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Universidade Save
Chongoene
2022
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Lista de abreviaturas.........................................................................................................................ii
Declaração de honra........................................................................................................................iii
Dedicatória......................................................................................................................................iv
Agradecimentos................................................................................................................................v
Resumo............................................................................................................................................vi
Abstract..........................................................................................................................................vii
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................8
1.1. Contextualização...................................................................................................................8
1.3. Problematização....................................................................................................................9
1.4. Objectivos..............................................................................................................................9
1.5. Justificativa..........................................................................................................................10
1.6. Hipóteses.............................................................................................................................10
2.2.1. Trigonometria..................................................................................................................11
2.2.1.2. Conceito.......................................................................................................................12
2.3. Triângulo.............................................................................................................................13
4
2.16.1. População.........................................................................................................................28
2.16.2. Amostra............................................................................................................................28
4.2 Leccionação..............................................................................................................................35
5
4.3.1 Análise comparativa entre o teste diagnóstico e pós- teste, no grupo I.................................42
5.1 Conclusões................................................................................................................................52
5.2 Sugestões..................................................................................................................................52
3. Referencias bibliográficas...................................................................................................53
i
Índice de ilustrações
Índice de figuras
Índice de tabelas
Índice de gráficos
Lista de abreviaturas
Declaração de honra
Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação e das orientações do
supervisor do trabalho, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
______________________________________
Dedicatória
Em meu nome pessoal dedico este trabalho a minha família, especialmente a minha mãe que
Deus a tenha e a minha esposa que sempre deu-me apoio psicológico e material, durante esta
caminhada de PEA.
v
Agradecimentos
Resumo
Esta pesquisa procura avaliar o contributo do material manipulável como recurso didáctico para
demostração de Teorema de Pitágoras. A mesma tinha intuito de pesquisar as dificuldades
apresentados pelos alunos na demostração de teorema de Pitágoras. Através de uma pesquisa
quantitativa pesquisou-se como os alunos e professores da 8ª Classe da Escola Secundaria da
Macie como desenvolve o seu trabalho no seu dia-a-dia no que concerne a demostração de
Teorema de Pitágoras. A recolha de dado foi desenvolvida através de teste que dirigiu-se ao
grupo de alunos que constituíram a amostra, tendo se realizado dois testes (pre -teste e pós-teste),
o primeiro tinha objectivo de identificar as dificuldades que os alunos apresenta na demostração
de Teorema de Pitágoras, enquanto o segundo realizou após a implementação do estudo, que
visisa aferir as potencialidades do uso de materiais manipuláveis na demostração de Teorema de
Pitágoras.
Abstract
This research seeks to evaluate the contribution of manipulable material as a didactic resource for
demonstrating the Pythagorean Theorem. It had the purpose of researching the difficulties
presented by the students in the demonstration of the Pythagorean theorem. Through a
quantitative research, it was researched how the students and teachers of the 8th grade of Macia
Secundary School, develop their work in their day-to-day with regard to the demonstration of the
Pythagorean Theorem. The collection of data was developed through a test that was addressed to
the group of students that constituted the sample, having carried out two tests (pre-test and post-
test), the first one aimed to identify the difficulties that the students present in the demonstration
of the Pythagorean Theorem, while the second carried out after the implementation of the study,
which aimed to assess the potential of using manipulable materials in the demonstration of the
Pythagorean Theorem. The results showed that the use of manipulable material as a teaching-
learning strategy for the demonstration of the Pythagorean Theorem significantly facilitates the
understanding of elements of the right triangle, the statement and the demonstration of the
Pythagorean Theorem, motivates and allows students to develop skills that make it easier for
them to relate its application to solving problems in everyday practice.
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O ensino de matemática é uma área que envolve muitos desafios, sobretudo pelo estigma que a
disciplina apresenta tais como o de ser uma matéria muito difícil, com alto nível de abstracção,
ainda pela forma como é ensinada valorizando-se muito a memorização e mecanização, dentre
outros.
Percebe-se que a maioria dos alunos desta disciplina da Escola Secundaria da Macia, apresentam
dificuldades na compreensão e assimilação dos conceitos relacionados à trigonometria, isso acaba
gerando uma grande aversão a disciplina de matemática, fazendo com que acreditem que a
matemática é abstracta, algo difícil, muito além da realidade e, muitas vezes, sem utilidade. Esse
tipo de pensamento não conduz com a essência e finalidades inicias da trigonometria, que é uma
disciplina puramente prática, cujos conceitos foram surgindo das necessidades de expansão
territorial e intelectual da sociedade humana.
Por seu turno, o uso de materiais manipuláveis, tem despertado atenção e interesse aos
professores desta área, visto que estes facilitam a compreensão da matéria a partir do momento
que possibilita ao aluno relacionar os conteúdos aprendidos com situações do seu quotidiano.
Diante dessa realidade, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o contributo do material
manipulável como recurso didáctico para demostração de Teorema de Pitágoras.
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Quanto à estrutura, o trabalho está organizado em três (3) capítulos, sendo o primeiro referente a
parte introdutória onde é apresentado o tema de pesquisa, o contexto da sua incidência, os
objectivos, as hipóteses, justificativa, o problema da pesquisa, o segundo capítulo aborda a
revisão da literatura e o terceiro capítulo comtempla a metodologia usada no trabalho.
O presente estudo pretende avaliar o contributo do uso do material manipulável como recurso
didáctico para demostração de Teorema de Pitágoras. O estudo, foi efectivado na Escola
Secundária da Macia, localizado na Província de Gaza, Distrito de Bilene, no presente ano de
2022.
1.3. Problematização
Este fenómeno resultava pelo facto dos professores, nas aulas, irem directo a resolução de
exercícios, sem primeiro debater sobre tema com os alunos. Ainda, os professores não
apresentavam o material concretizador nas suas aulas.
O material concretizador é tudo que o professor trás na sala de aula com vista facilitar a
compreensão da aula. Como avança SILVA (2016: 4), que a utilização dos materiais didácticos
ou concretizadores possibilitam que o aluno visualize e construa significado, conduzindo-o ao
raciocínio.
É com base nestas constatações que a presente pesquisa levantou a seguinte pergunta de partida:
1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo geral
Avaliar o contributo do material manipulável como recurso didáctico para demostração de
Teorema de Pitágoras.
1.4.2. Objectivo específicos
Identificar as dificuldades apresentados pelos alunos na demostração de teorema de
Pitágoras;
Descrever o contributo do material manipulável como recurso didáctico para demostração
de Teorema de Pitágoras;
Verificar o contrito do material manipulável como recurso didáctico para demostração de
Teorema de Pitágoras.
1.5. Justificativa
O ensino de Matemática sempre foi caracterizado por diversos desafios para os professores desta
área. Como já foi arrolado neste trabalho, que os alunos da 8ª Classe tinham dificuldades para
demostração de teorema de Pitágoras num triângulo rectângulo.
Esta pesquisa visa igualmente potenciar os professores em mais recursos metodológicos para o
processo de ensino e aprendizagem da trigonometria.
Espera-se também que o presente estudo possa servir de uma fonte de dados para as futuras
pesquisas do género.
1.6. Hipóteses
Os materiais manipuláveis contribuem no processo de ensino e aprendizagem da
demostração de Teorema de Pitágoras, por relacionar a aula com a vivência do aluno;
Os materiais manipuláveis constituem um recurso metodológico de ensino e
aprendizagem da demostração de Teorema de Pitágoras
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Pitágoras (560 a.c. - 500 a.c.) foi um matemático e filósofo que nasceu na ilha de Samos na
Grécia. Suas ideias em conjunto com as do, também grego,
Tales de Mileto, foram responsáveis por introduzir a matemática como ciência e oportunizar que
a mesma se desenvolvesse enormemente nos séculos seguintes aos que viveram. Pitágoras esteve
no Egipto e na Babilónia, onde absorveu os conhecimentos matemáticos desses lugares. Foi o
fundador de uma escola, dedicada ao estudo da Matemática e da Filosofia, que ficou conhecida
como escola pitagórica. Foi nessa escola onde o teorema de Pitágoras foi descoberto (FRAZAO,
2021).
Embora pouco da obra de Hiparco tenha sobrevivido, Cláudio Ptolomeu o considerava seu
antecessor mais importante. Na verdade, a disciplina da Trigonometria (que significa medição de
ângulos), criada por Hiparco por volta de 150 a. C., foi desenvolvida por Cláudio Ptolomeu. Para
seu trabalho em astronomia, foi fundamental o cálculo do comprimento de cordas e círculos -
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corda é o segmento de recta que une dois pontos do círculo, corresponde a calcular para vários
ângulos a razão trigonométrica chamada seno. (FLOOD; WILSON, 2013: 33)
2.2.1.2. Conceito
Seu emprego vem da época da Babilónia, embora os gregos sejam mais famosos no seu emprego.
O Pai da Trigonometria é o grego Hiparco de Niceia, posto que a introduziu nos estudos
científicos.
De acordo com o exposto pelos os autores, nota-se uma grande concordância quando os dois
definem a trigonometria, como uma área da matemática que estuda a relação entre os lados de um
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Segundo MUKHUNA (2019), citando Piletti (2006: 68), “os recursos de ensino são os
componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação do aluno”.
Para NICOLA, (2016: 359), citando SOUZA (2007: 111), “recurso didáctico é todo material
utilizado como auxílio no ensino aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado, pelo
professor, a seus alunos”
2.3. Triângulo
“Um triângulo é um polígono com três lados. É pois a região do plano limitada por três
segmentos de recta a, b e c (os seus lados), contíguos dois a dois nas suas extremidades A, B e C
(os vértices).” (TAVARES, 2013)
Na óptica de KESLLER (2020), “triângulo é uma figura plana fechada formada por três
segmentos de recta.”
De acordo com exposto, verificou-se uma clara concordância dos autores no que tange a
definição do triângulo, quando consideraram como uma figura ou polígono com três lados. A
diferença surgiu quando o primeiro considerava como polígono, enquanto o segundo o destacava
como figura. Na verdade, a diferencia de abordagem, não possui muita significância, mas na
óptica deste estudo podemos considerar triângulo, como um polígono formado por três lados, três
ângulos e três vértices.
C
Exemplo:
14
A B
Fonte: autor, 2022
Por seu turno, CASTRO (2021:3), considera que a classificação dos triângulos depende da
disposição dos ângulos podendo ser rectângulo, acutângulo e obtusângulo, e ainda pela
disposição dos lados podendo ser equilátero, escaleno e isósceles.
Para MACHADO (2021), os triângulos quanto às medidas dos ângulos internos os triângulos
podem ser classificados em:
Ainda pelo MACHADO (2021), os triângulos quanto às medidas dos lados, os triângulos
classificam-se em:
Vale destacar que os triângulos equiláteros também são isósceles. Por isso, uma definição mais
adequada dos triângulos isósceles seria: o triângulo que possui pelo menos dois lados
congruentes.
De acordo com os autores notou-se que os triângulos podem serem classificados tendo em conta
dois pilares, sendo o primeiro pelos seus lados e outro de acordo com os ângulos. Nesta pesquisa,
levaremos em consideração o triângulo rectângulo.
Segundo SOUSA (2011:1), um triângulo rectângulo é um triângulo que possui um dos seus
ângulos internos medindo 90º. Os lados de um triângulo rectângulo recebem o nome de
hipotenusa e catetos. A hipotenusa é o lado que fica oposto ao ângulo recto; e os catetos são os
outros dois lados.
Apesar do teorema de Pitágoras levar esse nome por, supostamente, ter sido descoberto na escola
pitagórica, existem provas concretas de que outras civilizações já o utilizavam. É o caso dos
babilónios, egípcios e chineses (LIMA et al., 2013, SOUZA, 2013). Além disso, mesmo o
teorema levando o nome de Pitágoras, não se pode afirmar que foi o mesmo o seu descobridor,
pois sabe-se que na escola pitagórica todas as descobertas eram colectivas e na época havia o
costume de atribuir todos os méritos ao mestre (WAGNER, 2006).
O teorema de Pitágoras é um resultado muito importante para a matemática, pois possui diversas
aplicações, principalmente na geometria e na trigonometria. De acordo com LIMA et al. (2013)
esse teorema é um dos mais bonitos e importantes da matemática, pois foi a partir dele que o
desenvolvimento da matemática começou.
Ao enunciar tal teorema, alguns autores utilizam uma ideia similar a utilizada por Pitágoras que
se refere à área dos quadrados formados sobre os lados de um triângulo rectângulo, é o caso de
WAGNER (2006: 4) & LIMA et al (2013: 73) que utilizam o seguinte enunciado:
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“Em qualquer triângulo rectângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma
das áreas dos quadrados que têm como lados cada um dos catetos”.
Por outro lado, diversos autores de livros didácticos de Matemática do ensino médio, apresentam
o enunciado apenas com a ideia algébrica do teorema, é o caso de SOUZA (2013: 264) e
RIBEIRO (2007: 208), que sugerem o seguinte enunciado:
“Em todo triângulo rectângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao
quadrado da medida da hipotenusa”.
Teorema de Pitágoras. Dado um triângulo rectângulo ABC, com hipotenusa medindo a e catetos
medindo b e c, como o da Figura 2, tem-se que a 2=b2 +c 2
A B
Neste trabalho, apresentaremos duas demonstrações: uma envolvendo áreas e a outra que utiliza
semelhança de triângulos e a ideia algébrica do teorema. Antes de apresenta-las, enunciaremos a
seguir dois resultados importantes da geometria que serão utilizados na construção das mesmas.
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A trigonometria não foi uma obra de uma só nação, pois há evidências de que os egípcios e os
babilónios foram responsáveis pelos primeiros indícios de rudimentos da mesma, a partir do uso
de razões entre lados de triângulos semelhantes (BOYER, 1974).
Os babilónios que tinham grande interesse pela Astronomia utilizavam esse ramo da matemática
tanto por razões religiosas, quanto pelas conexões com o calendário e as épocas de plantio
(COSTA, 1997). Já no Egipto utilizava-se triângulos rectângulos para medir a inclinação de
pirâmides, a partir do que hoje conhecemos como co-tangente de um ângulo.
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Num triângulo rectângulo os lados que formam o ângulo recto são denominados catetos e o lado
oposto ao ângulo recto denomina-se hipotenusa. No estudo das razões trigonométricas, os catetos
terão nomes distintos, um será o cateto oposto e o outro o cateto adjacente. O factor que
determina se o cateto é oposto ou adjacente é o ângulo agudo de referência, o lado oposto a esse
ângulo será o cateto oposto e o outro o cateto adjacente.
cateto oposto
sin x=
h ipotenusa
cateto adjacente
cos x=
h ipotenusa
cateto adjacente
tag x =
cateto adjacente
h ipotenusa
cossec x=
cateto oposto
h ipotenusa
sec x=
cateto adjacente
cateto adjacente
cotag x=
cateto oposto
É no início de sua vida escolar que a criança entra em contato com processo de alfabetização, não
só em sua língua materna como também na linguagem simbólica e matemática, construindo o seu
conhecimento segundo as diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo.
Com relação aos conhecimentos prévios que a criança absorve antes de iniciar sua vida escolar,
Vygotsky afirma que,
[...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola.
Em geral, o ensino da matemática precisa estar interligado e contextualizado junto as outras áreas
do conhecimento, de forma a criar um paralelo com as situações práticas do cotidiano. Portanto
os conceitos matemáticos no processo de aprendizagem devem ser abordados, explicitando sua
origem e finalidade, contribuindo assim para a formação integral do aluno.
Segundo MUKHUNA (2019), PILLET (2006), classifica os recursos de ensino em três que são:
Conforme já sublinhamos que os recursos de ensino é tudo que o professor trás dentro da sala de
aula com vista facilitar a aprendizagem dos alunos. É claro que esse material não é igual, sendo
que poder visuais, auditivos e audiovisuais como autor havia referenciado. Esta pesquisa procura
saber mais dos recursos concretos, palpáveis que são aquelas que podemos manipular.
De acordo com NICOLA, (2016: 359), citando SOUZA (2007: 112-113), sobre as vantagens de
uso dos recursos de ensino afirma que:
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Enquanto NERICI (19971:402), sobre a utilização dos recursos de ensino, afirma terem vantagem
a partir do momento que permite:
Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe noção mais exacta dos
factos e fenómenos estudados;
Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;
Facilitar a percepção e compreensão dos factos e conceitos;
Concretizar e ilustrar o que está sendo exposto verbalmente (isto é, visualizar ou
concretizar os conteúdos da aprendizagem);
Aproximar o aluno da realidade;
Desenvolver a capacidade de observação;
Desenvolver a experimentação concreta;
Economizar esforços para levar os alunos à compreensão de factos e conceitos;
Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o material
pode provocar;
Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com o
manuseio ou construção de aparelhos por parte dos alunos.
Os materiais manipulativos podem ser vistos como um recurso didáctico bastante importante,
pois actua como um motivador e explorador de ideias matemáticas de forma significativa e
prazerosa para os alunos. Porém, a escolha do material a ser utilizado deve ser realizada com
muito cuidado, tendo em vista que este recurso, segundo BORDIN E BISOGNIN “não pode ser
visto como um ‘brinquedo’ ou ‘escada’ que são adequados em determinados momentos do
processo de ensino aprendizagem” (2011, p. 3).
Dessa forma, os materiais manipulativos podem favorecer ao estudante um pensamento que possa
estabelecer as relações existentes entre o material e o conteúdo explorado, sendo estas necessárias
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A utilização deste recurso deve estar relacionada com o processo de ensino aprendizagem da
matemática, pois é visto como uma ponte que permite a passagem do conhecimento concreto para
o abstracto, a fim de contribuir com a construção do pensamento lógico matemático.
[...] permite aos alunos experiências físicas à medida que este tem contacto
directo com os materiais, ora realizando medições, ora descrevendo, ou
comparando com outro de mesma natureza. [...] permiti-lhe também
experiências lógicas por meio das diferentes formas de representação que
possibilitam abstracções empíricas e abstracções reflexivas, podendo evoluir
para generalizações mais complexas.
Observa-se que a utilização de materiais manipulativos produz um ambiente favorável para que
ocorra uma aprendizagem significativa, pois desperta a curiosidade e o interesse dos alunos
possibilitando perceber, por meio da manipulação, as relações matemáticas existentes no material
(ROSIN, 2012, p. 12).
De acordo com SARMENTO (2010: 4) a utilização dos materiais manipulativos oferece uma
série de vantagens para a aprendizagem dos alunos, as quais são:
Vale ressaltar que a participação dos alunos durante a construção do material manipulativo, é um
momento valioso que pode e deve ser explorado observando e analisando o empenho, o capricho
e a atenção de cada aluno (SARMENTO, 2012: 6).
Materiais Concretos ou Materiais Manipuláveis funcionam como um subsídio para o ensino dos
conceitos matemáticos, pois proporciona uma aprendizagem prazerosa através da manipulação de
objectos, onde o aluno pode explorar o material e consequentemente definir sua associação com o
cotidiano, e contribuindo para concepção de um novo conhecimento.
Sobre a perspectiva de que o Material Concreto deve estar relacionado ao conteúdo matemático e
não ser apenas uma ferramenta de distracção, Freitas e Bittar comentam que: “Muitas vezes,
esses materiais assumem o lugar principal no ensino e não cumprem sua função que é a de
permitir que o aluno, através de manipulações do material, construa seu conhecimento”
(FREITAS e BITTAR, 2004: 29).
A aplicação do material concreto em sala de aula faz com que o aluno, entenda e compreenda o
assunto estudado sem possíveis abstracções. Para Mendes o aluno não pode ser mero espectador,
portanto o professor de matemática deve usufruir do uso desse meio de ensino.
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a conceituação teórica, sendo necessário que o mesmo tenha tempo e liberdade para descobrir o
funcionamento do material concreto, construindo conceitos práticos após explorá-lo, conceitos
esse que serão associados à teoria do conteúdo proposto.
No momento em que existe uma troca de ideias entre alunos e o professor a respeito da
funcionalidade do material, é que as relações e conceitos matemáticos começam a ser entendidas
e pontuadas. O professor de matemática como mediador do processo de ensino/aprendizagem,
deve tratar tal recurso como um convite ao raciocínio, a exploração e descoberta, trazendo a
construção de conhecimento matemático ao alcance do aluno.
Esta pesquisa, quanto a natureza é básica estratégica. Porque para GIL (2010:26), pesquisa básica
estratégica, diz respeito àquela em que há aquisição de novos conhecimentos direccionados a
amplas áreas com vistas à solução de reconhecidos problemas práticos;
Diante do exposto, nota-se que a pesquisa básica estratégica, não pretende resolver directamente
o problema identificado, mas sim propor recomendações úteis para resolver o problema
conhecido.
Nesta pesquisa, utilizou-se os instrumentos estatísticos, tanto na colecta como no tratamento dos
dados, garantindo-se uma medição e quantificação dos dados colectados através de testes.
O método indutivo é aquele em que se utiliza a indução, processo mental em que, partindo-se de
dados particulares, devidamente constatados, pode-se inferir uma verdade geral ou universal não
contida nas partes examinadas KAUARK, at al (2010:68).
A pesquisa documental tem como fonte documentos impressos, jornais, fotos, filmes, gravações e
documentos legais. Todavia, SEVERINO (2007: 122), refere que nestes casos, os conteúdos dos
textos ainda não tiveram nenhum tratamento analítico, são ainda matéria-prima, a partir da qual o
pesquisador vai desenvolver sua investigação e análise. Desta feita, fez-se uma colecta de dados
que se mostraram úteis para a materialização dos objectivos do trabalho em análise.
A “técnica de observação é todo procedimento que permite acesso aos fenómenos estruturados. É
a etapa imprescindível em qualquer tipo ou modalidade de pesquisa” (Severino, 2007: 125).
Para LIMA (2008: 122), a observação no contexto das pesquisas de campo e de laboratórios,
pressupõe que o pesquisador examine a realidade investigada, explorando os recursos do sentido
(visão, audição, olfacto, tacto e paladar), seja um vilarejo em estudos antropólogos, uma tribo em
estudos etnológicos, uma organização em estudos organizacionais, ou uma colecção de ratos em
estudos de medicina experimental. Esta técnica, ajudou na obtenção das informações
complementares ao deslocar ao local do estudo a fim de colher dados e inteirar-se dos aspectos
ligados ao tema pesquisado.
A técnica comparativa que foi aplicada na confrontação dos resultados empíricos com certas
teorias e na aplicação de teste de hipótese na comparação de pós-teste da turma de controlo e
experimental (amostral).
2.16.1. População
Constituiu a população deste estudo os 752 alunos da 8ª Classe da Escola Secundaria da Macia.
2.16.2. Amostra
RIBEIRO et al., 2007:12 define “amostra como subconjunto de elementos de uma população.
Este subconjunto deve ter dimensão menor que o da população e seus elementos devem ser
representativos da população.”
A selecção dos elementos que irão compor a amostra pode ser feita de várias maneiras e irá
depender do conhecimento que se tem da população e da quantidade de recursos disponíveis. A
estatística inferencial é a área que trata e apresenta a metodologia de amostragem.
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Segundo THRUSFIELD (2005: 233), para determinar o tamanho de amostra, utiliza-se a seguinte
expressão matemática:
Neste novo capítulo estão apresentados e discutidos dados obtidos no trabalho de campo durante
a pesquisa feita na Escola Secundaria da Macia. A Escola apresentava 752 alunos da 8ª classe, de
curso diurno, composta por cinco turmas de manha e sete turmas de tarde. Em seguida
30
'
N ∙ ń
determinou-se o tamanho de amostra representativa ( nrep = '
, THRUSFIELD, 2005: 233).
N +n
1 1 752∙ 400
Onde: n' = 2 ; E= 0.05
⟹ n' = 2 , têm-se nrep = ⟹ nrep =261.
E 0,05 752+400
Avaliou-se quatro turmas, das quais 66 alunos da turma 01; 66 alunos da turma 02; 65 alunos da
turma 03 e 65 alunos da turma 04, com objectivo de conhecer o nível de conhecimentos prévios
destes alunos para o ensino-aprendizagem da demonstração do teorema de Pitágoras, em seguida
os resultados inseriu-se no SPSS para sua análise.
Inseriu-se os dados das quatro turmas no SPSS para análise de dados, de modo a decidir o grupo
experimental e de controlo de acordo com as médias obtidas.
Report
De acordo com os dados da tabela 1, decidiu-se que a turmas 2 e 4 constituísse o grupo I (grupo
experimental), pois apresentaram menor médias e a turma 2 e 3 constituísse o grupo II (grupo de
Controle). A escolha das primeiras quatro turmas deveu-se ao facto de as outras ainda tinham
algumas aulas em falta e ainda tinha que serem leccionadas no momento em que a pesquisa
decorreu e por não serem compostas por alunos repetentes da 8ª classe.
O gráfico 1 abaixo, ilustra os resultados do teste diagnóstico, portanto para grupo I, 9 valores foi
a mínima nota, 25% dos alunos tiveram notas inferiores a 10 valores, 50% dos alunos tiveram
notas inferiores a 11 valores, 75% dos alunos tiveram notas abaixo de 12 valores e máxima nota
foi 14, para o grupo II a mínima nota foi 9 valores, 25% dos alunos tiveram notas inferiores a 10
valores, 50% dos alunos tiveram notas inferiores a 11 valores, 75% dos alunos tiveram notas
abaixo de 12 valores e máxima nota foi 14, de acordo com o gráfico1, os dois grupos
apresentaram menor dispersão das notas.
Group Statistics
95% Confidence
Interval of the
Difference
Std.
Mean Error
Sig. (2- Differen Differen
F Sig. T df tailed) ce ce Lower Upper
Not Equal 8.633 .006 - 260 .075 -.328 .184 -.690 .034
as variances 1.785
assumed
Na tabela 2, está apresentado o tamanho de amostra (N), as médias, desvio padrão e o erro-padrão
dos dois grupos. Na tabela 3, está apresentado o teste de Levene para a homogeneidade das
variâncias e o teste t para a comparação das médias dos dois grupos, pois trata-se de amostras
independentes. No teste de Levene, as hipóteses são:
2 2
H 0 :δ I =δ II . Há homogeneidade de variâncias populacionais entre os dois grupos
2 2
H 1 : δ I ≠ δ II . Não há homogeneidade de variâncias populacionais entre os dois grupos
Na tabela 3, está apresentado o teste de Levene sig= 0,006 pelo que não se rejeita a H 0, isto é, há
homogeneidade de variâncias populacionais entre os dois grupos, assim sendo, considera-se que
as variâncias populacionais são iguais, embora desconhecidas. Ainda na tabela 3, está
apresentado o valor da estatística do teste t, para igualdade de médias, graus de liberdade e a
significância do teste.
O valor do teste ou p-value ou sig é igual a 0,75¿ 0,05(p-value é maior que o nível de
significância) não rejeitar a H 0, isto é, não há diferença significativa entre as médias duas turmas.
Por tanto conclui-se que com 95% de confiança não existe diferenças significativas dos
conhecimentos prévios entre o grupo I e II, contudo pode se prosseguir com a pesquisa na
amostra seleccionada.
4.2 Leccionação
Foi um dos momentos mais cruciais da pesquisa, neste contexto, nos dois grupos foram
leccionadas duas aulas, onde primeira aula tinha como tema: Introdução ao estudo do teorema de
Pitágoras, a segunda aula: exercícios de aplicação.
No grupo I as aulas foram leccionadas com base no uso do material manipulável para
demonstração do teorema de Pitágoras. A aula iniciou com a saudação do professor vice-versa,
controle de presenças, o professor pediu dois alunos dos quais um para definir um triângulo, e
outro para classificar os triângulos quanto aos ângulos, levantaram dois voluntários responderam
as perguntas colocadas, em seguida o professor colocou o tema no quadro, e os alunos copiaram
o tema nos cadernos, em seguida o professor fez resumo da história de Pitágoras e do seu
teorema, e expôs situações quotidianas relacionadas com o tema da nova aula, o professor a partir
de um pequeno triângulo rectângulo, indicou os elementos de um triângulo rectângulo explicou o
conceito dos catetos e da hipotenusa, em seguida pediu quatro voluntários para frente e cada um
assegurou um triângulo rectângulo em diferentes posições e a turma tinha que indicar os catetos e
hipotenusa em cada triângulo após o professor ver que os alunos conseguiam identificar os
elementos do triângulo rectângulo em diferentes posições, a partir do material manipulável (da
representação geométrica do teorema de Pitágoras) explicou que o quadrado da hipotenusa é
35
igual a soma dos quatrados dos catetos, em seguida pediu para que ao alunos preenchessem os
quadrados dos catetos com pequenos quadradinhos, então o professor perguntou como ia se
prosseguir para preencher o quadrado da hipotenusa ou será que seriam suficiente os mesmos
quadradinhos, alguns alunos concordaram que os mesmos quadradinhos seriam suficiente e
alguns descordaram. Os alunos mostraram-se muito motivados e curiosos para ver o que ia
acontecer, em seguida o professor pediu para que movessem um por um quadradinho para
preencher o quadrado da hipotenusa, e logo que alunos preenchessem completamente o quadrado
ficaram muito admirados, alguns bateram palmas e concluíram que a soma dos quadradinhos dos
catetos é igual as quadradinhos do quadrado da hipotenusa, e o professor explicou que isto só se
verifica num triângulo rectângulo a partir deste ponto de vista dos alunos o professor enunciou o
teorema de Pitágoras para os alunos, em seguida o professor ditou apontamentos, referente a
elementos de triângulo rectângulo e enunciado do teorema de Pitágoras, após disso ditou o
subtítulo (demonstração clássica do Teorema de Pitágoras) pediu para 4 voluntários para frente
dois quais, um assegurou o a quadrado de lado (a+b), e dois alunos asseguraram dois triângulos
cada, e o outro assegurou o quadrado de lado (c), e montaram todos no quadrado (a+b) então a
partir dai perceberam que a área do quadrado (a+b) é igual a soma das áreas das outras figuras, e
o professor pediu que os alunos igualassem a área do quadrado de lado (a+b) e dos quatros
triângulo e do quadrado do lado(c) e por conseguinte o professor juntos com os alunos deduziram
até que encontraram a expressão do teorema de Pitágoras, alguns alunos mostraram-se
insatisfeitos, pois queriam ver também a partir do material, então o professor pediu que
retirassem o quadrado de lado(c) explicou como mover os triângulos para encontrar a área dos
dois quadrados dos catetos e de dois a dois vinham para frente e moviam os triângulos até
encontrar a área dos dois quadrados dos catetos, e em seguida o professor pediu para
continuassem a escrever apontamentos e por fim passarem oque vinha no quadro, em seguida o
professor pediu que os alunos apresentassem duvidas, em seguida colocou exercícios no quadro
após a correcção, o professor deixou um TPC. A segunda aula também foi marcada com inicio de
saudação do professor vice-versa, em seguida chamada, o professor pediu para que os alunos
fizessem resumo da aula passada, e em seguida correcção de TPC, depois o professor colocou o
tema no quadro e ditou exercícios, o professor explicou fazer esquema dum problema e como
encontrar a solução, em seguida o professor junto com os alunos resolveram três alunos no
quadro e pediu para que os aluno apresentassem duvidas, após que da apresentação das duvidas, o
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professor pediu para resolvesse o restantes exercícios no caderno, após dos alunos terem
terminado pediu para que fizessem correcção no quadro, duas meninas e uma menina se
voluntariam para fazer a correcção, em seguida o professor pediu para que os alunos indicassem
duas situações em casa que possa se aplicar o teorema de Pitágoras e seguida o professor deixou
TPC e avisou teste para próxima aula. As imagens abaixo ilustram o momento de leccionação no
grupo I.
No grupo II as aulas foram leccionadas sem o uso do material didáctico manipulável para
demonstração do teorema de Pitágoras. A aula iniciou com a saudação do professor vice-versa,
controle de presenças, o professor pediu dois alunos dos quais um para definir um triângulo, e
outro para classificar os triângulos ao ângulos, levantaram três voluntários e responderam as
perguntas colocadas, em seguida o professor colocou o tema no quadro, e alunos copiaram o tema
nos cadernos, em seguida o professor fez resumo da história de Pitágoras e do seu teorema, e
expôs situações quotidianas relacionadas com o tema da nova aula, o professor a partir da régua e
esquadro desenhou um triângulo rectângulo no quadro, indicou os elementos de um triângulo
rectângulo explicou o conceito dos catetos e da hipotenusa, desenhou quatro triângulo
rectângulos em diferentes posições e a turma tinha que indicar os catetos e hipotenusa em cada
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que os alunos indicassem duas situações em casa que possa se aplicar o teorema de Pitágoras e
seguida o professor deixou TPC e avisou teste para próxima aula. As imagens abaixo ilustram o
momento de leccionação.
Pergunta Objectivos
O gráfico 2 abaixo, apresenta os resultados do pós-teste obtidos no grupo I, onde foram avaliados
131 alunos, a partir deste gráfico pode-se afirmar que a maioria dos alunos numa escala de 96%
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O gráfico 3, apresenta os resultados do pós-teste obtidos no grupo II, onde também foram
avaliados 129 alunos, de acordo com gráfico 3, pode-se afirmar que, o grupo II apresentou maior
percentagem de alunos que não acertaram em relação ao gráfico 2, isto é, apenas 90% souberam
identificar um triângulo rectângulo em diferentes posições, 69% conseguiram identificar os
elementos dum triângulo rectângulo em diferentes posições, 57% acertaram o enunciado do
teorema de Pitágoras, 56% conseguiram demonstrar teorema de Pitágoras e 53% souberam
aplicar o teorema de Pitágoras, como ilustra o gráfico 3.
100% 90%
80% 69%
60% 57% 56% 53%
43% 44% 47%
40% 31%
20% 10%
0%
1) 2) 3) 3.1) 4)
O gráfico 4,abaixo ilustra os resultados do pós-teste, onde o grupo I, teve 9 valores como mínima
nota, 25% dos alunos tiveram notas inferiores a 14 valores, 50% dos alunos tiveram notas
inferiores a 16 valores, 75% dos alunos tiveram notas abaixo de 16,5 valores e máxima nota foi
de 18 18 valores, para o grupo II a mínima nota foi de 9 valores, 25% dos alunos tiveram notas
inferiores a 11 valores, 50% dos alunos obteve classificações inferiores a 12 valores, 75% dos
alunos obteve notas abaixo de 14 valores e a máxima nota foi de 16,o gráfico deixa claro que o
grupo I apresenta menor dispersão das notas, em relação o grupo II e este ultimo as menores
notas entre os dois grupos.
Aplicou-se o teste t-student com objectivo de melhor perceber até que ponto o grupo I avançou
dos pré-requisitos até assimilação do novo conteúdo leccionado, obteve-se resultados a seguir:
Com nível de confiança de 95%, isto é, nível de significância é de 0,05. Tratando-se de teste
unilateral, a comparação do nível de significância e o valor do teste é dividido por dois. Rejeitar a
hipótese nula sempre que valor do teste (p-value/sig) 2¿ 0,05.
Paired Differences
95% Confidence
Interval of the
Difference
Std. Std.
Deviatio Error Sig. (2-
Mean n Mean Lower Upper t df tailed)
Na tabela 5, está apresentado o tamanho de amostra (N), as médias, desvio padrão e o erro-padrão
dos dois grupos. Pela tabela 6, o valor do teste/p-value- sig é 0,022 com E=0,05, como trata se
0.022
de teste unilateral, então p−value/ sig= = 0.0115. Portanto 0.011 ¿ 0.05, decisão a tomar é
2
rejeitar a hipótese nula, isto é, a média do pós-teste é maior que a média do teste diagnostico.
Conclui-se com 95% de confiança que no grupo I, houve uma melhoria significativa da média
depois a leccionação.
Para melhor perceber até que ponto o grupo II avançou desde os pré-requisitos até a assimilação
do novo conteúdo, com base no teste t-student foi analisado o teste diagnóstico e o pós-teste:
Paired Differences
95% Confidence
Interval of the
Difference
Std. Std.
Deviatio Error Sig. (2-
Mean n Mean Lower Upper t df tailed)
Na tabela 8 verifica-se, o valor do teste ou p-value- sig é igual a 0,186 com E=0,05, como trata-
0.186
se de teste unilateral, então p−value= = 0.093. Portanto o p-value/sig é igual 0.093 e 0.093
2
¿ 0.05, contudo a decisão a tomar é não rejeitar H 0, isto é, a média do teste diagnóstico é maior
ou igual a pós-teste. Conclui-se com 95% de confiança que no Grupo II, não houve uma melhoria
significativa depois da leccionação pelo método tradicional.
Em seguida, os dados foram inseridos no SPSS, aplicou-se o teste t-student, para avaliar se
depois da leccionação com métodos diferentes, o grupo I e II apresentam ou não, diferenças
significativas das médias, conforme os passos a seguir:
Com nível de confiança de 95%, isto é, o nível de significância é de 0,05. Tratando-se de teste
bilateral, a comparação do nível de significância e o valor o teste é directa, portanto, rejeitar a
hipótese nula sempre que o p-value/sig ¿ 0,05 .
Group Statistics
95% Confidence
Interval of the
Difference
Std.
Mean Error
Sig. (2- Differe Differe
F Sig. T df tailed) nce nce Lower Upper
Not Equal .073 .787 13.32 260 .006 3.206 .241 2.732 3.680
as variances 5
assumed
Na tabela 9, está apresentado o tamanho de amostra (N), as médias, desvio padrão e o erro-padrão
das duas turmas. Na tabela 10, está apresentado o teste de Levene para a homogeneidade das
variâncias e ao teste t para a comparação das médias dos dois grupos, pois trata-se de amostras
independentes. No teste Levene, as hipóteses são:
2 2
H 0 :δ I =δ II . Há homogeneidade de variâncias populacionais entre os dois grupos.
2 2
H 1 : δ I ≠ δ II . Não há homogeneidade de variâncias populacionais entre os dois grupos.
Na tabela 10, nota-se o que o teste de Levene sig= 0,073 pelo que não se rejeita a H 0, isto é, há
homogeneidade de variâncias populacionais entre os dois grupos assim sendo, considera-se que
as variâncias populacionais são iguais, embora desconhecidas, está apresentado o valor da
estatística do teste t, para igualdade de médias, graus de liberdade e a significância do teste.
O valor de teste ou p-value/sig é igual a 0,006¿ 0,05 (p-value/sig é menor que o nível de
significância), pelo que se rejeita a H 1 , isto é, houve diferença significativa entre as médias do
grupo I e II. Conclui-se com 95% de confiança, que depois da leccionação nas duas turmas com
métodos diferentes, houve diferença significativa entre as médias do grupo I e II, e verificando na
tabela 9, a média do pós-teste do grupo I é muito maior que a média do grupo II.
Com base no resultado do teste t, o uso de material didáctico manipulável como estratégia de
ensino-aprendizagem da demonstração do Teorema de Pitágoras, contribuí positivamente no
processo de ensino-aprendizagem da demonstração do Teorema de Pitágoras, facilita a
compreensão e desenvolve a capacidade dos alunos em relacionar a aplicação do teorema de
Pitágoras na resolução de problemas quotidianos, pois o resultado do teste, mostra que o grupo I
melhorou o rendimento significativamente no pós-teste. Por tanto pode-se firmar que a falta de
interesse e as dificuldades dos alunos no PEA da demonstração do teorema de Pitágoras está
aliada a metodologia empregada para o ensino tendo visto que o rendimento foi contrário com o
observado no grupo II.
50
O gráfico 5 ilustra duma forma sumária o comportamento dos dois grupos durante o teste
diagnóstico e o pós-teste. De acordo com gráfico 5, no teste diagnóstico o grupo I apresentou
baixas notas, mas não houve diferença significativa com o grupo II, no pós-teste nota-se o grupo I
melhorou as notas anteriores do mesmo e do grupo II, ainda nota-se que no grupo II apenas
houve a redução da dispersão das notas, mas não houve aumento significativo da média nem
diferença significativa com as notas do teste diagnóstico, nem com o grupo I.
51
5.1 Conclusões
Com os resultados obtidos, conclui-se que o uso de material manipulável como estratégia de
ensino-aprendizagem da demonstração do Teorema de Pitágoras, facilita significativamente a
compreensão de elementos do triângulo rectângulo, do enunciado e da demonstração do Teorema
de Pitágoras, motiva e permite aos alunos o desenvolvimento de habilidades que lhes facilitam
relacionar aplicação do mesmo na resolução de problemas na prática quotidiana. Pelos resultados
obtidos ainda conclui-se que os alunos da 8ª classe tem tido grandes dificuldades no processo de
ensino-aprendizagem da demonstração e aplicação do teorema de Pitágoras, mas que estes erros e
dificuldades estão aliados à metodologia empregada para o ensino deste conteúdo.
O trabalho deixou claro que se o professor abordar esta matéria, pela primeira vez em forma de
um enunciado o aluno não se sentirá atraído nem motivado a aprender. A falta de emprego de
material didáctico manipulável para o ensino-aprendizagem deste teorema tem causado
desinteresse dos alunos na aprendizagem do mesmo, este cenário é contrário quando há emprego
de material didáctico manipulável, pois em primeiro lugar proporciona um ambiente de
motivação interacção e socialização na sala de aula; autonomia e segurança e, consequentemente,
uma aprendizagem significativa.
5.2 Sugestões
3. Referências bibliográficas
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LAKATOS, E.M. & MARCONI, M.A. (1989), Metodologia Científica. Ciência e Conhecimento
Científico, Métodos Científicos, Teoria, Hipóteses e Variáveis. 1ª Edição, Editora Atlas
S.A: São Paulo.
LIMA, E. L & WAGNER, A. Temas e Problemas Elementares. 12 ed. Rio de Janeiro: SBM.
2006
LIMA, E. L. et al. Temas e Problemas Elementares. 12. ed. Rio de Janeiro: SBM: Sociedade
Brasileira de Matemática, 2006.
LIMA, E. L.: Matemática e Ensino (Coleção do Professor de Matemática) - 2a. edição. SBM: Rio
de Janeiro, 2003.
MARCONI & LAKATOS. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª Edicao. São Paulo. 2003
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SEVERINO, José Guilherme, Silva (2007), Metodologia de pesquisa científica na prática. 1.ed.
Curitiba: Editora Fael, Portugal.