se registará o rendimento
positivo desejado no PEA.” (p. 94).
A Gaiola pode ser um recurso didáctico não adequado para a abordagem de paralelepípedos
rectângulo se os alunos não forem familiarizados. O uso de matérias didácticos na sala de aula
e imperioso e deve ser conhecida pela maioria dos alunos. As características desse objecto que
se levara a sala de aula devem ser ditas em línguas maternas dos alunos para permitir a
compreensão do novo conteúdo.
Referenciando o não uso do material didáctico na sala de aula resulta:
 Insegurança por parte do professor na transmissão de conteúdos;
 Falta de estado de ânimo na recepção e compreensão da matéria;
 Desmotivação por parte do aluno;
 Falta de poupança do tempo na mediação dos conteúdos;
 Aprendizagem não significativa.
2.5. Vantagem do uso de Recurso Didáctico
Leite (2001) “O Recurso Didáctico ajuda o aluno tanto o professor na racionalização do
tempo, racionalização do espaço e organização do PEA” (p.41). Assim, a gaiola poderá ajudar
o professor e o aluno na transmissão e percepção do PEA dos conteúdos da Matemática,
respectivamente.
O professor sempre nas aulas de matemática, em particular de geometria deve explorar o
material didáctico para ajudar os seus alunos a tomar atenção. Explorar todas características
físicas do objecto relacionando o conteúdo em abordagem. Mostrar os seus alunos de modo
que eles possam ver bem.
A utilização dos Recursos didácticos produz maiores rendimentos, sucessos em todas faixas
etárias dos alunos bem como todos anos da escolaridade.
Fronza-Martins (2009) ‟Os recursos didácticos devem ser usados de forma cuidadosa na sala
de aula. Para o professor o uso de material didáctico funciona como facilitador na
aprendizagem. O material didáctico desenvolve competência nos alunos” (p.128). Com base
as ideias dos autores acima que abordam a cerca de recurso didáctico confirmam-se que os
alunos motivam-se mais e demonstram um maior interesse quando neles é despertada
17

avontade de querer aprender. Essa vontade é resultado directo da motivação que o professor
estimula nos alunos e está intimamente associada á utilização de recursos didáctico-
pedagógicos.
2.6. Objecto Gaiola
A Gaiola é um instrumento ou objecto tipicamente tradicional, caixa gradeada que serve de
prisão a animais, particularmente a aves feita por objectivo de domesticar aves em alguns
locais, e em certas regiões a gaiola é um objecto feito principalmente para servir de armadilha
de aves principalmente os pássaros, portanto, a forma diferencia independentemente em cada
região, visto que, devem atender a certos requisitos para atender às necessidades dos animais
de estimação. (Gatti, 2008).
Matos (2014) palavra Gaiola:
Significa ao figurino recinto fechado, de forma variável, produzido em arame,
madeira, verga, junco ou caniço, que se destina a alojamento de aves particularmente
destinada a aprisionar pássaros, tendo em conta da variedade de tamanhos todas as
gaiolas são formas (quadradas e rectangulares). As gaiolas mais recomendadas são
quadradas ou rectangulares, pois qualquer outra forma pode dificultar efectuar com
eficácia os procedimentos adequados de armadilhar os pássaros ou de domesticar as
aves e os respectivos ovos das aves e a percepção espacial. Além disso, geralmente é
uma boa ideia priorizar a altura, pois isso também as incentiva a voar. Por outro lado,
considere revisar as necessidades de seu animal de estimação para seleccionar a gaiola
mais adequada. (p.34).
Ossofo (2006) “na sua dissertação, recomenda a possibilidade do uso das configurações
geométricas de alguns artefactos culturais na sala de aulas, uns dos artefactos considerados
destacam-se os seguintes: artefactos de esculturas; latoaria artesanal; cestaria; olearia entre
outros”. (p.16).
Uaila (2005) ‟enfatiza valorização das tecnologias locais para aprendizagem da Matemática,
visto que, um ensino que privilegia as actividades e experiencias dos alunos e ainda o
professor faz algumas referências de exemplos e usa materiais locais dá-se mais significado e
desperta a consciência dos alunos sobre a sua aprendizagem, sobretudo quando se insere no
contexto cultural”. (p.21).
Dennis, J. (2014) ‟A Gaiola é um objecto móvel, geralmente de arame para servir de clausura
a aves e outros pequenos animais quer dizer “cadeia de aves” (p.1558). Na nossa comunidade,
a Gaiola é um objecto feito por qualquer homem em particular a geração juvenil, muito mais
meninos de uma comunidade, dentro ou fora da cidade. Eles fazem muito mais no tempo seco
para criar passarinhos alimentado com os cereais, farelo e água.
18

Leite (2001) “Materiais Manipuláveis não sejam apenas um passatempo ou que caracterize
actividade vazia, faz-se necessário a elaboração de um projecto, procurando fazer um estudo
de arte didáctico e propor actividades que atendam as necessidades dos alunos e que estes
explorem suas potencialidades”. (p.23).
A gaiola é um material manipulável, e, nisto sendo usado pelos professores com recurso
didáctico na leccionação de aulas na disciplina de Matemática, goza das propriedades de
material didáctico no PEA. (Dennis, 7266).
Apoiando-se aos autores acima que descrevem Gaiola para os pássaros finalizam a enfatizar
que são objectos que não devem ser restringidos para uma determinada finalidade da
comunidade mas deve ser uma ferramenta que sirva de diversos fins resistente no uso para
manter os animais em cativeiro, especialmente pássaros e armadilhas.
2.7. A Geometria
Lima (1991) a palavra “geometria” tem origem grega e sua tradução literal é: “medir a terra é
o estudo das formas dos objectos presentes na natureza, das posições ocupadas por esses
objectos, das relações e das propriedades relativas a essas formas. Ela é construída sobre
objectos primitivos: ponto, recta, plano, espaço, entre outros. Esses objectos não possuem
definição, mas possuem características que possibilitam sua identificação. A geometria
também é responsável por propriedades das figuras geométricas.
Dionísi (2004), “a Geometria é a área da Matemática que se dedica a questões relacionadas
com forma, tamanho, posição relativa entre figuras ou propriedades do espaço, dividindo-se
em várias subáreas, dependendo dos métodos utilizados para estudar os seus problemas”
(p.18).
Virtuz (1994) “a geometria é o ramo da matemática que estuda e determina as formas,
dimensões e propriedades de figuras e corpos geométricos. Assim, analisa suas
características e medidas como perímetro, área e volume, objecto de estudo da geometria são
os poliedros, aquelas figuras tridimensionais formadas por diferentes faces que são, por sua
vez, polígonos”. (p.20).

Nesta vertente, o vocábulo geometria corresponde a união dos termos “geo” (terra) e
“metron” (medir), ou seja, a “medida de terra”é o estudo das formas dos objectos. A
Geometria é a parte mais antiga da Matemática e fundamentou todo o conhecimento básico,
desde a Arquitectura até a Astronomia.
19

2.8. Configurações Geométricas


Passos (2000) e Virtuz (1994) entendem uma configuração geométrica ou figura fundamental
como sendo um desenho que apresenta as seguintes características: ilustra um conceito ou
uma propriedade importante; possui fortes condicionantes de equilíbrio e trata-se de um
desenho que aparece frequentemente num certo contexto científico. No sentido desta
definição uma configuração geométrica é, portanto, uma noção bem ampla abrangendo
inclusive outros domínios científicos além das fronteiras da Matemática.

Já que Pais e Freitas (1999), as configurações geométricas são desenhos que têm um status
diferenciado no ensino e na aprendizagem da geometria. Este tipo particular de desenho
contribui para formação de boas imagens mentais e assim possibilita um conhecimento muito
mais operacional, seja na formação de conceitos ou na resolução de problemas. Para estes
dois autores, as configurações permitem uma manipulação de informações geométricas de
uma forma muito mais rápida e eficiente. Através da resolução de problemas o aluno pode
desenvolver suas próprias configurações para que estas sirvam como um recurso experimental
à construção dos conceitos. Por outro lado, professores e autores de livros didácticos devem
valorizar o processo de representação plana dos conceitos geométricos com tais figuras.

Para que um desenho possa ser considerado uma configuração geométrica é necessário que
ele seja frequentemente utilizado no ensino e na aprendizagem da geometria quer seja por
professores, autores de livros ou por alunos. Na análise de livros didácticos, verificando a
existência destas configurações pode-se observar que, normalmente, em torno de três quartos
dos desenhos ilustrando determinado conceito obedecem certas características de equilíbrio.
(Pavanelo, 1983).

2.9. Recurso
Segundo Piletti (2010) “um recurso é um meio de qualquer natureza que permite alcançar
aquilo a que nos propomos.” (p. 32).

Recurso é aquele meio utilizado para cumprir um fim que, portanto, são elementos que
contribuem com algum tipo de benefício capazes de gerar a satisfação das
necessidades, ou por outra, Recursos são os diferentes meios ou auxílio que é usado
para atingir um fim ou satisfazer uma necessidade, tudo aquilo que é produtivo, ou
seja, tudo que produz algo novo e valioso para as pessoas. (Mechisse, 2011).
20

Apoiando-se nas ideias dos autores, entende recursos como instrumentos de auxílios para
alcance de um determinado objectivo definido na satisfação das necessidades, portanto, os tais
recursos traduzem nova realidade de forma hábil sem constrangimentos.

2.10. Paralelepípedo
Nhêze at al (2011) “define paralelepípedo sendo um sólido geométrico cujas suas faces são
paralelogramos. Por tanto, paralelepípedo é um sólido geométrico limitado por seis
paralelogramos, sendo os paralelogramos opostos iguais”. (p. 247).

Define paralelepípedo como um instrumento sólido geométrico característico com


faces paralelas, normalmente são as figuras tridimensionais ou figuras geométricas
estudas pela geometria espacial, é formado pelos seguintes elementos, (polígono de
quatro lados). Possui 6 faces. As faces são os lados formados pela união das arestas;
Vértices: Possui 8 vértices. Os vértices são pontos onde as arestas se encontram;
Arestas: Possui 12 arestas. As arestas são segmentos de rectas ligadas nos vértices que
formam as faces. (Juliano, 2008, p.34).
2.11. Paralelepípedo Rectângular
Um paralelepípedo rectângulo é um poliedro, sabe-se que um poliedro é um sólido
geométrico limitado por faces planas, então, o paralelepípedo rectângulo é um sólido
geométrico limitado por faces planas. Um paralelepípedo é um prisma cujas faces são
paralelogramos. (Langa, 2007, p.175).
Batista & Maria (2013) Paralelepípedo rectangular é a designação dada a um prisma de figura
geométrica (polígono de quatro lados) cujas faces são paralelogramos. Um paralelepípedo tem
seis faces, sendo que duas são idênticas e paralelas entre si. Os paralelepípedos podem ser
rectos ou oblíquos, consoante as suas faces laterais sejam perpendiculares ou não à base. O
paralelepípedo possui 12 arestas 8 vértices e 6 faces. (p.45).
Apoiando com as ideias dos autores acima que retratam sobre o paralelepípedo, fundamenta
que é um sólido geométrico que possui as faces paralelogramos muito detalhados de formato
que é bastante comum, sendo um caso particular de prisma de sólidos geométricos que
possuem duas bases congruentes de 6 faces formadas por paralelogramos, 8 vértices e 12
arestas.
21

A Geometria é uma área da Matemática que estuda as formas geométricas desde


comprimento, área e volume. O vocábulo Geometria corresponde a união dos termos “Geo”
(terra) e “metron” (medir), ou seja, a “medida de terra”é o estudo das formas dos objectos. A
Geometria é a parte mais antiga da Matemática e fundamentou todo o conhecimento básico,
desde a Arquitectura até a Astronomia.
2.12. Aprendizagem
O processo de aprendizagem consiste num acto dialéctico, onde o professor actua
como mediador entre as experiências sociais concretas que tem o aluno e o saber novo
que tem a escola a lhe ensinar. Ocorre, então, a contraposição entre o conhecimento
que traz o aluno ao novo conhecimento que este adquire, gerando assim um saber mais
evoluído e fundamentado em suas experiências sociais, por este motivo, o processo
torna-se significativo, motivador e mais interessante para o aluno. (Libâneo, 1985).
Hilgard e Campos (1987) define a aprendizagem como um processo pelo qual uma actividade
tem origem ou é modificada pela reacção a uma situação encontrada, desde que as
características da mudança de actividade não possam ser explicadas por tendências inatas de
respostas, maturação ou estados temporários do organismo, por exemplo, fadiga ou drogas.

Apoiando-se nas ideias dos autores, entende aprendizagem como o resultado da estimulação
do ambiente sobre o individuo já maduro na obtenção de conhecimentos, o tal individuo que
se expressa diante de uma situação problema, sob a forma de uma mudança de
comportamento em função da experiência.

O dicionário Houaiss da língua portuguesa (2009), atribui o termo aprendizado ou


aprendizagem a seguinte significação: “acto, processo ou efeito de aprender; duração desse
processo; experiência inicial do que se aprendeu, prática, experiência.

Para Fernández (2001),


“a aprendizagem é uma construção singular que cada sujeito vai fazendo a partir de
seu saber para ir transformando as informações em conhecimento”. Num sentido
amplo, a aprendizagem pode ser entendida como a capacidade que o sujeito apresenta
de dar respostas que se adaptam às solicitações e desafios surgidos na sua interação
com o meio. (p.56).
Instrumentos tradicionais matemáticos são diversos que incidem para a interpretação
de conteúdos, a gaiola é um desses instrumentos que traduz conhecimentos
matemáticos dos lados de paralelepípedos, portanto, alguns instrumentos são
importantes para a transmissão do conteúdo matemático que devem ser resgatados no
processo de ensino e aprendizagem, mas não é o bastante, pois o aluno precisa
encontrar uma relação concreta com o conteúdo matemático e o seu dia-a-dia. (Alves,
2010).
22

A utilização de Gaiola como recursos didácticos na sala de aula para facilitar compreensão ou
a visualização do conteúdo matemático no que refere aos paralelepípedos rectangulares é
aprovada pelo ensino tradicional, pois acreditam que esse tipo de actividade não atrapalha na
conclusão e transmissão do conteúdo. Também existem vários jogos aplicados ao conteúdo
matemático, como batalha naval, bingo da multiplicação. (Ascher, 1992).

O báculo é um instrumento matemático que transitou por vários segmentos do saber e recebeu
diferentes atributos ao longo dos séculos XV a XVII. Muitos praticantes e estudiosos de
matemáticas, principalmente aqueles que se dedicavam à agrimensura, à arquitectura não
utilizaram fluentemente este instrumento para difundir novos saberes matemáticos que possa
solidificar o conhecimento matemático em diverso campo. (Castillo, 2011, p.251).

Duma forma contraditória, tem-se verificado o problema do fraco domínio de


conhecimento na aplicação das regras de ensino e aprendizagem dos poliedros
adequadamente nas aulas de Matemáticas, durante a execução dos procedimentos para
se obter a medida da altura assim como de comprimento dos poliedros em particular
paralelepípedo rectangular em alguns estabelecimentos de ensino, nota-se uma série de
acções que resinificam algumas noções geométricas bem elementares. (Vinaz, 2011,
p.24).
Dogleg e Bhren (1991) as noções de perpendicularidade e de paralelismo, fizeram parte do
repertório de conhecimentos matemáticos, mas não são compreendidas em termos práticos,
mas apenas em sua feição abstracta, garantida por uma definição. Nesse sentido, o uso de
geométricos como um recurso didáctico, esteve condicionado à ideia de que este recurso
garante que as rectas, que formam os catetos do triângulo rectângulo, são perpendiculares,
visto que formam entre elas um ângulo recto. Porém, os participantes não parecem
compreender que a relação geométrica assim encontrada é resultado de uma acção e não de
simples aferição.

Portanto, como dito pelos autores acima de que diversos instrumentos etnotemáticos foram
usados para diversos fins, mas com tudo não como recursos didácticos na perfeição do
conhecimento matemático, nesta respectiva que tem sido os problemas levantados por outras
pesquisas a respeito de alguns objectos que não estão sendo aproveitados no processo de
Ensino e Aprendizagem.
23

CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Neste capítulo, fala sobre aspectos das classificações das metodologias usadas, quanto à
Abordagem, Objectivos, Natureza, Participante, Instrumento de Colecta de dados e
Procedimento de produção de dados.
3.1. Quanto à Abordagem
O estudo tem uma abordagem do cunho quali-quantitativa. Segundo Creswell (2007) essa
pesquisa decorre da necessidade de reunir dados quantitativos e qualitativos na colecta e
análise de dados em um determinado estudo. O processo de colecta de dados, a partir de
procedimentos mistos (quali-quantitativos), envolve dados numéricos ou estatísticos, bem
como informações textuais. Neste contexto, na interpretação da Gaiola o pesquisador ao
recolher e analisar os dados usou o método e técnicas estatísticas ao traduzir os dados em
tabelas, símbolos e números. Os dados qualitativos foram mediante a entrevista, a interacção
participativa e a interpretação do discurso do grupo alvo que está no local em estudo sobre o
contributo do uso da Gaiola como recurso didáctico no ensino e aprendizagem da Geometria
em particular paralelepípedo rectangular na transmissão de conhecimentos matemáticos.

3.2. Quanto aos Objectivos


Aos objectivos a pesquisa é Explicativa. Severino (2016) caracteriza como aquela que para
além de registar e analisar os fenómenos estudados busca identificar as suas causas, seja
através da aplicação do método experimental ou matemático, seja através da interpretação
possibilitada pelos métodos qualitativos. Todavia, o pesquisador identificou os factores que
determinam ou que contribuem Gaiola na transmissão de conhecimentos matemáticos
principalmente na 7ª classe aula de paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria.
Na base a ideia do autor, essa pesquisa é Explicativa busca a necessidade de aprofundamento
da realidade, isto é, explicar os motivos ou causas do tema abordado.
3.3. Quanto à Natureza
A natureza da pesquisa é pura ou básica. Nesse sentido, Lakatos e Marconi, (2001) essa
pesquisa objectiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar verdades,
ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos (universalidade), não localizados.
Não tem compromisso de aplicação prática do resultado. Para o pesquisador, esse processo
educativo do uso de Gaiola na aula de (paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria) na
Escola Primária do 1º e 2º grau de Niuhula a cerca dos meios usados pelos professores na
leccionação de conceitos geométricos. Outros sim, geraram conhecimentos novos ou saberes
24

matemáticos úteis embora aplicação prática imediata não foi prevista no local, mas sim trás
vantagens gerais para edificação de conhecimentos.

3.4. Local de Investigação


A Escola Primária do 1º e 2º grau de Niuhula localiza-se no centro do bairro Niuhula, à 3 km
da cidade de Montepuez, quarteirão 05, na estrada que dá acesso a Escola Secundária 15 de
Outubro e a Escola Industrial e Profissional de Montepuez, concretamente no mesmo recinto
onde se situa a estação de tratamento de água da empresa de Águas de Montepuez. O bairro
tem como limites: Norte – faz fronteira com o Bairro Mavia; Sul – faz fronteira com o Bairro
Matuto; Este – faz fronteira com o Bairro N’coripo e Oeste – faz fronteira com o Bairro
Miringe.

3.5. Participantes da pesquisa


Universo foi constituído por 72 alunos da 7ª Classe e 3 Professores de Matemática que
corresponde 100%. Ele é caracterizado pela definição da área ou população-alvo, descrevendo
a quantidade de pessoas que actuam na pesquisa. É o conjunto de elementos que possuem as
características que serão objecto do estudo. (Marconi e Lakatos, 2003).

3.5.1. Amostra
Nesta pesquisa usou-se a amostra experimental, que segundo. (Bussab e Bolfarine, 2005) é
uma técnica de amostragem não probabilística na qual os membros da amostra são escolhidos
apenas com base no conhecimento e julgamento do investigador. Como o conhecimento do
pesquisador é fundamental na criação de uma mostra existem possibilidades de que os
resultados obtidos sejam altamente precisos com uma margem mínima de erro. (p.19). Com
esta amostragem, o pesquisador seleccionou cuidadosamente cada indivíduo para fazer parte
da amostra e os membros da amostra não foram escolhidos aleatoriamente.

Como amostra da pesquisa, trabalhou-se com duas turmas da 7ª Classe, constituidas por 72
alunos. Das quais uma turma como grupo experimental com 36 alunos e a outra de control
com 36, de ambos sexos. E também trabalhou-se com 3 (três) Professores de Matemática que
leccionam a 7ª Classe. Estes forneceram informações sobre os meios usados na leccionação
de poliedros, isto é, paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria.
25

3.6. Instrumentos de colecta de dados e validação


Para a colecta de dados, usou-se o pré-teste, pós-teste e a entrevista semi-estruturada. Porém, o
guião do pré-teste para os alunos, foi organizado em duas variantes: o primeiro trata-se
questões inerentes a Gaiola e o segundo sobre Paralelepípedo rectangular. onde cada variante
contem três (3) secções e suas alineas. O guião do pós-teste tinha três (3) secções, com quatro
(4) alíneas para a primeira secção, segunda e terceira com três (3) alíneas. E por fim a
entrevista com cinco (5) questões abertas.

Foram escolhidos esses instrumentos uma vez que todos traduzem a obtenção das
informações sobre o tema sem restrição, como por exemplo, Entrevista semi-estruturada
permitiu para que os Professores da 7ª Classe de Matemática dessem uma opinião completa
com mais profundidades e com próprias palavras relacionadas aos meios usados na
leccionação de Poliedros em particular paralelepípedo rectangular; pré-teste e pós-teste
permitiu para que os alunos da 7ª classe se expressassem sobre a assimilação da matéria de
paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria com objectivo de identificar as
dificuldades que os Alunos enfrentam nos sólidos geométricos em particular paralelepípedo
rectangular.

Rudio (1997) Pré-teste ‟é um questionário que permite resolver problemas, identificar


omissões, imprevistos, verificar o nível de compreensão das questões e adequabilidade das
sequência, aferir o tempo de preenchimento e avaliar a obtenção das informações desejadas.
Conjunto de perguntas que deverão ser aplicados antes para medir o nível de conhecimento
específico do problema em estudo”. (p.23).

Mouraat et al (1998) Pós-teste ‟é um questionário que permite formado pela uma série de
perguntas semelhantes as feitas no questionário do pré-teste ou são perguntas que podem ser
iguais ou apresentarem o mesmo nível de dificuldade das perguntas feitas no pré teste”.
(p.39).

Na base as idéias dos autores acima, percebem se que as perguntas do pre-teteste devem ser
referentes ao conteúdo do treinamento para avaliar o nível da compreensão e percepção das
questões; enquanto que Pos-teste é um questionário das perguntas definitivas iguais as
perguntas feitas no pré-teste.

Triviños (1987) a entrevista semi-estruturada tem como característica questionamentos


básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Os
26

questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos
informantes. (p.146).

Manzini (1991) a entrevista semi-estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual


confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões
inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista
pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a
uma padronização de alternativas. (p.154).

Na base nessas ideias dos autores, entende-se que a entrevista semi-estruturada é aquela em
que traz um momento ao entrevistador realizar uma série de questionamentos ao grupo alvo
sem obedecer a ordem de perguntas.

3.7. Validação dos instrumentos de colecta de dados


O pesquisador fez o pré-teste o instrumento de colecta de dados com 20 alunos da Escola
Primária do 1° e 2° Grau de Niuhula, para examinar a precisão de questões relacionadas a
pesquisa, para prevenir os erros visto que a má formulação das questões que possam
inviabilizar o processo de produção de dados. Depois do pré-teste verificou-se algumas
questões que antes não estavam bem formuladas tendemos sofridos os devidos ajustes. Pois,
Júnior e Matsuda, (2012) a validação de um instrumento se dá quando sua construção e
aplicabilidade permitem a fiel mensuração do que se pretende mensurar, ou seja, se os
conteúdos de um instrumento analisa de forma efectiva, os requisitos para mensurar os
fenómenos a serem investigados.
Fortin (2009) refere que a validação dos instrumentos requer uma atenção e capacidade de
síntese por parte do investigador, visto que terá muitas informações que terá que sintetizar de
forma a atingir os objectivos anteriormente definidos. Assim, os resultados “provêm dos
factos observados no decurso da colheita dos dados; estes factos são analisados e apresentados
de maneira a fornecer uma ligação lógica como problema de investigação proposto. (p.331).

Portanto, com as ideias dos autores, a validação dos instrumentos de pesquisa foi feita partir
de contemplar todos os factores do fenómeno que se desejou medir, que é o contributo do Uso
de Gaiola como recurso didáctico no Ensino e Aprendizagem de paralelepípedo rectangular
nas aulas de Geometria e verificou se os itens são susceptíveis a serem agrupados para
responder o grupo alvo da pesquisa.
27

3.8. Características e análise dos dados


As características dos dados foram de validação de opiniões de maior frequência traduzindo
em tabelas, números, símbolos e traduzidas em textos, as informações essas que foram
fornecidas pelos alunos da 7ª Classe de Matemática que foram 20 de ambos os sexos e
validou-se as informações dos Professores da 7ª Classe de Matemática quanto aos materiais
mais usados na leccionação de poliedros em particular paralelepípedo rectangular.

Análise e interpretação dos resultados obtidos a cerca do tema, foram através dos
instrumentos de recolha de dados entrevista, pré-teste e Pós-teste que permitiram descrição
das informações do grupo alvo em gráficos, tabelas; Também, foram analisados de acordo
com as frequências das informações obtidas ao grupo alvo e baseando se com ideias dos
autores que fundamentam sobre o tema e depois tirou-se as conclusões baseando em problema
em estudo. Usou-se o teste t de amostras emparelhadas, para escolher este teste primeiro
testou-se a normalidade dos dados em dois grupos.

3.9. Procedimentos de produção de dados


A produção de dados relativo aos Professores e Alunos da Escola, precisou vários preparativos
para que a pesquisa seja bem sucedida. Em princípio foi preciso informar a direcção da Escola
através de um Credencial entregue no dia 15 de Março de 2023, sobre o propósito de realizar a
pesquisa com Professores e Alunos e seus principais objectivos, solicitou autorização para o
executar. A direcção da Escola apresentou seu parecer e disponibilidade sobre a pesquisa, onde
delegou-se os poderes ao Pedagógico para indicar os Professores e Alunos (amostra) que
fizeram parte da pesquisa.
Depois dessa disponibilidade dos Professores e Alunos, o pesquisador teve um encontro com o
grupo alvo a fim de apresentar e traçar directrizes sobre o percurso da pesquisa. Aplicou-se 3
(três) técnicas de produção de dados: Pré-teste, Entrevista e Pós-teste.
O pesquisador iniciou o processo de produção de dados no dia 19 de Março à 25 do mesmo mês
de 2023, onde foi aplicada as tarefas propostas depois de algumas sessões sobre a comparação
das configuações da Gaiola e Paralelepipedo rectangular. Disponibilizou-se duas turmas, uma
(1) como grupo de control e outra experimental. A produção de dados com o Pré-teste aos
alunos, durou 45 minutos e aconteceu por meio de escolha das opções verdadeiras ou falsas e a
correspondência dos elementos que se assemelham entre a Gaiola e Paralelepipedo rectangular.
Depois do Pré-teste aos alunos, verificou-se as respostas dadas e percebeu-se que havia
necessidade de se marcar dias para sessões, devido o resultado obtido ser insignificante.
28

As sessões tivem intuito de fazer perceberem aos Alunos que as configurações geométricas
existentes na Gaiola se relacionam com as de Paralelepipedo rectangular. Explicou-se também
os elementos constituintes desses dois objectos como: arestas ou lados, faces ou parede,
vértices ou canto, e etc.
As sessões deu inicio no dia 20/03/2023 e terminou no dia 21/03/2023. As sessões foram
somente para a turma experimental para se verificar a verdadeira causa que fez com que os
alunos tivessem resultados insignificantes, aos Professores fez-se a entrevista onde o
pesquisador gravou áudio de toda conversa dos entrevistados no telefone. Depois dessas
actividades, no dia 25/03/2023 os Alunos da turma experimental assim como a turma de
control foram submetidos a um Pós-teste. Por fim, no mesmo dia o pesquisador despediu-se
da direcção da escola.
3.10. Procedimentos e Análise de dados
Análise de conteúdos para Bardin (2016), é um conjunto de técnicas de análise de
comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objectivos da descrição de
conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produções/recepções (variáveis inferidas) dessas
mensagens.

Para análise dos dados colectados no campo, primeiro organizou-se os documentos (Testes e
entrevistas). Escolheu-se os documentos que podem ser úteis para sua análise. Foi designado
P como professor, e organizados em ordem crescente: P1 o professor 1, P2 o professor 2, e
P3 o professor 3. Este mesmo código serviu para todos documentos. Para os alunos designou-
se PrTAnGE: Pré-Teste do Aluno n do Grupo Experimental, PoTAnGE: Pós-Teste do Aluno
n do Grupo Experimental; PrTAnGC: Pré-Teste do Aluno n do Grupo de Control e
PoTAnGC: Pós-Teste do Aluno n do Grupo de Control.

A sua análise fez-se em dois momentos: no primeiro momento, trabalhou-se com o pré-teste e
pós-teste. Onde organizou-se as notas dos alunos do pré-teste e pós-teste no papel A4 para
todos grupos, de controlo e experimental. De seguida, inseriu-se essas notas num pacote
estatístico SPSS onde designamos nas colunas conforme á cada grupo, GC 1 o que significa
pré-teste grupo de controlo, ¿ 1 pré-teste grupo experimental, GC 2 pós-teste grupo de
controlo e¿ 2 pós-teste grupo experimental. Feito isso, automaticamente saiu as tabelas com
todas as médias para cada caso.
29

Em que nessas tabelas, se verificou a normalidade dos testes, a igualdade de médias de duas
amostras emparelhadas, desvio padrão e diferença das médias do pré-teste e pós-teste nos dois
grupos (de controlo e experimental). E finalmente, fizemos a interpretação dos resultados
encontrados nas tabelas e tirar suas conclusões.
E no segundo momento que é final procurou-se explorar a entrevista, onde escutou-se o áudio
cuidadosamente e transcreveu-se tudo no Word em forma de palavras. O pesquisador releu a
entrevista para identificar as respostas dadas pelos Professores.Juntou-se todas respostas
dadas pela primeira questão e colocou-se num quadro, isso em ordem das questões existentes.

Na entrevista fez-se a codificação das palavras-chaves, a codificação seguiu a seguinte


lógica:todos Sim marcou-se a uma cor amarela, todos Não a uma cor verde e outras palavras a
cores diversificadas.

De seguida retirou-se as palavras-chaves de cada entrevistado do quadro e colocou-se fora do


quadro para sua categorização. No meio dessas palavras fez-se a contagem das respostas
dadas pelos Professores e juntou-se pelo significado das palavras. Por este processo indutivo
ou inferencial, procurou-se não apenas compreender o sentido da fala dos entrevistados, mas
também buscar outro significado ou outra mensagem. Dai fez-se a resenha total da entrevista
para verificar se as respostas dadas respondem a segunda questão de pesquisa.
30

CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO


No capítulo anterior, descreveu-se a metodologia da pesquisa e os respectivos procedimentos,
explicando as motivações que levou à realização deste tipo de pesquisa. Este capítulo
apresenta os resultados e a discussão, em função da sequência dos instrumentos de produção
de dados.

4.1. Análise e interpretação de dados dos testes


4.1.1. Pré-testes
Depois de ter-se distribuído em dois grupos (de controle e experimental), realizou-se pelos
estudantes o pré-teste que colhidos os resultados das notas, testou-se a normalidade dos dados
conforme ilustra a tabela abaixo.

Tabela 01: Testes de Normalidade


Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Estatística df Sig. Estatística df Sig.
GRUPO DE
,115 36 ,200* ,935 36 ,035
CONTROLE
GRUPO
,130 36 ,128 ,944 36 ,069
EXPERIMENTAL
*. Este é um limite inferior da significância verdadeira.
a. Correlação de Significância de Lilliefors
Fonte: dados de pesquisa

Comparando os valores de nível de significância para os dois grupos, observa-se que para o
grupo de controle possui o nível de significância menor que 0.05 (0.035) o que indica que são
dados normais.

O grupo experimental, possui um nível de significância maior que 0.05 (0.069) o que indica
que os dados não são normais. Daí que para a análise dos dados levou-se o teste t de amostras
emparelhadas.

4.1.1.1. Teste de amostras emparelhadas de pré-teste


Feito os levantamentos dos dados do pré-teste para os dois grupos (controle e experimental)
observou-se que para o grupo de controlo possui a média de 6,0 e o desvio padrão de 2,57, e
no grupo experimental observou-se a média de 6,14 e o desvio padrão de 2,90 conforme
ilustra a tabela abaixo.
31

Tabela 02: Estatísticas de amostras emparelhadas


Desvio Erro padrão
Média N Padrão da média
Par 1 GRUPO DE
6,0000 36 2,57460 ,42910
CONTROLE
GRUPO
6,1389 36 2,89978 ,48330
EXPERIMENTAL
Fonte: dados da pesquisa

Observando a tabela abaixo do pré-teste para ambos os grupos verificaremos:


Tabela 03:Teste de amostras emparelhadas
Diferenças emparelhadas

95% Intervalo de

Erro Confiança da

Desvio padrão da Diferença Sig. (2


Média Padrão média Inferior Superior t df extremidades)

Par GRUPO DE
1 CONTROLE -
-,13889 3,93630 ,65605 -1,47074 1,19296 -,212 35 ,834
GRUPO
EXPERIMENTAL

Fonte: Dados de pesquisa

Para o resulta de pré-teste do grupo de controle e experimental com a amostra maior que 30,
construímos as seguintes hipóteses:

H0:Se ( p>0.05 )não há diferença das medias entre os dois grupos.

H1: Se ( p<0.05 )há diferença entre as medias dos dois grupos.

Como o valor de p>0 aceitamos a H0 na distribuição de dados. Pelo que levou-nos a


continuar com a pesquisa.
32

4.1.2. Pós-teste
Depois de se verificar que não havia diferenças significativas nos dois grupos para o pré-teste,
leccionou-se na turma experimental com o material (Gaiola) e no grupo de controle com
reforço a metodologia sugerida nos manuais de Ensino.

Em seguida, realizou-se um teste que serviu de pós-teste e seu resultado, foi testar-se a
normalidade do resultado onde os resultados obtidos constam na tabela abaixo.

Tabela 04:Testes de Normalidade


Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Estatística df Sig. Estatística df Sig.
GRUPO DE
,105 36 ,200* ,955 36 ,152
CONTROLE
GRUPO
,106 36 ,200* ,928 36 ,022
EXPERIMENTAL
*. Este é um limite inferior da significância verdadeira.
a. Correlação de Significância de Lilliefors
Fonte: dados de pesquisa.
Comparando os valores de nível de significância para os dois grupos, observa-se que para o
grupo de controle possui o nível de significância maior que 0.05 (0,152) o que indica que são
dados normais.
O grupo experimental, possui um nível de significância menor que 0.05 (0.022) o que indica
que os dados não são normais. Daí que para a análise dos dados levou-se o teste t de amostras
emparelhadas.
4.1.2.1. Teste para amostras emparelhadas de pós-teste
Feito os levantamentos dos dados do pós-teste para os dois grupos (controle e experimental)
observou-se que para o grupo de controlo possui a média de 6,6944 e o desvio padrão de
2,44738, e no grupo experimental observou-se a média de 16,3611 e o desvio padrão de
3,28766 conforme ilustra a tabela abaixo.
33

Tabela 05: Estatísticas de amostras emparelhadas pós-teste


Desvio Erro padrão
Média N Padrão da média
Par 1 GRUPO DE
5,6944 36 2,44738 ,40790
CONTROLE
GRUPO
16,3611 36 3,28766 ,54794
EXPERIMENTAL
Fonte: dados de pesquisa.

Observando a tabela abaixo do pré-teste para ambos os grupos verificaremos:


Tabela: 06: Teste de amostras emparelhadas
Diferenças emparelhadas

Erro 95% Intervalo de Sig. (2


Desvio padrão da Confiança da Diferença extremidades
Média Padrão média Inferior Superior t df )

Par GRUPO DE
1 CONTROLE -
-10,66667 4,11964 ,68661 -12,06055 -9,27278 -15,535 35 ,000
GRUPO
EXPERIMENTAL
Fonte: dados de pesquisa
Para o resulta de pré-teste do grupo de controle e experimental com a amostra maior que 30,
construímos as seguintes hipóteses:
H0: Se ( p>0.05 ) não há diferença das medias entre os dois grupos.
H1: Se ( p<0.05 ) há diferença entre as medias dos dois grupos.
Como o valor de p<0 aceitamos a H1 na distribuição de dados. Que há diferenças
significativas após a introdução do modelo na sala de aula.
Portanto, no que diz respeito a média das notas dos testes, verificou-se diferença
estatisticamente significante após a leccionação da aula usando a Gaiola
( t (35 )=−15,535 ; p<0.05 ) , sendo possível verificar maior média das notas no pré-teste
(M=6,0000; DP=2,57460) do que no pós-teste (M=5,6944; DP=2,44738), constatou-se a
diminuição das notas do grupo de controle após a intervenção (ver a tabela a seguir).
34

Tabela 07: Notas do grupo experimental


p Pré-teste Pós-teste Diferença de
média
Notas do grupo ¿ 0.05 M=6,1389; M=16,3611; 10.2222
experimental DP=2,8997 DP=3,28766
8
Notas do grupo de controle ¿ 0.05 M=6,0000; M=5,6944; -0.3056
DP=2,5746 DP=2,44738
0

Fonte: dados de pesquisa


4.3. Análise das entrevistas aos Professores
4.3.1. Ensino do conteúdo da geometria em particular paralelepípedo rectangular na 7ª
classe
No contexto de saber aos Professores de como é que é ensinado o conteúdo da Geometria em
particular paralelepípedo rectangular na 7ª Classe, todos entrevistados· ¿ ¿) responderam que
sempre têm usado os materiais didácticos nas suas aulas. Pois, Graells (2000) define recursos
didácticos como sendo todos os recursos que sejam criados, produzidos e aplicados na acção
educativa e que promovam o desenvolvimento do processo cognitivo são recursos que servem
de apoio ao professor enquanto lecciona. Estes podem ser esquemas, instrumentos,
mecanismos que são traduzidos pela atitude que o professor assume perante os alunos no
momento que ensina. Chamorro (2003) salienta que o recurso didáctico não é em si um
conhecimento, mas o meio que auxilia a construção do conhecimento e a sua compreensão.
Por exemplo, um recurso didáctico na área da Matemática pode ser a atribuição de nomes
intuitivos aos objectos ou aos conceitos matemáticos, de modo a aproximá-los das formas de
comunicação dos alunos.

Nesta vertente, somente um (1) dos três entrevistados (P1), acabou identificando bloco de
cimento e caixa como sendo o material usado na leccionação desse conteúdo para comparar
com as configurações geométricas existentes no paralelepípedo rectangular. Diferentemente
de P2 e P3 não apontaram. Pois, são ilustrados abaixo os tais objectos usados pelos
professores na sala de aulas.
35

Figura 1: Objectos usados pelos Professores na sala de aulas

Fonte: Dados da Pesquisa, 2023

4.3.2. As dificuldades ao ensinar o conteúdo de paralelepipedo rectangular na 7ª classe


Perguntado o grupo alvo da pesquisa se tinham dificuldades ao ensinar esse conteúdo, todos
¿ ¿) responderam duma forma unânime dizendo que não costumam ter obstáculos devidos as
experiência dos anos anteriores na disciplina em questão. Pois, na intenção acrescentam
dizendo por terem mais anos de experiencias, seria impossível apresentarem tantas
dificuldades ao ensinar esse conteúdo, (P1-13 anos de experiência; P2-9 anos de experiências
e P3-6 anos de experiência).
4.3.3. Superação das dificuldades na parte dos Professor
Perante a questão de como é que os Professores tentam superar as dificuldades, analisou-se
que teria efeito se os Professores apontassem na pergunta anterior. Mas mesmo assim, eles
justificaram que nas algumas vezes quando enfrentam dificuldades sobre qualquer conteúdo,
apresentam-se entre eles ou nas jornadas pedagógicas.
4.3.4. Impacto Pedagógico na construção de uma Gaiola para Aprendizagem
Na pergunta que fala o impacto Pedagógico na construção de uma Gaiola para aprendizagem,
Botas e Moreira (2013), no seu estudo concluíram que os materiais didácticos locais são, de
facto, importantes para os Professores e Alunos, e que constituem um precioso auxílio para a
aprendizagem da Matemática. Pois trás um impacto positivo porque desenvolve o raciocínio
do aluno estimulando o pensamento lógico matemático, na construção de esquemas
36

conceituais dando contornos e significados. È por meio dessas interacções com o meio físico e
social, que a criança constrói seu conhecimento.

Os professores inquiridos apresentam uma ideia de material didáctico local como sendo
qualquer material que auxilia o aluno na aprendizagem, ao agir como elemento motivador,
desempenhando um importantíssimo papel nas aulas de Matemática por melhorar a
compreensão dos conteúdos de forma motivante, permitindo ainda ao aluno construir o seu
próprio conhecimento. Tal como no estudo de Bruner (1962), os professores inquiridos
encaram os materiais como sendo essenciais ao desenvolvimento dos conceitos matemáticos,
auxiliando os alunos a compreenderem as situações abstractas.

Na introdução da matéria na aula de paralelepípedo rectangular, comentaram que ela trás um


resultado positivo devido a relação da teoria e a prática na Geometria. E disseram ainda que é
muito interessante o uso da Gaiola para comparação das configurações geométricas.

4.3.1.5. Dominio dos alunos sobre as configurações e conceitos existentes no


paralelepipedo
Sobre o que os Professores acham dos seus alunos dominarem claramente as configurações e
conceitos existentes no paralelepípedo, todos Professores responderam que com o material
didáctico é bem possível os alunos dominarem a matéria. Acrescentaram ainda que a
aprendizagem com algo palpável, torna mais fácil a sua compreensão. O material didáctico é
imprescindível no processo de Ensino e Aprendizagem.
Outros sim, a Gaiola como um recurso manipulável, trás um impacto positivo na construção
de itens geométricos, pois os professores clarificam que as configurações da Gaiola permite a
boa aprendizagem em Geometria na sala de aula, como afirma Nicola e Paniz (2016) na sua
pesquisa que a utilização de diferentes recursos didácticos em sala de aula tem grande
importância no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, possibilitando ganho no
processo educativo, não somente para o aluno, mas também para o professor, que acaba por
aprender coisas novas, tendo o recurso com um novo aliado e auxílio em suas aulas. Sabendo
então, da importância desses materiais, tanto para aluno quanto para professor, o professor,
que é a figura mais próxima do aluno, pode desenvolver no aluno inúmeras capacidades.
Desse modo, faz-se necessário que o Professor esteja preparado para utilizar os recursos
didácticos, objectivando que o aluno possa realmente aprender.
Ainda, autores acrescentam que a inclusão de recursos didácticos diferenciados nas aulas
resulta em uma melhor compreensão e fixação dos conteúdos abordados, favorecendo o
37

processo de ensino/aprendizagem, tornando-o de qualidade e estimulando o senso crítico e a


participação dos alunos nas aulas. Diante disso, o professor, além de dinamizar suas aulas,
poderá despertar o interesse nos alunos, envolvendo-os cada vez mais no processo de ensino-
aprendizagem.

CAPITULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES


No capítulo de conclusão e sugestões, apresenta-se-ão as respostas pertencentes às questões
de pesquisa e o problema levantado, juízos de valores traçados no capítulo anterior confronto
com a revisão de literatura e, por fim, apresenta-se as sugestões.
A pesquisa teve como objectivo perceber o contributo que a Gaiola tem no estudo de
configurações geométricas nas aulas de Geometria. Para o feito, trabalhou-se com 3
Professores de Matemática de uma Escola Primária do 1° e 2° Grau de Niuhula e 72 alunos.
Estes profissionais possuíam anos de serviço e experiências diferentes e duas (2) Professoras
são do género Feminino e 1 Masculino.
Todos Professores, afirmaram que a Gaiola trás um impacto positivo porque desenvolve o
raciocínio do Aluno estimulando o pensamento lógico matemático, na construção de
esquemas conceituais dando contornos e significados. É por meio dessas interacções com o
meio físico e social, que a criança constrói seu conhecimento, pois, permite a boa
aprendizagem em Geometria na sala de aula.

Quanto ao reconhecimento das configurações geométricas existes na Gaiola, observou-se que


a média das notas dos testes, houve diferença estatisticamente significante após a leccionação
da aula usando a Gaiola ( t (35 )=−15,535 ; p<0.05 ) , sendo possível verificar maior média das
notas no pré-teste (M=6,0000; DP=2,57460) do que no pós-teste (M=5,6944; DP=2,44738).
Por conseguinte, conclui-se que a Gaiola como um recurso manipulável, trás um impacto
positivo na construção de itens geométricos, pois os professores clarificam que as
configurações da Gaiola permite a boa aprendizagem em Geometria na sala de aula.
Constatou-se também a diminuição das notas do grupo de controle após a intervenção ou a
existência de sessões na sala de aulas com o grupo experimental.
5. 1. Limitações
Durante a realização desta pesquisa teve momentos de alegria e outros de decepção. O
contentamento ou a alegria tem origem no aprofundamento dos conhecimentos, na busca de
novos saberes, na procura de respostas que satisfaçam o problema. A decepção ou frustração
38

estalou-se em momento da procura de autores que sustentariam a validade deste trabalho da


pesquisa, mas após de varias insistências chegou-se ao sucesso .
39

5. 2. Sugestões
A direcção da Escola
 Comprar Materiais Didácticos artificiais ou mesmo tradicionais para o uso na Escola
nas aulas de Matemática;
 Sensibilizar aos Professores no uso de Materiais Didácticos por cada aula abordando
sua utilidade;
 Promover reuniões de capacitações pedagógicas para analisar as origens, causas,
factores de fraco aproveitamento pedagógico na disciplina de Matemática.
Aos Professores
 Uso incondicional de materiais didácticos locais na Escola;
 Uso de materiais didacticos de fácil acesso e manipulação pelos Alunos;
 Que produza o materiais didacticos para o seu uso em cada aula proporcionando o
conteúdo a tratar;
 Proporcionem exercícios e tarefas que estimulem a produção de objectos didácticos e
que estimulem aprendizagens adequadas no raciocínio dos alunos;
 Use materiais didácticos adequadamente na sala de aulas e proporcione o tempo para
que os seus alunos tenham oportunidade de manuseá-la;
 Trazer materiais didácticos como Gaiola, e entre outros materiais para ensinar os seus
alunos os sólidos geométricos.
Aos alunos
 Conhecer os objectos que o professor trás na sala de aula em suas línguas maternas
para possibilitar o professor os objectos com a segunda língua;
 Devem ser capazes de produzir seus próprios conhecimentos antes de ir a escola.
Apenas o professor ira modifica-los partindo das impressões, das questões e dos
debates surgidos na sala de aula;
 Deveram sempre que possível proceder leituras de diferentes livros de matemática
para compreender melhor os conteúdos;
 Deve proceder consultas dos livros nas diversas bibliotecas e realizar os trabalhos de
casa e tarefas propostas;
 Deve copiar como esta escrita no quadro e nos livros procedendo críticas analíticas;
para evitar copiar erros cometidos pelos professores e autores respectivamente
 Evitar ausências excessivas e gazetamento das aulas nos tempos lectivos, evitar
preguiça na realização dos seus TPC's.
40

Referências Bibliográficas
Acher, M. (1992). “Etnomatemáticos”: como formas de promover diferentes experiências de
aprendizagem matemática – Brooke & Cole.
Avelino, P.C.; & Cassela, E. (2021). Artefactos Socioculturais do Cuito/bié-Angola para o
ensino da Geometria: A circunferência numa perspectiva da Etnomatemática. Revista
Electrónica de Educação Matemática.
Batista, L.; & Maria, B. (2013). Matemática: Batista e Maria Paralelepípedo rectangular,
Tópicos Básicos. Editora da Ulbra.
Botas, D. & Moreira, D. (2013). A utilização dos materiais didácticos nas aulas de
Matemática – Um estudo no 1º Ciclo. Portugal. Universidade Aberta. Revista Portuguesa de
Educação, 26(1), pp. 253-286.

Brito, S. (2004). As manifestações culturais: O Discurso Filosófico da Modernidade. São


Paulo: Martins Fontes.
Bruner, J. (1962). O Processo da Educação. Nova York: Vintage Book.

Bussab, W. & Bolfarine, H. (2005). Amostragem experimental e Elementos de amostragem.


São Paulo: Edgal Blucher.
Campos, D. M. de S. (1987). Psicologia da aprendizagem: Problemas de aprendizagem. São
Paulo: Ática.
Castoldi, R. & PolinarskiC. A. (2009). A utilização de Recursos didático-pedagógicos na
motivação da aprendizagem. In: Simpósio nacional de ensino de ciência e tecnologia, 1,
Ponta Grossa.
Cervo, A. L. & Bervian, P. (2004). Metodologia Cientifica. São Paulo, SP: prentice Hall.
KnechteL, M. R. (2014). Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-
prática dialogada. Curitiba, PR: Intersaberes.
Creswell, J.W. (2007). Projecto de pesquisa: método qualitativo e misto. Porto Alegre:
Armed.
D`Ambrosio, U. (2007). Elo entre as tradições e a modernidade. São Paulo. col. Tendências
em Educação Matemática.
D’ambrosio, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo, SP: Editora Ática.
D’ambrosio, U. (2001). Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica.
41

Dennis, J. (2014). A historia de Gaiola de captura. ISSN. 1558-7266.


Dionísio, J. J. (2004). Fundamentos da Geometria, Textos de Matemática, Departamento de
Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Dolce, O. & Pompeo, J. N. (2005). Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Espacial: Posição e Métrica. 4. Ed. Atual.
Fronza-Martins, A. S. (2009). A importância didáctica no ensino superior. Anuario da
produção academica docente. Campinas.V.III, n.5, p121-128.
Fernanandez & Fatima A. (1998). Didáctica Y optimizacion del processo de
ensenanzaaprendizaje. IN: Instituto pedagógico Latino amercano Y caribeno-La Havana-
cuba.
Fortin, M. (2009). Fundamentos e etapas do processo de investigação. Loures: Lusodidacta.
Gatti, Y. (2008). Aprender com jogos e situações-problema. 1 ed. Porto Alegre: Artmed.
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.
J.J. (2004). Dicionário, Fundamentos da Geometria, Textos de Matemática, 18 Departamento
de Matemática da faculdade de ciências da Universidade de Lisboa.
Juliano, B. (2008). Fundamentos de matemática elementar: geometria espacial, posição e
métrica. São Paulo: Atual. v. 10.
Júnior, J. B. & Matsuda, L. M. (2012). Construção e validação de instrumento para avaliação
do Acolhimento com Classificação de Risco. Rev Bras Enferm, Brasília, v. 65, n. 5.
Knechtel, M. R. (2014). Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórica
prática dialongada. Curitiba, PR: Inter saberes.
Knijnik, G.(2001). Etnomatemática: questões e desafios sobre o cultural, o social e o político
na educação matemática. Santa Cruz do Sul: Edunisc.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (1992). Metodologia do Trabalho Científico, 4ª Ed., São
Paulo, Editora Atlas S.A.
Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica - 5. ed. - São Paulo : Atlas.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2001). Fundamentos metodologia científica. 4.ed. Paulo:
Atlas.
Langa, G. (2007). Fundamentos de geometria plana. São Paulo, Difrew. v. 9.
Leite, J. M. (2001). Materiais manipuláveis na sala de aula: O que se diz, o que se faz. In
APM (Eds.), Actas do ProfMat99,Lisboa:
Libâneo, J. C. (1985). Democratização da escola pública: pedagogia crítica – social dos
conteúdos. SP: Loyola.
42

Libâneo. J. C.(2000). Didáctica. São Paulo. Cortez.


Lima, F. G.Q. (1991). Medida e forma em geometria. Rio de Janeiro: SBM.
Lorenzoni, C. A. C. de A. (2010). Cestaria guarani do Espírito Santo numa perspectiva
etnomatemática, Vitória, Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil.
Lúcio, A. C. (2019). Etnomatemática à Matemática. Aplicações dos saberes e saberes fazer
dos povos Mucubais e Himbas do sul de Angola-Namibe, Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
Instituto de Educação, Lisboa.
Manzini, E. J. (1991). A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, v. 26/27.
Matias, S. (2000). Etnomatemática: uma perspectiva para a Educação Matemática,
universidade federal de santa catarina centro de ciências físicas e matemáticas departamento
de matemática, Florianópolis/SC.
Matos, H. (2014). O jogo e a construção do conhecimento matemático. In: O jogo e a
construção do conhecimento na pré-escola. São Paulo, n. 10.
Matos, J. M. Serrazina, M. de L. (1996). Didáctica de Matemática, Lisboa.
Mechisse, M. (2011). Curso da Didáctica Geral. São Paulo, ática.
Monteiro, A. & Junior, G. P. (2001). A matemática e os temas transversais. Editora Moderna.
Moura M.L. (1998) at all. Manual de elaboração de projectos de pesquisa. Rio de Janeiro:
UERJ.
Nhêze I.C. et al (2011). Matemática e Realidade. Por Assunto Geometria Plana e Espacial.
São Paulo, Saraiva.
Nicola, J. A.; & Paniz, C. M. (2016). A importância da utilização de diferentes recursos
didáticos no ensino de biologia. Infor, Inov. Form., Rev. NEaD Unesp, São Paulo, v. 2, n. 1,
p.355-381,. ISSN 2525-3476.
Ossofo, A. A. (2019). Simetrias nos artefactos culturais da etnia Moçambicana Amakhuwa:
um estudo sobre as possibilidades do seu uso didáctico nas aulas de Matemática.
Pais, L.C. & Freitas J. L. M. (1999). Um estudo dos processos de Provas no Ensino e na
Aprendizagem da geometria no Ensino Fundamental. Bolema13, Rio Claro.
Passos, C. L. B. (2000). Representações, Interpretações e Prática Pedagógica: A Geometria
na Sala de aula.
Pavanelo, R.M. (1983). Abandono do Ensino da Geometria no Brasil: causas e
conseqüências. Revista Zetetiké n.01 ano 01, Unicamp, Campinas.
Piletti, C. (2010). Didática Geral: Campinas - SP: Editora Ática.
43

Pollack, M. (1992). Memória e Identidade Social In:Revista Estudos Históricos. Rio de


janeiro, vol 5, Nº 10.
Rudio, F. V.(1997). Introdução ao projecto de Pesquisa cientifica. 21ed,Petrópolis:vozes.
Severino, A. J.(2016) .Metodologia do trabalho científico.1. ed. - São Paulo : Cortez.
Souza S.E. (2007). O uso de recursos didáticos no ensino escolar In: I Encontro de pesquisa
em educação iv jornada de prática de ensino, xiii semana de pedagogia da UEM, Maringá.
Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa
em educação. São Paulo: Atlas.
Uaila E.D. (2005). Etnomatemática: um desafio de valorização de tecnologias locais para
aprendizagem da Matemática. in Matemática e Educação, revista da educação matemática.
43

ANEXOS
XLV

Anexo A-Credencial
XLVI

B-Protocolo de Entrevista

Questão 1: Como é que é ensinado o conteúdo da Geometria em particular paralelepípedo


rectangular na 7ª Classe?

R: Para ensinar esse conteúdo de paralelepípedo rectangular na 7ª classe, no meu


caso uso exemplos práticos, primeiro desenhar o próprio paralelepípedo no quadro e
P1 levar o bloco de cimento ou uma caixa que possui essas características para fazer a
comparação das configurações geométricas existentes na figura com as dos objectos.

R: Os conteúdos da geometria paralelepípedo rectangular é ensinado usando os


métodos e matérias didacticamente s recomendáveis e sendo recomendável mais
P2 acessíveis e de fácil compreensão.

R: O ensino do conteúdo da geometria em particular paralelepípedo rectangular na 7ª


P3 classe, é feito com uso dos instrumentos adequados para melhor desenhar as figuras
pois, trabalha-se com as figuras geométricas de fora visual, aliado aos conceitos e
propriedades. Não só, também, usa-se o material didáctico produzido localmente, par
o aluno poder ver e manusear e ele deve identificar as figuras, calcular o perímetro, a
área e o volume de cada figura.

Questão 2: Tem dificuldades ao ensinar esse conteúdo, se tem, aponte as.

R: Bom, este conteúdo não é lá tanto dificultoso para ensinar porque você a partir da
própria caixa quando fazem aquele material didáctico e pode não ser o aluno até o
P1 professor é necessário trazer o material didáctico mostrar as crianças e a partir dai
eles também fazem.

P2 R: Não tenho dificuldades se quer em leccionar esta matéria.

P3 R: Não, não tenho dificuldades.


Questão 3: Como é que tentam superar essas dificuldades?
XLVII

R: Através do uso de material didáctico que representa essas características do


P1 paralelepípedo e dar exemplos práticos aos alunos.

P2 R: Preparando e planificando a transmissão dos conteúdos.

R: No caso de dificuldades, estas são apresentadas aos professores da disciplina e


P3 nas jornadas pedagógicas.

Questão 4: Que impacto pedagógico tem na construção de uma gaiola para aprendizagem, na
introdução da matéria na aula de paralelepípedo rectangular?

R: É muito interessante e é necessário mesmo, porque não só, a própria caixa que nos
temos que nos limitar de lá, tem outros tipos de matérias no caso dessa Gaiola,
P1 porque nós muito mais usamos o bloco, mas essas caixinhas levando os papes
fazendo e colar. Mas também é necessário buscar outros conhecimentos no caso da
Gaiola e mais outros conhecimentos que os alunos podem fazer a partir de outro tipo
de material alem da caixa e bloco que serve da referência.

P2 R: Tem impacto positivo devido a sua relação da teoria e prática.

R: Possui impacto positivo na aprendizagem, na medida em que usamos a gaiola


P3 como meio didáctico na aula de paralelepípedo rectangular e fazer relações das suas
configurações geométricas.

Questão 5: Acha que os alunos dominam claramente as configurações e conceitos existentes


no paralelepípedo?

R: Entanto feito o material eu acredito que eles não terão dificuldades, o material
didáctico é muito bom em relação o que o professor pode escrever ou desenhar no
XLVIII

P1 quadro, por isso é recomendável em termo da aprendizagem o professor trazer o


material didáctico e as crianças também vão buscando outras informações alem da
quilo que o professor trouxe. Então, ai facilita o processo de aprendizagem da própria
aula de paralelepípedo ou outras figuras.

P2 R: Claro que sim, os alunos dominam claramente as configurações e conceitos


existentes no paralelepípedo.

P3 R: A maior parte não domina, são poucos alunos que dominam.

Fonte: Pesquisador, 2023


XLIX

APÊNDICES
L

Apêndice A-Guião de Entrevista aos Professores

Esta entrevista complementa um trabalho de pesquisa que está sendo realizado no curso de licencia
tura em ensino de Matemática , que tem por finalidade fornecer dados de um estudo com objectivo
de perceber o cotributo que a Gaiola tem no estudo de configurações geométricas nas aulas de
geometria. Conto com a sua colaboração, agradecendo desde já sua atenção.

1. Como é que é ensinado o conteúdo da Geometria em particular paralelepípedo rectangular


na 7ª Classe?
2. Tem dificuldades ao ensinar esse conteúdo, se tem, aponte as.
3. Como é que tentam superar essas dificuldades?
4. Que impacto pedagógico tem na construção de uma gaiola para aprendizagem, na
introdução da matéria na aula de paralelepípedo rectangular?
5. Acha que os alunos dominam claramente as configurações e conceitos existentes no
paralelepípedo?

Muito obrigado pela colaboração!


LI

Apêndice B- Guião de Pré -teste para alunos

Guião de pré-teste dirigido aos alunos

Nome completo:______________________Classe_____,Turma____,Numero

Figura 1: Gaiola

1. Assinalar com (V) a opção verdadeira e (F) a opção falsa.

A. A Gaiola tem 5 cantos


B. A Gaiola tem 6 paredes
C. A Gaiola tem 8 Lados
D. A Gaiola tem 12 Lados

2. Fazer correspondência dos seguintes elementos que se assemelham entre a gaiola e


paralelepípedo rectangular.

A. Da Gaiola B. De Paralelepípedo

Parede da Gaiola • • vértice de Paralelepípedo

Lado da Gaiola • • Face de Paralelepípedo

Canto da Gaiola • • Aresta de paralelepípedo

3. Marcar com X os objectos que formatos de paralelepípedo rectangular.

a) Prato de ante Parabólica


b) Bloco de cimento
c) Um Papel de A4
FIM
LII

Guião de pré-teste dirigido aos alunos

Nome completo:______________________Classe_____,Turma____,Numero

Verfique atentamente a figura abaixo

Figura 2: paralelepipedo rectangular


1. Assinalar com (V) a opção verdadeira e (F) a opção falsa.

N. O paralelepípedo tem 5 vértices


O. O paralelepípedo tem 6 faces
P. O Paralelepípedo tem 8 Arestas
Q. O paralelepípedo tem 12 Arestas
2. Fazer correspondência dos seguintes elementos que se assemelham entre a gaiola e
paralelepípedo rectangular.

B. Da Gaiola B. De Paralelepípedo

Parede da Gaiola • • vértice de Paralelepípedo

Lado da Gaiola • • Face de Paralelepípedo

Canto da Gaiola • • Aresta de paralelepípedo

3. Marcar com X os objectos que formatos de paralelepípedo rectangular.

g) Prato de ante Parabólica

h) Bloco de cimento

i) Um Papel de A4

FIM
LIII

Apêndice C-Guião de pós-teste para alunos

Nome completo:______________________Classe_____,Turma____,Numero

1. Assinalar com (V) a opção verdadeira e (F) a opção falsa.

A. A Gaiola tem 5 cantos


B. A Gaiola tem 6 paredes
C. O Paralelepípedo tem 8 Arestas
D. O paralelepípedo tem 6 faces

2. Fazer correspondência dos seguintes elementos que se assemelham entre a gaiola e


paralelepípedo rectangular.

A. Da Gaiola B. De Paralelepípedo

Parede da Gaiola • • vértice de Paralelepípedo

Lado da Gaiola • • Face de Paralelepípedo

Canto da Gaiola • • Aresta de paralelepípedo

3. Marcar com X os objectos que formatos de paralelepípedo rectangular.

a) Prato de ante Parabólica

b) Bloco de cimento

c) Um Papel de A4

FIM
LIV

Apêndice D- Figuras

G F

H E
G F Aresta lateral

H E Altura

D C
Aresta de base
Face lateral
D C A B

Paralelepípedo rectângular

A B

Paralelepípedo rectângular

Gaiola feita com caniço de mapira


LV

Gaiola

Fonte: Estudante, 2023

Objecto em forma de paralelepipedo rectangular


LVI

Fonte: Estudante, 2023

Você também pode gostar