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Práticas Pedagógicas de

Química I
Licenciatura em Ensino de Química

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA
Faculdade de Ciências Naturais e Matemática
Departamento de Química
Direitos de autor (copyright)
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução,
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores.

Universidade Pedagógica
Rua Comandante Augusto Cardoso, nº 135
Telefone: 21-320860/2
Telefone: 21 – 306720
Fax: +258 21-322113
Agradecimentos

À COMMONWEALTH of LEARNING (COL) pela disponibilização do Template usado na


produção dos Módulos.

Ao Instituto Nacional de Educação a Distância (INED) pela orientação e apoio prestados.

Ao Magnífico Reitor, Directores de Faculdade e Chefes de Departamento pelo apoio prestado


em todo o processo.
Licenciatura em Ensino de Quimica 1

Ficha Técnica
Autores: Ana Paula Camuendo
Armindo Naftal

Revisão EAD/DI: Cornélio Mucaca

Revisão Linguística: Ernesto Junior

Maquetização : Aurélio Armando Pires Ribeiro

Ilustração: Aurélio Armando Pires Ribeiro


Licenciatura em Ensino de Quimica 2

Índice
Visão geral 1
Bem-vindo ao módulo de Práticas Pedagógicas de Química I ......................................................1
Objectivos do módulo .....................................................................................................................1
Quem deve estudar este módulo ...................................................................................................2
Como está estruturado este módulo ..............................................................................................2
Ícones de actividade.......................................................................................................................3
Habilidades de estudo ....................................................................................................................4
Precisa de apoio?...........................................................................................................................4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................................5
Auto-avaliação ................................................................................................................................5
Avaliação ........................................................................................................................................6
Tempo de estudo e outras actividades ..........................................................................................6

Unidade I 7
Introdução à prática Pedagógica de Química I ..............................................................................7
Introdução ......................................................................................................................................7

o
Lição n 1 9
A importância da Prática Pedagógica de Química I ......................................................................9
Sumário ........................................................................................................................................10
Exercícios .....................................................................................................................................11

o
Lição n 2 13
Objectivos da Prática Pedagógica de Química I ..........................................................................13
Sumário ........................................................................................................................................14
Exercícios .....................................................................................................................................15

Unidade II 18
A observação no processo de ensino-aprendizagem ..................................................................18
Introdução ....................................................................................................................................18

o
Lição n 1 19
A importância da observação no processo de ensino-aprendizagem .........................................19
Sumário ........................................................................................................................................20
Exercícios .....................................................................................................................................21

o
Lição n 2 23
As diferentes técnicas de observação em classe no PEA ...........................................................23
Sumário ........................................................................................................................................25
Exercícios .....................................................................................................................................25

Unidade III 28
Estudo do Plano Curricular do ESG .............................................................................................28
Introdução ................................................................................................................28
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o
Lição n 1 29
Estrutura do Plano Curricular do Ensino Secundário Geral ........................................................29
Sumário ........................................................................................................................................31
Exercícios .....................................................................................................................................31

o
Lição n 2 34
Princípios orientadores do currículo do ESG, interpretação dos princípios ................................34
Sumário ........................................................................................................................................37
Exercícios .....................................................................................................................................38

o
Lição n 3 41
As inovações do currículo do ESG ..............................................................................................41
Sumário ........................................................................................................................................45
Exercícios .....................................................................................................................................46

o
Lição n 4 49
o o
Áreas curriculares do 1 e 2 ciclo do ESG ..................................................................................49
Sumário ........................................................................................................................................51
Exercícios .....................................................................................................................................51
Actividades ...................................................................................................................................52

Unidade IV 54
o o
Estudo dos programas de ensino do 1 e 2 ciclos do ESG ........................................................54
Introdução ................................................................................................................54

o
Lição n 1 55
o o
Estrutura dos programas de ensino de Química do 1 e 2 ciclo do ESG ...................................55
Sumário ........................................................................................................................................56
Exercícios .....................................................................................................................................56

o
Lição n 2 59
o o
As competências gerais e básicas no 1 e 2 ciclo do ESG ........................................................59
Sumário ........................................................................................................................................61
Exercícios .....................................................................................................................................61

o
Lição n 3 64
o o
Relação entre as competências e objectivos no 1 e 2 ciclo do ESG ........................................64
Sumário ........................................................................................................................................66
Exercícios .....................................................................................................................................66

o
Lição n 4 69
o o
As estratégias metodológicas de ensino de Química no 1 e 2 ciclo .........................................69
Sumário ........................................................................................................................................71
Exercícios .....................................................................................................................................71

Unidade V 74
Avaliação no processo de ensino-aprendizagem de Química .....................................................74
Introdução ................................................................................................................74
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O
Lição n 1 75
A importância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem ............................................75
Sumário ........................................................................................................................................78
Exercícios .....................................................................................................................................79

o
Lição n 2 82
Estratégias de avaliação no processo de ensino-aprendizagem de Química .............................82
Sumário ........................................................................................................................................84
Exercícios .....................................................................................................................................85

o
Lição n 3 88
O papel do portfólio no processo de avaliação no ESG ..............................................................88
Sumário ........................................................................................................................................90
Exercícios .....................................................................................................................................91
Referências bibliográficas ............................................................................................................94
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Licenciatura em Ensino de Quimica 1

Visão geral
Bem-vindo ao módulo de Práticas
Pedagógicas de Química I
Neste módulo você irá rever e aplicar dos conteúdos abordados nas
disciplinas de Didáctica geral e Prática Pedagógica Geral, dando-se
ênfase ao tratamento de temas ligados ao ensino de Química tratados na
Didáctica de Química, fazendo uma análise profunda do Plano Curricular
do Ensino Secundário Geral e dos programas de ensino de Química da 8a
a 12a classe e outros documentos normativos do Ensino Secundário Geral
(ESG). Esta abordagem irá contribuir na sua preparação para o trabalho
docente na situação real da sala de aula e da escola por acções práticas.

Objectivos do módulo
Quando terminar o estudo do módulo das Praticas Pedagógicas de
Química I o estudante deverá será capaz de:

 Descrever a estrutura dos programas de química do 1º e 2º ciclo


do ESG;
 Interpretar os princípios orientadores do currículo do ESG;
Objectivos  Interpretar as competências a ser desenvolvidas no ESG;
 Identificar as áreas curriculares do 1º e 2º ciclo;
 Analisar o processo de avaliação no ensino-aprendizagem de
Química;
 Aplicar as diferentes estratégias de avaliação e as metodologias
de ensino aprendizagem do ESG;
 Reconhecer a importância da observação no processo de ensino e
aprendizagem de Química;
 Mencionar as inovações dos programas de ensino do 1º e 2º ciclo
do ESG;
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Quem deve estudar este módulo


Este Módulo foi concebido para todos aqueles que estudam as disciplinas
do curso de Química, em particular os que se preparam para leccionarem
a cadeira de Química

Como está estruturado este


módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos no Centro de Educação Aberta e à
Distância da Universidade Pedagógica encontram-se estruturados da seguinte
maneira:

Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada do módulo, resumindo os aspectos-chave que
você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente
que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo.

Conteúdo do módulo
O módulo está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais
actividades para auto-avaliação.
O módulo de Práticas Pedagógicas de Química é constituído por 5 Unidades
Temáticas.
 Cada unidade apresenta:
 Uma introdução, que dá uma orientação geral sobre o aspecto central
de estudo;
 Os objectivos gerais;
 Um conjunto de lições, variável de unidade para unidade.
 Cada lição possui por sua vez:
 Uma introdução;
 As horas necessárias para o estudo de cada lição;
 Os objectivos;
 Os conteúdos, onde é apresentada a matéria essencial da lição;
 Um sumário, onde você pode encontrar os eixos centrais de cada
lição.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de
recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros,
artigos ou sites na internet.
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Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação


Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade.
Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas,
assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no
final do módulo.

Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a
estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus comentários serão úteis para nos
ajudar a avaliar e melhorar este módulo.

Ícones de actividade
Ao longo deste módulo irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada
um com uma descrição do seu significado e da forma como nós
interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao
longo deste módulo.

Resistência, perseverança “Qualidade do trabalho”


Comprometimento / “Aprender através da
perseverança Auto-avaliação (excelência / experiência”
autenticidade)
Actividade Exemplo / Estudo de
Avaliação / Teste caso

Paz/harmonia
Unidade/relações Vigilância / “Eu mudo ou transformo a
Debate humanas preocupação minha vida”

Actividade de grupo Tome Nota! Objectivos

“Pronto a enfrentar as Apoio / encorajamento


“[Ajuda-me] deixa- “Nó da sabedoria”
me ajudar-te” vicissitudes da vida”
Dica
(fortitude / preparação) Terminologia
Leitura
Reflexão
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Habilidades de estudo
Caro estudante!
Para frequentar com sucesso este módulo terá que buscar através de uma
leitura cuidadosa das fontes de consulta a maior parte da informação
ligada ao assunto abordado. Para o efeito, no fim de cada unidade
apresenta-se uma sugestão de livros para leitura complementar.

Antes de resolver qualquer tarefa ou problema, o estudante deve


certificar-se de ter compreendido a questão colocada;

É importante questionar se as informações colhidas na literatura são


relevantes para a abordagem do assunto ou resolução de problemas;

Sempre que possível, deve fazer uma sistematização das ideias


apresentadas no texto.

Desejamos-lhe muitos sucessos!

Precisa de apoio?
Dúvidas e problemas são comuns ao longo de qualquer estudo. Em caso
de dúvida numa matéria tente consultar os manuais sugeridos no fim da
lição e disponíveis nos centros de ensino a distância (EAD) mais
próximos. Se tiver dúvidas na resolução de algum exercício, procure
estudar os exemplos semelhantes apresentados no manual. Se a dúvida
persistir, consulte a orientação que aparece no fim dos exercícios. Se a
dúvida persistir, veja a resolução do exercício.

Sempre que julgar pertinente, pode consultar o tutor que está à sua
disposição no centro de EAD mais próximo.

Não se esqueça de consultar também colegas da escola que tenham feito a


disciplina de Práticas Pedagógicas de Química I, vizinhos e até estudantes
de universidades que vivam na sua zona e tenham ou estejam a fazer
cadeiras relacionadas.
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Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
Ao longo deste módulo irá encontrar várias tarefas que acompanham o
seu estudo. Tente sempre solucioná-las. Consulte a resolução para
confrontar o seu método e a solução apresentada. O estudante deve
promover o hábito de pesquisa e a capacidade de selecção de fontes de
informação, tanto na internet como em livros. Consulte manuais
disponíveis e referenciados no fim de cada lição para obter mais
informações acerca do conteúdo que esteja a estudar. Se usar livros de
outros autores ou parte deles na elaboração de algum trabalho deverá citá-
los e indicar estes livros na bibliografia. Não se esqueça que usar um
conteúdo, livro ou parte do livro em algum trabalho, sem referenciá-lo é
plágio e pode ser penalizado por isso. As citações e referências são uma
forma de reconhecimento e respeito pelo pensamento de outros. Estamos
cientes de que o estimado estudante não gostaria de ver uma ideia sua ser
usada sem que fosse referenciado, não é?

Na medida de possível, procurar alargar competências relacionadas com


o conhecimento científico, as quais exigem um desenvolvimento de
competências, como auto-controle da sua aprendizagem.

As tarefas colocadas nas actividades de avaliação e de auto-avaliação


deverão ser realizadas num caderno à parte ou em folha de formato A4.

O estudante deve produzir documentos sobre as tarefas realizadas em


suporte diverso, nomeadamente, usando as novas tecnologias e enviá-los
ao respectivo Departamento quer através da internet, quer dos serviços de
Correios de Moçambique ou entregar directamente no centro de recursos.

Auto-avaliação

Ao longo de cada Unidade você terá que resolver uma série de exercícios,
que te ajudarão a consolidar a matéria dada.

Recomendamos que você resolva todos os exercícios indicados sem


correr para consultar a chave de correcção
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Avaliação
O módulo de Práticas Pedagógicas culminará com um relatório que
deverá ser entregue ao Docente da disciplina, ou em local a ser indicado
pela administração do curso. O calendário das avaliações será também
apresentado oportunamente.

A avaliação visa não só informar-nos sobre o seu desempenho nas lições,


mas também estimular-lhe a rever alguns aspectos e a seguir em frente.

Durante o estudo deste módulo o estudante será avaliado com base na


realização de actividades e tarefas de auto-avaliação previstas em cada
Unidade e no final irá apresentar um relatório ou um portfólio.

Tempo de estudo e outras actividades


Este módulo compreende um semestre, isto é, você deverá
despender 100 horas de estudo, sendo em média, uma hora por dia
consoante a sua disponibilidade para completar as (5 horas)
semanais recomendadas pelo plano de estudos.
Quanto tempo?

Das horas totais, você tem 52 horas para o estudo independente que
inclui leituras complementares e actividades individuais ou em
grupo que terá de realizar ao longo do semestre. E as restantes 48
horas são de contacto com o seu tutor de especialidade.
Licenciatura em Ensino de Quimica 7

Unidade I
Introdução à prática Pedagógica de Química I

Introdução
As Práticas Profissionalizantes (PPs), englobam as práticas
pedagógicas e as práticas técnico-laborais. Elas são actividades
curriculares articuladoras da teoria e prática, que se desenvolvem
no 1º, 2º, 3º anos dos cursos e que garantem o contacto experiencial
do praticante com situações psicopedagógicas, didácticas e laborais
concretas. Estas actividades contribuem para preparar, de forma
gradual, o praticante para observar e analisar criticamente situações
escolares e possibilita a vivência do estudante com a vida
profissional.

Nesta perspectiva, a prática pedagógica de Química I é uma


actividade que faz parte da componente psicopedagógica e
Didácticas dos cursos de formação de professores da Universidade
Pedagógica (UP) e é leccionada de forma integrada com a
Didáctica de Química I.

A forma de alcançar esses objectivos é estar no palco onde decorre


todo este processo e dominar as diversas estratégias para levar a
bom termo a missão de ser mediador.

É nesta base que estão indicadas algumas actividades que serão


realizadas de forma integrada com a Didáctica de Química I
(PPQI). São actividades que apresentam possibilidades ou
alternativas para o cumprimento integral dos programas propostos.
Licenciatura em Ensino de Quimica 8

Uma das actividades a desenvolver, nas PPQI será a observação


reflexiva de Escola, daí que neste módulo oferecemos algumas
informações relacionadas com as técnicas de observação.

Esta unidade fará introdução à PPQI e irá abordar os objectivos e a


importância desta actividade curricular na formação de futuros
professores de Química de modo particular.
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Lição no1
A importância da Prática
Pedagógica de Química I

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar os objectivos das práticas das
pedagógicas no geral e as principais actividades que o estudante
praticante deverá desenvolver ao longo da PPQI. Irá também
aprofundar as tarefas do praticante no ensino de Química. Uma vez que
estes conteúdos já foram anteriormente abordados na Didáctica geral e na
Prática Pedagógica Geral, recomenda-se que faça a revisão dos mesmos.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Conhecer a importância das práticas pedagógicas;


 Identificar as tarefas do praticante na PPQI;
 Conhecer as modalidades de implementação das Práticas
Objectivos Profissionalizantes.

Importância das Prática Pedagógica de Química I

A componente pedagógica é indispensável a qualquer professor,


uma vez que ele tem de conhecer a escola e o seu papel na
sociedade, os diferentes métodos e técnicas de ensino.
No desempenho das suas funções, o professor necessita de garantir
uma prática pedagógica eficaz. Isso só será possível se criar nele o
hábito de pensar sobre os seus actos, sobre a sua acção pedagógica,
desenvolvendo nele um pensamento reflexivo.
A reflexão que os estudantes praticantes vão fazer, ao observar as
actividades da disciplina de química irá permitir que estes
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compreendam a importância do que estão a aprender ao nível


teórico bem como, ao se confrontarem com a realidade escolar.

Assim, a Prática Pedagógica de Química I permite uma melhor


integração de conhecimentos teóricos (conceitos, leis, princípios,
teorias, modelos, etc.) com as práticas de ensino desenvolvidas nas
escolas. Neste processo, as actividades que serão realizadas das
durante as PPQI devem desenvolver no praticante a competência de
trabalhar na complexidade e de associar os diferentes saberes.

No caso em que as condições são favoráveis à presença do


praticante na Escola, este, acompanha os professores da escola nas
reuniões pedagógicas, participa na dinâmica da escola e da sala de
aula (prepara algum material didáctico, ajuda o professor a corrigir
exercícios de aplicação, observar as aulas e pode fazer o
acompanhamento da aprendizagem de alguns alunos).

Caso não seja possível a presença do praticante na escola, por


diversas razões, a PPQI pode ser realizada de forma virtual com o
uso de vídeos e em Oficinas Pedagógicas, Laboratórios de Ensino,
Estações ou espaços de aprendizagem que poderão ser criados nos
locais onde decorre o ensino à distância.

Sumário
Em suma, nesta lição aprendeu que as práticas pedagógicas são
indispensáveis para a qualquer professor. Por isso, a sua
implementação no curso de ensino de química é também
fundamental.

As PPQI podem ser realizadas de forma real ou virtual ou ainda


através da combinação das duas formas.
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No caso da forma real, o praticante irá acompanhar o professor de


química em todas as tarefas pedagógicas.

Exercícios

Você teve oportunidade de consolidar e aprofundar os


conhecimentos sobre as práticas pedagógicas no geral e, em
particular, os de Química. Agora deve ler novamente o texto e
responder o seguinte:

1- Quais são as tarefas que o estudante praticante do curso de


Química deve desenvolver no 2o ano?

2- Porque a prática pedagógica é indispensável em qualquer


curso de formação de professores?

1- Quais são as actividades pedagógicas que o professor de


química realiza na escola?

Auto-avaliação

Para esta lição, você deve ler o texto e o manual de prática

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


Pedagógica Geral para compreender melhor a pertinência das
te”
práticas pedagógicas de Química na formação de professores nesta
Leitura
disciplina.
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-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler o


regulamento académico para cursos de graduação as tarefas do
praticante na Prática específica I;

-Para responder a questão no 2, você deve listar as tarefas do


praticante identificadas na pergunta 1 e justificar a importância das
Chave de correcção mesmas na formação de professores;

- Em relação a actividade de auto-avaliação, você deve


responde-la na base da tua experiência concreta. Isto é, o que você
observa na escola e que tem sido actividades pedagógicas dos
professores de Química.
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Lição no2
Objectivos da Prática Pedagógica
de Química I

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar os conhecimentos sobre os
objectivos Prática Pedagógica de Química I (PPQI).

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Mencionar os objectivos de estudo da prática Pedagógica de


Química I;
Objectivos
 Mencionar as competências que o praticante desenvolve
durante as PPQI.

Objectivos da prática Pedagógica de Química I

A prática Pedagógica de Química I é uma actividade que possibilita


a participação do praticante na dinâmica da escola. Esta tem como
objectivos:

 Integrar, progressivamente, o estudante em contextos reais


de ensino de Química;

 Possibilitar a vivência do meio escolar, em contacto real ou


simulado com diversos intervenientes do processo de
ensino-aprendizagem de Química;

 Desenvolver capacidades de análise dos documentos


normativos que orientam o processo de ensino-
aprendizagem de Química;
Licenciatura em Ensino de Quimica 14

 Proporcionar o desenvolvimento de habilidades e


competências que possibilitam a intervenção no processo de
ensino de Química.

Para alcançar os objectivos definidos os praticantes realizam várias


actividades descritas na lição anterior. As actividades realizadas
durante as PPQI desenvolvem as seguintes competências:

 Mobiliza saberes relacionados com os fundamentos teóricos


da Didáctica Química no processo de ensino-aprendizagem;
 Reflecte criticamente sobre a implementação dos programas
de ensino de química nos diferentes níveis de ensino e
outros documentos normativos;
 Produz materiais didácticos para o ensino de Química;
 Sabe trabalhar em equipa, respeitando a individualidade de
cada um;
 Interpreta os programas de ensino de Química e outros
documentos normativos que orientam o processo de ensino-
aprendizagem;
 Analisa as estratégias metodológicas no processo de ensino-
aprendizagem de Química nos diferentes níveis.

Sumário
Em resumo, nesta lição, você aprendeu que as PPQI são realizadas com
vários propósitos que possibilitam o desenvolvimento de competências
que são indispensáveis para a formação de professor reflexivo e
autónomo.
Licenciatura em Ensino de Quimica 15

Exercícios

Você teve oportunidade de consolidar e aprofundar os conhecimentos


sobre os objectivos das Práticas Pedagógicas de Química assim com as
competências que se pretendem desenvolver. Agora deve ler novamente o
texto e responder o seguinte:

1- Mencione dois objectivos das PPQI e uma (1) competência que


podem ser desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem.

2- Porque é importante que o praticante saiba interpretar os


programas de ensino de Química?

1-O que significa ser um professor reflexivo e autónomo?

2-Mencione duas competências que o praticante deve demonstrar no final


Auto-avaliação do módulo?
Licenciatura em Ensino de Quimica 16

Leia mais sobre os objectivos da Prática Pedagógica de Química I em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar- LIBANEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.
te”

Leitura DIAS, Hildizina e tal. Manual de supervisão das práticas


pedagógicas. Maputo. Editora Educar, 2008.

DUARTE, Stela. Desafios da formação de tutores para práticas


pedagógicas. Maputo. Editora Educar, 2008.

DUARTE, Stela; e tal. Manual de supervisão de práticas


pedagógicas Maputo. Editora Educar, 2008.

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Regulamento académico para


os cursos de graduação e de mestrado. Maputo, 2010.

ROEGIERS, Xavier & KETELE, Jean. Uma pedagogia da


integração: competências e aquisições no ensino. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
Licenciatura em Ensino de Quimica 17

-Para responder a questão no 1 deve procurar ler no texto da


Didáctica de Química I os conteúdos sobre os objectivos e
competências, assim como as regras para a formulação dos
mesmos;

-Para responder a questão no 2 deve imaginar se um professor de


Chave de correcção Química pode leccionar sem o programa de ensino.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve ir ao dicionário científico


e consultar o significado das palavras “reflexivo e autónomo” e
explicar no contexto de ensino;

-Para responder a questão no 2, você deve identificar as tarefas que


o praticante deve realizar na PPQI e depois formular duas
competências que este praticante irá desenvolver depois de estudar
este módulo.
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Unidade II
A observação no processo de
ensino-aprendizagem

Introdução
Na primeira unidade, você abordou sobre a importância e os
objectivos da Prática Pedagógica de Química I na formação do
futuro professor. Nesta unidade, você irá consolidar e aplicar os
conhecimentos adquiridos na Prática Pedagógica Geral sobre a
observação no processo de ensino-aprendizagem.

Observar é usar os órgãos de sentido para obter uma determinada


informação sobre alguns aspectos da realidade. A observação é
uma técnica importante na implementação das Práticas
Pedagógicas de um modo geral e, em particular as de Química.

No contexto escolar, a observação permite a obtenção de dados e


informações sobre o processo de ensino-aprendizagem. Isto
significa que o objecto de observação pode ser: o aluno, o ambiente
físico da sala de aula, os conteúdos, os métodos, a utilização do
espaço ou do tempo, a utilização de materiais didácticos, etc.

Para obter as informações, o praticante pode usar uma ficha de


observação ou pode registar as informações num diário.

Nas Práticas Pedagógicas de Química I, que decorre no 2o ano, a


observação recai sobre a situação do processo de ensino-
aprendizagem de Química, nomeadamente, aquela que ocorre na
sala de aulas assim como os espaços destinados para o ensino de
Química como laboratórios.
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Lição no1
A importância da observação no
processo de ensino-aprendizagem

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar as noções de observação e sua
importância no processo de ensino-aprendizagem. Uma vez que estes
conteúdos já foram anteriormente abordados na Prática Pedagógica Geral,
recomenda-se que faça a revisão dos mesmos.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Observar aspectos gerais de uma aula, em contexto real ou


virtual;
 Reconhecer a importância da observação no processo de ensino-
Objectivos aprendizagem.

A importância da observação no processo de ensino-


aprendizagem

No processo de formação de professores a observação tem sido


uma estratégia privilegiada na medida em que é atribuída um papel
fundamental no processo de mudança de comportamento e de
atitude do futuro professor. A observação é uma técnica
fundamental que ajuda ao praticante a examinar com pormenor e
atenção factos ocorridos no contexto real para melhor conhece-los.
Quando falamos da observação colocamos a seguinte questão: Para
quem observar? Ou qual é a finalidade de observação? O
objectivo da uma observação, nas práticas Pedagógicas de Química
I, será, por exemplo, conhecer os diferentes sectores da escola e
suas infra-estruturas com enfoque na disciplina de química através
Licenciatura em Ensino de Quimica 20

de um instrumentos que o praticante deve elaborar com a


orientação do seu supervisor.
A observação requer a selecção ou elaboração de instrumentos
adequados que seja capaz de recolher dados relevantes e
pertinentes tais como ficha de observação, guiões, entre outros.

Assim, o praticante poderá fazer uma descrição pormenorizada da


situação pedagógica que pretende observar, designadamente:

 A caracterização dos alunos, referindo-se a idade média,


aposse dos livros, uniforme escolar, etc.;

 A caracterização do professor, referindo-se a posse do plano


ou não, o uso de métodos participativos, o uso de estratégias
de ensino centrados no aluno, etc.;

 A relação pedagógica entre o professor e os alunos;

 A avaliação das aulas: o uso das diferentes formas de


avaliação propostas no programa de ensino;

 Os espaços específicos: existência de laboratório equipados,


bibliotecas, etc.

Assim, o observador não deve fazer suas interpretações do


fenómeno observado, especialmente quando não entende o que está
a fazer. Mas sim, deve procurar seleccionar e reduzir a realidade
sistematicamente em seus aspectos mais relevantes e que conhecer
as várias possibilidades metodológicas para abordar a realidade a
fim de melhor compreendê-la e interpretá-la.

Sumário
Em resumo, nesta lição, você aprendeu que a observação é uma
técnica de recolha de dados. Esta técnica é fundamental, pois
permite a obtenção de dados e informações sobre o que se passa no
processo de ensino-aprendizagem com o propósito de mas tarde,
proceder a uma análise do processo.
Licenciatura em Ensino de Quimica 21

Exercícios
Você teve oportunidade de consolidar e aprofundar os
conhecimentos sobre a finalidade da observação no processo de
ensino-aprendizagem. Agora deve ler novamente o texto e
responder o seguinte:

1-Com ajuda dos seus colegas do grupo elabore uma ficha de


observação para uma aula de química em que decorre uma
actividade experimental.

Porque a observação é uma técnica fundamental no processo de


ensino-aprendizagem?

Auto-avaliação

Leia mais sobre a importância da observação no processo de ensino-


aprendizagem em:
“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-
te” ESTRELA, Albano. Teorias e práticas de observação de classes.4.ed.
Leitura Portugal. Porto Editora, 1994.

DIAS, Hildizina e tal. Manual de supervisão das práticas


pedagógicas. Maputo. Editora Educar, 2008.

DUARTE, Stela. Desafios da formação de tutores para práticas


pedagógicas. Maputo. Editora Educar, 2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 22

-Para responder a questão no 1 deve procurar ler o texto e o manual


de Prática Pedagógica Geral sobre as técnicas de observação. Mas
também deve aplicar os conhecimentos adquirido nas aulas de
Didáctica Geral e na Didáctica de Química I sobre as fases de uma
aula. Só assim você estará em condições de elaborar uma ficha de
Chave de correcção observação de uma aula de química.

- Em relação a actividade de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve ler novamente os


materiais recomendados incluindo este texto e facilmente irá
descobrir as razões do uso da observação como uma técnica
fundamental no processo de ensino-aprendizagem.
Licenciatura em Ensino de Quimica 23

Lição no2
As diferentes técnicas de
observação em classe no PEA

Introdução
Nesta lição, você irá abordar sobre as técnicas de observação em
classe. Abordará também os tipos de observação, pois o campo de
observação pode ser restringido em função dos objectivos
previamente definidos.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Descrever as técnicas de observação;


 Identificar os diferentes tipos de observação;
 Seleccionar as técnicas de observação mais adequadas para o
Objectivos
processo de ensino de Química.
Licenciatura em Ensino de Quimica 24

Técnicas de observação em classe


A classe será tomada como primeira realidade, de apreensão
imediata e globalizada de factos. A partir dela, procura-se chegar
ao aluno, isto é, à criança enquanto indivíduo em situação escolar.

A definição dos objectivos e a delimitação do campo de observação


determinarão a estratégia a seguir, o que implica:

 Uma opção por determinadas formas e meios de


observação;
 Uma escolha de critérios e de unidades de registo dos
dados;
 Uma elaboração de métodos e técnicas de análise e
tratamento de dados recolhidos.
No entanto, seja qual for o tipo de observação adoptada, é
necessário considerar três procedimentos fundamentais:

 Concepção de instrumentos de observação;


 Testagem dos instrumentos de observação;
 Recolha de dados.

Durante a recolha de dados sobre o processo de ensino de um modo


geral e, de química em particular podemos utilizar duas técnicas de
observação: Observação directa e a observação indirecta.

1- Observação directa: o praticante ou pesquisador procede


directamente à recolha de informações, sem se dirigir aos
sujeitos, apelando ao seu sentido de observação. Para
recolha de informações, o praticante pode usar uma ficha de
observação ou pode registar as observações num diário.

2- Observação indirecta: o praticante ou o pesquisador


contacta os sujeitos para obter as informações. Os
instrumentos usados para a recolha de informação são o
questionário, roteiro (guião) de entrevista e análise
documental.

Portanto, seja qual for a técnica a usar é importante recordar


que a observação para ser considerada um instrumento
Licenciatura em Ensino de Quimica 25

metodológico requer uma planificação e o registo adequado


das informações.

Sumário
Em resumo, nesta lição, você aprendeu que no PEA, a
observação em classe pode ser directa ou indirecta. No
entanto, seja qual for a técnica a usar, é fundamental a
planificação dessas actividades, a elaboração de
instrumentos, a sua testagem e o registo adequado das
informações.

Exercícios
Você teve oportunidade de consolidar e aprofundar os
conhecimentos sobre as técnicas de observação no processo de
ensino-aprendizagem. Agora deve ler novamente o texto e
responder o seguinte:

1-Observa uma aula de química numa escola Secundária mas


próxima e anote todas as impressões com que ficou, por exemplo,
se o professor geri bem o tempo, se usa métodos participativos, se
os alunos participam activamente na aula, etc.

2-Durante a observação é fundamental o registo adequado das


informações. Estas podem ser registados num diário. O diário tem a
função estratégica de registo e fixação de actividades desenvolvidas
na aula, das experiências individuais mais importantes, etc.

Apresenta em 3 páginas no máximo as principais informações que


constam no seu diário desde que iniciou o estudo do módulo até ao
presente momento.
Licenciatura em Ensino de Quimica 26

1- Qual é a técnica que você mais usa na recolha de informações


sobre o PEA de Química? Comenta a sua resposta.

Auto-avaliação 2- Mencione duas vantagens da observação directa no PEA.

Leia mais sobre a importância da observação no processo de ensino-


aprendizagem e as diferentes técnicas de observação em classe, entre
outros em:
“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-
te”

Leitura
ESTRELA, Albano. Teorias e práticas de observação de classes.4.ed.
Portugal. Porto Editora, 1994.

DIAS, Hildizina e tal. Manual de supervisão das práticas


pedagógicas. Maputo. Editora Educar, 2008.

DUARTE, Stela. Desafios da formação de tutores para práticas


pedagógicas. Maputo. Editora Educar, 2008.

DUARTE, Stela; e tal. Manual de supervisão de práticas


pedagógicas Maputo. Editora Educar, 2008.

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Regulamento académico para


os cursos de graduação e de mestrado. Maputo, 2010.
Licenciatura em Ensino de Quimica 27

-Para responder a questão no 1 deve identificar uma escola


secundária perto da sua comunidade e usando um ficha de
observação anotar todas as informações referentes a aula.

-Para responder a questão no 2 deve ler o manual de Práticas


Pedagógicas Geral e de supervisão de práticas pedagógicas que
Chave de correcção apresenta o conceito e as funções do diário a partir do qual poderá
identificas as informações que devem fazer parte de seu diário.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder as questões no 1 e 2, você deve ler novamente o


texto e identificar a técnica de recolha de dados sobre o processo de
ensino de química que mais usa pelas suas características e
mencionar as vantagens da observação directa.
Licenciatura em Ensino de Quimica 28

Unidade III
Estudo do Plano Curricular do
ESG
Introdução
Na segunda unidade, você aprofundou os conhecimentos sobre as
diferentes técnicas de observação em classe no processo de ensino-
aprendizagem de Química em particular. Nesta unidade, você irá
efectuar o estudo do Plano Curricular do Ensino Secundário Geral
(PCESG) um documento fundamental que orientam o processo de
ensino nas escolas.
O PCESG surge pela necessidade de adequar o currículo do Ensino
Secundário Geral às transformações sócio-culturais e político-
económicos que se verificam no País bem como criar condições
para uma passagem harmoniosa do Ensino Secundário Geral para o
Ensino Superior ou para o sector laboral.
No entanto, todo o currículo deve responder aos anseios da
sociedade quer com um espírito de cidadania, empreendedorismo,
humanidade, responsabilidade e participação. É uma inovação em
relação ao currículo anterior, pois implementa algumas disciplinas
profissionalizantes como noções de Empreendedorismo, Introdução
à psico-pedagogia, agro-pecuária e turismo. Neste sentido, o
currículo traduz as aspirações da sociedade moçambicana na
perspectiva de formar cidadãos responsáveis, activos, participativos
e empreendedores.
Assim, pretende-se com o PCESG desenvolver nos jovens
habilidades práticas para melhor inserção destes no mercado de
trabalho e privilegiar a interdisciplinaridade, importante para uma
formação integral dos indivíduos.
Licenciatura em Ensino de Quimica 29

Lição no 1
Estrutura do Plano Curricular do Ensino
Secundário Geral

Introdução
Nesta lição, você irá adquirir noções sobre a estrutura do PCESG na
perspectiva de interpretar a filosofia do novo currículo do Ensino
Secundário Geral (ESG), pois é um processo dinâmico, através do qual a
sociedade prepara novas gerações para dar continuidade ao processo de
desenvolvimento.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Descrever a estrutura do plano Curricular do Ensino Secundário


Geral;
Objectivos  Interpretar a filosofia do novo currículo do ESG;
 Conhecer as razões da transformação curricular no ESG.

Estrutura do Plano Curricular do ESG

Etimologicamente, Educação provém do latim Educatione que quer


dizer “acto de criar, formação do espírito, instrução, etc”. A educação
é a acção exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não se
encontram maduras para a vida social. Tem como objectivo suscitar e
desenvolver no educando as condições físicas, intelectuais e morais
que a sociedade política reclama assim como o meio social a que ela
pertence.

A Educação é um direito básico e um instrumento fundamental para o


desenvolvimento do capital humano. Ela refere-se ao processo de
desenvolvimento da personalidade envolvendo a formação de
qualidades humanas (físicas, morais, intelectuais, estéticas, éticas,
entre outras), tendo em vista a orientação da actividade humana na sua
Licenciatura em Ensino de Quimica 30

relação com a sociedade. Nesta perspectiva, o currículo traduz as


aspirações da sociedade no sentido de formar cidadãos responsáveis
capazes de lidar com padrões de trabalho em mudança, de adaptar-se a
novas tecnologias, contribuindo para a redução da pobreza na família,
comunidade e no país. Estes desafios motivam as transformações
curriculares que se operam nos vários subsistemas de ensino.

Assim, o Ensino Secundário Geral introduziu em 2008 o novo


currículo baseado em competências motivado por vários factores,
tais como a necessidade de garantir a continuidade do processo de
transformação curricular do Ensino Básico introduzido em 2004, a
necessidade de assegurar uma melhor transição do ESG para o
Ensino Superior ou para o sector laboral, a necessidade de
Moçambique responder aos desafios da integração e da
competitividade regional.

O PCEG apresenta a seguinte estrutura:


 Introdução na qual explica as razões da transformação
curricular do ESG, assim como as estratégias metodológicas
para a elaboração do presente plano;
 Contexto no qual explica os desafios do governo para a
erradicação da pobreza, as opções estratégicas de
implementação do currículo no ESG e as perspectivas
desenhadas para o ESG;
 Política geral na qual se apresentam os objectivos gerais do
Sistema Nacional de Educação (SNE) de harmonia com a
lei no 6/92, os princípios orientadores do currículo, os
objectivos gerias e os valores a serem desenvolvidos no
ESG;
 Inovações do currículo no ESG que comparado ao antigo
apresenta aspectos que ajudam os graduados do ESG
adaptarem-se as rápidas mudanças na sociedade actual;
Licenciatura em Ensino de Quimica 31

 Estrutura curricular que representa o modo como está


organizado o ESG em termos de ciclos de aprendizagem,
áreas curriculares e disciplinas;
 Plano de estudo que apresenta todas as disciplinas a serem
leccionadas no ESG no 1o e 2o ciclo;
 Sistema de avaliação como parte integrante do processo de
ensino-aprendizagem. Deste modo apresentam as
estratégias de avaliação que espelham o cenário actual do
sistema educativo (turmas numerosas);
 Estratégias de implementação, considerando que o currículo
torna-se real quando os professores traduzem o currículo
escrito em práticas na sala de aulas com alunos reais;
 Características gerais dos programas de ensino na qual
apresentam a configuração e explicam os componentes dos
programas de ensino.

Sumário
Em resumo você aprendeu que o conhecimento da estrutura
do PCESG é fundamental e indispensável para actividade
docente, pois apresenta a fundamentação do currículo do
ponto de vista político-económico, sócio-cultural e
educativo, as estratégias de implementação dos programas
de ensino e o sistema de avaliação.

Exercícios
Você teve oportunidade de conhecer a estrutura do Plano
Curricular do Ensino Secundário Geral. Agora deve ler novamente
o texto, procurar adquirir o PCESG e responder o seguinte:
Licenciatura em Ensino de Quimica 32

1-Quais são as razões que ditaram a transformação curricular do


ESG?

2-Os objectivos gerais do Sistema Nacional de Educação traduzem-


se em Educação para a cidadania, Educação para o
desenvolvimento económico e social e, Educação para as práticas
ocupacionais segundo PCESG.

a) Comente sobre a implementação dos objectivos descritos no


PCESG sobre a Educação para a cidadania no ensino de
química.

b) Transcreva dois objectivos de Educação para o


desenvolvimento económico e social que permitem a
formação de um indivíduo capaz de preservar o ambiente.

1- Que condições existem na escola onde você estudou ou


lecciona actualmente que poderão permitir a implementação
Auto-avaliação do PCESG com sucesso?

2- Porque é importante conhecer o PCESG?

Leia mais sobre a estrutura do Plano Curricular do Ensino Secundário


Geral em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral: objectivos,
políticas, estrutura, plano de estudos e estratégias de implementação.
Maputo. Imprensa Universitária, UEM, 2007.

INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Básico: objectivos, políticas,
estrutura, plano de estudos e estratégias de implementação. Maputo.
INDE, 1999.
Licenciatura em Ensino de Quimica 33

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler o PCESG e o


Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB) para perceber as
motivações que levaram as profundas transformações curriculares
que decorreram no nosso país;

-Para responder a questão no 2, você deve ler novamente o texto e o


Chave de correcção PCESG, procurando comentar se os objectivos propostos sobre a
Educação para a cidadania no ensino de química são alcançados. E
depois identificar dois objectivos que na são opinião podem
contribuir para a formação de um indivíduo capaz de preservar o
meio ambiente.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve analisar as condições de


ensino e aprendizagem da escola onde lecciona ou que algum dia
estudou se existem recursos humanos e materiais para a
implementação do PCESG com sucesso.

-Para responder a questão no 2, você deve reflectir sobre a


importância do PCESG no processo de ensino-aprendizagem no
geral e de modo particular para o ensino de Química.
Licenciatura em Ensino de Quimica 34

Lição no 2
Princípios orientadores do currículo do ESG,
interpretação dos princípios

Introdução
Nesta lição, você estudará os princípios orientadores do Plano
Curricular do Ensino Secundário Geral. Aqui você aplicará alguns
conhecimentos adquiridos na lição anterior para melhor compreender
estes conteúdos e saber interpretá-los.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Mencionar os princípios orientadores do currículo do ESG;


 Interpretar cada princípio;
Objectivos
 Reflectir sobre as formas de implementação de cada princípio no
ensino de Química.

Princípios orientadores do currículo do ESG


Os princípios orientadores do currículo referem-se aos pressupostos
teóricos que regulam a implementação da filosofia do currículo do
ESG. Eles dão indicações sobre a organização dos vários elementos
que formam o currículo e o desenrolar de todo o processo de
ensino-aprendizagem. São cinco “itens” que corporizam os
princípios orientadores do currículo a saber:

1-Educação Inclusiva
Licenciatura em Ensino de Quimica 35

Este princípio preconiza que todo o cidadão tem o direito à


educação e isto está explanado no plano estratégico definido pelo
MINED (2007-2011) que salienta o seguinte:

a) É preciso que se desenvolvam esforços para que nas escolas


moçambicanas as raparigas tenham acesso à educação tal
como os rapazes, pois o que se tem observado por motivos
culturais é que elas normalmente são relegadas ao segundo
plano no que diz respeito ao acesso à educação, quer porque
são casadas muitas vezes prematuramente (fenómenos de
«lobolo» que geram rendimento familiar) quer porque têm
de ajudar a mãe nos afazeres da casa e da machamba ou
pura simplesmente porque o rendimento familiar é exíguo
priorizando-se então os rapazes.

b) Outro grupo que se vê descriminado é o dos portadores de


deficiência física ou mental. Para estes casos preconiza-se
que sejam criadas condições nas escolas para que por
exemplo os que andam de cadeiras de rodas possam ter
acesso à escola, os que tenham deficiência visual possam
ser acompanhados (solidariedade), sejam criadas condições
de comunicação para os que apresentam deficiência
auditiva, ou seja deve haver formas de estes aprenderem via
língua dos sinais. É preciso conceber estratégias educativas
de forma a incluir os que apresentam dificuldades de
aprendizagem.

2-Ensino-aprendizagem centrado no aluno:

Neste processo o aluno é colocado no centro da


aprendizagem, deixando de ser entendido como um
recipiente onde o professor deposita os saberes/matéria. O
professor funciona como facilitador, forma pequenos e
diversificados grupos de trabalho, promove actividades
diferentes para cada aluno, coloca o aluno a reflectir sobre a
Licenciatura em Ensino de Quimica 36

vida real, a aprender fazendo, desenvolve uma


aprendizagem activa dos alunos, usa várias fontes de
informação etc.

3-Ensino-aprendizagem orientado para o


desenvolvimento de competências para a vida

A escola é uma instituição social que está inserida numa


comunidade e a aprendizagem escolar deve estar virada
para a resolução dos problemas que os alunos vivem nas
suas comunidades. Os alunos devem ser capazes de
procurar transportar os conhecimentos científicos que
adquirem na escola para ajudarem as comunidades a
interpretarem/compreenderem os fenómenos naturais e
solucionarem os problemas com que se deparam. Daí a
necessidade de leccionação de alguns conteúdos que a
comunidades considera pertinentes para a inserção social
dos indivíduos que nela habitam. Por exemplo, uma das
razões do currículo local.

4-Ensino Secundário Geral Integrado

Integração significa congregar numa só unidade (aluno) um


conjunto de itens como: conhecimentos, capacidades,
habilidades, valores e atitudes de uma forma articulada com
todas as áreas do currículo. Isto permite ao aluno uma
análise dos fenómenos naturais de uma forma
interdisciplinar e crítica, fazendo assim valer os diferentes
saberes de diferentes áreas de conhecimentos.

Para que esta integração seja efectiva é importante que o


professor se apoie nos documentos disponíveis como os
programas de ensino, os livros escolares e que trabalhe em
conjunto quer com colegas de outras áreas de forma a
Licenciatura em Ensino de Quimica 37

fazerem uma sistematização correcta de todas as


informações colhidas.

5-Ensino-aprendizagem em espiral

O ensino em espiral significa que as aprendizagens são


retomadas e valorizada nas novas abordagens. Isto é, os
temas sucedem-se de forma cíclica e gradativa de forma que
estejam interligados durante o processo de ensino-
aprendizagem. Esta abordagem permite ao aluno
estabelecer relações entre a informação nova e a anterior
num processo contínuo de construção do saber.

Um exemplo de aprendizagem em espiral para o caso de


química é abordagem do conceito ácido, onde começamos
por teoria de Arrhenius, passamos por Bronsted-Lowy e
chegamos Lewis. É este o processo pelo qual se constrói o
conhecimento, partindo do conhecido pelo aluno e
incorporando novos conhecimentos nos já existentes e
valorizando as experiências adquiridas.

Sumário
Resumindo, você aprendeu que os princípios orientadores
são componentes do PCESG que traduzem o modo como se
conceptualizam e se organizam os elementos que
constituem o currículo e o processo de ensino-
aprendizagem. São apresentados cinco princípios
nomeadamente: educação inclusiva, ensino-aprendizagem
centrado no aluno, ensino-aprendizagem orientado para o
desenvolvimento de competências para a vida, ensino
secundário geral integrado e ensino-aprendizagem em
espiral.

Todos os princípios orientadores do currículo terão uma


implementação efectiva no ESG se estiverem enraizados na
prática educativa do professor. Para que isso aconteça, o
Licenciatura em Ensino de Quimica 38

professor deverá interpretar e aplicar cada princípio no


contexto real da escola e da comunidade.

Exercícios

Você teve oportunidade de conhecer e interpretar os princípios


orientadores do currículo do ESG. Agora deve ler novamente o
texto e PCESG, reflectir sobre a operacionalização destes
princípios no ensino de Química em particular e responder o
seguinte:

1-Quais são os princípios orientadores do currículo?

2-Como pode ser operacionalizado no ensino de química o


princípio “ensino-aprendizagem orientado para o desenvolvimento
de competências para a vida”. Apresente pelo menos duas
possibilidades com exemplos concretos na base do programa de
ensino.

1-Sabe-se que a Educação é um direito de todo o cidadão. Será que


podemos afirmar que na prática educativa moçambicana a
Auto-avaliação educação é inclusiva? Justifique a sua resposta.

2-Com um exemplo concreto na base do programa de ensino de


química explique a operacionalização do princípio de ensino-
aprendizagem em espiral.
Licenciatura em Ensino de Quimica 39

Leia mais sobre os princípios orientadores do currículo do Ensino


Secundário Geral em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral: objectivos,
políticas, estrutura, plano de estudos e estratégias de implementação.
Maputo. Imprensa Universitária, UEM, 2007.

TORRES, Rosa Maria. Educação para todos: a tarefa por fazer. Porto
Alegre: ARTMED Editora, 2001.
Licenciatura em Ensino de Quimica 40

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto e mencionar os princípios orientadores do currículo do ESG.

-Para responder a questão no 2, você deve saber interpretar o


princípio “ensino-aprendizagem orientado para o desenvolvimento
de competências para a vida” e explicar como pode ser
Chave de correcção operacionalizado esse princípio no ensino Química.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve ler novamente o texto e


consultar o PCESG para interpretar o princípio de Educação
inclusiva e depois analisar criticamente sobre a efectivação desse
princípio na nossa prática educativa, tomando em consideração os
objectivos de educação para todos e objectivos do milénio;

o
-Para responder a questão n 2, você deve ler novamente o texto
para interpretar melhor o princípio de ensino-aprendizagem em
espiral e depois explicar a operacionalização deste princípio no
ensino de Química com um tema específico escolhido no programa
de ensino (8a ou 9a ou 10a classe).
Licenciatura em Ensino de Quimica 41

Lição no 3
As inovações do currículo do ESG

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar e aprofundar os conhecimentos
sobre as inovações do novo currículo do ESG em relação ao
anterior no que se refere à filosofia, a estrutura dos programas,
conteúdos, entre outras. Aqui você aplicará alguns conhecimentos
adquiridos na lição anterior para melhor compreender estes
conteúdos.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Identificar as inovações do novo currículo;


 Explicar a essência de cada inovação;

Objectivos  Listar as actividades complementares ao currículo.

As inovações do currículo

O currículo do ESG apresenta muitas inovações comparando ao


anterior.
Nos últimos anos, sobre tudo a partir da década setenta, o termo
currículo tem sido frequentemente usado, assumindo vários
significados.

Portanto, na era moderna e no contexto educativo, o currículo é


tratado essencialmente como matéria escolar. Nesta perspectiva, o
currículo pode ser definido como um conjunto de todas as
experiências que o aluno adquire, sob a orientação do professor na
escola.
Licenciatura em Ensino de Quimica 42

Assim, os aspectos que constituem inovação comparando com o


anterior, numa perspectiva de continuidade do currículo
introduzido no Ensino Básico são:

1-O seu carácter profissionalizante


O currículo integra componentes práticas que correspondem ao
saber fazer, com o objectivo de desenvolver nos jovens
competências práticas que lhes permitem serem úteis para a vida
laboral e para o auto-emprego.

As rápidas mudanças sociais exigem uma rápida capacidade de


resposta do sector educativo em relação à adequação do perfil do
graduado do ESG, através de uma formação profissionalizante que
materializa através de Introdução das disciplinas
profissionalizantes, uma abordagem das disciplinas gerais virada
para a resolução de problemas concretos, etc.

2-Nova abordagem dos ciclos de aprendizagem


Os ciclos são unidades de aprendizagem com o objectivo de
desenvolver habilidades e competências específicas.
A abordagem por ciclos de aprendizagem requer um trabalho
conjunto dos professores ao longo do ano e não se limita ao
somatório de notas no final do trimestre. Isso significa que o aluno
deve passar de um ciclo para outro com as dificuldades de
aprendizagem em diferentes conteúdos superadas.

O ciclo prevê uma sequência de quatro fases implicadas no


processo de aprendizagem: exploração, explicação, extensão e
avaliação.
A primeira fase corresponde às actividades que permitem ao aluno
tomar contacto com materiais e ideias básicas relativamente ao
assunto da aprendizagem, sendo o papel do professor facilitador.
A fase de explicação destina-se a introduzir os conceitos ou
princípios que permitem ordenar as experiências exploradas na
Licenciatura em Ensino de Quimica 43

primeira fase. Esta fase é mais controlada pelo professor, poderá


ser efectuado pelos alunos cujo desenvolvimento cognitivo é mais
avançado.

A fase de extensão dá-se mas tempo ao aluno para uma


compreensão mais profunda e pessoal dos conceitos introduzidos,
sendo esta uma fase fundamental para aquisição de um novo nível
de equilíbrio.
A avaliação deve ser contínua ao longo de todo o ciclo de
aprendizagem, sob forma de autoavaliação, resposta a perguntas
directas e observação de comportamento dos alunos, poderá ser
formalizada em momento particular do ciclo.

3-Ensino-aprendizagem integrado
O currículo integrado caracteriza-se por desenvolver no aluno
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores de forma articulada.
Neste currículo predominam actividades de integração dos saberes.

Uma actividade de integração é uma actividade didáctica cuja


função essencial é levar o aprendiz a mobilizar várias aquisições
que tenham sido alvos de aprendizagens separadas. As actividades
de integração podem intervir em qualquer momento da aula, mas
em especial quando se quer desenvolver uma competência.

A actividade de integração caracteriza-se por ser:


- Uma actividade na qual o aluno é actor;
- Uma actividade que leva o aluno a mobilizar um conjunto de
sabres;
- Uma actividade que tem um carácter significativo;
- Uma actividade articulada em torno de uma situação nova.
Alguns exemplos de actividade de integração são: visita de campo,
trabalhos práticos e de laboratório, um estágio prático, criação de
uma obra de arte, etc.
Licenciatura em Ensino de Quimica 44

4-Intregração de conteúdos de interesse local


O currículo em vigor no ESG deverá considerar aspectos de
interesse local de forma a responder às necessidades das
comunidades, pois um dos objectivos do presente currículo é
formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida,
a da sua família, da comunidade e do país. Nesta perspectiva, a
abordagem de conteúdos de interesse local deve ser feita através de
valorização de experiências locais, articulando os conteúdos
propostos nos programas de ensino com a realidade local e através
de actividades de carácter social, partindo da consideração dos
saberes locais das comunidades onde a escola se situa. Essas
actividades podem ser feitas em forma de palestras, debates e
outras, envolvendo alunos, professores e pessoas da comunidade.

5-Introdução de línguas moçambicanas


Moçambique é um país multicultural e multilingue. A introdução
de línguas moçambicanas no ensino constitui uma das inovações no
âmbito da Transformação Curricular do Ensino Básico. Assim, na
perspectiva de continuidade no Ensino Secundário Geral, as línguas
moçambicanas serão introduzidas no Ensino Secundário Geral
duma forma opcional.

6-Temas transversais

No contexto actual, é necessário adoptar um currículo educacional


que corresponda aos desafios da sociedade que possibilitam a
formação integral dos indivíduos. Assim, uma das formas de
contribuir para o processo de transformação da sociedade sem abrir
mão dos conteúdos convencionais é por meio da inclusão dos temas
transversais na ESG. Deste modo, a abordagem dos temas
transversais visa desenvolver um conjunto de competências que
Licenciatura em Ensino de Quimica 45

levem o aluno a reflectir, problematizar, intervir e transformar a


realidade e interagir activamente na melhoria das condições da sua
vida e da vida da comunidade.

A abordagem dos temas transversais pressupõe um trabalho de


planificação conjunto entre os professores, pois a realização de
projectos é uma das formas de concretização deste tipo de
abordagem que mobiliza vários saberes, permite o desenvolvimento
de uma série de competências e faz convergir várias áreas de
conhecimentos em torno de uma ideia e projectos comuns.

7- Actividades co-curriculares

As actividades co-curriculares são um conjunto de actividades


complementares ao currículo que visam promover hábitos de
estudo individual e em grupo. Estas actividades devem ser
desenvolvidas fora do tempo lectivo, isto é, no período oposto às
aulas ou aos sábados, devendo ser organizados pela escola.

As actividades co-curriculares que podem ser realizadas nas escolas


são: Leitura, culinária, costura e bordados, colecção de minerais e
de conchas, círculos de interesse, jogos diversos, fotografia e
cinema, musica e dança, artes plásticas, escultura, etc.

Assim, os alunos deverão ser encorajados a aderir aos círculos de


interesse, a desenhar os seus projectos que possam ser úteis para a
comunidade escolar. Também poderão ser convidados pintores,
escultores, músicos e outros artistas no âmbito de implementação
das actividades co-curriculares.

Sumário
 Em resumo podemos dizer que nesta lição você aprendeu a
identificar as inovações do currículo do ESG. Assim, como
a interpretar cada inovação, analisando as possibilidades de
Licenciatura em Ensino de Quimica 46

aplicação no contexto real da escola, pois o grande desafio


lançado a todo o futuro professor é estar à alturas das
exigências do desenvolvimento técnico-científicos e sócio-
cultural do país.

 O novo professor que se pretende formar deve ser


cooperativo, reflexivo, pesquisador e que seja mediador na
construção de saberes.

Exercícios
Você teve oportunidade de conhecer e interpretar as inovações do
currículo do ESG. Agora deve ler novamente o texto e o PCESG,
reflectir sobre a operacionalização destas inovações no ensino de
Química em particular e responder o seguinte:

1. Os que são temas transversais?

2. Para abordagem dos temas transversais podem ser


utilizados vários métodos e técnicas. Identifique no
programa de ensino de química (8a ou 9a ou 10a classe) dois
temas que podem ser abordados de forma transversal e
mencione duas técnicas que podem ser usadas para a
abordagem dos mesmos.
3. Que actividades co-curriculares são realizados nas escolas
da tua província? Justifique a sua resposta.
Licenciatura em Ensino de Quimica 47

1. À luz do PCESG qual deve ser o papel do novo professor


que se forma na UP?
Auto-avaliação 2. Liste numa tabela os temas transversais a serem abordados no
ensino de Química, indicando as respectivas unidades
temáticas e as técnicas a serem usadas.

3. Comente sobre a realização de actividades co-curriculares no


ensino de química.

Leia mais sobre as inovações do currículo do Ensino Secundário


Geral em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura HÉLDER, Dinis. Estratégias de abordagem dos temas transversais


no ensino de química. Monografia científica. Faculdade de
Ciências Naturais e Matemática. Universidade Pedagógica.
Maputo, 2010.

INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral: objectivos,
políticas, estrutura, plano de estudos e estratégias de implementação.
Maputo. Imprensa Universitária, UEM, 2007.

TORRES, Rosa Maria. Educação para todos: a tarefa por fazer. Porto
Alegre: ARTMED Editora, 2001.
Licenciatura em Ensino de Quimica 48

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto e ler também a parte introdutória dos programas de ensino de
química (8a ou 9a ou 10a classe) do ESG, onde poderá encontrar o
conceito de tema transversal.
Chave de correcção
-Para responder a questão no 2, você deve identificar dois temas no
programa de ensino de química (8a ou 9a ou 10a classe) e explicar
como podem ser abordados (técnicas e estratégias).

-Para responder a questão no 3, você deve procurar ler novamente o


texto e ler também o PCESG para entender o que é actividade co-
curricular e depois identificar as actividades que são realizadas na
escola onde você lecciona ou na escola onde tem a possibilidade de
ir observar as aulas na tua província.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler no plano


curricular do curso de química o perfil profissional do futuro
professor que a UP pretende formar e fazer uma análise critica se
este poderá implementar de forma efectiva os propósitos do
PCESG.
o
-Para responder a questão n 2, você deve ler novamente o texto, o
PCESG e ler também os programas de ensino de química (8a ou 9a
ou 10a classe) e numa tabela apresentar de acordo com as unidades
os temas transversais que podem ser abordados na classe em que
você vai escolher e as respectivas técnicas a usar.

-Para responder a questão no 3, você deve fazer uma análise crítica


sobre a implementação das actividades co-curriculares no ensino de
química nas escolas da sua comunidade ou província. Isto é, deve
dizer se estas actividades são realizadas ou não justificando.
Licenciatura em Ensino de Quimica 49

Lição no 4
Áreas curriculares do 1o e 2o ciclo
do ESG
Introdução
Nesta lição, você irá consolidar e aprofundar os conhecimentos sobre as
áreas curriculares do ESG1 (1O ciclo) e do ESG2 (2O ciclo).

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Identificar as áreas curriculares do 1O ciclo e 2O ciclo do ESG;


 Conhecer as disciplinas que integram cada área curricular;
 Interpretar os objectivos da cada área curricular.
Objectivos

Áreas curriculares
As áreas curriculares do ESG representam um conjunto de saberes,
valores e atitudes inter-relacionadas entre si. Estas integram um
conjunto de disciplinas orientado para o domínio de estudo
específico.
As áreas curriculares do ESG1 (1O ciclo) são:
1- Área de Comunicação e Ciências Socais: esta área integra
as disciplinas de História, Geografia, Língua Portuguesa,
Língua Moçambicana, Língua Inglesa e Francesa.

2- Área de Ciências Naturais e Matemática: esta área é


constituída pelas disciplinas de Matemática, Biologia,
Física e Química.

3- Área de Actividades Práticas e Tecnológicas: esta área


compreende as disciplinas de Educação Física, Educação
Visual, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s)
Licenciatura em Ensino de Quimica 50

e das Disciplinas profissionalizantes como Noções de


Empreendedorismo, Agro-pecuária, entre outros.

As áreas curriculares do ESG 2


O ESG2 é constituído por disciplinas de tronco comum que
correspondem a um conjunto de conhecimentos, valores e atitudes
considerados indispensáveis para qualquer aluno; por áreas
específicas que aprofundam domínio do saber e por disciplinas
profissionalizantes que integram um conjunto de conteúdos
necessários ao desenvolvimento de habilidades para a vida.

1- Tronco Comum: constituído pelas disciplinas de Língua


portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Tecnologias de
Informação e Comunicação e Educação Física.

2- Área de Comunicação e Ciências Socais: esta área integra


as disciplinas de História, Geografia, Língua Portuguesa,
Língua Moçambicana, Língua Inglesa e Francesa.

3- Área de Matemática e Ciências Naturais: esta área é


constituída pelas disciplinas de Matemática, Biologia,
Física e Química.

4- Área das Artes Visuais e Cénicas: esta área inclui as


disciplinas de Educação Visual, Desenho e Geometria
Descritiva e as Artes Cénicas.

5- Disciplinas profissionalizantes: constituem as disciplinas


profissionalizantes, Noções de Empreendedorismo,
Introdução à Psico-pedagogia, Agro-pecuária e Turismo.
Licenciatura em Ensino de Quimica 51

Neste ciclo, continuar-se-á a desenvolver em todas as disciplinas as


competências já no primeiro ciclo no que se refere a resolução de
problemas do quotidiano, juízo crítico, habilidades para lidar com a
complexidade e diversidade e trabalhar em grupo.

Sumário
Em resumo, nesta lição você aprendeu que as áreas curriculares
ESG1 (1O ciclo) são: áreas de Comunicação e Ciências Sociais,
área de Matemática e Ciências Naturais e área de Actividades
Práticas. E as do ESG2 (2O ciclo) são: Disciplinas de tronco
comum, áreas específicas e Disciplinas profissionalizantes.

Exercícios

Você teve oportunidade de conhecer as diferentes áreas curriculares


do ESG e as disciplinas que as compõem. Agora deve ler
novamente o texto e o PCESG e responder o seguinte:

1. A que área curricular corresponde a disciplina de Química?


2. Quais são as disciplinas que constituem inovações do ESG?

1-Quais são as disciplinas que compreendem a área de actividades


práticas e tecnológicas?
Auto-avaliação
2-Comente a seguinte afirmação “O desenvolvimento de
conhecimentos científicos e o das capacidades intelectuais e
manuais dos alunos realiza-se através do trabalho prático
experimental”.
Licenciatura em Ensino de Quimica 52

Actividades
1- Adquira o Plano Curricular do Ensino Secundário Geral
(PCESG).
1- Efectua o estudo do PCESG, analisando criticamente sobre
a sua implementação no ensino de Química no que
Unidade/relações humanas
concerne:
Actividade de grupo
 Os princípios orientadores do currículo do ESG;
 As competências e os valores que os alunos devem
desenvolverem no final de cada classe e ciclo;
 As inovações no ESG;
 As estratégias metodologias para o ensino de
química no ESG.

Leia mais sobre as áreas curriculares e inovações do PCESG, entre


outros em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura HÉLDER, Dinis. Estratégias de abordagem dos temas transversais


no ensino de química. Monografia científica. Faculdade de
Ciências Naturais e Matemática. Universidade Pedagógica.
Maputo, 2010.

INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral:
objectivos, política, estrutura, plano de estudos e estratégia de
implementação. Imprensa Universitária, UEM. Maputo, 2007.

LIBANEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.

ROEGIERS, Xavier & KETELE, Jean. Uma pedagogia da


integração: competências e aquisições no ensino. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
Licenciatura em Ensino de Quimica 53

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto e ler também o PCESG para entender a que área curricular
corresponda a disciplina de química.

-Para responder a questão no 2, você deve procurar ler novamente o


texto e ler também o PCESG para identificar as disciplinas que
Chave de correcção constituem inovações do ESG

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve ler novamente o texto e


PCESG identificar as disciplinas que compreendem a área de
actividades práticas e tecnológicas no ESG.

-Para responder a questão no 2, você deve explicar como é que a


actividade prática permite o desenvolvimento de conhecimentos
científicos e o das capacidades intelectuais e manuais dos alunos.
Licenciatura em Ensino de Quimica 54

Unidade IV
Estudo dos programas de ensino
do 1o e 2o ciclos do ESG
Introdução
Você aprendeu na Didáctica de Química I que os programas de
ensino são documentos oficiais que orientam actividade do
professor no processo de ensino-aprendizagem.

Nesta unidade, irá efectuar análise crítica dos programas de ensino


de química e também irá aprofundar os conhecimentos sobre as
estratégias de aplicação dos mesmos nas condições da escola
moçambicana.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Reflectir criticamente sobre as formas mais adequadas de


operacionalizar os programas de ensino de química;
 Aprofundar os conhecimentos sobre a estrutura do
Objectivos
programa de ensino de química;
 Interpretar os princípios orientadores dos novos programas
de ensino;
 Identificar as inovações dos programas de ensino de
química;
 Aplicar as regras na formulação de objectivos específicos e
competências básicas para umas aulas ou conjunto de aulas;
 Explicar a relação entre as competências e objectivos;
 Identificar as estratégias de avaliação formativa propostas
no programa de ensino de química;
 Aplicar as estratégias metodológicas centradas no aluno;
Licenciatura em Ensino de Quimica 55

Lição no 1
Estrutura dos programas de
ensino de Química do 1o e 2o ciclo
do ESG

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar e aprofundar os conhecimentos
sobre a estrutura dos programas de ensino de química. Também vai
reflectir sobre as condições concretas para a operacionalização dos
novos programas de ensino.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Descrever a estrutura dos programas de química;


 Reflectir sobre a qualidade de formulação dos

Objectivos objectivos/competências, o grau da sua aplicação, nas


condições das escolas moçambicanas;

 Explicar os conceitos de competências e indicadores de


desempenho;

Estrutura dos programas de ensino de Química

Os programas de ensino constituem a base de estudo de Química nas


escolas. Estes determinam os objectivos, os conteúdos e os métodos a
serem implementados no PEA.

Nos programas de ensino estão descritos os objectivos gerais para


os vários ciclos ou classes e respectivas unidades temáticas.

Assim, o professor deverá fazer a correspondência dos objectivos


gerais da matéria de ensino no sentido de obter os resultados no
âmbito dos saberes, do saber fazer e das atitudes e convicções
através dos quais se buscam o desenvolvimento das capacidades de
Licenciatura em Ensino de Quimica 56

cognição dos alunos, desdobrando-os em objectivos específicos de


cada aula ou conjunto de aulas.

Os programas de ensino apresentam uma estrutura semelhante,


diferenciando se nos objectivos a alcançar em cada classe e as
competências a desenvolver.

Em suma, os programas de ensino de química apresentam:


Introdução, Estratégias de ensino-aprendizagem de química,
objectivos gerais da disciplina, competências a desenvolver nos
ciclos (1o ou 2o), objectivos do ciclo, visão geral dos conteúdos do
ciclo, objectivos da classe, visão geral dos conteúdos da classe,
plano temático (sugestões metodológicas e indicadores de
desempenho) e as formas de avaliação.

Sumário
Em resumo, nesta lição você conheceu a estrutura dos programas
de ensino de química apresentam: Introdução, Estratégias de
ensino-aprendizagem de química, objectivos gerais da disciplina,
competências a desenvolver nos ciclos (1o ou 2o), objectivos do
ciclo, visão geral dos conteúdos do ciclo, objectivos da classe,
visão geral dos conteúdos da classe, plano temático (sugestões
metodológicas e indicadores de desempenho) e as formas de
avaliação.

Exercícios

Você teve oportunidade de conhecer a estrutura dos programas de


ensino de química. Agora deve ler novamente os programas do 1o
ou 2o ciclo e responder o seguinte:

1-Quais são as inovações que os programas apresentam


comparados aos antigos?
Licenciatura em Ensino de Quimica 57

2-Nos programas foram propostas algumas estratégias para o


ensino de Química. Faça uma análise crítica sobre a implementação
dessas estratégias nas condições das escolas moçambicanas.

1-Apresentese duas propostas para a operacionalização dos


objectivos gerais previstos para o 1o ciclo.
Auto-avaliação 2-Será que todos os professores de química uso o programas de
ensino de forma integral na planificação das suas aulas? Justifique
a sua resposta.

Leia mais sobre estrutura dos programas de ensino de Química,


entre outros em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral:
objectivos, política, estrutura, plano de estudos e estratégia de
implementação. Imprensa Universitária, UEM. Maputo, 2007.

MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Programa de ensino da 8a, 9a e


10a classe. INDE. Maputo, 1997.

MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Programa de ensino da 8a, 9a e


10a classe. INDE. Maputo, 2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 58

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto, o PCESG, os programas antigos (1997) e os novos (2008) e
identificar as inovações dos actuais programas comparando com os
antigos.

-Para responder a questão no 2, você deve procurar ler novamente o


Chave de correcção texto e os programas (orientações metodológicas) para identificar
as estratégias de ensino de Química e dizer se estão sendo
implementadas ou não nas nossas escolas e justificar.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve ler novamente os


objectivos gerais do primeiro ciclo previstos no programa e depois
apresentar duas possibilidades para operacionalizar estes objectivos
nas condições das nossas escolas.

-Para responder a questão no 2, você deve fazer uma análise sobre a


observação das aulas efectuada no início do módulo e dizer se os
professores de química usam os programas para a planificação das
aulas, justificando a sua opinião.
Licenciatura em Ensino de Quimica 59

Lição no 2
As competências gerais e básicas
no 1o e 2o ciclo do ESG

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar e aprofundar os conhecimentos sobre o
conceito de competência e sua importância no processo de ensino –
aprendizagem adquiridos na disciplina de Didáctica de Química I.
Irá também consolidar as regras para a formulação das
competências a serem desenvolvidas num aula ou conjunto de
aulas.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Explicar o conceito de competências;


 Formular as competências a serem desenvolvidas numa aula ou
conjunto de aulas;
Objectivos  Distinguir as competências gerais das básicas ou específicas;
 Reconhecer as vantagens do ensino por competências.

As competências gerais e básicas no 1o ou 2o ciclo do ESG

Nos últimos anos têm ocorrem grandes transformações em todas as


esferas da vida humana: política, social, económica incluindo da
ciência e da tecnologia. As áreas das ciências e das tecnologias não
podem continuar a ser vistas como era antes, pois hoje colocam-nos
desafios importantes. Essas transformações afectam a escola e
como tal todas as políticas e estratégias de formação de
professores.
Licenciatura em Ensino de Quimica 60

O conceito “competência” tem suscitado uma larga discussão entre


os vários autores, académicos, economistas, psicólogos, sociólogos
e outros, o que revela a abrangência deste conceito.

No entanto, na Didáctica de Química I , abordou que o conceito de


competência é polissémico, isto é tem vários significados
dependendo do contexto da sua aplicação. Assim, no processo de
ensino-aprendizagem as competências importantes para a vida
referem-se ao conjunto de recursos, isto é, conhecimentos,
habilidades e comportamentos que o indivíduo mobiliza para
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar tarefas do
quotidiano. Isto significa que um indivíduo para resolver um
determinado problema necessita de combinar um conjunto de
sabres, práticas e valores.

Neste contexto, cabe à escola na base dos programas de ensino


criar oportunidades para o desenvolvimento gerais reconhecidas
como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias
para o seu bem-estar. Essas competências são operacionadas num
conjunto de aulas na forma mais específicas (competências
básicas).

Uma das afirmações mais frequentes quando se fala de competências


na educação é que elas não podem ser vistas exclusivamente numa
perspectiva operacional de tarefas. É fundamental verificar quais são
as capacidades e conhecimentos que os alunos devem possuir para
permitem a mobilização das competências.

Assim, o currículo do ESG proporcionará aos alunos um conjunto de


competências (conhecimentos, habilidades e valores) para enfrentar
com sucesso exigências da vida quotidiana, pois num currículo por
competências uma das premissas pedagógicas é a de desenvolver no
Licenciatura em Ensino de Quimica 61

educando a capacidades de resolver problemas do quotidiano, sendo o


principal objectivo de resolução de problemas é a superação de
obstáculos e estímulo a actividade cognitiva.

Sumário
Em resumo, nesta lição você consolidou o conceito de competência
no sentido da sua abordagem no processo de ensino-aprendizagem.

Exercícios
Você teve oportunidade de rever o conceito de competências na
perspectiva do processo de ensino-aprendizagem. Agora deve ler
novamente o texto, o PCESG, entre outros materiais e responder o
seguinte:

1-Quais são as competências gerais que um aluno da 10a classe


deve desenvolver no ensino de Química?

2-Consulte o PCESG e transcreva para sua folha todas as


competências que devem ser desenvolvidas no ESG do 2o ciclo.

1- Explique as razões da transformação do ensino por


objectivos para um ensino por competências?
Auto-avaliação 2- Na sua opinião, a implementação do ensino por
competências nas nossas escolas é efectiva? Justifique a sua
resposta.

3- A partir do tema da 10a classe “saponificação de uma


gordura”, formule duas competências básicas a ser
desenvolvidas no final dessa aula.
Licenciatura em Ensino de Quimica 62

Leia mais sobre as competências gerais e básicas no 1o ou 2o ciclo


do ESG em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te” INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA
Leitura EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral:
objectivos, política, estrutura, plano de estudos e estratégia de
implementação. Imprensa Universitária, UEM. Maputo, 2007.

INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA


EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Básico: objectivos,
política, estrutura, plano de estudos e estratégia de implementação.
Imprensa Universitária, UEM. Maputo, 1999.

MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Programa de ensino da 8a, 9a e


10a classe. INDE. Maputo, 2008.

ROEGIERS, Xavier & KETELE, Jean. Uma pedagogia da


integração: competências e aquisições no ensino. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
Licenciatura em Ensino de Quimica 63

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto para entender o conceito de competência e depois irá ler o
programa de 10a classe para identificar as competências que um
aluno desta classe deve desenvolver.

Chave de correcção
-Para responder a questão no 2, você consultar o PCESG para
transcrever para sua folha ou caderno as competências que um
aluno do 2o ciclo deve desenvolver.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve ler a parte introdutória


do PCESG e PCEB onde explicam as motivações para as reformas
curriculares que decorreram primeiro no Ensino Básico e depois no
Ensino Secundário Geral. Isto é, a mudança de um currículo
baseado em objectivos para um baseado em competências.

-Para responder a questão no 2, você deve fazer uma análise crítica


sobre a implementação do currículo por competências na nossa
prática educativa. Deve explicar se o que está proposto no PCESG
está sendo realizado na prática e se possível apresentar as razões.

-Para responder a questão no 3, você deve consultar o programa da


10a classe e formular duas competências básicas a partir do tema
proposto. Lembre-se que aprendeu na Didáctica de química I as
regras para a formulação dos objectivos e competências.
Licenciatura em Ensino de Quimica 64

Lição no 3
Relação entre as competências e
objectivos no 1o e 2o ciclo do ESG
Introdução
Na lição anterior você consolidou e aprofundo o conceito de
competência inicialmente tratado na Didáctica de química I.

Nesta lição, irá rever os conceitos de objectivos e competências e


explicar a relação entre eles na base dos programas de ensino.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Explicar a relação entre objectivos e competências;

 Formular objectivos e competências para uma aula na base


Objectivos do programa de ensino;

 Identificar os constrangimentos na operacionalização das


competências previstas no programa de ensino de química e
as formas de superá-los.

Relação entre competências e objectivos

O ensino configura-se como um processo no qual se sequenciam e


se desenvolvem uma série de actividades do professor e dos alunos
dentro e fora da sala de aula, onde o professor desempenha uma
actividade mediadora entre os objectivos do ensino e os conteúdos
escolares. Isto é, a actividade do professor não se esgota apenas no
cumprimento integral dos objectivos. Acima de tudo, o professor
deve fazer com que, a tal mediação signifique uma melhor
qualidade do ensino, aquela que corresponde, efectivamente, às
Licenciatura em Ensino de Quimica 65

necessidades de aprendizagem e ao desenvolvimento das


capacidades intelectuais dos alunos.

No entanto, quando abordou o conceito de competências percebeu que


estas podem ser definidas como um conjunto de capacidades práticas
mobilizadas para realizar uma tarefa ou conjunto de tarefas com
sucesso, satisfazendo as exigências sociais. As competências sempre
se manifestam por um comportamento observável. Por exemplo,
realizar uma experiencia química é uma competência que coloca em
prática algumas habilidades como seleccionar materiais e reagentes.

Portanto, a correspondência entre capacidade e competências não é


directamente observável. Uma mesma capacidade se manifesta em
uma multiplicidade de competências. Por exemplo, a capacidade de
aplicar regras de higiene e segurança no laboratório se manifesta na
competência necessária para efectuar experiências químicas. Por
outro lado, uma competência apela múltiplas capacidades. Para
realizar experiencia, por exemplo, necessita de colocar em acção
capacidades como reconhecer sinais, diferenciar, observar,
interpretar, redigir, etc.

A relação existente entre objectivos e competências é a seguinte:


- Os objectivos traduzem o que o aluno sabe sobre
determinados conteúdos;
- As competências, sendo da ordem da mobilização dos
saberes, definem o que o aluno será capaz de fazer com os
saberes que possui (e que se encontram delimitados pelos
objectivos);
- Os objectivos referem-se a conhecimentos, atitudes e
procedimentos adquiridos através da aprendizagem dos
conteúdos curriculares;
Licenciatura em Ensino de Quimica 66

- As competências pressupõem o agir em situação concreta,


mobilizando, nessa acção, de forma equilibrada e integrada,
conhecimentos, capacidades, procedimentos e atitudes;

Sumário
Em resumo, nesta lição você aprendeu a relacionar as competências
e os objectivos na construção do saber no processo de ensino-
aprendizagem. Abordou também a relação entre as competências e
capacidades no contexto de ensino de química. Com esses
conhecimentos, você poderão fazer uma análise crítica sobre a
implementação do ensino por competências na nossa prática
educativa.

Exercícios
Você teve oportunidade de rever o conceito de competências na
perspectiva da sua relação com os objectivos e as capacidades no
processo de ensino-aprendizagem. Agora deve ler novamente o
texto, o PCESG, entre outros materiais e responder o seguinte:

1-Explique por tuas palavras a relação entre as competências e


objectivos no processo de ensino-aprendizagem com um exemplo
concreto.

2-Você aprendeu que uma competência pode apelar múltiplas


capacidades ou objectivos. Dê exemplos de duas (2) competências
que um aluno pode desenvolver durante a realização de
experiências químicas sobre “fenómenos físicos e químicos na 8ª
classe” e os respectivos objectivos que apela essa competência.
Licenciatura em Ensino de Quimica 67

1-Na sua opinião porque razão não se realizam experiências


Auto-avaliação
químicas na maioria das escolas moçambicanas?

Leia mais sobre relação entre competências e objectivos em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar- INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA


te”
EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral:
Leitura
objectivos, política, estrutura, plano de estudos e estratégia de
implementação. Imprensa Universitária, UEM. Maputo, 2007.

MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Programa de ensino da 8a, 9a e


10a classe. INDE. Maputo, 2008.

MESQUITA, Elisa. Competências do professor: representações


sobre a formação e a profissão

Lisboa: Edições Sílabo, 2011.

ROEGIERS, Xavier & KETELE, Jean. Uma pedagogia da


integração: competências e aquisições no ensino. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
Licenciatura em Ensino de Quimica 68

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto e explicar a relação entre competências e objectivos com um
exemplo concreto.

Chave de correcção
-Para responder a questão no 2, você deve consultar o programa de
ensino da 8a classe e identificar os objectivos específicos proposto a
partir dos quais poderá formular as competências

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve analisar a situação de


ensino de Química na escola da sua comunidade ou província. Pode
também falar das aulas de química quando era estudante,
explicando as razões que levavam os professores não realizarem
experiências químicas.
Licenciatura em Ensino de Quimica 69

Lição no 4
As estratégias metodológicas de
ensino de Química no 1o e 2o ciclo

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar e aprofundar os conhecimentos
adquiridos nas aulas de Didáctica de Química I sobre as estratégias
de ensino centrados no aluno. Irá também fazer uma reflexão sobre
as estratégias adequadas para o ensino de química nas condições
das nossas escolas.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Propor estratégias metodológicas mais adequadas para o


ensino de química;

Objectivos  Identificar os constrangimentos na realização de


experiências químicas nas escolas;

 Relacionar as estratégias metodológicas as funções


didácticas adequadas.

Estratégias metodológicas de ensino de química

Nas aulas de Didáctica de Química I abordou que o Ensino-


aprendizagem centrado no aluno é um dos princípios orientadores
do novo currículo do ESG. Com esta abordagem pretendemos que
você seja capaz de reflectir sobre a implementação das diferentes
estratégias metodológica no ensino de química com a finalidade de
estimular a participação activa do aluno no processo de ensino-
aprendizagem.
Licenciatura em Ensino de Quimica 70

Sendo a química uma ciência experimental, devemos considerar


que a apropriação e a construção dos conhecimentos desta
disciplina realiza se de forma especial; isto é, de forma metódica e
sistemática, uma vez considerada como uma disciplina com uma
forte componente experimental. Esta proposta de apropriação dos
conhecimentos em Química tem em vista a contrapor-se ao estilo
de ensino tradicional e dogmático, na qual as ideias, os métodos
são apresentados aos alunos prontamente elaborados e
sistematizados para serem assimilados.

Assim, na abordagem dos conteúdos de química podem ser


aplicadas estratégias que proporcionam uma participação activa do
aluno tais como trabalhos em grupos e individuais, realização de
pequenos projectos (trabalho em projecto), realização de
actividades experimentais, elaboração de portfólio, entre outros.

No entanto, a mediação dos conteúdos da matéria requere uma


opção metodológica adequada e conveniente para o confronto
directo com os factos e fenómenos por meio da demonstração e
observação da realidade estudada. Essa mediação permite a
articulação entre o método de ensino e a função didáctica
adequada.

Neste contexto, foram abordadas nas aulas de Didáctica de química


I as funções didáctica no sentido de explicar que, apesar do
cruzamento das várias funções didácticas numa aula, existe a
necessidade de articulação entre destes com os métodos adequados.
Por exemplo, a elaboração conjunta é o melhor método para uma
consolidação em forma de repetição e sistematização. O professor
pode controlar bem quais são as dificuldades dos alunos. A
consolidação deve ser combinada com os problemas e tarefas que
correspondem ao nível inicial dos alunos e estes podem participar
na aula activamente.
Licenciatura em Ensino de Quimica 71

A consolidação é possível realizar-se também com as formas do


método Apresentativo. A consolidação pode acontecer em qualquer
fase da aula ou conjunto da aula: antes do inicio da matéria nova,
com sistematização, realização de exercícios da matéria anterior,
durante a exposição da matéria nova paralelamente com a
mediação.

Sumário
Em resumo, nesta lição você consolidou os conhecimentos sobre a
relação entre os métodos de ensino e a funções didácticas
adequadas abordados na disciplina de Didáctica de Química I.
Aprofundou também abordagem sobre as estratégias de ensino de
química mais adequadas na base dos programas de ensino.

Exercícios
Você teve oportunidade de rever e aprofundar os conhecimentos
sobre a relação entre os métodos de ensino e as funções didácticas
adequadas, assim como as estratégias para o ensino de química que
possibilitam a participação activa dos alunos na construção do
saber. Agora deve ler novamente o texto e outros materiais e
responder o seguinte:

1-Explique como um exemplo concreto na base do programa de


ensino como se pode aplicar o método experimental à função
didáctica matéria novo.

2-Diga em momentos do processo de ensino-aprendizagem se


aplica a motivação?
Licenciatura em Ensino de Quimica 72

1-Apresente as estratégias metodológicas para abordagem do tema


“preparação de indicadores naturais na 9a classe”, indicando os
Auto-avaliação métodos e as funções didácticas adequadas.

2-Que dificuldades os alunos apresentam na aplicação de regras de


higiene e segurança nas aulas de química? Justifique a sua resposta.

Leia mais sobre as estratégias metodológicas de ensino de química


e a relação entre métodos e funções didácticas em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te” LIBANEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.
Leitura
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO. Plano curricular do Ensino Secundário Geral:
objectivos, política, estrutura, plano de estudos e estratégia de
implementação. Imprensa Universitária, UEM. Maputo, 2007.

MELCHOIR, M.C. Avaliação pedagógica: função e necessidade.


Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

DUARTE, Stela. et al. Manual de Supervisão Pedagógica de


práticas pedagógicas. Editora: EDUCAR-UP. Maputo, 2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 73

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto e o manual de Didáctica de química I e depois vai consultar o
programa para escolher o exemplo e explicar como se pode aplicar
o método experimental à função didáctica matéria novo.

-Para responder a questão no 2, você deve ler sobre as funções


Chave de correcção
didácticas introduzidas na Didáctica Geral e aprofundadas na
Didáctica de química I e explicar em que momentos da aula pode
se aplicar a motivação.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente


o texto e o manual de Didáctica de química I e depois vai consultar
o programa, onde a partir das orientações metodológicas poderá
identificar os métodos e as funções didácticas adequadas para o
tema proposto.

-Para responder a questão no 2, você deve fazer uma análise crítica


sobre a implementação do método experimental na nossa prática
educativa e depois poderá explicar se nas condições em que decorre
o ensino de química nas escolas os alunos podem desenvolver
habilidades para aplicar as regras de higiene e segurança nas aulas
de química.
Licenciatura em Ensino de Quimica 74

Unidade V
Avaliação no processo de ensino-
aprendizagem de Química
Introdução
Você aprendeu na Didáctica de geral que existem várias funções
didácticas entre elas a de controle e avaliação.

Nesta unidade, irá consolidar e aprofundar os conhecimentos sobre


as diferentes formas de avaliação e suas estratégias de
implementação no processo de ensino-aprendizagem de química.

A avaliação pode ocorrer em qualquer momento, dependendo dos


objectivos que a orientam.

Nos últimos anos, a avaliação assumiu grande importância nas


políticas dos governos, como forma de medir a evolução
educacional de um país e não só. Assim, a avaliação, para estar ao
serviço da qualidade educacional, deve entre outros, cumprir o seu
papel de promoção do ensino, guiando os passos do educador. Ela
precisa possuir o carácter de contribuição para a formação do aluno
e, não apenas, classificar e medir aprendizagens.

Nas próximas lições vamos discutir algumas formas de avaliação


que julgamos úteis para a sua formação.
Licenciatura em Ensino de Quimica 75

Lição no 1
A importância da avaliação no
processo de ensino-aprendizagem

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar os conhecimentos sobre a
finalidade de avaliação no processo de ensino-aprendizagem.

Se entendermos a avaliação como parte do processo de ensino,


então a forma como vamos realizá-la tem de considerar os outros
componentes do processo, nomeadamente os objectivos. A partir
destes, o estudante praticante determinará o que vai avaliar
(conteúdos) e os instrumentos que irá privilegiar em cada
avaliação.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Conhecer as diferentes formas de avaliação;


 Saber articular as diferentes formas de avaliação;
Objectivos  Conhecer a importância de avaliação no PEA.

Importância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem

A avaliação da aprendizagem é uma componente curricular


presente em todo processo de ensino-aprendizagem. É através da
avaliação que o professor obtém informações sobre o nível de
conhecimentos dos alunos, visando assegurar a formação integral
do indivíduo.
Licenciatura em Ensino de Quimica 76

De acordo com o sistema em vigor na escola, plasmado no


regulamento de avaliação no PEA, esta pode ser diagnóstica,
formativa e sumativa e, relacionam-se com o momento em que
ocorrem e o volume de matérias avaliada. A escolha do tipo de
avaliação depende também dos objectivos definidos para o
semestre ou unidade ou ainda da aula.

A avaliação auxilia o professor a obter informações sobre o que foi


aprendido pelo aluno. O professor deve avaliar para acompanhar o
processo de construção de conhecimentos do seu aluno. E sempre
que constatar que alguns alunos apresentam dificuldades deverá
propor acção pedagógica (alternativas diversificadas).

O objectivo principal da avaliação é ajudar o aluno a se auto-


avaliar, a perceber as suas falhas e os seus pontos fortes, através de
uma reflexão conjunta, aprender a buscar novos caminhos para a
sua realização

Contudo, a avaliação deve ser realizada de forma contínua para que


permita ao aluno identificar e superar as suas dificuldades. Isto
significa que o aluno avaliado deve ser capaz de fazer a sua auto-
avaliação, o que só será possível se o praticante logo de início tiver
mostrado ao aluno o que espera dele.

A figura que se segue apresenta um exemplo de uma má auto-


avaliação no sentido de professor desencorajar essas práticas.

Figura 1: Uma má auto-avaliação


Licenciatura em Ensino de Quimica 77

Como pode ver a avaliação é um processo complexo no qual o


praticante deve ser uma parte activa, ou seja, deve tomar parte de
cada fase do processo.

A tabela abaixo apresenta de forma resumida as funções da


avaliação.

Tabela 1: Funções de avaliação

ANTES DA ACÇÃO DE DURANTE A ACÇÃO DEPOIS DA ACÇÃO DE


FORMAÇÃO DE FORMAÇÃO FORMAÇÃO
Avaliação: Avaliação: Avaliação:

 Diagnóstica Formativa Sumativa


 Prognóstica
 Preditiva Progressiva Terminal

Função: Função: Função:

 Orientar  Regular  Verificar


 Adaptar  Facilitar (a  Certificar
aprendizagem
Centrada: ) Centrada:

No produtor e nas suas Centrada: Nos produtos


características
Nos processos

Nas actividades

O início do processo de ensino-aprendizagem é marcado por uma


avaliação designada por diagnóstica cuja função é permitir ao
professor para verificar se o aluno possui os pré-requisitos, ou seja,
conhecimentos, capacidades, habilidades necessários para alcançar
os objetivos que estão plasmados no programa que se pretende
cumprir (os conteúdos programados).

Ao longo do processo decorre a avaliação formativa que testa


continuamente a assimilação dos conteúdos que estão sendo
administrados ao longo do curso. Este tipo de avaliação permite
Licenciatura em Ensino de Quimica 78

fazer continuamente um controle da aprendizagem do aluno bem


como do decurso de todo o processo de ensino-aprendizagem,
atitudes dos alunos em relação ao processo, saber se os alunos vão
adquirindo as competências definidas, a actuação do professor, os
métodos e as estratégias permitindo que sejam corrigidas a tempo
as lacunas que forem detectadas.

No fim do processo procede-se à avaliação sumativa que testa o


nível dos conhecimentos, capacidades, habilidades, competências
no fim do processo de ensino-aprendizagem.

As vantagens destas avaliações são que permitem reorientar quer os


alunos para tirar proveito dos seus dotes, quer para recuperar os
alunos que apresentem dificuldades ao longo da aprendizagem,
aliás só a avaliação permitirá fazer valer os princípios que norteiam
o processo de ensino-aprendizagem.

Sumário
Em resumo, nesta lição você aprendeu que a avaliação é parte
integrante do processo de ensino-aprendizagem e acompanha todo
o desenvolvimento curricular, o desempenho do aluno bem como
a implementação das estratégias definidas no regulamento de
avaliação no ESG. As principais modalidades de avalaicao são: a
Diagnóstica, formativa e sumativa.
Licenciatura em Ensino de Quimica 79

Exercícios

Você teve oportunidade de conhecer as diferentes formas de


avaliação. Agora deve ler novamente o texto e o regulamento de
avaliação do ESG e responder o seguinte:

1- Quais são os objectivos da avaliação no PEA?

2-Comenta a seguinte afirmação “ avaliação é no PEA tem apenas


a função classificatória”.

1-Na sua opinião, qual é a modalidade de avaliação mais usada no


Auto-avaliação ESG? Justifique a sua resposta.
Licenciatura em Ensino de Quimica 80

Leia mais sobre importância da avaliação no processo de ensino-


aprendizagem entre outros em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”
DUARTE, Stela. et al. Manual de Supervisão Pedagógica de
Leitura
práticas pedagógicas. Editora: EDUCAR-UP. Maputo, 2008.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios


às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.

LIBANEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.

PAIS, A. & MONTEIRO, M. Avaliação: Uma prática Diária. 2.ed.


Lisboa: Editora Presença, 2002.

ROMÃO, José. E. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas.


5.ed. São Paulo: Cortez, 2003

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar:


estudos e proposições. 16.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MELCHOIR, M.C. Avaliação pedagógica: função e necessidade.


Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios


às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 81

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente o


texto, o manual de Didáctica de química I e outros matérias
recomendado e explicar como é entendida a avaliação pelos
intervenientes do processo de ensino-aprendizagem principalmente
os professores e os alunos.
Chave de correcção
-Para responder a questão no 2, você deve ler sobre as funções da
avaliação no processo de ensino-aprendizagem no manual
Didáctica Geral, Didáctica de química I e outros recomendados e
explicar a função classificatória da avaliação na nossa prática
educativa.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente


o texto e reflectir sobre a modalidade de avaliação mais usada na
escola da sua comunidade ou província, justificando o seu ponto de
vista.
Licenciatura em Ensino de Quimica 82

Lição no 2
Estratégias de avaliação no
processo de ensino-aprendizagem
de Química

Introdução
Nesta lição, você irá aprofundar os conhecimentos sobre as
estratégias de avaliação no processo de ensino-aprendizagem de
Química abordados na Didáctica de Química no contexto das
funções didácticas., nomeadamente motivação, matéria nova,
domínio e consolidação e controle e avaliação.

Nesta lição você vai abordar as várias modalidades de avaliação


aplicadas no ensino de química. Nesta, em jeito de continuidade e
aplicação irá reflectir sobre os instrumentos de avaliação usados no
ensino de química.

Ao completar esta lição, você será capaz de:

 Elaborar instrumentos de avaliação na aprendizagem de


química;
 Identificar as estratégias de avaliação no processo de
Objectivos ensino-aprendizagem de química;
 Analisar as estratégias de avaliação usadas no ensino de
química.
Licenciatura em Ensino de Quimica 83

Estratégias de avaliação no processo de ensino-aprendizagem


de química

Qualquer indivíduo que sabe que vai ser alvo de um processo


avaliativo coloca as seguintes questões: Como serei avaliado? Que
instrumentos serão usados?

O professor de química como de qualquer outra disciplina deve


implementar as estratégias de avaliação propostas no regulamento
de avaliação e especificados nos programas de ensino.

No entanto, algumas dificuldades podem ser encontradas no


processo de avaliação como seja:

 A subjectividade em avaliar os aspectos qualitativos ligados


à evolução dos alunos;
 Definição de critérios objectivos que ajudem a verificar os
resultados das aprendizagens de cada aluno;
 Como avaliar a articulação entre os conhecimentos,
competências, habilidades e atitudes.

Na perspectiva, o futuro professor de química deve se basear nos


princípios que orientam o processo de avaliação, sendo eles:

a) A autonomia: durante as Práticas Pedagógicas o praticante


deverá aprender a superar as dificuldades de forma
independente;
b) A praxis: o praticante deve reflectir sobre a sua actividades
pedagógica;
c) A Cidadania: o praticante deve respeitar as diferenças
morais, étnicas, raciais, linguísticas e culturais;
d) A leitura: o praticante deve construir maior conhecimento
sobre a realidade escolar através de contacto com textos
ligados à sua área específica.
Licenciatura em Ensino de Quimica 84

Nas Práticas Pedagógicas, todos os intervenientes são avaliadores a


partir do momento que uma das características da Prática é reflectir
sobre todo o processo de ensino-aprendizagem e sobre a prática do
colega observado, ficando claro que deverá fazer uma auto-
avaliação sobre a própria performance no processo.

No processo de ensino-aprendizagem de química pode ser


utilizados vários instrumentos no processo avaliativo como
relatórios de aulas laboratoriais, relatórios de visitas de estudo,
testes escritos, ficha de participação dos alunos, relatórios de
trabalhos de pesquisa, relatórios de projectos sobre temas
transversais, etc.

Sumário
Em resumo, nesta lição você reflectiu sobre as estratégias de
avaliação usadas no ensino de química.

Este conhecimento deve ser articulado com as aprendizagens


anteriores pois a avaliação é um processo complexo no qual
participam quer o praticante, o tutor , o supervisor e os alunos.
Nesta perspetiva, a avaliação deverá ser formativa e abrangente
com uso de vários instrumentos como: visitas de estudo, relatórios,
palestras, debates, seminários, portofólios, etc.
Licenciatura em Ensino de Quimica 85

Exercícios
Você teve oportunidade de consolidar e aprofundar os seus
conhecimentos sobre as diferentes estratégias de avaliação. Agora
deve ler novamente o texto, o programa de ensino e o regulamento
de avaliação do ESG e responder o seguinte:

1-Porque razão no ensino de química predomina ainda a avaliação


sumativa?

2- Será possível usar a avaliação como meio para estimular a


aprendizagem? Justifique a resposta dando exemplo concreto na
base do programa de ensino.

1-O que é auto-avaliação?

2-Elabora um mini teste para os alunos da 9a classe com um


Auto-avaliação máximo de 4 questões.
Licenciatura em Ensino de Quimica 86

Leia mais sobre estratégias de avaliação no processo de ensino-


aprendizagem de química entre outros em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura DUARTE, Stela. et al. Manual de Supervisão Pedagógica de


práticas pedagógicas. Editora: EDUCAR-UP. Maputo, 2008.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios


às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar:


estudos e proposições. 16.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MELCHOIR, M.C. Avaliação pedagógica: função e necessidade.


Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios


às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 87

-Para responder a questão no 1, você deve fazer uma análise crítica


sobre a modalidade de avaliação mais predominante no PEA de
química comparando com o que seria ideal. Para tal, você deve
procurar ler novamente o texto, o manual de Didáctica de química I
e outras obras recomendadas para esta lição.
Chave de correcção
-Para responder a questão no 2, você deve ler sobre as funções da
avaliação no PEA e depois explicar como podemos estimular
aprendizagem dos alunos na disciplina de química através da
avaliação na base de um exemplo concreto.

Em relação as actividades de auto-avaliação:

-Para responder a questão no 1, você deve procurar ler novamente


o texto e o manual de supervisão pedagógicas e depois explicar a
finalidade de auto-avaliação no PEA e mesmo no quotidiano.

-Para responder a questão no 2, você deve consultar o programa de


ensino de química da 9a classe e escolher uma unidade temática a
partir da qual irá elaborar um mini-teste. Sobre a elaboração do
teste abordou na Didáctica de química I.
Licenciatura em Ensino de Quimica 88

Lição no 3
O papel do portfólio no processo
de avaliação no ESG

Introdução
Nesta lição, você irá consolidar e aprofundar os conhecimentos
sobre a função do portfólio no processo da avaliação, pois é uma
das estratégias de avaliação formativa que permite o
desenvolvimento do pensamento reflexivo. Este assunto foi
abordado na Prática Pedagógica geral, por isso recomenda-se que
faça a revisão.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Descrever as funções do portfolio;


 Reconhecer o portfólio com um instrumento de avaliação

Objectivos formativa;

 Identificar as possibilidades de implementação do portfólio


como instrumento da avaliação no processo de ensino-
aprendizagem.

O papel do portfólio no processo de avaliação

Portfólio é uma colecção organizada e devidamente planificada de


trabalhos produzidos por um aluno durante um certo período de
tempo e poderá incluir uma ampla variedade de trabalhos tais como
relatórios de trabalhos, visitas de estudo, desenhos e ilustrações,
reflexões dos alunos sobre a disciplina, os seus progressos, as suas
Licenciatura em Ensino de Quimica 89

dificuldades, comentários breves a textos ou a qualquer situação de


aprendizagem, etc.

No entanto, vimos na aula anterior que o regulamento do ESG


prevê as formas de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa
como as modalidades a serem implementadas no processo de
ensino-aprendizagem.

Assim, no processo de ensino-aprendizagem de química os


diferentes conteúdos também pode ser avaliados usando o portfólio
de acordo com os objectivos traçados, as condições e os recursos
que a escola dispõe, pois o objectivo da educação é ensinar o aluno
a pensar, o que implica conduzir um assunto além da mera
aquisição, permitindo o desenvolvimento de competências
definidas no PCESG.

O uso do portfólio apresenta várias vantagens tais como:

 Abrange mais processos e objectos de avaliação;

 Contextualiza a avaliação na medida em que ela surge


associada à situação em que a aprendizagem decorre;

 Incentiva os alunos a participar mais activamente no


processo de avaliação e a reflectir criticamente sobre o seu
próprio trabalho;

 Melhora auto-estima dos alunos porque têm mais


oportunidades para mostrar o que são capazes de fazer;

 Possibilita fácil identificação dos progressos e das


dificuldades dos alunos.
Licenciatura em Ensino de Quimica 90

A utilização do portfólio com estratégia de avaliação pode


proporcionar mais e melhor informação aos professores e
responsabilizar mais os alunos pela própria aprendizagem uma
vez que são chamados a criticar e reflectir, sistematicamente,
sobre os seus próprios trabalhos.

A organização do portfólio deve ser tal que permite uma visão tão
alargada, detalhada e profunda quanto possível das aprendizagens
conseguidas pelos alunos. Professores e alunos, de acordo com os
objectivos que se pretende alcançar, as condições e recursos de que
dispõem, estabelecem as regras porque não há propriamente um
modelo ou formulário para a sua construção.

Sumário
Em resumo, nesta lição você consolidou e aprofundou os
conhecimentos sobre o portfólio como estratégias de avaliação
formativa que pode ser usado no processo de ensino-aprendizagem
de química por ser um instrumento que revela o progresso, esforços
e realizações dos alunos.
Licenciatura em Ensino de Quimica 91

Exercícios

Você teve oportunidade de consolidar e aprofundar os seus


conhecimentos sobre o portfólio como estratégias de avaliação
formativa em o professor e o aluno, em conjunto, avaliam todas as
actividades executadas. Agora deve ler novamente o texto o os
outros matérias recomendados e responder o seguinte:

1-O que é o portfólio?

2-Em poucas palavras (10 linhas ao máximo) diga como se pode


usar o portfólio na situação das escolas moçambicanas (turmas
numerosas).

1-Faça uma auto-reflexão sobre o seu processo de aprendizagem na


PPQI e diga quais são os trabalhos que realizou e que podem fazer
Auto-avaliação parte do seu portfólio?

2-Mencione duas vantagens do uso portfólio como instrumento de


avaliação formativa.
Licenciatura em Ensino de Quimica 92

Leia mais sobre o portfólio com instrumento de avaliação


formativa, entre outros em:

“[Ajuda-me] deixa-me ajudar-


te”

Leitura DUARTE, Stela. et al. Manual de Supervisão Pedagógica de


práticas pedagógicas. Editora: EDUCAR-UP. Maputo, 2008.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios


às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar:


estudos e proposições. 16.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MELCHOIR, M.C. Avaliação pedagógica: função e necessidade.


Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios


às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 93

o
-Para responder a questão n 1, você deve procurar ler novamente o texto,
o manual de Prática pedagógica Geral e o manual de supervisão
pedagógica.

-Para responder a questão no 2, você deve reflectir sobre o processo de


avaliação na nossa prática educativa ou mesmo da escola da sua
Chave de correcção comunidade e propor formas de utilização do portfólio como um
instrumento de avaliação no ensino de química mesmo na situação de
turmas numerosas.

Em relação as actividades de auto-avaliação:


o
-Para responder a questão n 1, você deve fazer uma auto-avaliação
sobre o que aprendeu com este módulo e identificar os trabalhos que pode
fazer parte do seu portfolio. Para tal, deve ler novamente o que é um
portfólio e como pode ser feito.

-Para responder a questão no 2, você deve procurar ler novamente o


texto, o manual de supervisão pedagógica I e outros matérias
recomendados para relembrar a função do portfólio como um
instrumento de avaliação.
Licenciatura em Ensino de Quimica 94

Referências bibliográficas

DUARTE, Stela. et al. Manual de Supervisão Pedagógica de práticas pedagógicas. Editora:


EDUCAR-UP. Maputo, 2008.

DUARTE, Stela. Desafios da formação de tutores para práticas pedagógicas. Maputo.


Editora Educar, 2008.

DIAS, Hildizina e tal. Manual de supervisão das práticas pedagógicas. Maputo. Editora
Educar, 2008.

ESTRELA, Albano. Teorias e práticas de observação de classes.4.ed. Portugal. Porto Editora, 1994.

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios às teorias, práticas e


políticas. Lisboa: Textos Editores, 2008.

HÉLDER, Dinis. Estratégias de abordagem dos temas transversais no ensino de química.


Monografia científica. Faculdade de Ciências Naturais e Matemática. Universidade
Pedagógica. Maputo, 2010.

INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO. Plano curricular do


Ensino Secundário Geral: objectivos, políticas, estrutura, plano de estudos e estratégias de
implementação. Maputo. Imprensa Universitária, UEM, 2007.

INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO. Plano curricular do


Ensino Básico: objectivos, políticas, estrutura, plano de estudos e estratégias de implementação.
Maputo. INDE, 1999.

LIBANEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.


16.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MELCHOIR, M.C. Avaliação pedagógica: função e necessidade. Porto Alegre: Mercado


Aberto, 1994.

MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Programa de ensino da 8a, 9a e 10a classe. INDE. Maputo,


1997.

MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Programa de ensino da 8a, 9a e 10a classe. INDE. Maputo,


2008.
Licenciatura em Ensino de Quimica 95

PAIS, A. & MONTEIRO, M. Avaliação: Uma prática Diária. 2.ed. Lisboa: Editora Presença,
2002.

ROMÃO, José. E. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. 5.ed. São Paulo: Cortez,
2003.

ROEGIERS, Xavier & KETELE, Jean. Uma pedagogia da integração: competências e


aquisições no ensino. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Regulamento académico para os cursos de graduação e


de mestrado. Maputo, 2010.

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