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PROFMAT
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
MACEIÓ
2017
MAX CAVALCANTE DA SILVA
Maceió
2017
Catalogação na fonte
Universidade Federal de Alagoas
Biblioteca Central
Bibliotecário Responsável: Janaina Xisto de Barros Lima
Bibliografia: f. 41.
Apêndices: f. 45-50.
Anexos: f. 51-60
CDU: 511.55:37
Este trabalho é dedicado a minha família, que tantas vezes penou
com minha ausência, por me dedicar ao
curso durante os dois anos.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, quero agradecer a Deus, por me ter dado forças e não ter dei-
xado desistir, mesmo diate de todas as dificuldades que passei.
Gostaria de agradecer a Geraldo Perreira, por ter me apresentado o curso e ter
me convencido a realiza-lo.
Gostaria de agradecer também aos meus professores, que de uma forma ou
de outra, contribuíram significativamente para o meu desenvolvimento profissional, ao
longo desses dois anos de curso.
Meus agradecimentos ao meu orientador Prof. Dr. Luis Guillermo Martinez,
pela paciência e direcionamentos, na realização dessa dissertação.
Meus sinceros agradecimentos aos meus colegas de sala e amigos, Ane, Ju-
vino, Camila, Eduarda, Luana, Josivaldo, Peixoto, Newton, Henrique, Humberto, Lean-
dro, Givaneide, Wilson, Roberto, Fabiano, Cristiano, Fernando e Erlando, que tantas
vezes me ajudaram ao longo da nossa jornada.
Em especial gostaria de agradecer a Ane, pelo carinho, palavras de apoio e
incentivos, ao Peixoto pela confiança em me indicar para o Colégio Madalena Sofia e
ao Josivaldo pela cumplicidade/amizade durante o curso.
Matemática da vida: A amizade "soma".
O amor "multiplica". O ódio "divide".
A inimizade "diminui".
Alvaro Granha Loregian
RESUMO
There is a great importance for a mathematical education that a valuing work has done
about the subject learned in classroom. We need to insert mathematics into the stu-
dent’s routine, to make sense and to the student feels motivated to study. The propose
of this essay is to show that a part of the contents can be contextualized, showing ap-
plications of quadratic functions in the sciences, without losing all rigor and elegance
of mathematics, and giving as vestibular example, to increase even more in interest of
the student by the discipline, since a good part of the students study with an orientation
to do a vestibular test.
Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 UM POUCO DE HISTÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 As equações do 2o. grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Contexto histórico das funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Contexto histórico das funções quadráticas . . . . . . . . . . . . 10
4 AS FUNÇÕES QUADRÁTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1 A função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.2 Raízes da função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.3 Representação gráfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.3.1 A construção da parábola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8
5 APLICAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.1 Física . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.2 Química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.3 Biologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.4 Dia a dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6 RELATO DE AULAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.1 1o. Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.2 2o. Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.3 3o. Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Apêndice A - Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Apêndice B - Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Apêndice C - Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
1 INTRODUÇÃO
2 UM POUCO DE HISTÓRIA
ax2 + bx + c = 0
√
−b ± ∆
x= , onde, ∆ = b2 − 4ac
2a
Contudo, convêm destacar que existem varias outras formas de resolver estas
equações.
povos mais antigos, onde podemos destacar os babilônicos, de onde temos conheci-
mento de tábuas de quadrados, cubos e de raízes quadradas.
Contudo foi a partir do século XVII onde começou a surgir o desenvolvimento
da noção de função, estimulado pela procura em estabelecer as leis do movimento,
destacamos nesta procura Keppler(1571-1630), Galileo(1564-1642).
Já no século XVIII a partir da analise matemática, o matemático Alemão Leibniz
usa pela primeira vez o termo função para designar a relação de dependência entre
termos. A nova noção de função foi publicada por Bernoulli em um artigo no ano
de 1718 em Paris com a seguinte definição "Chamamos função de uma grandeza
variável uma quantidade composta, de um modo qualquer, desta grandeza variável e
de constantes"(Opera Omnia Vol.II, p. 241).
Mais tarde em 1748 Euler (1707-1783) propõe a seguinte definição "Se x é uma
quantidade variável, então toda quantidade que depende de x de qualquer maneira,
ou seja, determinada por aquela, chama-se função da dita variável"(Opera Omnia, ser.
I Vol.III, p. 17)
Somente no século XIX apareceu o significado mais amplo dado por Peter Dir-
chlet, Dedekind e Cantor, que é semelhante a definição que temos atualmente, a
função como uma relação entre os elementos de dois conjuntos satisfazendo determi-
nadas condições.
Exemplo 3.2. A equação −3x3 + 4x2 − 3x + 2 = 0, não é uma equação do 2o. grau.
Quando falamos em equações quadráticas podemos ter até duas soluções re-
ais distintas. E essas soluções podem ser encontradas de varias maneiras a depender
do tipo da equação. Convém destacar que os valores dos coeficientes b e c podem ser
iguais a zero, fazendo com que a equação receba o nome de incompleta. Para efeito
de resolução é muito importante identificar o tipo, para escolher o método mais prático
de resolvê-la.
3.2.1 Tipo 1
3.2.2 Tipo 2
r
−(−8)
Solução: Na equação dada a = 2 e c = −8, assim temos x = ± =
2
√
r
8
± = ± 4 = ±2, logo S = {−2, 2}.
2
Exemplo 3.5. Qual o conjunto solução da equação 9x2 + 16 = 0 em R ?
r
−16
Solução: Na equação dada a = 9 e c = 16, assim x = ± , onde obser-
r 9
−16
vamos que ∈
/ R , logo S = ∅.
9
3.2.3 Tipo 3
√ 0
Solução: Na equação dada a = 2 e √
b = 10, assim
√ temos que: x = 0 e
−10 −10 2 −10 2 √
x” = √ , racionalizando temos x” = √ · √ = = −5 2, e com isso
√2 2 2 2
S = {−5 5, 0}.
3.2.4 Tipo 4
3.2.4.1 Fatoração
8
Solução: Para completar o quadrado observamos que = 4 e que 42 = 16,
2
logo se acrescentarmos 6 a ambos os membros da equação termos:
x2 + 8x + 10 = 0 ⇒ x2 + 8x + 10 + 6 = 6
⇒ x2 + 8x + 16 = 6
⇒ (x + 4)2 = 6.
√ √
De onde temos que x0 = − 6 − 4 e x” = 6 − 4.
3.2.4.3 Bháskara
bx c b2 c b2 c
x2 + + + 2− = 2− .
a a 4a a 4a a
17
bx c b2 c b2 − 4ac
x2 + + 6 + 2− 6 = ,
a a 4a a 4a2
bx b2 b2 − 4ac
x2 + + 2 = .
a 4a 4a2
s 2 r
b b2 − 4ac
x+ = ,
2a 4a2
√
b b2 − 4ac
|x + | = ,
2a √ 2a
b b2 − 4ac
x+ = ± ,
2a √ 2a
b2 − 4ac b
x = ± −
2a
√ 2a
2
−b ± b − 4ac
x =
2a
3.3.1 Problema 1
Tem-se uma sala quadrada de área 25m2 . Deseja-se ampliar a mesma para
que tenha uma área de 30m2 , quais serão as novas dimensões dessa sala?
Solução: Como a sala era quadrada e tinha área de 25m2 podemos concluir
que o comprimento do lado da sala é de 5m, como será ampliada, teremos que o
novo comprimento será (5 + x), e atendendo ao desejado, sua área deve ser 30m2 ,
19
assim termos (5 + x)2 = 30, que tem o formato apresentado no método de completar o
√ √
quadrado mostrado acima, logo as soluções são x0 = 30 − 5 e x” = − 30 − 5, como
x é um comprimento, não convêm ser negativo e com isso o aumento no comprimento
√
da sala será de 30−5 ∼= 0, 48m, e portanto a sala deverá ter aproximadamente 5, 48m
de comprimento para ter uma área de 30m2 .
3.3.2 Problema 2
PC · PD = PB · PA
(x + 8) · x = (10 + 6) · 6
x2 + 8x = 96
x2 + 8x + 16 = 112
√ √
(x + 4)2 = 112, logo x = ± 112 − 4 = ±4 7 − 4.
√
Como x é uma distância temos x = 4 7 − 4 ∼
= 6, 58cm
3.3.3 Problema 3
4 AS FUNÇÕES QUADRÁTICAS
4.1 A função
Definição 4.1. Uma função f : R → R chama-se quadrática quando são dados núme-
ros reais a,b e c, com a 6= 0, tais que f (x) = ax2 + bx + c, para todo x ∈ R.
Convém salientar que as funções quadráticas podem ser identificadas por trinô-
mios do segundo grau, mesmo havendo uma sutil diferença entre os dois conceitos.
Isso nos permite observar que os coeficientes a, b e c de uma função quadrática ficam
inteiramente identificados pelos valores que a função assume.
Exemplo 4.1. Seja f : R → R definida por f (x) = ax2 + bx + c, tal que f (1) = 1,
f (−2) = −2 e f (3) = 23, determinemos f encontrando os valores de a, b e c.
Como f (1) = 1, temos que a · (1)2 + b · (1) + c = 1, o que implica em a + b + c = 1.
Do mesmo modo, como f (−2) = −2, temos que a · (−2)2 + b · (−2) + c = −2, o que
implica em 4a − 2b + c = −2.
Temos ainda que f (3) = 23 e com isso a · (3)2 + b · (3) + c = 23, o que implica em
9a + 3b + c = 23.
1 1 1 1 1 1
det D = 4 -2 1 = 30, det A = -2 -2 1 = 60,
9 3 1 23 3 1
22
1 1 1 1 1 1
det B = 4 -2 1 = 90, e det C = 4 -2 -2 = −120.
9 23 1 9 3 23
detA 60
Logo a = = = 2,
detD 30
detB 90
b= = =3e
detD 30
detC −120
c= = = −4.
detD 30
Exemplo 4.3. O número 4 não é raiz da função f : R → R dada por f (x) = 2x2 − 3x,
pois f (x) = 2(4)2 − 3(4) = 32 − 12 = 20.
As funções quadráticas podem ter até 2 raízes reais distintas, a maneira mais
prática de determiná-las é fazer f (x) = 0 e resolver a equação do 2o. grau resultante
por um dos métodos apresentado anteriormente.
Exemplo 4.4. Determine caso haja as raízes da função f : R → R dada por f (x) =
3x2 − 16x.
Solução: Fazendo f (x) = 0 temos 3x2 − 16x = 0, uma equação do tipo 3, sendo a = 3
16
e b = −16, as raízes de f serão x0 = 0 e x” = . Podemos perceber que de fato
2 3
162 162
2 16 16 16
f (0) = 3 · 0 − 16 · 0 = 0 e que f =3 − 16 = − =0
3 3 3 3 3
23
Exemplo 4.5. Determine caso haja as raízes da função f : R → R dada por f (x) =
x2 + 4x + 4.
Solução: ao fazermos f (x) = 0 temos x2 + 4x + 4 = 0, uma equação do tipo 4,
podemos resolvê-la facilmente por fatoração, uma vez que o primeiro membro é um
trinômio quadrado perfeito, assim temos x2 + 4x + 4 = 0 ⇒ (x + 2)(x + 2) = 0 e assim
x0 = x” = −2, dizemos que a função f possui duas raízes reais iguais.
Exemplo 4.6. Determine caso haja as raízes da função f : R → R dada por f (x) =
2x2 − x + 1.
Solução:Fazendo f (x) = 0 temos 2x2 − x + 1 = 0, uma equação do tipo 4, usando a
formula resolutiva de Bháskara teremos, a = 2, b = −1 e c = 1, assim ∆ = (−1)2 −
4 · 2 · 1 = −7, como dito, quando o valor do discriminante é negativo a equação do 2o.
grau não possui solução real e com isso a função também não terá raízes.
4. 1.
3. A B
2. −1.
−1. 0 1. 2. 3.
1. −2. f
A B −3.
−1.
−1. 0 1. 2. 3. 4. −4.
−2. −5.
f (x) = x2 − 4x + 3 f (x) = −x2 + 4x − 3
Podemos observar que a parábola sempre será simétrica em relação a sua reta
focal.
Demonstraremos que é possível associar uma equação do 2o. grau a uma parábola em
função das coordenadas de seu vértice V = (x0 , y0 ) e de seu parâmetro 2p.
Por simplicidade consideraremos o caso em que a diretriz da parábola é para-
lela ao eixo das abscissas e o vértice está acima da reta diretriz.
dC,f = dC,r
p
(x − x0 )2 + (y − (y0 + p))2 = (y − (y0 − p))
p
( (x − x0 )2 + (y − (y0 + p))2 )2 = (y − (y0 − p))2
(x − x0 )2 = 2y(2p) − 4y0 p
(x − x0 )2 = 4yp − 4y0 p
(x − x0 )2 = 4p(y − y0 )
.
De modo análogo, podemos determinar a equação associada a parábola no
caso em que a diretriz é paralela ao eixo das ordenadas.
4p(x − x0 ) = (y − y0 )2
26
4. reta s
y0 + p F
3.
y0 p V
2.
r p A
1. reta r
−2. −1. 1. 2.
x03. 4.
0
−1.
−2.
1
y = (x − x0 )2 + y0
4p
x2 x0 x x20
y = − − + y0 .
4p 2p 4p
x2 x0 x x20
f (x) = − + + y0 ,
4p 2p 4p
Exemplo 4.7. Determine a função associada a parábola que tem vértice V=(2,3) e
parâmetro 6.
x2 x0 x x20
Solução: Sendo f (x) = − + + y0 , x0 = 2, y0 = 3 e 2p = 6, temos
4p 2p 4p
x2 2x 9
f (x) = − + +3
12 6 12
x2 x 15
f (x) = − + .
12 3 4
27
f 2.
1.
x1 x2
u−2. v
−3. −1. 0 1. 2. 3.
Raiz de f −1. Raiz de f
−2.
2.
x1 x2
−4.
−6.
1 1
a= ⇒p=
4p 4a
−x0 −x0 −b
b= = ⇒ b = −2ax0 ⇒ x0 =
2p 6 2 · 641a 2a
x20 − 4py0 x2
c= = 0 − y0 ⇒ y0 = c − x20 · a, com isso,
4p 4p
2
−b b2 b2
y0 = c − ·a=c− 2 ·a=c− ,
2a 4a 4a
2 2
4ac − b −(b − 4ac)
y0 = = .
4a 4a
Podemos agora dada uma função quadrática, determinar seu valor máximo ou mínimo
através de seus coeficientes a, b e c.
31
5 APLICAÇÕES
5.1 Física
Exemplo 5.1. Um foguete caiu depois de lançado, devido a uma pane no sistema
de navegação, a trajetória do foguete até sua queda e representada pela função
h = 12, 5 + 30t − 2, 5t2 . Pede-se:
a) a altura máxima (m) atingida pelo foguete, após quanto tempo (mim) isso ocorreu?
b) Ao partir, qual a altura do foguete em relação ao solo
c) Após quantos minutos, ao partir, o foguete atingiu o solo.
a = −2, 5; b = 30 e c = 12, 5
Exemplo 5.2. (FMTM-MG) Na figura, o plano vertical que contém o garoto, a bola e
o aro é um sistema de coordenadas cartesianas, com as unidades dadas em metros,
em que o eixo x está no plano do chão. A partir da posição (0,1) o garoto joga uma
32
bola para o alto. Esta descreve uma parábola, atinge a altura máxima no ponto (2,5)
e atinge exatamente o centro do aro, que está a 4 m de altura. Desprezando as
dimensões próprias da bola e do aro, a coordenada x da posição do aro é igual a:
a) 2,5
b) 3,0
c) 3,5
d) 4,0
e) 4,5
Solução: Como a bola descreve uma parábola seu movimento pode ser es-
tudado por uma função do segundo grau f (x) = ax2 + bx + c. Lendo atentamente o
enunciado percebemos que
f (0) = 1 ⇒ c = 1, e que f (2) = 5 ⇒ a · 22 + b · 2 + 1 = 5 ⇒ 2a + b = 2.
Uma outra informação importante é que o ponto (2,5) é o vértice (Altura máxima), com
−b
isso temos que o xv = 2 e assim obtemos 2 = ⇒ 4a = −b ⇒ 4a + b = 0, motamos
2a
agora um sistema nas incógnitas a e b.
2a + b = 2
4a + b = 0
Resolvendo o sistema temos a=-1 e b=4. Assim a função que representa o movimento
da bola será f (x) = −x2 + 4x + 1, fazendo f(x)=4 temos −x2 + 4x + 1 = 4 ⇒ −x2 +
4x − 3 = 0 resolvendo a equação resultante, observamos que a’=-1,b’=4 e c’=-3. Logo
−4 ± 2
∆ = 42 − 4 · (−1)(−3) = 4 e com isso x = ⇒ x0 = 1 e x” = 3.
2 · (−1)
Como aro está depois do ponto (2,5) podemos concluir que a coordenada de sua
abcissa é 3m.
5.2 Química
Exemplo 5.3. (UNI-RIO) Num laboratório é realizada uma experiência com um ma-
terial volátil, cuja velocidade de volatilização é medida pela sua massa, em gramas,
que decresce em função do tempo t, em horas, de acordo com a fórmula m = −32t −
3t+1 + 108. Assim sendo, o tempo máximo de que os cientistas dispõem para utilizar
33
a = −1, b = −3 e c = 108
Tempos Concentração
1 3
2 5
3 1
Solução: Como foi dito que a linha que passa pelos pontos é uma parábola,
a função que representa a relação é uma função do 2o. grau, logo C(t) = at2 + bt + c,
onde C é a concentração em t segundos. Para encontrarmos a concentração em
t=2,5s precisamos determinar o valor dos coeficientes a,b e c.
34
C(1) = a · 12 + b · 1 + c = 3 ⇒ a + b + c = 3
C(2) = a · 22 + b · 2 + c = 5 ⇒ 4a + 2b + c = 5
C(3) = a · 32 + b · 3 + c = 1 ⇒ 9a + 3b + c = 1
Resolvendo
o sistema
pela regra de Cramer teremos:
1 1 1 3
4 2 1 5 como sendo a matriz do sistema.
9 3 1 1
1 1 1
D = 4 2 1 como matriz dos coeficientes, cujo determinante é −2.
9 3 1
3 1 1
Da = 5 2 1 como matriz dos coeficientes aplicada a (a), cujo determi-
1 3 1
nante é 6.
1 3 1
Db = 4 5 1 como matriz dos coeficientes aplicada a (b), cujo determi-
9 1 1
nante é −22.
1 1 3
Dc = 4 2 5 como matriz dos coeficientes aplicada a (c), cujo determi-
9 3 1
nante é 10.
Da 6 Db −22 Dc 10
a= = = −3, b = = = 11 e c = = = −5.
D −2 D −2 D −2
Temos com isso que a função que representa a concentração é dada por C(t) =
−3t2 + 11t − 5, como a questão pediu o valor da concentração em t=2,5s, basta fazer
35
C(2,5).
C(2, 5) = −3 · (2, 5)2 + 11 · (2, 5) − 5 = 3, 75, portanto a resposta é 3,75 mols.
5.3 Biologia
Exemplo 5.5. (UFSM) Um laboratório testou a ação de uma droga em uma amostra
de 720 frangos. Constatou que a lei de sobrevivência do lote de frangos era dada pela
relação V (t) = at2 + b, onde V (t) é o número de elementos vivos no tempo t(meses).
Sabendo-se que o ultimo frango morreu quando t=12 meses após o inicio da experi-
ência, a quantidade de frangos que ainda estava viva no décimo mês é:
Solução: Como inicialmente tinham 720 animais temos que, V (0) = 720 ⇒
a · 0 + b = 720 ⇒ b = 720, a outra informação dada diz que todos os animais morreram
depois de 12 meses, com isso V (12) = 0 ⇒ a · 122 + b = 0, como b = 720, temos
que, a · 144 + 720 = 0 ⇒ a = −5. Portanto V (t) = at2 + b pode ser expressa por
V (t) = −5t2 + 720, podemos agora determinar o número de animais no décimo mês
fazendo V (10) = −5(10)2 + 720 ⇒ V (10) = 220. Assim o número de animais vivos no
décimo mês era de 220.
Determine:
a) a equação da reta;
b) o dia em que as plantas A e B atingiram
a mesma altura e qual foi essa altura.
Solução:
a) Para determinarmos a equação da reta, basta observar que ela passou pelos pon-
36
tos (0,0) e (2,3), assim temos que y = ax + b para os pontos dados, resulta em
3 3
0 = a · 0 + b ⇒ b = 0 , 3 = a · 2 + 0 ⇒ a = e com isso obtermos Y = x = f (x).
2 2
b) (I) Para descobrir em que dia atingiram a mesma altura basta igualar as funções que
representam as alturas e resolver a equação decorrente da igualdade, assim temos
24x − x2 3x
= ⇒ −2x2 + 48x = 36x ⇒ −2x2 + 12x = 0.
12 2
Resolvendo a equação do 2o. grau Tipo 2 teremos a=-2 e b=12, logo x0 = 0 e x” =
−12
= 6.
−2
Portanto as plantas atingiram a mesma altura no dia 6.
(II) Para determinar a altura basta fazer x=6 na função que descreve o cresci-
24 · 6 − 62
mento da planta B, assim f (6) = = 9m.
12
Exemplo 5.7. Um avião de 100 lugares foi fretado para uma excursão. A companhia
exigiu de cada passageiro R$ 800,00 mais R$ 10,00 por cada lugar vago. Para que
número de passageiros a rentabilidade da empresa é máxima?
Solução:
Sendo n o número de passageiros que participarão da excursão, (100 − n) será o
número de lugares vagos. O valor pago por cada passageiro que participar será
R$ 800+R$ 10, 00·(100−n), e com isso o valor da receita R arrecadada pela empresa
para n pessoas participantes será R(n) = n(800 + 10(100 − n)) . Desenvolvendo os
produtos teremos
Como podemos perceber a receita arrecadada pela empresa é uma função quadrática
do número de pessoas participantes da excursão, logo para determinar o número de
pessoas que irá gerar a maior receita devemos encontrar o valor de n do vértice da
−b
função, sendo assim n = onde a = −10 e b = 1800, obtemos com isso n =
2a
−1800
= 90. A titulo de informação a máxima receita arrecadada será R(90) = −10 ·
2(−10)
902 + 1800 = 81000.
Exemplo 5.8. O diretor de uma orquestra percebeu que, com o ingresso a R$ 9,00,
em média 300 pessoas assistem aos concertos e que, para cada redução de R$ 1,00
no preço dos ingressos, o público aumenta de 100 espectadores. Qual deve ser o
preço do ingresso para que a receita seja máxima?
Solução:
Sendo x o valor em reais diminuído do preço do ingresso, 100x será o aumento de
espectadores no concerto, logo o valor da receita obtida em função do valor x de
desconto será de R(x) = (9 − x)(300 + 100x), desenvolvendo o produto teremos
R(3) = 3600
É possível observar que a área do terreno do prédio será 12x2 e que o períme-
tro do mesmo será de 14x. Com base nas informações sobre o imposto fornecidas
pelo enunciado da questão, teremos o imposto em função da constante de proporci-
onalidade x dado por I(x) = 12x2 · 7 + 2500 − 14x · 60 = 84x2 − 880x + 2500. Como
podemos observar o valor do imposto é uma função quadrática da constante x de pro-
porcionalidade, para obter o mínimo imposto devemos encontrar a constante de pro-
−b
porcionalidade x que gere o menor imposto, ou seja x = , onde a = 12 e b = −880,
2a
−(−880)
com isso x = ≈ 5, 238.
2 · 84
Portanto as dimensões do prédio para que o imposto a ser pago seja mínimo é
3 · 5, 238 = 15, 714m e 4 · 5, 238 = 20, 952m, e o valor mínimo do imposto será I(5, 238) =
84(5.238)2 − 880(5, 238) + 2500 = 195, 23.
1
2(300pl) 2 6 30p + 10l, substituindo pl temos
1
2(300 · 300) 2 6 C(p, l)
2 · 300 6 C(p, l)
l2 − 60l + 900 = 0
∆ = (−60)2 − 4 · 1 · 900
p = 10
6 RELATO DE AULAS
No primeiro dia fiz uma sondagem com os alunos e constatei que eles tinham
uma boa noção a respeito do que é uma função, o que facilitou um pouco o desenrolar
das aulas.
No segundo momento, falei um pouco da história da matemática no que se
refere a as funções quadráticas e chamou-me a atenção a curiosidade dos alunos
em saber como surgiu esse conteúdo, o que despertou o interesse do aluno foi a
descrição que dei, afirmando que o conteúdo foi desenvolvido a partir da tentativa de
entender fenômenos naturais ou resolver problemas físicos(ver Anexos A, B e C).
Como bem sabemos é imprescindível para o aluno entender funções do 2o. grau,
dominar a resolução de equações do 2o. grau, com base nisso , mostrei aos alunos
várias formas de resolver uma equação do 2o. grau, a depender do tipo da equação.
Percebi que os alunos já haviam estudado as equações e sua resolução pelo mé-
todo resolutivo de Bháskara. Foi com grande satisfação que eles receberam as novas
41
como fazemos a relação da equação com a lei de formação de uma função quadrática,
mostrando assim para os alunos a relação entre os coeficientes a,b e c e as coordena-
das do vértice e o valor do parâmetro p da parábola. Percebi nesse momento que as
caras de surpresos dos alunos em ver como se dá a relação entre a lei de formação e
a representação gráfica das funções.
Mostrei para os alunos pontos importantes para a função no gráfico como a
interseção da parábola com o eixo y (termo independente de x), e as interseções da
parábola com o eixo x (as raízes da função).
Em relação a interseção com o eixo x, foi destacado as três possíveis posições
da parábola, que mostram se a função representada pela parábola tem ou não raízes
reais.
Na sequência mostrei que a parábola pode aparecer com sua concavidade
voltada para cima ou para baixo, e que isso pode ser observado através do coeficiente
do termo x2 na lei de formação da função.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
[1] SILVA, Marcos Noé Pedro da. "O Surgimento da Equação do 2o Grau "; Brasil
Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/matematica/o-surgimento-
equacao-2-o-grau.htm>. Acesso em 25 de novembro de 2015.
[5] MORAES FILHO, Daniel Cordeiro de, Manual de Redação Matemática, 1a edi-
ção,Rio de janeiro,2014, SBM
APÊNDICES
APÊNDICE A - Questionário
Questionário para auto avaliação das aulas ministradas sobre as funções quadráticas... Página 1 de 2
https://docs.google.com/forms/d/1ANzuUbUkmEHLbfY8Hj0YjNcMkzRgCEK04oB... 10/04/2017
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APÊNDICE B - Questionário
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APÊNDICE C - Questionário
Questionário para auto avaliação das aulas ministradas sobre as funções quadráticas... Página 1 de 2
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ANEXOS