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Calisto Cornélio
Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2023
ii
Calisto Cornélio
Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2023
Índic
e
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................11
1. 1. Contextualização...............................................................................................................11
1.2. Questões de Pesquisa.........................................................................................................12
1.3. Objectivo Geral e Específicos............................................................................................12
1.4. Justificativa........................................................................................................................12
Lista de tabelas
Declaração de honra
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que esta Monografia não foi apresentada em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
O Declarante
___________________________
(Calisto Cornélio)
viii
Dedicatória
Dedico aos meus familiares, docentes, comunidade acadêmica, colegas e amigos presentes e
ausentes que nos apoiaram em nossa caminhada. E sem deixar de lado a todos os corajosos
que entram no mundo da matemática, enfrentam derrotas, vencem obstáculos e saem
vitoriosos.
ix
Agradecimentos
Agradeço sobretudo a Deus, pois sem dúvida é ele quem nos conduz e fortalece todos os dias
para que possamos enfrentar nossas dificuldades e atingir nossos objectivos; portanto, foi por
sua vontade que chego até aqui para concretizar este trabalho.
Ao meu supervisor, Mestre António Carlito Assane por toda a sua disponibilidade, paciência,
orientação, atenção e amizade.
A minha querida mãe Justina Pius Kalalidya, por tudo que fez para que eu pudesse ter uma
vida melhor através da educação e principalmente por terem me ensinado que o melhor
caminho para a felicidade é o da humildade. Obrigado por cada dia de sacrifício por mim,
algo que com muita vontade almejo recompensá-los.
A minha filha, Dánia Calisto Juakali, pela coragem e força que tiveu de esperar todo tempo
que estava a estudar.
A minha irmã Eugenia Cornélio Juakali , e irmãos Tadeu Cornélio Juakali, Vicente Cornélio
Juakali e Geraldo Cornélio Juakali que sempre apoiaram e ainda apoiam-me. Obrigado por
tudo o que me ensinaram, pelo apoio nos momentos mais importantes da minha vida e
principalmente pela amizade que sempre me proporcionaram. Aqui também incluo meus
sobrinhos/as Todiana Rafael, Aissa Gabriel, Clemência Pius, Abu Gabriel, Edivania Tadeu e
Mirela Matias.
Por fim, agradeço a todos aqueles que contribuíram directa e indirectamente em minha
formação acadêmica, a todos os amigos de classe e docentes do curso, aos eternos meu pai
Cornélio Juakali e minha irmã Julia Cornélio Juakali que nos deixaram muitas saudades.
Resumo
O trabalho teve como objectivo perceber o contributo que a Gaiola tem no estudo de configurações
geométricas nas aulas de geometria. Trabalhou-se com três (3) professores de matemática da Escola
Primária do 1° e 2° Grau de Niuhula e 72 alunos da 7ª classe. Para esses professores, foi aplicada a
entrevista semi-estruturada e para alunos o pré-teste e pós-teste como instrumentos de produção de
dados. A pesquisa seguiu uma abordagem do cunho quali-quantitativo e usou-se a técnica de análise
de conteúdo para a entrevista e pacote estatistico SPSS para pré-teste e pós-teste. Os resultados obtidos
mostram que três professores afirmaram que a gaiola como um recurso manipulável, trás um impacto
positivo na construção de itens geométricos, pois os professores clarificam que as configurações da
gaiola permite a boa aprendizagem em geometria na sala de aula. Aos alunos constatou-se a
diminuição das notas do grupo de controle, no (pre-teste e pós-teste) por não ter a explição dessa
materia de paralelepipedo rectangular usando a Gaiola como recurso Didáctico. E por fim sugere-se à
direcção da escola comprar Materiais Didácticos artificiais ou mesmo tradicionais para o uso na escola
nas aulas de Matemática; aos professores usem materiais didácticos adequadamente na sala de aulas e
proporcione o tempo para que os seus alunos tenham oportunidade de manuseá-la e aos alunos
conhecer os objectos que o professor trás na sala de aula em suas línguas maternas para possibilitar o
professor os objectos com a segunda língua.
Palavras-chave: Contributo, Geometria, uso da Gaiola, Recurso Didáctico, Paralelepípedo
rectangular.
Abstract
The work treats on the contribution of the use of the Cage as Didactics Resource in Parallelepiped
Rectangular Learning in the classes of Geometry "case 7th class. As objective, tried to notice the
contribution that the Cage has in the study of geometric configurations in the geometry classes. One
worked with three (3) teachers of mathematics of the Elementary school of the 1° and 2° Degree of
Niuhula and 72 students of the 7th class. For those teachers, the semi-structured interview was applied
and for students the per-test and powder-test as instruments of production of data. The research
followed an approach of the quail-quantitative stamp and the technique of content analysis was used
for the interview and statistical package SPSS for pre-test and powder-test. The obtained results show
that three teachers affirmed that the cage as a resource manipulate, back a positive impact in the
construction of geometric items, because the teachers clarify that the configurations of the cage allow
the good learning in geometry in the classroom. To the students the decrease of the notes of the control
group was verified after the intervention or the existence of sessions in the room of classes with the
experimental group. It is finally suggests her to the direction of the school to buy Materials Didactics
artificial or even traditional for the use in the school in the classes of Mathematics; to the teachers they
use materials didactics appropriately in the room of classes and provide the time so that their students
have opportunity to handle her and to the students to know the objects that the teacher behind in the
classroom in their maternal languages to make possible the teacher the objects with the second
language.
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. 1. Contextualização
Esta monografia aborda sobre contributo da Gaiola como Recurso Didáctico na aprendizagem
de paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria caso 7ª classe. Uma parte inestimável
da população de Montepuez usa Gaiolas como instrumentos de captura ou armadilha de
pássaros. Tais Gaiolas resultam principalmente da experiência artística da própria sociedade
de Montepuez. A Gaiola não é usada só como armadilha de pássaros, portanto, percebe-se que
na sociedade de Montepuez uma parte não conhece a Gaiola como meio didáctico que
transmite o conhecimento matemático que deve ser explorada e deve ser aproveitada na
aprendizagem nas aulas de Matemática na 7ª classe, para assimilar conhecimento matemático
na matéria que aborda sobre paralelepípedo rectangular nas aulas de geometria.
A maior parte dos alunos que estudam 7ª classe conhecem a Gaiola e fazem Gaiola só para
usar como armadilha, não como meio de obtenção de conhecimento matemático e os
professores também não aproveita este objecto para servir de auxílio na aprendizagem para
fazer perceber melhor os alunos a aula que trata sobre paralelepípedo rectangular nas aulas de
Geometria.
Assim, o trabalho trouxe alguns conhecimentos que estão encontrados na Gaiola e propôs a
Gaiola para que seja utilizada no estudo das geometrias, uma vez assimilação adequada de
qualquer conteúdo passa pelo meio do uso de materiais didácticos, portanto, o uso da Gaiola
como meio didáctico na aula de paralelepípedo rectangular no estudo de geometria edifica
conhecimentos.
Com essas constatações, levanta-se a seguinte questão: Qual é o contributo da Gaiola como
recurso didáctico na aprendizagem da Geometria em particular paralelepípedo rectangular
na transmissão de conhecimentos matemáticos?
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1.4. Justificativa
A razão da escolha deste tema, é pelo facto de, no meu percurso académico na Universidade
Rovuma, Extensão de Cabo Delgado, o pesquisador teve a oportunidade de estudar uma
cadeira intitulada Matemática na História e Etnomatemática, onde abordou-se aspectos
inerentes a Etnomatemática que tem extrema importância com actividades culturais do
quotidiano realizado na sociedade ao construir objectos, em que neles existem conceitos
matemáticos.
O tema interfere no conhecimento actual sobre o problema, visto que, diversos instrumentos
usados pelos alunos são etnomatimáticos em referência as Gaiolas, quando aproveitada-as há
a evolução frequente do conhecimento matemático principalmente nas aulas da 7ª classe que
versa sobre paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria.
Na base as ideias dos autores acima, Etnomatemática é a Matemática usada por um grupo
cultural definido na solução de problemas e actividades do dia-a-dia; expressão de traços em
cultura que busca identificar seus próprios problemas e soluções culturais, identificando assim
suas actividades matemáticas que expressa traços de uma dada cultura.
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Com base as ideias dos autores acima, percebe-se que em cada cultura ou realidade cultural,
existem as diversas manifestações culturais observáveis como hábitos e costumes, cujos
mesmos devem ser respeitados e relacionados em diferentes áreas de saberes.
2.3. Recursos Didácticos
Souza (2007) “recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino-
aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos”. (p.111).
Souza (2007) sobre Recursos didácticos ainda postula que:
“O professor deve ter formação e competência para utilizar os Recursos didácticos que
estão a seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus
alunos, pois, ao manipular esses objectos a criança tem a possibilidade de assimilar
melhor o conteúdo” . (p.111).
Os recursos didácticos são todas as ferramentas que auxiliam no processo de ensino
aprendizagem, tendo como principal função a de facilitar a compreensão acerca do assunto
abordado pelo professor. Actualmente existe uma grande variedade de recursos didácticos que
podem ser utilizados no ensino, que vão desde os recursos mais simples aos mais elaborados e
tecnológicos, bastando apenas que o educador saiba reconhecer e adequar, os recursos a
realidade de seus alunos. (Castoldi e Polinarski, 2009).
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avontade de querer aprender. Essa vontade é resultado directo da motivação que o professor
estimula nos alunos e está intimamente associada á utilização de recursos didáctico-
pedagógicos.
2.6. Objecto Gaiola
A Gaiola é um instrumento ou objecto tipicamente tradicional, caixa gradeada que serve de
prisão a animais, particularmente a aves feita por objectivo de domesticar aves em alguns
locais, e em certas regiões a gaiola é um objecto feito principalmente para servir de armadilha
de aves principalmente os pássaros, portanto, a forma diferencia independentemente em cada
região, visto que, devem atender a certos requisitos para atender às necessidades dos animais
de estimação. (Gatti, 2008).
Matos (2014) palavra Gaiola:
Significa ao figurino recinto fechado, de forma variável, produzido em arame,
madeira, verga, junco ou caniço, que se destina a alojamento de aves particularmente
destinada a aprisionar pássaros, tendo em conta da variedade de tamanhos todas as
gaiolas são formas (quadradas e rectangulares). As gaiolas mais recomendadas são
quadradas ou rectangulares, pois qualquer outra forma pode dificultar efectuar com
eficácia os procedimentos adequados de armadilhar os pássaros ou de domesticar as
aves e os respectivos ovos das aves e a percepção espacial. Além disso, geralmente é
uma boa ideia priorizar a altura, pois isso também as incentiva a voar. Por outro lado,
considere revisar as necessidades de seu animal de estimação para seleccionar a gaiola
mais adequada. (p.34).
Ossofo (2006) “na sua dissertação, recomenda a possibilidade do uso das configurações
geométricas de alguns artefactos culturais na sala de aulas, uns dos artefactos considerados
destacam-se os seguintes: artefactos de esculturas; latoaria artesanal; cestaria; olearia entre
outros”. (p.16).
Uaila (2005) ‟enfatiza valorização das tecnologias locais para aprendizagem da Matemática,
visto que, um ensino que privilegia as actividades e experiencias dos alunos e ainda o
professor faz algumas referências de exemplos e usa materiais locais dá-se mais significado e
desperta a consciência dos alunos sobre a sua aprendizagem, sobretudo quando se insere no
contexto cultural”. (p.21).
Dennis, J. (2014) ‟A Gaiola é um objecto móvel, geralmente de arame para servir de clausura
a aves e outros pequenos animais quer dizer “cadeia de aves” (p.1558). Na nossa comunidade,
a Gaiola é um objecto feito por qualquer homem em particular a geração juvenil, muito mais
meninos de uma comunidade, dentro ou fora da cidade. Eles fazem muito mais no tempo seco
para criar passarinhos alimentado com os cereais, farelo e água.
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Leite (2001) “Materiais Manipuláveis não sejam apenas um passatempo ou que caracterize
actividade vazia, faz-se necessário a elaboração de um projecto, procurando fazer um estudo
de arte didáctico e propor actividades que atendam as necessidades dos alunos e que estes
explorem suas potencialidades”. (p.23).
A gaiola é um material manipulável, e, nisto sendo usado pelos professores com recurso
didáctico na leccionação de aulas na disciplina de Matemática, goza das propriedades de
material didáctico no PEA. (Dennis, 7266).
Apoiando-se aos autores acima que descrevem Gaiola para os pássaros finalizam a enfatizar
que são objectos que não devem ser restringidos para uma determinada finalidade da
comunidade mas deve ser uma ferramenta que sirva de diversos fins resistente no uso para
manter os animais em cativeiro, especialmente pássaros e armadilhas.
2.7. A Geometria
Lima (1991) a palavra “geometria” tem origem grega e sua tradução literal é: “medir a terra é
o estudo das formas dos objectos presentes na natureza, das posições ocupadas por esses
objectos, das relações e das propriedades relativas a essas formas. Ela é construída sobre
objectos primitivos: ponto, recta, plano, espaço, entre outros. Esses objectos não possuem
definição, mas possuem características que possibilitam sua identificação. A geometria
também é responsável por propriedades das figuras geométricas.
Dionísi (2004), “a Geometria é a área da Matemática que se dedica a questões relacionadas
com forma, tamanho, posição relativa entre figuras ou propriedades do espaço, dividindo-se
em várias subáreas, dependendo dos métodos utilizados para estudar os seus problemas”
(p.18).
Virtuz (1994) “a geometria é o ramo da matemática que estuda e determina as formas,
dimensões e propriedades de figuras e corpos geométricos. Assim, analisa suas
características e medidas como perímetro, área e volume, objecto de estudo da geometria são
os poliedros, aquelas figuras tridimensionais formadas por diferentes faces que são, por sua
vez, polígonos”. (p.20).
Nesta vertente, o vocábulo geometria corresponde a união dos termos “geo” (terra) e
“metron” (medir), ou seja, a “medida de terra”é o estudo das formas dos objectos. A
Geometria é a parte mais antiga da Matemática e fundamentou todo o conhecimento básico,
desde a Arquitectura até a Astronomia.
19
Já que Pais e Freitas (1999), as configurações geométricas são desenhos que têm um status
diferenciado no ensino e na aprendizagem da geometria. Este tipo particular de desenho
contribui para formação de boas imagens mentais e assim possibilita um conhecimento muito
mais operacional, seja na formação de conceitos ou na resolução de problemas. Para estes
dois autores, as configurações permitem uma manipulação de informações geométricas de
uma forma muito mais rápida e eficiente. Através da resolução de problemas o aluno pode
desenvolver suas próprias configurações para que estas sirvam como um recurso experimental
à construção dos conceitos. Por outro lado, professores e autores de livros didácticos devem
valorizar o processo de representação plana dos conceitos geométricos com tais figuras.
Para que um desenho possa ser considerado uma configuração geométrica é necessário que
ele seja frequentemente utilizado no ensino e na aprendizagem da geometria quer seja por
professores, autores de livros ou por alunos. Na análise de livros didácticos, verificando a
existência destas configurações pode-se observar que, normalmente, em torno de três quartos
dos desenhos ilustrando determinado conceito obedecem certas características de equilíbrio.
(Pavanelo, 1983).
2.9. Recurso
Segundo Piletti (2010) “um recurso é um meio de qualquer natureza que permite alcançar
aquilo a que nos propomos.” (p. 32).
Recurso é aquele meio utilizado para cumprir um fim que, portanto, são elementos que
contribuem com algum tipo de benefício capazes de gerar a satisfação das
necessidades, ou por outra, Recursos são os diferentes meios ou auxílio que é usado
para atingir um fim ou satisfazer uma necessidade, tudo aquilo que é produtivo, ou
seja, tudo que produz algo novo e valioso para as pessoas. (Mechisse, 2011).
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Apoiando-se nas ideias dos autores, entende recursos como instrumentos de auxílios para
alcance de um determinado objectivo definido na satisfação das necessidades, portanto, os tais
recursos traduzem nova realidade de forma hábil sem constrangimentos.
2.10. Paralelepípedo
Nhêze at al (2011) “define paralelepípedo sendo um sólido geométrico cujas suas faces são
paralelogramos. Por tanto, paralelepípedo é um sólido geométrico limitado por seis
paralelogramos, sendo os paralelogramos opostos iguais”. (p. 247).
Apoiando-se nas ideias dos autores, entende aprendizagem como o resultado da estimulação
do ambiente sobre o individuo já maduro na obtenção de conhecimentos, o tal individuo que
se expressa diante de uma situação problema, sob a forma de uma mudança de
comportamento em função da experiência.
A utilização de Gaiola como recursos didácticos na sala de aula para facilitar compreensão ou
a visualização do conteúdo matemático no que refere aos paralelepípedos rectangulares é
aprovada pelo ensino tradicional, pois acreditam que esse tipo de actividade não atrapalha na
conclusão e transmissão do conteúdo. Também existem vários jogos aplicados ao conteúdo
matemático, como batalha naval, bingo da multiplicação. (Ascher, 1992).
O báculo é um instrumento matemático que transitou por vários segmentos do saber e recebeu
diferentes atributos ao longo dos séculos XV a XVII. Muitos praticantes e estudiosos de
matemáticas, principalmente aqueles que se dedicavam à agrimensura, à arquitectura não
utilizaram fluentemente este instrumento para difundir novos saberes matemáticos que possa
solidificar o conhecimento matemático em diverso campo. (Castillo, 2011, p.251).
Portanto, como dito pelos autores acima de que diversos instrumentos etnotemáticos foram
usados para diversos fins, mas com tudo não como recursos didácticos na perfeição do
conhecimento matemático, nesta respectiva que tem sido os problemas levantados por outras
pesquisas a respeito de alguns objectos que não estão sendo aproveitados no processo de
Ensino e Aprendizagem.
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Neste capítulo, fala sobre aspectos das classificações das metodologias usadas, quanto à
Abordagem, Objectivos, Natureza, Participante, Instrumento de Colecta de dados e
Procedimento de produção de dados.
3.1. Quanto à Abordagem
O estudo tem uma abordagem do cunho quali-quantitativa. Segundo Creswell (2007) essa
pesquisa decorre da necessidade de reunir dados quantitativos e qualitativos na colecta e
análise de dados em um determinado estudo. O processo de colecta de dados, a partir de
procedimentos mistos (quali-quantitativos), envolve dados numéricos ou estatísticos, bem
como informações textuais. Neste contexto, na interpretação da Gaiola o pesquisador ao
recolher e analisar os dados usou o método e técnicas estatísticas ao traduzir os dados em
tabelas, símbolos e números. Os dados qualitativos foram mediante a entrevista, a interacção
participativa e a interpretação do discurso do grupo alvo que está no local em estudo sobre o
contributo do uso da Gaiola como recurso didáctico no ensino e aprendizagem da Geometria
em particular paralelepípedo rectangular na transmissão de conhecimentos matemáticos.
matemáticos úteis embora aplicação prática imediata não foi prevista no local, mas sim trás
vantagens gerais para edificação de conhecimentos.
3.5.1. Amostra
Nesta pesquisa usou-se a amostra experimental, que segundo. (Bussab e Bolfarine, 2005) é
uma técnica de amostragem não probabilística na qual os membros da amostra são escolhidos
apenas com base no conhecimento e julgamento do investigador. Como o conhecimento do
pesquisador é fundamental na criação de uma mostra existem possibilidades de que os
resultados obtidos sejam altamente precisos com uma margem mínima de erro. (p.19). Com
esta amostragem, o pesquisador seleccionou cuidadosamente cada indivíduo para fazer parte
da amostra e os membros da amostra não foram escolhidos aleatoriamente.
Como amostra da pesquisa, trabalhou-se com duas turmas da 7ª Classe, constituidas por 72
alunos. Das quais uma turma como grupo experimental com 36 alunos e a outra de control
com 36, de ambos sexos. E também trabalhou-se com 3 (três) Professores de Matemática que
leccionam a 7ª Classe. Estes forneceram informações sobre os meios usados na leccionação
de poliedros, isto é, paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria.
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Foram escolhidos esses instrumentos uma vez que todos traduzem a obtenção das
informações sobre o tema sem restrição, como por exemplo, Entrevista semi-estruturada
permitiu para que os Professores da 7ª Classe de Matemática dessem uma opinião completa
com mais profundidades e com próprias palavras relacionadas aos meios usados na
leccionação de Poliedros em particular paralelepípedo rectangular; pré-teste e pós-teste
permitiu para que os alunos da 7ª classe se expressassem sobre a assimilação da matéria de
paralelepípedo rectangular nas aulas de Geometria com objectivo de identificar as
dificuldades que os Alunos enfrentam nos sólidos geométricos em particular paralelepípedo
rectangular.
Mouraat et al (1998) Pós-teste ‟é um questionário que permite formado pela uma série de
perguntas semelhantes as feitas no questionário do pré-teste ou são perguntas que podem ser
iguais ou apresentarem o mesmo nível de dificuldade das perguntas feitas no pré teste”.
(p.39).
Na base as idéias dos autores acima, percebem se que as perguntas do pre-teteste devem ser
referentes ao conteúdo do treinamento para avaliar o nível da compreensão e percepção das
questões; enquanto que Pos-teste é um questionário das perguntas definitivas iguais as
perguntas feitas no pré-teste.
questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos
informantes. (p.146).
Na base nessas ideias dos autores, entende-se que a entrevista semi-estruturada é aquela em
que traz um momento ao entrevistador realizar uma série de questionamentos ao grupo alvo
sem obedecer a ordem de perguntas.
Portanto, com as ideias dos autores, a validação dos instrumentos de pesquisa foi feita partir
de contemplar todos os factores do fenómeno que se desejou medir, que é o contributo do Uso
de Gaiola como recurso didáctico no Ensino e Aprendizagem de paralelepípedo rectangular
nas aulas de Geometria e verificou se os itens são susceptíveis a serem agrupados para
responder o grupo alvo da pesquisa.
27
Análise e interpretação dos resultados obtidos a cerca do tema, foram através dos
instrumentos de recolha de dados entrevista, pré-teste e Pós-teste que permitiram descrição
das informações do grupo alvo em gráficos, tabelas; Também, foram analisados de acordo
com as frequências das informações obtidas ao grupo alvo e baseando se com ideias dos
autores que fundamentam sobre o tema e depois tirou-se as conclusões baseando em problema
em estudo. Usou-se o teste t de amostras emparelhadas, para escolher este teste primeiro
testou-se a normalidade dos dados em dois grupos.
As sessões tivem intuito de fazer perceberem aos Alunos que as configurações geométricas
existentes na Gaiola se relacionam com as de Paralelepipedo rectangular. Explicou-se também
os elementos constituintes desses dois objectos como: arestas ou lados, faces ou parede,
vértices ou canto, e etc.
As sessões deu inicio no dia 20/03/2023 e terminou no dia 21/03/2023. As sessões foram
somente para a turma experimental para se verificar a verdadeira causa que fez com que os
alunos tivessem resultados insignificantes, aos Professores fez-se a entrevista onde o
pesquisador gravou áudio de toda conversa dos entrevistados no telefone. Depois dessas
actividades, no dia 25/03/2023 os Alunos da turma experimental assim como a turma de
control foram submetidos a um Pós-teste. Por fim, no mesmo dia o pesquisador despediu-se
da direcção da escola.
3.10. Procedimentos e Análise de dados
Análise de conteúdos para Bardin (2016), é um conjunto de técnicas de análise de
comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objectivos da descrição de
conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produções/recepções (variáveis inferidas) dessas
mensagens.
Para análise dos dados colectados no campo, primeiro organizou-se os documentos (Testes e
entrevistas). Escolheu-se os documentos que podem ser úteis para sua análise. Foi designado
P como professor, e organizados em ordem crescente: P1 o professor 1, P2 o professor 2, e
P3 o professor 3. Este mesmo código serviu para todos documentos. Para os alunos designou-
se PrTAnGE: Pré-Teste do Aluno n do Grupo Experimental, PoTAnGE: Pós-Teste do Aluno
n do Grupo Experimental; PrTAnGC: Pré-Teste do Aluno n do Grupo de Control e
PoTAnGC: Pós-Teste do Aluno n do Grupo de Control.
A sua análise fez-se em dois momentos: no primeiro momento, trabalhou-se com o pré-teste e
pós-teste. Onde organizou-se as notas dos alunos do pré-teste e pós-teste no papel A4 para
todos grupos, de controlo e experimental. De seguida, inseriu-se essas notas num pacote
estatístico SPSS onde designamos nas colunas conforme á cada grupo, GC 1 o que significa
pré-teste grupo de controlo, ¿ 1 pré-teste grupo experimental, GC 2 pós-teste grupo de
controlo e¿ 2 pós-teste grupo experimental. Feito isso, automaticamente saiu as tabelas com
todas as médias para cada caso.
29
Em que nessas tabelas, se verificou a normalidade dos testes, a igualdade de médias de duas
amostras emparelhadas, desvio padrão e diferença das médias do pré-teste e pós-teste nos dois
grupos (de controlo e experimental). E finalmente, fizemos a interpretação dos resultados
encontrados nas tabelas e tirar suas conclusões.
E no segundo momento que é final procurou-se explorar a entrevista, onde escutou-se o áudio
cuidadosamente e transcreveu-se tudo no Word em forma de palavras. O pesquisador releu a
entrevista para identificar as respostas dadas pelos Professores.Juntou-se todas respostas
dadas pela primeira questão e colocou-se num quadro, isso em ordem das questões existentes.
Comparando os valores de nível de significância para os dois grupos, observa-se que para o
grupo de controle possui o nível de significância menor que 0.05 (0.035) o que indica que são
dados normais.
O grupo experimental, possui um nível de significância maior que 0.05 (0.069) o que indica
que os dados não são normais. Daí que para a análise dos dados levou-se o teste t de amostras
emparelhadas.
95% Intervalo de
Erro Confiança da
Par GRUPO DE
1 CONTROLE -
-,13889 3,93630 ,65605 -1,47074 1,19296 -,212 35 ,834
GRUPO
EXPERIMENTAL
Para o resulta de pré-teste do grupo de controle e experimental com a amostra maior que 30,
construímos as seguintes hipóteses:
4.1.2. Pós-teste
Depois de se verificar que não havia diferenças significativas nos dois grupos para o pré-teste,
leccionou-se na turma experimental com o material (Gaiola) e no grupo de controle com
reforço a metodologia sugerida nos manuais de Ensino.
Em seguida, realizou-se um teste que serviu de pós-teste e seu resultado, foi testar-se a
normalidade do resultado onde os resultados obtidos constam na tabela abaixo.
Par GRUPO DE
1 CONTROLE -
-10,66667 4,11964 ,68661 -12,06055 -9,27278 -15,535 35 ,000
GRUPO
EXPERIMENTAL
Fonte: dados de pesquisa
Para o resulta de pré-teste do grupo de controle e experimental com a amostra maior que 30,
construímos as seguintes hipóteses:
H0: Se ( p>0.05 ) não há diferença das medias entre os dois grupos.
H1: Se ( p<0.05 ) há diferença entre as medias dos dois grupos.
Como o valor de p<0 aceitamos a H1 na distribuição de dados. Que há diferenças
significativas após a introdução do modelo na sala de aula.
Portanto, no que diz respeito a média das notas dos testes, verificou-se diferença
estatisticamente significante após a leccionação da aula usando a Gaiola
( t (35 )=−15,535 ; p<0.05 ) , sendo possível verificar maior média das notas no pré-teste
(M=6,0000; DP=2,57460) do que no pós-teste (M=5,6944; DP=2,44738), constatou-se a
diminuição das notas do grupo de controle após a intervenção (ver a tabela a seguir).
34
Nesta vertente, somente um (1) dos três entrevistados (P1), acabou identificando bloco de
cimento e caixa como sendo o material usado na leccionação desse conteúdo para comparar
com as configurações geométricas existentes no paralelepípedo rectangular. Diferentemente
de P2 e P3 não apontaram. Pois, são ilustrados abaixo os tais objectos usados pelos
professores na sala de aulas.
35
conceituais dando contornos e significados. È por meio dessas interacções com o meio físico e
social, que a criança constrói seu conhecimento.
Os professores inquiridos apresentam uma ideia de material didáctico local como sendo
qualquer material que auxilia o aluno na aprendizagem, ao agir como elemento motivador,
desempenhando um importantíssimo papel nas aulas de Matemática por melhorar a
compreensão dos conteúdos de forma motivante, permitindo ainda ao aluno construir o seu
próprio conhecimento. Tal como no estudo de Bruner (1962), os professores inquiridos
encaram os materiais como sendo essenciais ao desenvolvimento dos conceitos matemáticos,
auxiliando os alunos a compreenderem as situações abstractas.
5. 2. Sugestões
A direcção da Escola
Comprar Materiais Didácticos artificiais ou mesmo tradicionais para o uso na Escola
nas aulas de Matemática;
Sensibilizar aos Professores no uso de Materiais Didácticos por cada aula abordando
sua utilidade;
Promover reuniões de capacitações pedagógicas para analisar as origens, causas,
factores de fraco aproveitamento pedagógico na disciplina de Matemática.
Aos Professores
Uso incondicional de materiais didácticos locais na Escola;
Uso de materiais didacticos de fácil acesso e manipulação pelos Alunos;
Que produza o materiais didacticos para o seu uso em cada aula proporcionando o
conteúdo a tratar;
Proporcionem exercícios e tarefas que estimulem a produção de objectos didácticos e
que estimulem aprendizagens adequadas no raciocínio dos alunos;
Use materiais didácticos adequadamente na sala de aulas e proporcione o tempo para
que os seus alunos tenham oportunidade de manuseá-la;
Trazer materiais didácticos como Gaiola, e entre outros materiais para ensinar os seus
alunos os sólidos geométricos.
Aos alunos
Conhecer os objectos que o professor trás na sala de aula em suas línguas maternas
para possibilitar o professor os objectos com a segunda língua;
Devem ser capazes de produzir seus próprios conhecimentos antes de ir a escola.
Apenas o professor ira modifica-los partindo das impressões, das questões e dos
debates surgidos na sala de aula;
Deveram sempre que possível proceder leituras de diferentes livros de matemática
para compreender melhor os conteúdos;
Deve proceder consultas dos livros nas diversas bibliotecas e realizar os trabalhos de
casa e tarefas propostas;
Deve copiar como esta escrita no quadro e nos livros procedendo críticas analíticas;
para evitar copiar erros cometidos pelos professores e autores respectivamente
Evitar ausências excessivas e gazetamento das aulas nos tempos lectivos, evitar
preguiça na realização dos seus TPC's.
40
Referências Bibliográficas
Acher, M. (1992). “Etnomatemáticos”: como formas de promover diferentes experiências de
aprendizagem matemática – Brooke & Cole.
Avelino, P.C.; & Cassela, E. (2021). Artefactos Socioculturais do Cuito/bié-Angola para o
ensino da Geometria: A circunferência numa perspectiva da Etnomatemática. Revista
Electrónica de Educação Matemática.
Batista, L.; & Maria, B. (2013). Matemática: Batista e Maria Paralelepípedo rectangular,
Tópicos Básicos. Editora da Ulbra.
Botas, D. & Moreira, D. (2013). A utilização dos materiais didácticos nas aulas de
Matemática – Um estudo no 1º Ciclo. Portugal. Universidade Aberta. Revista Portuguesa de
Educação, 26(1), pp. 253-286.
ANEXOS
XLV
Anexo A-Credencial
XLVI
B-Protocolo de Entrevista
R: Bom, este conteúdo não é lá tanto dificultoso para ensinar porque você a partir da
própria caixa quando fazem aquele material didáctico e pode não ser o aluno até o
P1 professor é necessário trazer o material didáctico mostrar as crianças e a partir dai
eles também fazem.
Questão 4: Que impacto pedagógico tem na construção de uma gaiola para aprendizagem, na
introdução da matéria na aula de paralelepípedo rectangular?
R: É muito interessante e é necessário mesmo, porque não só, a própria caixa que nos
temos que nos limitar de lá, tem outros tipos de matérias no caso dessa Gaiola,
P1 porque nós muito mais usamos o bloco, mas essas caixinhas levando os papes
fazendo e colar. Mas também é necessário buscar outros conhecimentos no caso da
Gaiola e mais outros conhecimentos que os alunos podem fazer a partir de outro tipo
de material alem da caixa e bloco que serve da referência.
R: Entanto feito o material eu acredito que eles não terão dificuldades, o material
didáctico é muito bom em relação o que o professor pode escrever ou desenhar no
XLVIII
APÊNDICES
L
Esta entrevista complementa um trabalho de pesquisa que está sendo realizado no curso de licencia
tura em ensino de Matemática , que tem por finalidade fornecer dados de um estudo com objectivo
de perceber o cotributo que a Gaiola tem no estudo de configurações geométricas nas aulas de
geometria. Conto com a sua colaboração, agradecendo desde já sua atenção.
Nome completo:______________________Classe_____,Turma____,Numero
Figura 1: Gaiola
A. Da Gaiola B. De Paralelepípedo
Nome completo:______________________Classe_____,Turma____,Numero
B. Da Gaiola B. De Paralelepípedo
h) Bloco de cimento
i) Um Papel de A4
FIM
LIII
Nome completo:______________________Classe_____,Turma____,Numero
A. Da Gaiola B. De Paralelepípedo
b) Bloco de cimento
c) Um Papel de A4
FIM
LIV
Apêndice D- Figuras
G F
H E
G F Aresta lateral
H E Altura
D C
Aresta de base
Face lateral
D C A B
Paralelepípedo rectângular
A B
Paralelepípedo rectângular
Gaiola