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Universidade Pedagógica
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus autores.
Universidade Pedagógica
Índice
Visão geral 1
Bem-vindo ao módulo de Mecânica I- Mecânica da Partícula ......................................... 1
Objectivos do módulo ....................................................................................................... 1
Quem deve estudar este módulo? ..................................................................................... 2
Como está estruturado este módulo? ................................................................................ 2
Ícones de actividade.......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 4
Precisa de apoio?............................................................................................................... 4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 5
Avaliação .......................................................................................................................... 6
Unidade 1 7
Física e Medições.............................................................................................................. 7
Introdução................................................................................................................ 7
Lição nº 1 9
Objecto de Estudo da Mecânica........................................................................................ 9
Introdução................................................................................................................ 9
Sumário ........................................................................................................................... 13
Exercícios........................................................................................................................ 13
Lição nº 2 14
Grandezas Físicas. Padrões de Unidades e Medidas ...................................................... 14
Introdução.............................................................................................................. 14
Sumário ........................................................................................................................... 18
Exercícios........................................................................................................................ 18
Lição nº 3 20
Análise Dimensional e Conversões entre Unidades ....................................................... 20
Introdução.............................................................................................................. 20
Sumário ........................................................................................................................... 24
Exercícios........................................................................................................................ 25
Lição nº 4 27
Algarismos significativos................................................................................................ 27
Introdução.............................................................................................................. 27
ii Índice
Sumário ........................................................................................................................... 30
Exercícios........................................................................................................................ 31
Unidade 2 33
Vectores .......................................................................................................................... 33
Introdução.............................................................................................................. 33
Lição nº 1 35
Igualdade e Adição de Vectores ..................................................................................... 35
Introdução.............................................................................................................. 35
Sumário ........................................................................................................................... 38
Exercícios........................................................................................................................ 39
Lição nº 2 40
Propriedades da Adição e da Subtração de Vectores...................................................... 40
Introdução.............................................................................................................. 40
Sumário ........................................................................................................................... 42
Lição nº 3 45
Vector Unitário. Representação num sistema de eixos cartesianos e multiplicação de um
vector por um escalar ...................................................................................................... 45
Introdução.............................................................................................................. 45
Lição 4 56
Produto de Vectores........................................................................................................ 56
Introdução.............................................................................................................. 56
Sumário ........................................................................................................................... 64
Unidade 3 66
Diferênciação e integração de Vectores.......................................................................... 66
Introdução.............................................................................................................. 66
Lição nº 1 68
Derivação de uma Função............................................................................................... 68
Introdução.............................................................................................................. 68
Exercícios........................................................................................................................ 75
Unidade 4 77
Cinemática do ponto material ......................................................................................... 77
Introdução.............................................................................................................. 77
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância iii
Lição nº 1 79
Revisão dos conceitos básicos da Física......................................................................... 79
Introdução.............................................................................................................. 79
Sumário ........................................................................................................................... 81
Exercícios........................................................................................................................ 82
Lição nº 2 83
Cinemática do ponto material. Conceitos básicos .......................................................... 83
Introdução.............................................................................................................. 83
Sumário ........................................................................................................................... 89
Lição nº 3 90
Movimento em uma dimensão. Grandezas cinemáticas ................................................. 90
Introdução.............................................................................................................. 90
Sumário ......................................................................................................................... 111
Exercícios...................................................................................................................... 113
Lição nº 4 115
Movimento em duas dimensões. Vector deslocamento, velocidade e aceleração ........ 115
Introdução............................................................................................................ 115
Sumário ......................................................................................................................... 153
Exercícios...................................................................................................................... 156
Unidade 5 161
Dinâmica da Particula ................................................................................................... 161
Introdução............................................................................................................ 161
Lição nº 1 163
Leis de Movimento ....................................................................................................... 163
Introdução............................................................................................................ 163
Lição nº 2 182
Força de Atrito .............................................................................................................. 182
Introdução............................................................................................................ 182
Sumário ......................................................................................................................... 188
Exercícios...................................................................................................................... 189
Unidade 6 195
Trabalho, Energia e Potência ........................................................................................ 195
Introdução............................................................................................................ 195
iv Índice
Lição nº 1 197
Trabalho de uma força constante .................................................................................. 197
Introdução............................................................................................................ 197
Lição nº 2 202
Trabalho realizado por uma força variável ................................................................... 202
Introdução............................................................................................................ 202
Lição nº 3 208
Energia cinética e o teorema do trabalho e energia ...................................................... 208
Introdução............................................................................................................ 208
Lição nº 4 215
Potência......................................................................................................................... 215
Introdução............................................................................................................ 215
Lição nº 5 219
Trabalho da força da gravidade. Energia potêncial ...................................................... 219
Introdução............................................................................................................ 219
Lição nº 6 222
Forças conservativas e forças não-conservativas.......................................................... 222
Introdução............................................................................................................ 222
Lição nº 7 229
Conservação da energia mecânica ................................................................................ 229
Introdução............................................................................................................ 229
Lição nº 8 235
Trabalho realizado por forças não-conservativas ......................................................... 235
Introdução............................................................................................................ 235
Sumário ......................................................................................................................... 239
Exercícios...................................................................................................................... 243
Bibliografia ................................................................................................................... 251
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 1
Visão geral
Bem-vindo ao módulo de
Mecânica I- Mecânica da Partícula
O módulo de Mecânica da Partícula debruçar-se-á sobre os seguintes
conteúdos:
Objectivos do módulo
Ao terminar o estudo do módulo de Mecânica I – Mecânica da Partícula
você será capaz de:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.
Outros recursos
Se você está interessado em aprender mais, preste atenção a lista de
recursos adicionais para e explore-os. Estes recursos podem incluir livros,
artigos ou sites na Internet.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este módulo.
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 3
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Avaliação /
Actividade Auto-avaliação Teste Exemplo /
Estudo de caso
(fortitude /
Leitura preparação) Terminologia Dica
Reflexão
4 Visão geral
Habilidades de estudo
Caro estudante!
Para frequentar com sucesso este módulo terá que buscar através de uma
leitura cuidadosa das fontes de consulta a maior parte da informação
ligada ao assunto abordado. Para o efeito, no fim de cada unidade
apresenta-se uma sugestão de livros para leitura complementar.
Precisa de apoio?
Dúvidas e problemas são comuns ao longo de qualquer estudo. Em caso
de dúvida numa matéria tente consultar os manuais sugeridos no fim da
lição e disponíveis nos centros de ensino a distância (EAD) mais
próximos. Se tiver dúvidas na resolução de algum exercício, procure
estudar os exemplos semelhantes apresentados no manual. Se a dúvida
persistir, consulte a orientação que aperece no fim dos exercícios. Se a
dúvida persistir, veja a resolução do exercício.
Sempre que julgar pertinente, pode consultar o tutor que está à sua
disposição no centro de EAD mais próximo.
Avaliação
A avaliação visa não só informar-nos sobre o seu desempenho nas lições,
mas também estimular-lhe a rever alguns aspectos e a seguir em frente.
Unidade 1
Física e Medições
Introdução
• Algarismos significativos
Terminologia
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 9
Lição nº 1
Objecto de Estudo da Mecânica
Introdução
Não se recorda?
Exemplo
Já pensou no seguinte:
Mas, o que é que faz com que a Física tenha um lugar tão “importante”?
B. O congelamento da água;
Sumário
Na lição 1, foram discutidos os aspectos relacionados com o objecto de
estudo da Física e da Mecânica;
Exercícios
1. “A Física e a Técnica são duas áreas que estabelecem uma relação de
dependência mútua”.
Tempo de realização:
00:15 minutos
Dica
14 Lição nº 2
Lição nº 2
Grandezas Físicas. Padrões de
Unidades e Medidas
Introdução
Terminologia
Física e Medições
Grandezas Físicas:
Exemplo
Grandezas escalares
Grandezas vectoriais
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 17
Exemplo
As grandezas vectoriais serão designadas por uma letra com uma seta em
r
cima. Ex: velocidade - v .
18 Lição nº 2
Sumário
Na lição 2, foram discutidos os conceitos:
Exercícios
1. Considere o seguinte conjunto de grandezas físicas: A = {Massa,
velocidade, temperatura, energia, densidade, deslocamento,
2. A seguir são apresentadas duas listas; das quais uma é constituída por
grandezas físicas e a outra pelos possíveis instrumentos de medição.
A B
Comprimento Relógio
Temperatura Balança
Força Termómetro
Massa Dinamómetro
Tempo Fita métrica
Dica outro.
Lição nº 3
Análise Dimensional e
Conversões entre Unidades
Introdução
Terminologia
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 21
Além disso, os termos nos dois lados da equação devem ter as mesmas
dimensões. Por consequência, pode usar a análise dimensional para
determinar se a expressão que está a usar é correcta.
Resolução:
L
A dimensão da aceleração é [a ] = e, a dimensão do tempo [t ] = T .
T2
Vamos substituir essas dimensões na fórmula, isto é, a forma dimensional
1 2 L
da equação x = .a.t é: L = 2 .T 2 = L
2 T
x α a n .t m
22 Lição nº 3
L
Como as dimensões de aceleração são [a ] = e do tempo é
T 2
[t ] = T , temos:
n
⎛ L ⎞ m−2n
⎜ 2 ⎟ .T
m
= L1 ⇔ L n .T = L1
⎝T ⎠
Conversões de Unidades:
Prefixos métricos
Factores de conversão:
Comprimento
m km cm dm mm
Massa
kg g u.m.a
Tempo
s mn h dia
Exemplo Resolução:
km 1000m 10 3 m 1 m
1 = = 3
= .
h 3600s 3,6.10 s 3,6 s
km 1 m m
Ou seja, 100 = 100. . ≈ 27,8
h 3,6 s s
Sumário
Nesta lição discutimos o processo da análise dimensional como um
processo que nos permite determinar as dimensões das grandezas
procuradas, ou seja, se a expressão que está sendo usada é correcta ou
não.
Exercícios
Auto-avaliação nº 3 tempo.
Tempo de realização: 2. Supõe que é dito que a aceleração duma partícula que se move com
01:00 Hora velocidade de módulo constante numa trajectória circular de raio r é
proporcional à potência de r, seja rn e, proporcional à potência de v,
seja vm. Como pode determinar os valores de n e m?
Resolução: n = -1, m = 2
Dica
M .L2 L2 M .L2 L2
Resolução: [E P ] = e [g .h ] = Como ≠ 2 a equação
T2 T2 T2 T
não é dimensionalmente correcta.
Lição nº 4
Algarismos significativos
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo da lição - algarismos significativos. Nesta lição
vai aprender como representar resultados obtidos na resolução dum
problema ou nas medições feitas nas aulas de experimentação em
laboratório.
Terminologia
• As habilidades do experimentador;
Suponha que pretenda medir a área dum pequeno objecto (Ex: a caixa
dum disco de computador) com forma rectangular, usando a fita métrica.
Se a largura do objecto for 5,5 cm, você só pode afirmar que a largura do
objecto está entre os valores 5,4 cm e 5,6 cm
⇔ 5,4cm < l arg ura < 5,6cm ou l arg ura = (5,5 ± 0,1) cm e
dizemos que o valor medido tem dois (2) algarismos significativos.
Aqueles zeros usados para colocar casas decimais (ex: 0,03 e 0,0075) não
são algarismos significativos. Portanto no 1º número temos um algarismo
significativo e no segundo número temos dois algarismos.
Ex: 2,3.10 −4 tem dois algarismos significativos, então pode ser escrito
Resolução:
A = (21,3± 0,2) cm×(9,80± 0,1) cm= (21,3×9,80± 21,3×0,1± 0,2×9,80± 0,2×0,1) cm2
= 208,74± 2,13±1,96⇔ A = (209± 4) cm2
Sumário
Quando se calcula o resultado a partir de vários números medidos, cada
um dos quais tem sua incerteza de medição ou precisão. Nesse caso,
dever-se-á dar o resultado com o número correcto de algarismos
significativos.
Exercícios
a. 1,654 (R: 4)
Auto-avaliação nº 4
b. 0,00437 (R: 3)
d. 1,20 (R: 3)
e. 0,10000738 (R: 8)
Dica
Leitura Complementar:
− ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha, 1999.
Unidade 2
Vectores
Introdução
Bem-vindo ao estudo desta unidade. Muitas vezes, você vai deparar com
situações em que precisará de trabalhar com grandezas físicas que
possuem tanto propriedades numéricas, quanto propriedades direccionais.
Como foi notado na unidade-1 grandezas desse tipo são representados por
vectores. Nesta unidade vamos discutir aspectos relacionados com
fundamentos da álgebra vectorial e algumas propriedades gerais de
grandezas vectoriais. Em particular, vamos discutir a adição e subtracção
de vectores, juntamente com algumas aplicações comuns no contexto da
Física.
Tempo de estudo da
Unidade: 08:00 Horas
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 35
Lição nº 1
Igualdade e Adição de Vectores
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição na qual você vai aprender algumas
propriedades relativas à vectores e sua adição.
Definir vector;
Definir a igualdade de vectores;
Adicionar vectores.
Objectivos
Pré-requisitos:
Fig.2.1
r
a
Igualdade de vectores:
r r r r
Dois vectores a e b são iguais (a = b ) se tiverem módulos, direcções e
r r r r r r
sentidos iguais. ( a = b se e so se a ↑↑ b e a = b )
Fig.2.2
r
a
r
b
O oposto de um vector
r r
Seja dado um vector a . Um vector com o sentido oposto ao de a , mas
r
com a mesma direcção e módulo, denota-se por (− a ) .
Fig.2.3
r
a
r
(− a )
Adição de Vectores
r r r r
Sejam dados dois vectores a e b . A soma dos vectores a e b é um 3º
r r r r r
vector c , c = ( a + b ) , obtido aplicando a origem de b à extremidade de
r r r
a e, unindo a origem de a à extremidade de b . Este procedimento
geométrico para adição de vectores chama-se regra de triângulo.
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 37
1
r r2 r2 r r
c = ⎛⎜ a + b + 2. a . b . cos θ ⎞⎟ onde o ângulo θ é o ângulo formado
2
⎝ ⎠
entre os dois vectores. (2.1)1
A direcção dum vector é dada pelo ângulo que este forma com uma
direcção tomada como referência.
= 169 km= 13 km
1
Em qualquer fórmula o primeiro número indica a unidade e o segundo o
número da fórmula na unidade (trata-se da formula 1 na unidade 2)
38 Lição nº 1
d1 5 ⎛5⎞
tgδ = = ⇒ δ = arctg ⎜ ⎟
d 2 12 ⎝ 12 ⎠
Fig.2.6
r
a
r
c
r
a
Sumário
Vector é um segmento orientado. Como tal é individualizado por uma
direcção, sentido e módulo.
Exercícios
Você precisará de 15 minutos para completar esta tarefa
13
( 205 km, direcção: tgϕ = )
6
Lição nº 2
Propriedades da Adição e da
Subtração de Vectores
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela vai aprender a subtrair
vectores e a discutir aspectos da adição de vectores que lhe permitirão
manipular a ordem em que eles se apresentam, bem como agrupá-los da
maneira que você entender.
Nesse diagrama você tem dois triângulos. No triângulo de cima você tem
r r r r
a + b e, no triângulo de baixo tem b + a . Essas somas no diagrama
r
são ambas representadas pelo mesmo segmento orientado, o vector c .
r r r r
Isto significa que a + b = b + a (2.3)
Adicionaria todos de uma vez? Certamente que não porque tal como a
adição de números, a adição de vectores é uma operação binária. Isto
significa que ela está definida apenas para duas parcelas. No entanto, a
propriedade que você vai aprender permite-lhe contornar essa dificuldade
Fig.2.8
r
c
r r r r r r
a + (b + c ) (a + b ) + c
r
c
r r r r r
b +c b a +b
r
a
r
b
( ) (r )
r r r r r
vectores individuais, isto é, a + b + c = a + b + c (2.4)
42 Lição nº 2
Sumário
As grandezas vectoriais são caracterizadas pelo módulo, direcção e
sentido, e também obedecem as leis da adição de vectores.
Quando dois ou mais vectores são adicionados, todos eles devem ser da
mesma espécie e serem expressos nas mesmas unidades. Não faz sentido
Dica adicionar o vector velocidade (ex: 80 km/h para Este) com um vector
deslocamento (ex: 400 km para Norte) porque representam grandezas
físicas diferentes.
Tempo de realização:
10 minutos
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 43
Subtracção de vectores
(r )
r r r
1. A diferença de dois vectores a e b , representada por a − b , é um
r r
vector c tal que adicionado ao vector b vai dar como resultado o vector
r r r r r r r
a ⇔ a − b = c tal que a = b + c .
(r ) ( )
r r r
Assim a − b = a + − b . O que isso significa na prática?
r r r r
Regra-1. O vector c = a − b terá origem na extremidade de b e
r
extremidade na extremidade de a . Veja se há consistência com a regra
de triângulo na adição
44 Lição nº 2
r r r2 r2 r r
Regra-2 . Em ambos casos a − b = a + b − 2. a . b . cos ϕ , onde
r r
φ é o ângulo formado entre os vectores a e b .
Tempo de realização :
00:10 minutos
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 45
Lição nº 3
Vector Unitário. Representação
num sistema de eixos cartesianos
e multiplicação de um vector por
um escalar
Introdução
Bem-vindo ao estudo desta lição, a qual lhe permite fazer operações com
vectores usando suas projecções ou componentes ao longo dos eixos dum
sistema de referência.
r r
Da figura você nota que a x = prx a = a . cos α (2.6)
⎧ π
⎪a x > 0 se cos α > 0 ⇒ 0 ≤ α < 2
⎪
r ⎪ π
a x = a . cos α ⇒ ⎨a x = 0 se cos α = 0 ⇒ α =
⎪ 2
⎪ π
⎪a x < 0 se cos α < 0 ⇒ 2 < α ≤ π
⎩
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 47
r r r r r
Se a = a1 + a 2 + a3 + a 4 ⇒ a x = a1x + a 2 x + a3 x + a 4 x
n n
r r r r r
a = a1 + a 2 + ... + a n = ∑ ai ⇒ a x = a1x + a 2 x + ... + a nx = ∑ aix
i =1 i =1
(2.7)
r r r r r
Os vectores a x = a x .i e a y = a y . j são os componentes do vector a ao
r r r
Da figura pode-se ver que a = a x .i + a y . j , tal que (2.9)
r 2 2
a = a x + a y e a direcção será dada pelo ângulo que o vector forma
ay
com um eixo de referência. Neste caso será tgϕ =
ax
r r r r
a = a x .i + a y . j + a z .k , expressão dum vector em coordenadas
cartesianas.
r 2 2 2
O módulo do vector é dado por: a = ax + a y + az (2.11)
a ay a
cos α = rx , cos β = r e cos ϕ = rz tal que
a a a
Δx = x − xo , Δy = y − y o e Δz = z − z o
r r
1. Determine a soma de dois vectores a e b dados no plano xy no SI
r r r r r r
tal que a = 2,0.i + 2,0. j e b = 2,0.i − 4,0. j
Exemplo
Comparando com a expressão geral para o vector no plano, temos:
r r r r r r r ⎧c x = 4,0 m
c = a + b = (2,0 + 2,0).i + (2,0 − 4,0). j = 4,0.i − 2,0. j ⇒ ⎨
⎩c y = −2,0 m
O módulo do vector é:
r 2 2
c = cx + c y = (4,0 m )2 + (− 2,0 m )2 = 20 m = 4,5 m
Resolução:
r r r r
d = d1 + d 2 + d 3 =
r r r
= (15 + 23 − 13).i cm + (30 − 14 + 15). j cm + (12 + −5,0 + 0 ) k cm
r r r r
d = (25.i + 31. j + 7,0.k ) cm
Resolução:
r 1 r
bx = b .cos60o = 40,0km. = 20,0km, e by = b .sen60o = 40,0km.(0,866) = 34,6km
2
b.
dx = ax +bx =17,7km+20,0km= 37,7km, e dy = ay +by = −17,7km+ 34,6km=16,9km
r 2 2
d = dx + dy = (37,7 km)2 + (16,9 km )2 = 41,3 km
ay 16,9
Direcção: tgϕ = = = 0,448 ⇒ ϕ = arctg (0,448) = 24,1o a
ax 37,7
nordeste do carro.
Resolução:
Δx = x − xo = 2m − (− 2m) = (2 + 2) m = 4m e Δy = y − yo = (1− 4) m = −3m
dx = Δx = 4m e d y = Δy = −3m
Módulo:
r 2 2
d = dx + dy = (4 m )2 + (− 3 m )2 = 16 + 9 m = 25 m = 5 m
Você vai precisar de duas horas lectivas para completar esta tarefa
54 Lição nº 3
Tempo de realização:
02:00 Horas
r r r r
a. a +b (R: 4.i − 6. j )
r r r r
b. a −b (R: 2.i + 2. j )
( ) ( )
r r r r r r r r
a = 3.i − 4 . j + 4 .k m e b = 2 .i + 3 . j − 7.k m . Determine a
expressão cartesiana, o módulo e a direcção dos seguintes vectores:
r r r r r r
a. c = a+b (R: 5.i − j − 3.k )
r r r r r r
b. d = 2 .a − b (R: 4 .i − 11 . j + 15 .k )
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 55
Lição 4
Produto de Vectores
Introdução
Seja bem-vindo a esta lição, cujo objectivo é familiarizar-lhe com uma
das operações fundamentais em Física, a multiplicação de vectores.
r r r r
O produto escalar representa-se por ( a , b ) ou a .b por isso pode-se
escrever:
(2.13)
Você deve ter-se inspirado na discussão que fizemos sobre os valores que
a projecção dum vector sobre um eixo pode assumir e, naturalmente ter
chegado à seguinte conclusão:
( )
⎧r r π
⎪ a , b > 0 se cos ϕ > o ⇒ 0 ≤ ϕ < 2
⎪ r
( )
r r r r ⎪
( )
a , b = a . b . cos ϕ ⇒ ⎨ a , b = 0 se cos ϕ = 0 ⇒ ϕ =
π
2
⎪
( ) π
⎪r r
⎪ a , b < 0 se cos ϕ < o ⇒ 2 < ϕ ≤ π
⎩
58 Lição 4
(ar , b ) = b . proj
r r r r r r r
r
b
a = a . proj ar b = a . b , cos ϕ (2.14)
(ar , b ) = (b , ar )
r r
(2.15)
(ar , br ) = a .b
x x
r r
+ a y .b y + a z .b z e (a , a ) = a x + a y + a z (2.18)
2 2 2
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 59
r r r r r r
1. considere os vectores a = 2.i + 3. j e b = −i + 2. j .
a. Determine o produto escalar dos dois vectores.
Resolução:
rr r r r r rr r r rr r r
a.b = (2.i + 3. j )(
. − i + 2. j ) = −2.i .i + 2.i .2. j − 3. j .i + 3. j .2. j
= −2.(1) + 4.(0 ) − 3.(0 ) + 6.(1) = −2 + 6 = 4
Determinação do ângulo entre os vectores:
( )
r r r r
r r
a, b
Sabe-se que a , b = a . b . cos θ ⇒ cos θ = r r
( )
a .b
r 2 2
a = ax + a y = (2)2 + (3)2 = 4 + 9 = 13
r 2 2
b = bx + b y = (− 1)2 + (2)2 = 1+ 4 = 5
cos θ =
(a, b )
r r
r =
4
=
4 ⎛ 4 ⎞
⇒ θ = arccos⎜ ⎟ = 60,2 o
r 8,06
a .b 13. 5 65 ⎝ ⎠
Agora que já tem a noção de produto escalar de dois vectores, vamos ver
como é que pode multiplicar vectorialmente dois vectores.
r r r r r
[ ]
a × b = a , b = c ; tal que
r r r
c = a . b .sen ϕ (2.19)
60 Lição 4
( )
r r r r r r r
a× b +c = a×b + a×c (2.21)
r r r r r
i × j = − j ×i = k
r r r r r
j × k = −k × j = i (2.22)
r r r r r
k × i = −i × k = j
Produto vectorial em coordenadas cartesianas:
r r r
i j k
[ar, br ] = a x ay
r ay
az = i .
by
az r ax
bz
− j.
bx
az
bz
r ax
+ k.
bx
ay
by
(2.23)
bx by bz
[ar, br ] = ar × br = (a .b y z
r r r
− a z .b y ).i − (a x .b z − a z .b x ). j + (a x .b y − a y .b x ).k
⎧c x = (a y .b z − a z .b y )
r r r r r
[ ]
⎪
se c = a × b = a , b ⇒ ⎨c y = (a z .b x − a x .b z )
⎩c z = (a x .b y − a y .b x )
⎪
Exemplo r r r r r r
a. Determine a × b e verifique que a × b = − b × a .
Resolução:
r r r r r r r r r r
a × b = (2.i + 3. j )× (− i + 2. j ) = 2.i × 2. j − 3. j × i =
a. r r r
= 4.k + 3.k = 7.k
r r r r
Intencionalmente, omitiu-se os produtos i × i e j × j
r r r r r r r r r r r r
b × a = (− i + 2. j )× (2.i + 3. j ) = −i × 3. j + 2. j × 2i = −3.k − 4.k
r
= −7.k
62 Lição 4
r r r r
E portanto, a × b = − b × a
r
r r r c 7 7
c = a . b .sen ϕ ⇒ sen ϕ = r r = =
a .b 13 . 5 65
b.
⎛ 7 ⎞
ϕ = arcsen ⎜⎜ ⎟⎟ = 60,3 o
⎝ 65 ⎠
r r
1. Um vector a tem módulo igual a 5,00 unidades e, outro vector b tem
módulo igual a 9,00 unidades. Os dois vectores fazem entre si um
(r )
r
ângulo de 50º. Determine a , b . (R: 28,9
Actividade nº 5 unidades)
r r r
2. Uma força F = 6 .i − 2 . j N age sobre uma partícula que sofre um
r r r
(
deslocamento d = 3 .i + j m . Determine: )
(Fr , d ); b. O ângulo entre estes vectores.
r
a. (R: 16,0 J; 36,9º )
r r r r r r r
b. a = −2.i + 4. j e b = 3.i − 4. j + 2.k (R: 156º )
r r r r r r r
c. a = i − 2 . j + 2 .k e b = 3 . j + 4 .k (R: 82,3º )
r r
4. Os vectores a , cujo módulo é 42,0 cm num ângulo de 15º e b cujo
módulo é 23,0 cm num ângulo de 65º , são ambos traçados a partir da
origem. Os dois ângulos são medidos no sentido anti-horário a partir
do eixo ox. Os vectores formam dois lados do paralelogramo.
Determine:
r r r r r r
6. Dois vectores são dados por a = −3.i + 4. j e b = 2.i + 3. j .
Determine:
r r r
a. a×b . (R: − 17 , 0 .k )
⎛ r r ⎞
⎜ a×b ⎟
a. arcsen ⎜ r r ⎟⎟ (R: ϕ = 2 , 43 o )
⎜ a .b
⎝ ⎠
⎛ rr ⎞
⎜ a.b ⎟
b. arccos⎜ r r ⎟⎟ (R: ϕ ′ = 168 o
)
⎜ a .b
⎝ ⎠
r r r r
8. Se a × b = a .b , qual é o ângulo entre os dois vectores. (R: 45º )
64 Lição 4
Sumário
Podemos adicionar vectores quer pela regra do triângulo quer pela regra
do paralelogramo.
r r r
c = a . b . sen ϕ onde φ é o ângulo entre os vectores dados.
r r r
A direcção do vector c = a × b é perpendicular ao plano formado
r r
pelos vectores a e b , e o seu sentido é determinado pela regra da mão
direita ou regra de saca-rolhas ou ainda regra do parafuso de rosca direita.
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 65
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha,
1999.
Leitura
Unidade 3
Diferênciação e integração de
Vectores
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta unidade que lhe vai permitir familiarizar-
se com uma das linguagens mais usadas em Física, principalmente para o
nível a que você se candidata.
Terminologia
Tempo de estudo da
Unidade: 10:00 Horas
Lição nº 1
Derivação de uma Função
Introdução
dy Δy y ( x + Δx ) − y ( x )
Matematicamente escreve-se: = lim = lim ,
dx Δx →0 Δx Δx→0 Δx
onde Δx = x 2 − x1 e Δy = y 2 − y1 (3.1)
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 69
=
(
dy d a.x 3
+
)
d (b.x ) d (c)
+ = 3.a..x 2 + b + 0 = 3.a.x 2 + b
Exemplo dx dx dx dx
( ) ( )
dy d 8.x 5 d 4.x 3 d (2.x) d (7)
= + + + = 8.5.x 4 + 4.3.x 2 + 2.1.x 0 + 0
dx dx dx dx dx
= 40.x + 12.x + 2
4 2
d ⎡ g(x) ⎤ d d d dh dg
⎢ ⎥ = (g.h−1 ) = g. (h−1 ) + h−1. g = −g.h−2 . + h−1.
dx ⎣ h(x) ⎦ dx dx dx dx dx
dg dh
h. − g.
= dx dx (3.5)
h2
x3
1. Determine a derivada da função y = com respeito a x.
(x + 1)2
Exemplo Resolução:
temos:
dy d x 3
=
( )
.( x + 1) + x 3 .
−2 d (x + 1)
−2
= 3.x 2 .( x + 1) + x 3 .(− 2)(
−2
. x + 1)
−3
dx dx dx
dy 3.x 2 2.x 3
= −
dx ( x + 1)2 ( x + 1)3
dy dy dx
4. Seja x = g(z) e y = f(x) então = . (3.6)
dz dx dz
5. A segunda derivada de y em função de x (ou a derivada da
derivada de y em ordem a x) é escrita na forma
d 2 y d ⎛ dy ⎞
= ⎜ ⎟ (3.7)
dx 2 dx ⎝ dx ⎠
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 71
= ⎜ ⎟= ⎜
(
d 2 s d ⎛ ds ⎞ d ⎛ d 3.t 3 + 3.t 2 + 6 ) ⎞⎟ = d (9.t 2
+ 6.t + 0 )
dt 2 dt ⎝ dt ⎠ dt ⎜⎝ dt ⎟
⎠ dt
= 18.t + 6
dy
2. Seja dada a função y = 3.x 2 onde x = 5.t . Determine .
dt
x⇒
dy dy dx d 3.x 2 dx
= . =
(
. = 6.x.
)
d (5.t )
= 6.x.5 = 30.5.t = 150.t
dt dx dt dx dt dt
d (a )
1. = 0 onde a é uma constante
dx
d (a . x n )
2. = n.a . x n −1 , onde n é um número racional.
dx
3.
( )=
d e ax
a .e ax
dx
d (senax ) = a . cos ax
4.
dx
d (cos ax )
5. = − a.senax
dx
d (ln ax ) 1
6. =
dx x
dx 1
3. ∫ a + bx = . ln (a + bx ) + c
b
xdx x a
4. ∫ a + bx = − 2 . ln( a + bx ) + c
b b
dx 1 x+a
5. ∫ x.( x + a) = − a . ln( x
)+ c
dx 1
6. ∫ (a + bx ) 2
=−
b.(a + bx )
+c
dx 1 x
7. ∫a 2
+x 2
= .arctg + c
a a
dx 1 a+x
8. ∫a 2
−x 2
=
2a
. ln
a−x
+c ( a 2 − x 2 > 0)
dx 1 x−a
9. ∫x 2
−a 2
=
2a
. ln
x+a
+c ( x 2 − a 2 > 0)
10. ∫a
xdx 1
= ± . ln a 2 ± x 2 + c ( )
2
±x 2
2
dx x x
11. ∫ a −x 2 2
= arcsen
a
= − arccos + c
a
( a 2 − x 2 > 0)
1 1
17. ∫ tan( ax ).dx = − a . ln (cos ax ) + c = a . ln(sec ax ) + c
1 ax
∫e dx = .e + c
ax
18.
a
1
19. ∫ cot( ax ).dx = a . ln[ sen ( ax )] + c
x sen ( 2 ax )
∫ sen ax .dx = − +c
2
20.
2 4a
21.
x sen ( 2 ax )
∫ = + + c
2
cos ax . dx
2 4 a
dF
Seja
dx
= f ( x ) , então F = ∫ f ( x ). dx . Quando o intervalo de
∫ f ( x ).dx = F (b ) − F ( a )
a
(3.8)
1. Determine:
∫ 3x
2
a. . dx
3
Exemplo
b. ∫ a.x 2
.dx , onde a é uma constante.
c. ∫ cos ax . dx
74 Lição nº 1
Resolução:
x 2+1 x3
∫ 3.x .dx = 3. + C = 3. + C = x 3 + C
2
a.
2 +1 3
3 5
3 3 +1 5
x2 x2 2.a
b. ∫ a.x .dx = a.∫ x .dx = a.
2 2
+ C = a + C = .x 2 + C
3 5 5
+1
2 2
d (ax ) 1
c. ∫ cos ax.dx = ∫ cos ax. a
= .senax + C
a
5 5
b. ∫
3
x 2 . dx
Resolução:
a
x3 a3
∫ x .dx =
a
/ =
2
a. 0
0
3 3
3 5
+1
2. x 2 5 2 ⎛ 2 ⎞
5 3 5 5
x2
∫3 ⎜ 2 ⎟
5
x .
2
dx =
3 / 3
=
5 / 3
= .
5⎝⎜ 5 − 3 ⎟
b. +1 ⎠
2
2
5
( 2
= . 5 5 − 3 5 = . 25 . 5 − 9. 3
5
) ( )
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 75
Exercícios
Você vai precisar de vinte minutos para completar esta tarefa
1
c. s (t ) = .t 2 + 6.t (R: 7)
6
2. Determine o valor das expressões:
4
∫ (16 ). dt
Tempo de realização: 128
a. .t − 4 .t 2
(R: )
20:00 minutos
0
3
5
b. ∫ (−
1
2 .t + 3 ). dt (R: -12)
76 Lição nº 1
Leitura Complementar:
− ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha, 1999.
Leitura
− BUKHOVTSEV, B.B. at al. Problemas de Selecionados de Física
Elementar 2ª edição. Editora Mir. Moscovo, 1985.
Unidade 4
Cinemática do ponto material
Introdução
Bem-vindo ao estudo desta unidade. Aqui você começa a estudar uma das
partes fundamentais que constitui a Mecânica Clássica, na qual se
descreve o movimento de objectos em termos de espaço e tempo
enquanto se ignoram as causas físicas desse movimento.
• Movimento unidimensional;
• Movimento bidimensional;
Pré-requisitos:
Lição nº 1
Revisão dos conceitos básicos da
Física
Introdução
Pré-requisitos:
Exemplo
A Cinemática;
A Estática;
A Dinâmica.
Portanto, você pode notar que há uma pergunta sua que não poderá ser
respondida no âmbito da Cinemática.
Portanto, é na dinâmica onde você busca a sua resposta sobre o por que
das coisas!
Sumário
A Mecânica tem como seu objecto de estudo o movimento
mecânico e o equilíbrio dos corpos.
Exercícios
A tarefa que se segue deve ser resolvida em 5 minutos.
Lição nº 2
Cinemática do ponto material.
Conceitos básicos
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Aqui pretende-se que você
compreenda os conceitos fundamentais inerentes à Cinemática do ponto
material.
Terminologia
Ponto material
Você pode pensar que existe uma contradição entre o objecto de estudo
da Mecânica Clássica e o conceito de ponto material! Afinal de contas
estudou em geometria que ponto é um elemento geométrico sem
dimensões.
Um corpo pode ser considerado ponto material se, pelo menos, for
cumprida uma das seguintes condições:
Fig.4.1
Posição:
Suponha que alguém, que não conhece onde se localiza a sua escola,
pretende fazer-lhe uma visita no intervalo maior. O que você faria para
que a pessoa interessada chegasse à escola sozinha? Então o que seria dar
posição dum ponto?
Se você disse que todos têm razão, acertou. Porque cada um deles
observa o movimento do outro, usando um referencial diferente.
Tempo de realização:
00:10 minutos
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 87
Noção de Trajectória
Tempo de realização:
00:05 minutos
Dica enquanto que para o observador terrestre, esta mesma lhe parecerá uma
linha curva ( parábola).
• Movimentos rectilíneos
88 Lição nº 2
⎧− Circulares
⎪− Paraboli cos
⎪
• Movimentos curvilíneos ⇒ ⎨
⎪− Elipti cos
⎪⎩etc
Actividade nº 8 a.
Dica movimento as dimensões são irrelevantes. Nos outros casos não podemos
desprezar as dimensões.
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 89
Sumário
Considera-se ponto material ao corpo cujas dimensões, nas condições
dadas do problema, podem ser desprezadas.
Lição nº 3
Movimento em uma dimensão.
Grandezas cinemáticas
Introdução
Pré-requisitos:
Movimento de translação;
Movimento de rotação;
Movimento vibracional.
Exemplo − A Terra (ou um disco) girando em torno do seu eixo está realizando
um movimento de rotação
Vamos supor que você corre todas as manhãs, numa estrada recta, saindo
de sua casa até um ponto que dista a 5 km e depois volta para casa.
Neste caso como a posição inicial coincide com a posição final, o
Exemplo deslocamento é igual a zero. Mas o espaço percorrido é 10 km, que é o
dobro da distância que separa o ponto e a sua casa.
2. Vamos supor que você, num passeio a pé, sai de sua casa e dirige-se
para o sul percorrendo 12 km, em seguida vira para o leste e percorre
Tempo de realização:
00:10 minutos 5 km.
⎛ − 12 ⎞
(R: 13 Km, ϕ = arctg ⎜ ⎟)
⎝ 5 ⎠
Δx
v m = (4.1)
Δt
Unidades de velocidade:
km
[v ] = 1 m no S.I. Usa-se também 1 ,1
km
e1
cm
.
s h s s
96 Lição nº 3
Resolução:
Então: Δ x = x f − x o onde x o = − 4 .1 + 2 .1 2 = − 4 + 2 = − 2 m e
x f = − 4 .3 + 2 .3 2 = − 12 + 2 .9 = − 12 + 18 = 6 m
Δ x = 6 m − (− 2 m ) = 8 m
Δx 8m 8m m
b. vm = = = =4
Δ t ( 3 − 1) s 2 s s
v=
dx d
=
dt dt
( ) d
− 4.t + 2.t 2 = (− 4.t ) +
dt
d
dt
( )
2.t 2 = −4 + 4.t
c.
m m m
v(2,5) = (− 4 + 4.2,5) = (− 4 + 10) = 6
s s s
Δv
am = (4.3)
Δt
Δv x dv x
A aceleração instantânea é dada por: a x = lim
Δt → 0 Δt
=
dt
(4.4)
Exemplo
( )
v x = 40 − 5 .t 2 no SI.
Resolução:
Δv x
a. Sabe-se que a aceleração média é dada por a m = . Então temos:
Δt
(
vox = 40 − 5.2 2 ) ms = (40 − 5.4) = (40 − 20) ms = 20 ms
( )
v xf = 40 − 5.4 2 = (40 − 5.16 ) = (40 − 80 )
m
s
= −40
m
s
m m
Δv x = (−40 − 20) = −60 e Δt = (4 − 2) s = 2 s
s s
⎡m ⎤
− 60 ⎢ s m⎥ m
Portanto, am = ⎢ = 2 ⎥ = −30 2 . O sinal negativo da
2 ⎢s s ⎥ s
⎣⎢ ⎦⎥
projecção da variação da velocidade e por conseguinte da aceleração
significa que a velocidade está diminuindo com o correr do tempo.
dv x
b. Sabe-se que a aceleração instantânea é dada por a x = , então:
dt
ax =
d
dt
( d
)
40 − 5.t 2 = (40) −
dt
d
dt
( )
5.t 2 = 0 − 10.t , para t = 2 s, temos:
m
a x = − 10 .2 = − 20 .
s2
Tempo de realização: m
00:20 minutos (R: v = 18 )
s
m
(R: a x = −4 . Interpretação física: A velocidade da partícula
s2
diminui de 4 m/s em cada segundo).
Δx x − xo
vx = = e assumindo que to= 0 s, teremos que
Δt t − to
x − xo
vx =
t
x − x o = v x .t (4.5)
x = x o + v x .t (4.6)
100 Lição nº 3
dv
a= ⇒ dv = a.dt . A velocidade será obtida através da integração
dt
v t t t
v x − v ox
ax = ⇒ v x − v ox = a x .t (4.7)
t
v x = v ox + a x .t (4.8)
v = vo + a.t
1
Δ x = v o .t + .a x .t 2 (4.9)
2
102 Lição nº 3
1
x = x o + v o .t + .a x .t 2 , (4.10)
2
x t t
dx
vx = ⇒ dx = v x .dt ⇒ ∫ dx = ∫ v x .dt ⇒ x − xo = ∫ (vox + a x .t ).dt ⇒
dt xo to to
t t
1
x − xo = ∫ vox .dt + ∫ a x .t.dt ⇒ x − xo = a x .(t − t 0 ) + .a x .(t − t o ) 2
to to
2
Tomando to= 0 s, você chega à equação já obtida antes.
⎧v x = vox + a x .t ⎧ v x − v0 x
⎪ ⎧v x − vox = a x .t ⎪t =
⎨ 1 . ⇒ ⎨ ⇒ ⎨ ax
⎪⎩ x − x o = v ox .t + .a x .t 2
⎩ − ⎪−
2 ⎩
2 2
v x = v ox + 2.a x .( x − x o ) (4.11)
o o
Fig.4.6
Portanto é uma parábola. Porque é que o gráfico não passa pela origem?
Em que caso o gráfico passará pela origem?
Este gráfico não passa pela origem porque pressupõe-se que no instante
em que começou a contagem do tempo, a partícula já tenha percorrido um
certo espaço, x o ≠ 0 . Se no instante em que começou a contagem do
Actividade nº 11
Tempo de realização:
01:00 Hora
Essa conclusão só foi aceite cerca dos anos 1600. Antes disso, os
ensinamentos do grande filósofo Aristóteles (384-322 a.c) eram a base
do pensamento humano. Nessa altura, acreditava-se que os objectos mais
pesados caiam mais rapidamente do que os menos pesados.
Ele fez medições das distâncias percorridas pelos corpos ao longo dos
planos inclinados e os tempos gastos.
1.
Você deve ter observado que a pedra e o papel enrodilhado atingem quase
simultaneamente o solo. Isso não é de admirar porque a resistência do ar
Fig.4.7
Exemplo 80 m.
Resolução:
2 2
2 2 2 2 v x − vox
v x = vox + 2.a x .Δx ⇒ v x − vox = 2.a x .Δx ⇒ a x =
2.Δx
=
(15 m / s ) − (22 m / s )
2 2
=
225 − 484 ⎡ m 2
m⎤ 259 m
ax ⎢ 2 = 2⎥=−
2.80 m 160 ⎣ s .m s ⎦ 160 s 2
m
a x = −1,62
s2
v x − vox v −v 15 − 22 ⎡ m.s 2 ⎤
ax =⇒ t = x ox = ⎢ = s⎥
t ax − 1,62 ⎣ s.m ⎦
b. sabe-se que:
−7
t= s = 4,3 s
− 1,62
v x − v ox 0 − v ox − 22
c. t = = = s ≈ 13,6 s
ax ax − 1,62
d. Nesta alínea você pode optar por qualquer das fórmulas : ou a equação
horária, ou a equação de Torricelli.
2 2
v − vox 0 − 22 2 ⎡ m 2 .s 2 ⎤ 484
Δx = x = ⎢ 2 = m⎥ = m = 149,4 m
2.a x 2.(− 1,62) ⎣ s .m ⎦ 3,24
Resolução:
1
b. Equação de movimento do 1º móvel é: y = v o .t − .g .t 2
2
1
c. Equação de movimento do 2º móvel é: y ′ = v o .(t − 4 ) − .g .(t − 4 )
2
2
Note que essas são as equações das coordenadas medidas em relação
a origem do SRI cuja origem está no ponto de lançamento e que está
orientado para cima. No instante do encontro, as suas coordenadas
em relação a origem são iguais, por isso, temos:
1 1
y = y ′ ⇔ v o .t − .g .t 2 = v o .(t − 4 ) − .g .(t − 4 )
2
2 2
1
2
1
( )
v o .t − .g .t 2 = v o .t − 4.v o − .g . t 2 − 8.t + 16
2
1 1
− .g .t 2 = −4.v o − .g .t 2 + 4.gt − 8.g ⇒ 8.g + 4.v o = 4.g .t
2 2
8.g + 4.v o 8.10 + 4.200 80 + 800 880
t= = = = s = 22 s
4. g 4.10 40 40
m
v y = v o − g .t ⇒ v1 y = 200 − 10 .22 = ( 200 − 220 )
s
m
v1 y = −20
s
v=
dx
dt
(
⇒ dx = v.dt ⇒ x = ∫ v.dt = ∫ t 3 + 4.t 2 + 2 .dt )
t4 4
x = + t 3 + 2.t + c
4 3
Para t = 2 s, x = 4 m
24 4 3 32 44
4= + .2 + 2.2 + c ⇒ 4 = 4 + +4+c⇒ c = −
4 3 3 3
4
t 4 44
x = + .t 3 + 2.t − → coordenada da particula
4 3 3
34 4 3 44 81 44
Para t = 3 s, temos: x = + .3 + 2 .3 − = + 36 + 6 −
4 3 3 4 3
81 44 249 44
x= + 42 − = − ≈ 48 m
4 3 4 3
m
a x = 3.3 2 + 8.3 = 27 + 24 = 51
s2
Resolução:
Assim: x B = x oB − v B .t
x A = x B ⇔ v Ax .t = x0 B − v B .t ⇒ v Ax .t + v B .t = xoB
xoB 70 cm
⇒ v A + vB = ⇔ v A + vB = ⇔ v A + v B = 10 (1)
t 7 s
x B = xoB + v Bx .t ⇒ x B = xoB + v B .t
xoB
x A = x B ⇔ v A .t = xoB + v B .t ⇒ v A .t − v B .t = xoB ⇒ v A − v B =
t
70 cm
v A − vB = ⇔ v A − v B = 2 (2)
35 s
⎧−
⎧v A + v B = 10 ⎧− ⎪ ⎧vB = 10 − v A
⎨ ⇒⎨ ⎨ cm = ⎨ ⇒
⎩v A − v B = 2 ⎩2.v A = 12⎪v A = 6 ⎩−
⎩ s
⎧ cm
⎧ cm ⎪ vB = 4
⎪v B = 10 − 6 = 4 ⎪ s
⎨ s ⇒⎨
⎪⎩− ⎪v = 6 cm
⎪⎩ A s
Z c2σ 2 1,96 2 × 25 2
n= = = 97
E2 52
Sumário
Após que a partícula se move ao longo do eixo ox, a partir da posição
inicial xo para outra posição qualquer x, o seu deslocamento é
Δx = x − xo
Δx
v xm =
Δt
Δv x v x − vox
a xm = =
Δt t − to
Δv x
A aceleração instantânea é igual ao limite da razão quando
Δt
Δt → 0 . Por definição, este limite é igual à derivada da velocidade com
respeito ao tempo ou é a taxa de variação da velocidade.
Δv x dv x
a x = lim =
Δt → 0 Δt dt
1
pode ser obtida pela equação x = x o + vox .t + .a x .t 2 .
2
2 2
v x = vox + 2.a x .( x − xo )
Exercícios
km
outro? (R: v ′ = 90 )
h
Lição nº 4
Movimento em duas dimensões.
Vector deslocamento, velocidade
e aceleração
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Nela vai lidar com a cinemática da
partícula movendo-se no plano. O conhecimento das bases do
movimento bidimensional tornará possível analisar, nas futuras unidades,
uma variedade de movimentos, desde o movimento de satélites nas
órbitas até ao movimento de electrões em campos eléctricos uniformes.
Pré-requisitos:
− Adicionar vectores;
Velocidade média:
Velocidade instantânea:
r r r r
r Δr ⎛ Δr Δs ⎞ Δr Δs dr
v = lim = lim ⎜ . ⎟ = lim . lim = .v (4.15)
Δt →0 Δt Δt →0 ⎝ Δs Δt ⎠ Δt → 0 Δs Δt →0 Δt ds
Δs
dado por lim
Δt → 0 Δt
pois o vector unitário por definição tem módulo
Δs Δr
igual a unidade. Daqui conclui-se que lim Δt = lim Δt
Δt →0 Δt → 0
ds dr
⇔ = ou seja, a velocidade escalar coincide com o escalar da
dt dt
velocidade. Por isso, tanto a equação s = s(t ) como a equação
r r
r = r (t ) nos podem conduzir ao valor da velocidade.
Aceleração da partícula:
Fig.4.10
r r r
r v − v1 Δ v
am = 2 = (4.16)
t 2 − t1 Δt
Tome Nota! 1. O módulo do vector velocidade pode variar enquanto a sua direcção
permanece constante;
r
Como a aceleração a é suposta constante, as suas projecções
18 obtemos:
r r r r r r
v = (vox + a x .t ).i + (voy + a y .t ). j = (vox .i + v0 y . j ) + (a x .i + a y . j ).t
r
r r r (4.19)
⇒ v = vo + a.t
Como pode obter a equação do vector -posição da partícula para este tipo
de movimento?
1 1
x = x o + v o .t + .a x .t 2 e y = y o + v o .t + .a y .t 2
2 2
r ⎛ 1 ⎞r ⎛ 1 ⎞r
r = ⎜ xo + vo .t + .a x .t 2 ⎟.i + ⎜ y o + vo .t + .a y .t 2 ⎟. j =
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
r r r r r r
= (xo .i + y o . j ) + (vo .i + vo . j ).t + .(a x .i + a y . j ).t 2 = ro + vo .t + .a.t 2
1 r r 1 r
2 2
r r r 1 r 2
Então, r = ro + vo .t + .a.t (4.20)
2
r r r ⎧v x = vox + a x .t
v = vo + a.t ⇔ ⎨ (4.19.a)
⎩v y = voy + a y .t
⎧ 1
⎪ x = xo + vox .t + .a x .t 2
r r r 1 r ⎪ 2
r = ro + vo .t + .a.t 2 ⇔ ⎨ (4.20.a)
2 ⎪ y = y + v .t + 1 .a .t 2
⎪⎩ o oy
2
y
r r
As projecções das fórmulas do vector v e do vector r sobre os eixos das
coordenadas mostram-nos que o movimento bidimensional com
aceleração constante é equivalente a dois movimentos simultâneos e
independentes - um ao longo do eixo x e, o outro ao longo do eixo y com
acelerações constantes a x e a y , respectivamente.
Movimento do Projéctil:
Exemplo
Uma bola chutada ao ar pode mover-se ao longo duma trajectória curva e
o seu movimento torna-se simples de analisar se fizermos as seguintes
suposições:
r
− A aceleração de gravidade g permanece constante durante todo o
movimento e está orientada para baixo;
− A resistência do ar é desprezível
Lançamento Horizontal:
r
Considere um projéctil lançado com velocidade horizontal v o , de um
Fig.4.11
r
vo
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 125
Fig.4.12
Naturalmente que para justificar esse facto tem que reparar para as
suposições. Uma delas diz que a aceleração permanece constante durante
o movimento e está orientada para baixo. Daqui se conclui que a
aceleração de gravidade não tem componente ao longo do eixo x, ou seja,
a sua projecção é igual a zero por isso, v x = vox = vo ; daí que:
x = vo .t
1
v y = g.t e y = . g .t 2
2
⎧ x = v o .t
⎪
⎨ 1 . Essas expressões dão-nos a equação da trajectória na
⎪⎩ y = . g .t 2
2
forma implícita. Para obtê-la na forma explícita é necessário eliminar a
variável t, para que ela apareça na forma y = y ( x ) .
⎧ x = vo .t ⎧ x ⎧− ⎧−
⎪ ⎪t = ⎪ 2 ⎪
⎨ 1 ⇒ ⎨ vo ⇒ ⎨ 1 ⎛ x ⎞ . ⇒ ⎨ y = 1 .g. x (4.21)
2
⎪⎩ y = 2 .g.t ⎪ y = .g.⎜⎜ ⎟⎟
2
⎪− ⎪ 2 vo 2
⎩ ⎩ 2 ⎝ vo ⎠ ⎩
1 2 2 2.h 2.h
h = .g.t q ⇒ t q = ⇒ tq = - tempo de queda (4.22)
2 g g
2.h
O alcance horizontal será dado por: x = v o .t q ⇒ x = v o . (4.23)
g
r r r r 2 2
v = v x .i + v y . j ⇒ v = v x + v 2 y = vo + g 2 .t 2
Resolução:
Fig.4.13
x = v x .t .
m m
v x = 40 e vy = 0
s s
1 2. y 2.h
y = .g .t 2 ⇒ 2. y = g .t 2 ⇒ t 2 = ⇒t =
2 g g
Sabe-se que
2.h 2.100 ⎡ m ⎤
x = v0 x .t ⇒ x = vox . = 40. ⎢ .s = m⎥ = 181m
g 9,8 ⎣ s ⎦
m
v x = 40 e
s
2.h ⎡m m2 ⎤
v y = g .t = g . = 2.g .h = 2.9,8.100 ⎢ 2 .m = 2 ⎥
g ⎣s s ⎦
m
v y = 44,2
s
Lançamento Oblíquo:
Fig.4.14
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 129
v ox
= cos θ o ⇒ v ox = v o . cos θ o e, como a aceleração ao longo do eixo
vo
ox é nula, concluímos que a velocidade se mantém constante ao longo do
eixo ox. Daí que v x = vox = v o . cos θ o = cons tan te
⎧ x = vox .t = vo . cos θ o .t
⎪
⎨ 1 1
⎪⎩ y = voy .t − 2 .g .t = vo .senθ o .t − 2 .g .t
2 2
⎧x = vo.cosθo.t ⎧ x ⎧−
⎪ ⎪t = ⎪
⎨ 1 2 ⇒⎨ vo.cosθo ⇒⎨ 1 x2
⎪⎩y = vo.senθo.t − 2.g.t ⎪− ⎪y = x. tangθo − .g.
⎩ ⎩ 2 vo2.(cosθo )2
⎛ g ⎞ 2
y = x.tgθ o − ⎜⎜ 2 ⎟⎟.x (4.24)
⎝ 2.v . cos θ o ⎠
2
π
A equação dada é válida para ângulos no intervalo de 0 < θ o < .
2
r r 1
r = vo .t + .g .t 2
2
1 r 2
partícula se não houvesse aceleração e o termo . g .t resultante da
2
aceleração de gravidade.
sua queda em linha recta é o mesmo que um corpo em queda livre faria
durante o mesmo intervalo de tempo.
⎛ xmax ⎞
− O ponto mais alto A cujas coordenadas são ⎜ ; hmax ⎟
⎝ 2 ⎠
Fig.4.15
⎧v y = vo .senθ 0 − g .t
⎪
⎨ 1
⎪ y = vo .senθ o .t − .g .t
2
⎩ 2
⎧ vo .senθ o
⎧v0 .senθ o − g .t s = 0 ⎧ g .t s = vo .senθ o ⎪t s =
⎨ ⇒⎨ ⇒⎨ g
⎩− ⎩− ⎪−
⎩
⎧−
⎪ 2
⎨ 1 vo .senθ o 1 ⎛ vo .senθ o ⎞ .
⎪ y = hmax = vo .senθ o .t s − .g .t s = vo .senθ o .
2
− .g .⎜⎜ ⎟⎟
⎩ 2 g 2 ⎝ g ⎠
vo .sen 2θ o vo sen 2θ o vo .sen 2θ o v .sen 2θ o
2 2 2 2
⇒ hmax = − = ⇒ hmax = o
g 2g 2g 2.g
v o .sen 2θ o
2
1 1
y = vo .senθ o .t − .g.t 2 ⇒ y B = 0 = vo .senθ o .t − .g.t 2 = 0
2 2
⎛ 1 ⎞ 1
t.⎜ vo .senθ o − .g.t ⎟ = 0 ⇒ t = 0 ∨ vo .senθ o − .g.t = 0
⎝ 2 ⎠ 2
v .senθ o
g.t = 2.vo senθ o ⇒ tTotal = 2. o ⇒ tTotal = 2.t s
g
= o ⇒ xmax = o (4.26)
g g
Tempo de realização:
00:10 minutos
Tenha em conta o domínio da função seno. A partir daí veja como é que o
seno do ângulo de lançamento varia com o aumento do ângulo. Recorde-
Dica se também para que valor do ângulo o seno alcança o valor máximo.
Resolução:
vo .senθ o 11.sen20o
v y = 0 = vo .senθ o − g.t s ⇒ t s = = = 0,384s
g 9,8
⎡m ⎤
⇒ x B = 11. cos 20o.2.0,384⎢ .s = m⎥ = 7,94m
⎣s ⎦
2 2
y = 0,722m
Fig.4.16
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 137
Δv Δr
=
v r
v
Δv = .Δr , substituindo esta relação na equação escalar da aceleração
r
v Δr
média temos: a m = .
r Δt
Δr
zero e se aproxima do valor da velocidade instantânea. Por
Δt
consequência, o valor da aceleração é:
v Δr v Δr v v2
a r = lim . = . lim = .v = (4.27)
Δt → 0 r Δ t r Δt → 0 Δ t r r
v2
o centro da circunferência e o seu valor obtém-se pela relação
r
Fig.4.17
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 139
v2
direcção do vector velocidade. O seu valor é dado por a r =
r
r r r r r r r 2 r 2
a = a r + at tal que ar ⊥ at ⇒ a = ar + at (4.29)
Você sabia que com base nessas duas componentes pode fazer toda
a classificação de movimentos?
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 141
r r r
− Se uma partícula se move de tal forma que a r = 0 ⇒ a = at então a
Tome Nota! r
− Se uma partícula se move de tal forma que a r ≠ 0 ⇒ a direcção do
vector velocidade varia e o movimento é curvilíneo.
r r r
− Se a partícula se move de tal forma que a a t = 0 ⇒ a = a r , então o
r
− Se a t ≠ 0 ⇒ o módulo da velocidade varia e o movimento é
variado.
s r r r
− Se at = 0 e a r = 0 ⇒ a = 0 então v = cons tan te e o movimento
é rectilíneo uniforme.
Fig.4.18
142 Lição nº 4
r
Aqui, o vector unitário er que está na direcção radial (ao longo do raio) e
r
orientado para fora a partir do centro da trajectória e e θ , é um vector
r r r dv r v 2 r
a = a r + at = .eθ − .er (4.30)
dt r
Por que será que a segunda parcela está afectada de sinal negativo?
Exemplo gravidade. Quando o fio faz um ângulo θ = 20º com a vertical, a bola
tem uma velocidade de 1,5 m/s.
Fig.4.19
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 143
Resolução:
2
⎛ m⎞
2 ⎜1,5 ⎟
v s⎠ m
ar = =⎝ = 4,5 2
a. Dados: sabe-se que r 0,50 m s
V = 1,5 m/s
R = 0,50 m
Pede-se: ar - ?
b. Pede-se: at - ?
Verifique que quando a bola está numa posição em que o fio forma
um ângulo θ com a vertical, ela tem uma aceleração tangencial cujo
r
valor é dado por
a t = g .sen θ (a componente de g tangente à
m r r r
a t = 3, 4 a = at
2
+ ar
2
s2 θ = 20º é dado por:
m r m m
a r = 4 ,5 a = (4,5 )2 + (3,4 )2 = 5,6 2
s2 s 2
s
r
a − ? esta forma com o fio
at 3,4 ⎡ m s 2 ⎤ 3,4
tgϕ = = ⎢ . ⎥= = 0,76 ⇒ ϕ = arctg (0,76 ) = 37 o
a r 4,5 ⎣ s 2 m ⎦ 4,5
Note que tanto a aceleração total como as suas componentes variam tanto
em módulo como em direcção durante o movimento.
Resolução:
2.
⎛ ⎛2 3⎞⎞
⎜ d ⎜ .t ⎟ ⎟
dv d s d ⎜ ⎝ 3 ⎠ ⎟ d (2.t 2 )
2
Sabe-se que aτ = = = = = 4.t . A
dt dt 2 dt ⎜ dt ⎟ dt
⎜ ⎟
⎝ ⎠
aceleração normal ar =
v2
=
( )
2.t 2
2
=
4t 4
onde v = 2.t 2 . Cálculo do
r r r
instante em que as duas acelerações são iguais:
4.t 4 t3
aτ = a r ⇔ 4.t = ⇔ 1 = ⇒ t3 = r = 8 ⇒ t = 2s
r r
v = 2.2 m / s = 8 m / s
2
1. Suponha que dois carros estão se movendo num mesmo sentido com
velocidades de 50 km/h e 60 km/h.
Exemplo Com que velocidade estará se movendo o carro mais rápido do ponto
de vista de um passageiro que está no carro lento?
Para um passageiro que está no carro lento o carro mais rápido move-se a
uma velocidade de 10 km/h. No entanto, para um observador em repouso
Dica nas bermas da estrada, o carro mais rápido move-se a 60 km/h e não a 10
km/h.
A justificação é semelhante a que foi dada para o caso da caixa que foi
deixada cair a partir dum avião.
Fig.4.20
148 Lição nº 4
As acelerações Relativas:
Imagine que o movimento dessa partícula está sendo descrito por esses
dois observadores, um no sistema de referência S fixo em relação à Terra
e, o outro, no sistema de referência S’, que se move em relação a S com
r
uma velocidade constante v o .
Fig.4.21
r
Designemos por r , o vector-posição da partícula em relação ao sistema S
r
e, por r ′ o vector-posição da partícula em relação ao sistema S’ ambos
considerados depois de um certo intervalo de tempo t.
⎧ x′ = x − vo .t
⎪ y′ = y
r r r r r r ⎪
r = r ′ + vo .t ⇒ r ′ = r − vo .t ⇒ ⎨
⎪z ′ = z → (4.33)
⎪⎩t = t ′
Resolução:
r r
Seja vbr , a velocidade do barco relativa ao rio; e vrE a velocidade do rio
r
relativa à Terra. O que se procura é v bE , a velocidade do barco em
relação à Terra.
Fig.4.22
r r r
A relação entre estas três velocidades é: v bE = v br + v rE
Pitágoras:
r r r km km
vbE = vbr
2
+ v rE
2
= (10)2 + (5)2 = 11.2
h h
r
E a direcção do vector v bE é dada por θ:
r
v rE 5
tgθ = r = = 0,5 ⇒ θ = arctg (0,5) = 26,6°
v br 10
Resolução:
Fig.4.23
r
Justificação: Para este, o movimento da bola, v bT , resulta de uma
r
− Movimento horizontal do vagão, v vT = v vT .i
r r r r
r r r r r
( )
Portanto, vbT = vvT + vbR ⇒ vbT = vvT .i + vbR. j ⇒ vbT = vox .i + voy − g.t . j
⎧ x
⎧ x = vox .t ⎪t = v
⎪ ⎪ ox
⎨ 1 ⇒⎨
⎪⎩ y = voy .t − 2 .g.t
2 2
⎪ y = v . x − 1 .g . x
⎪⎩ oy
vox 2 vox 2
g x2
y = x.tgθ − . que é uma equação que representa a equação de
2 vox 2
uma parábola que passa pela origem dos eixos (x = 0 implica y = 0).
r
b. Cálculo da velocidade da bola em relação ao rapaz - v bR :
r
vbR = (voy − g .t ). j onde v oy → é o valor da velocidade inicial com que a
r
m
0 = voy − g .t ⇔ 0 = voy − 10.0,8 ⇒ voy = 8
s
r r rm
vbR (voy − g .t ). j ⇒ vbR = (8 − 10.1,1). j ⇔ vbR = −3. j
r r r
s
r r r r r r m
vbT = vox .i + (voy − g.t ). j ⇒ vbT = 4.i + (8 − 10.1,1). j = (4.i − 3. j )
r r
s
Sumário
r
Se uma partícula se move com aceleração constante a , tem a
r r
velocidade v o e vector posição ro no instante t = 0 s, então o seu vector
Fig.4.24
v2
O seu valor é dado por a r = e está sempre orientada para o centro da
r
trajectória.
r
− A componente tangencial da aceleração, a t que caracteriza a
r
variação do módulo de v .
r v2 r
O módulo de a r é dado por a r = e o módulo da at é dado por
r
r
dv
at = .
dt
Exercícios
1. A Carla está conduzindo o seu carro e move-se com uma aceleração
r r m
a = (3,00 .i − 2,00 . j ) 2 , enquanto o Júlio também no seu carro
r
Auto-avaliação 9
s
r r m
r
(
move-se com uma aceleração a = 1,00.i + 3,00. j ) 2 . Ambos
s
partem do repouso na origem do sistema de coordenadas xy. Depois
de 5 segundos:
Tempo de realização: a. Qual é a velocidade da Carla em relação ao Júlio?
02:00 Horas
b. Qual é a distância entre eles?
Fig.4.25
y2
(R: x = , Parábola com ox como eixo de simetria )
4
π 5 m
a. O valor da velocidade quando t = s. (R: v = 2 )
4 2 s
x 2 ( y − 6)
2
b. A equação da trajectória. (R: + = 1 ; Elipse)
16 9
(R: vo = 60 m/s)
35 m
(R: v g = 2 )
4 s
158 Lição nº 4
11. Um bombeiro que se encontra a 50,0 m dum edifício que está a arder
direcciona o jacto de água a partir da mangueira num ângulo de 30,0º
acima do horizonte. Se o jacto de água sai da mangueira a uma
velocidade de 40,0 m/s, a que altura o jacto de água atingirá o
edifício? (R: ≈ 18,6 m)
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 159
v1 y = vo .senϕ1 − g .t v 2 y = vo .senϕ 2 − g .t
v1x = vo . cos ϕ1 v 2 x = −vo . cos ϕ 2
r
Seja u a velocidade do corpo 1 relativo ao corpo 2, então:
2
u = ux + u y =
2
[vo .(cos ϕ1 + cos ϕ 2 )]2 + [vo .(senϕ1 − senϕ 2 )]2
⎛ ϕ + ϕ2 ⎞
u = 2.vo . cos⎜ 1 ⎟
⎝ 2 ⎠
c. R: v x = 0 e v y = −2 ⇒ v = 2m / s
d. R: a x = − 6 , a y = 2 ⇒ a = 40 m / s 2
1
a x = 0 ⇒ a x = 12.t − 6 = 0 ⇒ t = s
2
160 Lição nº 4
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha,
1999.
Leitura
BUKHOVTSEV, B.B. at al. Problemas de Selecionados de
Física Elementar 2ª edição. Editora Mir. Moscovo, 1985.
Unidade 5
Dinâmica da Particula
Introdução
Com essa finalidade iremos discutir as três leis básicas do movimento que
foram formuladas por Isaac Newton.
O conceito de força
2ª lei de Newton;
3ª lei de Newton;
Forças de atrito;
162 Unidade 5
Terminologia
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 163
Lição nº 1
Leis de Movimento
Introdução
Mas, o que é que pode fazer com que uma partícula se mantenha em
repouso e outra partícula acelerar?
Com esse propósito no nosso intelecto, dividimos esta lição nos seguintes
conteúdos:
Pré- requisitos:
Cada um de nós, pelo menos, possui uma noção básica acerca de força a
partir de situações do dia-a-dia.
Você pode estar a empurrar uma pedra muito grande e não ser capaz de
deslocá-la.
Fig.5.1
166 Lição nº 1
Se a resultante das forças que actuam sobre um corpo for nula (igual a
zero), então a aceleração do objecto é igual a zero e a sua velocidade
permanece constante.
r n r
r ⎧0 → Re pouso
FR = ∑ Fi = 0 ⇒ v = k ⇒ ⎨ ⇔ Equilibrio
i =1 ⎩≠ 0 → MRU
A partir da 1ª lei pode-se concluir que um objecto que não interage com a
sua vizinhança, ou está em repouso, ou em movimento rectilíneo
uniforme.
Mas, por que razão é mais fácil pôr em movimento uns objectos e difícil
para outros? Por que se torna fácil parar uns e difícil parar outros?
Suponha que tem uma bola de basquete e outra de aço. Qual delas é mais
fácil lançar? E parar uma vez lançada?
r
Considere uma força de valor F1 agindo sobre um objecto de massa
2ª Lei de Newton:
adquire uma aceleração duas vezes maior; para uma força três vezes
maior a aceleração será três vezes maior.
A fórmula da 2ª lei:
r r r
r n r
r dv d (m.v ) dp r r
FR = ∑ Fi = m.a = m. = = , onde p = m.v é o
i =1 dt dt dt
momento linear ou quantidade de movimento da partícula. Esta é a
fórmula vectorial. Ela corresponde três projecções ao longo de cada um
dos eixos ox, oy e oz.
⎧n dv x
⎪∑ Fx = m.a x = m. dt
r ⎪ i =1
n r
r dv ⎪n dv y
Assim, ∑ Fi = m.a = m. ⇔ ⎨∑ F y = m.a y = m. (5.1)
i =1 dt ⎪ i =1 dt
⎪n dv z
⎪∑ Fz = m.a z = m.
⎩ i =1 dt
kg.m
1N = 1
s2
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 171
Fig.5.2
⎧2
2 r ∑Fx = F1x + F2x = m.ax ⎧⎪F1.cos(−20o ) + F2.cos60o =
r ⎪⎪i=1
∑ Fi = m.a ⇔ ⎨ 2 ⇔⎨
⎪⎩F1.sen(−20o ) + F2.sen60o =
⎪ F = F + F = m.a
⎪⎩∑
i=1
y 1y 2y y
i=1
⎧
⎪ax =
∑Fx = 8.7N = 29 m
⎧8.7N = m.ax ⎪ m 0.3kg s2
⎨ ⇒ ⎨
⎩5.2N = m.ay ⎪ ∑Fy 5.2N m
⎪ay = m = 0.3kg =17s2
⎩
r m
2 2
a = ax + a y = (29)2 + (17 )2 = 34
s2
172 Lição nº 1
ay 17 ⎛ 17 ⎞
tgθ = = ⇒ θ = arctg ⎜ ⎟ = 30 o
ax 29 ⎝ 29 ⎠
Peso é a força com que um objecto atraído pela Terra actua sobre o apoio
ou suspensão.
3ª Lei de Newton:
Quando você chuta uma bola com a ponta dos dedos ou com o peito do
seu pé, sente o efeito da acção da bola sobre você.
Exemplo
r r
F21 = − F12 (5.2)
Fig.5.3
Fig.5.4
2ª lei de Newton:
⎧ T
r r ⎪ox : ∑ Fx = T = m.a x ⇒ a x =
∑ F = m.a ⇔ ⎨ m
⎪oy : ∑ Fy = N + (− Fg ) = 0 ⇒ N = Fg
⎩
A partir da 2ª lei de Newton, você acha que uma força constante pode
causar uma aceleração variável ou vice-versa?
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 175
⎛T ⎞ ⎛T ⎞
v x = vox + ⎜ ⎟.t e Δx = vox .t + ⎜ ⎟.t 2
⎝m⎠ ⎝m⎠
Fig.5.5
Resolução:
Diagrama de corpo livre:
Fig.5.6
176 Lição nº 1
r r ⎧⎪∑ Fx = m.a x
a) Formulação vectorial da 2ª lei: ∑ F = m.a ⇒ ⎨⎪
⎩∑ Fy = m.a y
1 1
x − xo = d = vox .t + .a x .t 2 para vox = 0, temos d = .a x .t 2
2 2
2.d 2d
t= =
ax g .senθ
2d
v x = a x .t = g .senθ . = 2d .g .senθ
g .senθ
Resolução:
Fig.5.8
⎧ ⎧ F x + F12 x = m1 .a x
r r ⎪⇒ ⎨
⎧⎪m1 : ∑ F = m1 .a ⎪ ⎩ N1 y + Fg1 y = 0 ⎧ F − F12 = m1 .a x
⎨ r r ⇒ ⎨ ⇒⎨
⎪⎩m2 : ∑ F = m2 .a ⎪ ⎧ F21x = m2 .a x ⎩ F21 = m2 .a x
⎪⇒ ⎨
⎩ ⎩ N 2 y + Fg 2 y = 0
F
F − F12 + F21 = (m1 + m2 ).a x ⇔ F = (m1 + m2 ).a x ⇒ a x =
m1 + m2
178 Lição nº 1
m2
F21 = m2 .a x = .F
m1 + m2
Resolução:
a.
Fig.5.9
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 179
Fig.5.10
⎛ m − m1 ⎞ 2
m , m .g − m1 .g
T = m1 .a + Fg1 = m1 ⎜⎜ 2 ⎟⎟.g + m1 .g = 1 2 + m1 .g
⎝ m1 + m2 ⎠ m1 + m2
2 2
m1 .m2 .g − m1 .g + m1 .g + m1 .m2 .g 2.m1 m2
T= = .g
m1 + m2 m1 + m2
Pode se ver que a aceleração é dada pela razão entre a projecção da força
resultante agindo sobre o sistema e a massa total do sistema.
Resolução:
Fig.5.11
Fig.5.12
r r r r r
m1 : ∑ F = m .a ⇒ T + F
1 g1 = m1 .a ⇒ T − Fg1 = m1 .a
r r r r r r ⎧oy : N − m2 .g. cos θ = 0
m2 : ∑ F = m .a ⇒ N + F + T = m2 .a ⇒ ⎨
⎩0 x : m2 .g.senθ − T = m2 .a
2 g2
(T − F ) + (m .g.senθ − T ) = (m
g1 2 1 + m2 ).a ⇒
⎛ m .senθ − m1 ⎞
T − m1 .g = m1 .a ⇒ T = m1 .(a + g ) = m1 ⎜⎜ 2 .g + g ⎟⎟
⎝ m1 + m2 ⎠
m1 .m2 .senθ − m1 + m1 + m1 .m2 m .m .g (senθ + 1)
2 2
T= .g = 1 2
m1 + m2 m1 + m2
182 Lição nº 2
Lição nº 2
Força de Atrito
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição, a qual lhe permitirá
travar conhecimento com uma das forças mais presentes e
influentes no nosso dia-a-dia bem como na técnica, a força de
atrito.
Pré-requisitos:
Força de atrito
A força de atrito que actua sobre o corpo enquanto ele está em repouso,
r
chama-se força de atrito estático e designaremos por Faest .
r r
Se F = Fac o corpo se move para a direita com velocidade
r r
constante. Se F > Fac , então haverá uma força resultante não
A. Para a esquerda
B. Para a direita
Dica cavalo aplica uma força sobre o trenó e este último aplica, sobre o cavalo,
uma força de igual módulo mas de sentido contrário.
sistema.
Fig.5.14
r r r r r
⎧⎪m1 : ∑ F = m1 .a ⎧⎪T + Fg1 = m1 a
⎨ r r ⇒ ⎨r r r r r r
⎪⎩m2 : ∑ F = m2 .a ⎪⎩T + Fac + N + Fg 2 + F = m2 .a
⎧T − m1 .g = m1 .a
⎪
⎨ ⎧⎪ox : F . cos θ − T − Fac = m2 .a x
⎪m2 ⇒ ⎨⎪oy : N + F .senθ − m .g = m .a = 0 ⇒ N = m .g − F .senθ
⎩ ⎩ 2 2 y 2
⎧T − m1 .g = m1 .a
⇒⎨
⎩ F . cos θ − T − μ c .N = m2 .a
T − m1 .g + F . cos θ − T − μ c N = (m1 + m2 ).a
F . cos θ − m1 .g − μ c (m2 .g − F .senθ ) = (m1 + m2 ).a
F . cos θ + μ c F .senθ − (m1 + μ c .m2 ).g = (m1 + m2 ).a
F (cos θ + μ c .senθ ) − (m1 + m2 ).g
a=
m1 + m2
Sumário
A 1a lei de Newton diz-nos que na ausência de uma força externa,
um corpo em repouso permanece em repouso e, um corpo em
movimento rectilíneo uniforme, manterá esse movimento.
⎧∑ F x = m.a x
r r ⎪⎪
aceleração, ∑ F = m.a ⇒ ⎨∑ F y = m.a y
⎪
⎪⎩∑ Fz = m.a z
Se a resultante das forças agindo sobre um corpo for nula, então ele
⎧∑ Fx = m.a x = 0
r r ⎪⎪
está em equilíbrio, ∑ F = m.a = 0 ⇒ ⎨∑ Fy = m.a y = 0
⎪
⎪⎩∑ Fz = m.a z = 0
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 189
Exercícios
Tempo de realização :
04:00 Horas
Dica
r
5. Uma força F aplicada a um corpo de massa m1, produz uma
aceleração de 3,00 m/s2. A mesma força, aplicada a um 2º
corpo de massa m2 produz uma aceleração de 1,00 m/s2.
m1
a. Qual é o valor da razão ? (R: 1/3)
m2
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 191
r
b. O módulo da força. (R: F = 5,59 N )
P.5.11
12. Duas massas são ligadas por uma corda leve que passa pela gola
duma roldana sem atrito e de massa desprezível. Se no plano
inclinado o atrito é desprezível e se m1 = 2,00 kg, m2 = 6,00 kg e θ =
55º , determine:
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 193
P.5.12
A aceleração do sistema.
a. A aceleração do sistema.
P.5.13
m m
12. a. a = 3,65 ; b. T = 27,3 N ; c. v = 7,3 ;
s2 s
m
13. a. a = 5 , 71 b. T = 38 , 6 N
s2
194 Lição nº 2
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha,
1999.
Leitura
BUKHOVTSEV, B.B. at al. Problemas de Selecionados de
Física Elementar 2ª edição. Editora Mir. Moscovo, 1985.
Unidade 6
Trabalho, Energia e Potência
Introdução
O seu estudo deverá durar cerca de 10 horas. Esta unidade está dividida
nos seguintes temas:
Potência;
Energia potencial;
Terminologia
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 197
Lição nº 1
Trabalho de uma força constante
Introdução
Pré-requisitos:
Conceito de trabalho
Fig.6.1
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 199
r r
W = F . Δx . cos θ - trabalho realizado por uma força constante.
r
O trabalho realizado por uma força constante F sobre um dado corpo é
dado pelo produto entre a componente da força na direcção do
r r
deslocamento e o módulo do deslocamento: W = F . Δx . cos θ (6.1)
( )
r r r r r r
W = F , Δx = F .Δx = F . Δx . cos θ
Fig.6.2
Tempo de realização:
00:05 minutos
Certamente que você terá concluído que uma vez que movimento
circular, a força centrípeta é perpendicular à velocidade e por
Resolução:
Porque nos ajudam a clarificar que forças estão agindo sobre o objecto
considerado, diagramas são muito úteis quando estamos a reunir
informações e organizando a solução do problema.
Fig.6.3
Lição nº 2
Trabalho realizado por uma força
variável
Introdução
Pré-requisitos:
a)
Fig.6.4
Resolução:
Em caso de dúvida você pode começar por notar que a figura pode
ser divide num rectângulo cujos lados são x = 4 e F = 5 N e num
triângulo cuja altura é F = 5 N e base x =( 6-4) m = 2 m.
Fig.6.5
Mas como você sabe que essa figura chama-se trapézio, então
podemos aplicar directamente a fórmula da área do trapézio:
4+6 10
W= .5[m.N = J ] = .5 J = 5.5 J = 25 J
2 2
Fig.6.7
Legenda:
Um bloco sobre o plano horizontal sem atrito, está ligado à uma das
extremidades duma mola. Se a mola é distendida ou comprimida por uma
pequena distância x a partir da sua posição de equilíbrio estável, ela
r r r
exerce uma força sobre o corpo dada por F = −k .Δx onde Δx é o
deslocamento do bloco a partir da posição x = 0 e k, é uma constante
positiva chamada constante de força da mola ou constante de rigidez da
mola.
x x
⎛1 1 2⎞ 1 1
W = ∫ Fx .dx = ∫ (−k.x).dx = −⎜ .k.x 2 − .k.xo ⎟ = k.x o − .k.x 2
2
xo xo ⎝2 2 ⎠ 2 2
⎛1 ⎞
A grandeza dada por ⎜ .k.x 2 ⎟ , chama-se energia potencial elástica da
⎝2 ⎠
1
mola, Up ⇒ U pe = .k . x 2 (6.4)
2
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 207
Tempo de realização:
00:10 minutos
Lição nº 3
Energia cinética e o teorema do
trabalho e energia
Introdução
Pré-requisitos:
2 2
v − v ox
Δx = x .Então,
2 .a x
n ⎛ v 2 − vox2 ⎞ ⎛ v 2 − vox2 ⎞ m.vx 2 m.vo 2
W = ∑Wi = m.ax .⎜⎜ x ⎟ = m.⎜ x
⎟ ⎜ 2 ⎟= 2 − 2
⎟
i=1 ⎝ 2.ax ⎠ ⎝ ⎠
⎛1 2 ⎞
A grandeza ⎜ m .v x ⎟ chama-se energia cinética do corpo e
⎝2 ⎠
1
representa-se por EC ⇒ Ec = m.v2 (6.7)
2
n
W = ∑Wi = Ec f − Eco = ΔEc (6.8)
i =1
dv
Sabe-se que Fτ = m.aτ = m. ; onde substituímos a aceleração pela sua
dt
dv
definição, ou seja, aτ = . Usando os seus conhecimentos
dt
dv dv ds dv ds
matemáticos, você pode escrever: = . = v. . Onde =v é a
dt ds dt ds dt
velocidade tangencial e s é o deslocamento da partícula ao longo duma
trajectória qualquer que pode ser curva ou recta; ds é o deslocamento
elementar.
n
dv
Assim, Fτ = m.v. ⇒ Fτ .ds = m.v.dv . Mas Fτ .ds = δW = ∑ δWi
ds i =1
n v
1 1
∑W = ∫ m.v.dv =
2
Então, W = i m.v 2 − m.vo = Ec f − Eco = ΔEc
i =1 vo
2 2
Enunciado do teorema:
Ao usar este teorema para a resolução dum problema deve incluir todas as
forças que agem sobre a partícula no cálculo do trabalho.
Dica A partir deste teorema você conclui também que se o trabalho realizado
pela força resultante for positivo, então a energia cinética do corpo
aumenta. Contrariamente, se o trabalho da força resultante for negativo,
então, a energia cinética do corpo diminui.
No geral, se sobre o corpo actuam tanto forças de atrito como outro tipo
de forças que não são de atrito temos:
W = ΔE c ⇒ ∑ W + WFa = ΔE c ⇔ ∑ W − Fac .d = ΔE c onde ∑W é
o trabalho total de outras forças que não são de atrito e − Fac .d é o
Dados: Fig.6.8
F = 12 N
d=3m
vi = 0
Pede-se:
vf = ?
2.W 2.36 ⎡ J ⎛ m ⎞ ⎤
2
1 2 2
W = ΔEc = m.v f − 0 ⇒ v f = = ⎢ =⎜ ⎟ ⎥
2 m 6 ⎢⎣ kg ⎝ s ⎠ ⎦⎥
2 m2 m2 m
v f = 12 2
⇒ v f = 12 2
= 3,5
s s s
Actividade-19
Tempo de realização:
00:05 minutos
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 213
Fg
Fig.6.9
2 2 2 2
2 2.9,5⎡m2 ⎤ 19,0 m2 m2 m
vf = ⎢ 2⎥ = 2
= 3,
18 2
⇒vf =1,8
6,0 ⎣ s ⎦ 6,0 s s s
214 Lição nº 3
m m
Actividade-20 (R: a x = 0 , 53 2
e v f = 1,8 )
s s
Tempo de realização:
00:10 minutos
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 215
Lição nº 4
Potência
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Esta lição fará com que você
entenda em parte, as razões da mecanização da produção e o que
leva as pessoas a ter preferência num determinado tipo de
dispositivos em detrimento doutros.
Pré-requisitos:
Potência:
W
Nm = potência média (6.9)
Δt
W δW
N = lim Δ t
Δt → 0
=
dt
(6.10)
r r
Tendo em conta a definição de trabalho elementar δW = F .ds teremos
δW r dsr r r
para potência: N = = F. = F .v (6.11)
dt dt
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 217
kg.m 2
[N ] = 1 J = 1W (1watt ) = 1
s s3
J
1 kw = 1000 J/s, então, 1kWh = 10 3 .(3600 s ) = 3,60.10 6 J
s
Resolução:
r
Para levantar o elevador, o seu motor deve exercer uma força T para
cima. Veja o diagrama do corpo livre:
Fig.6.10
r r r r
∑F = 0 ⇒T + F g +F =0
⇒ T − Fg − F = 0 ⇒ T = Fg + F
m
T = 1,8.10 3.kg.9,80 + 4.10 3 N
s2
T = 2,16.10 3 N
( )
r r
N = T , v = T .v. cos 0 o = T .v
m
N = 2,16.10 3 N .3 = 6,48.10 4 W
s
( )
T = 1,8.10 3.kg .(1,00 + 9,80 )
m
s2
+ 4.10 3 N = 2,34.10 4 N
(
N = T .v = 2,34.10 4.v W )
Lição nº 5
Trabalho da força da gravidade.
Energia potêncial
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição, que lhe permitirá rever a noção de
trabalho duma força constante, aplicando-a a um caso particular. Além
disso você travará conhecimento com mais um tipo de energia mecânica,
que é uma das energias mais.
Pré-requisitos:
Fig.6.11
Fig.6.12
W = − m.g .( y B − y A )
W = m.g . y A − m.g. y B
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 221
( )
W = m.g. y A − m.g. y B = U PA − U PB = − U PB − U PA = −ΔU PG (6.13)
Mas é claro que você se recorda que tiramos uma conclusão idêntica
para o trabalho da força elástica.
Resolução:
r r
( ) r r
a. W = F , d = (5,0.i + 2,0. j )(
r r
. 2,0.i + 3,0. j )[N .m = J ]
W = (5,0.2,0 + 2,0.3,0) J = (10 + 6,0) = 16 J
(F , d )
r
16 16
cos ϕ = r r = = = 0,8230 ⇒ ϕ ≈ 35°
F .d 5,4.3.6 19,44
222 Lição nº 6
Lição nº 6
Forças conservativas e forças
não-conservativas
Introdução
Pré-requisitos:
Exemplo
r B r r
Se F ∫
é conservativa, então, W = F .dr = U PA − U PB
A
ou seja
r r
F .dr = − dU p (6.14)
curva fechada.
r r r r
Tome Nota! Tendo F .dr = − dU P ; se F .dr = F .ds. cos θ onde θ é o ângulo
formado entre os vectores força e deslocamento elementar.
⎧ ∂U P
⎪ Fx = − ∂x
⎪
r ⎪ ∂U P
F = − gradU P ⇔ ⎨ Fy = −
⎪ ∂y
⎪ ∂U P
⎪ Fz = −
⎩ ∂z
r ∂U P r ∂U P r ∂U P r
F = − gradU P = − .i − .j − .k , representação vectorial
∂x ∂y ∂z
do gradiente da função escalar UP. (6.15)
∂U P 1 ∂U
Fr = − e Fθ = − . P
∂r r ∂θ
Fig.6.13
Forças não-conservativas:
W = ΔE c
Fac .d . cos θ = ΔE c ⇒ − Fac .d = ΔE c
ΔE c = − Fac .d
Fig.6.14
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 227
Resolução:
⎡ m ⎤
U P = m.g.h ⇒ ΔU P = m.g.(h2 − h1 ) = 800.9,8.375⎢kg. 2 .m = J ⎥
⎣ s ⎦
ΔU P = 2,4.10 J
6
W = −2,4.10 6 J
Resolução:
1 1
Na base: EM o = Eco + U Po = .m.vo + 0 = .5,0 kg.(5,0 m / s ) = 63 J
2 2
2 2
Da fórmula
37 − 63 ⎡ J ⎤
WFa = ΔEM ⇔ −Fa .d = EM − EM o ⇒ Fa = − = N⎥
1,5 ⎢⎣ m ⎦
Fa = −
(− 26) N = 26 N = 17 N
1,5 1,5
Actividade-22
Tempo de realização:
00:10 minutos
Lição nº 7
Conservação da energia mecânica
Introdução
Pré-requisitos:
Será que esse objecto tem energia? Em caso afirmativo que tipo
de energia?
posição B.
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 231
É claro que você conclui que quando uma das energias (cinética
ou potencial) aumenta, a outra diminui no mesmo valor. Mas a
soma das duas variações é nula.
ΔE c = − ΔU P ⇒ ΔE c + ΔU P = 0 ⇔ Δ(E c + U P ) = 0
Se mais do que uma força conservativa actua sobre a partícula, cada força
está associada a uma energia potencial. Neste caso a equação do princípio
de conservação de energia mecânica será:
232 Lição nº 7
n n
E ci + ∑ U Pi = E c f + ∑ U Pf
i =1 i =1
Resolução
Fig.6.15
1 2
Na posição 2, a bola tanto tem energia cinética E c = .m.v f ,
2
como energia potencial, U pf = m . g .h .
1 2
E co + U Po = E c f + U Pf ⇔ 0 + m.g .ho = .m.v f + m.g .h
2
v f = 2.( g .ho − g .h) = 2.g .(ho − h ) ⇒ v f = 2.g .(ho − h )
2
Claro que você notou que na alínea b, a bola tem uma certa
velocidade inicial e, por conseguinte energia cinética E c na
posição inicial, portanto, temos:
1 2 1 2
E co + U Po = E c f + U Pf ⇔ .m.vo + m.g .ho = .m.v f + m.g .h ⇒
2 2
v f = vo + 2.g .(ho − h ) ⇒ v f = vo + 2.g .(ho − h )
2 2 2
Fig.6.16
Lição nº 8
Trabalho realizado por forças não-
conservativas
Introdução
Pré-requisitos:
( )
B r r r
W = ∫ F + F ′ .dr = ΔE c , pelo teorema de trabalho e energia
A
r r
cinética, pois F + F ′ é a resultante das forças que agem no
sistema.
Mas,
( )
B r r r B r r B B r
r r
W = ∫ F + F ′ .dr = ∫ F .dr + ∫ F ′.dr =ΔE c ⇔ − ΔU P + ∫ F ′.dr = ΔE c
A A A A
Aqui aplicamos uma das propriedades das forças conservativas,
em particular a que relaciona o trabalho e a energia potencial.
Daí que
r r B B r B r
r r
− ΔU P + ∫ F .dr = ΔE c ⇒ ∫ F .dr = ΔE c + ΔU P ⇔ ∫ F ′.dr = Δ(E c + U P )
′ ′
A A A
Br r
∫ ′.dr = ΔE M ⇔ WFr ′ = ΔE M
A
F (6.19)
Resolução:
⎝2 ⎠ 2
1
ΔE M = 0,5.9,8.15 J − .0,5.20 2 J = 73,5 J − 100 J = −26,5 J
2
Pois aplicando a essa caso podemos dizer que a energia não pode
ser criada nem destruída mas pode transformar-se dum tipo para o
outro. Assim sendo, se a energia mecânica da bola diminuiu então
há uma outra forma de energia no sistema bola-ar que terá
aumentado. Pois há conversão de energia mecânica em energia
calorífica devido à resistência do ar; e essa quando absorvida pelas
substâncias converte-se em energia interna das mesmas.
Resolução:
a. Dados: Fig.6.17
1
h = d .sen30 = 20. = 10 m
2
m = 60 kg
g = 9,8 m/s 2
d = 20 m
θ = 30º
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 239
1 2
EM A = EM B ⇔ EcA + U PA = EcB + U PB ⇔ 0 + m.g.h = .m.vB + 0
2
2 ⎡m m2 ⎤ m m
vB = 2.g.h ⇒ vB = 2.g.h = 2.9,8.10⎢ 2 .m = 2 ⎥ = 196 = 14
⎣s s ⎦ s s
m
vB = 14
s
O rapaz chega ao fim do percurso com uma velocidade de 14
m/s.
b. Cálculo do trabalho da força de atrito:
1
WFra = EMB − EM A = .60.102 J − 60.9,8.10 J = 300J − 5880J = −2880J
2
Cálculo do valor médio da força de atrito:
2880 ⎡ J ⎤
WFra = Fa .d . cos180 ⇒ −2880 J = − Fa .20 m ⇒F a = ⎢ = N⎥
20 ⎣ m ⎦
Fa = 144 N
O valor médio da força de atrito é de 144 N.
Sumário
Chama-se trabalho à medida da acção da força com respeito ao caminho
percorrido pelo seu ponto de aplicação.
r
O trabalho realizado por uma força constante F agindo sobre uma dada
partícula é definido como sendo o produto escalar entre o vector a força e
r
o vector deslocamento d realizado pela partícula sob a acção dessa força.
( )
r r r r
W = F , d = F .d = F .d . cos θ
xf
W = ∫ Fx .dx
xi
n
1 1
W = ∑ Wi = ΔE c = .m.v f − .m.vi
2 2
i =1 2 2
E ci + ∑ W of − Fac .d = E c f
Uma força que não satisfaz esses critérios é chamada força não-
conservativa.
xf
E p f − E pi = − ∫ Fx .dx ⇔ W = − ΔU p
xi
E c1 + U pi = E c f + U p f
conservativas.
242 Lição nº 8
Leitura Complementar:
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha, 1999.
Leitura
Exercícios
Você deverá despender 3 horas lectivas a resolver os exercícios de auto-
avaliação.
3. Uma força agindo sobre uma partícula varia com a posição de acordo
com o gráfico. Determine:
244 Lição nº 8
Dica
(R: 50 J)
6. Uma lançadora de flecha puxa a corda do seu arco para trás até 0,400
m em relação à posição de equilíbrio da corda exercendo uma força
que aumenta uniformemente de zero até 230 N.
(R: 46,0 J)
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 245
(R:140 J)
10. Uma partícula é sujeita a uma força Fx que varia com a posição de
acordo com a figura. Encontre o trabalho realizado, pela força, sobre
o corpo quando ele se move:
246 Lição nº 8
a. De x = 0 até x = 5 m.
b. De x = 5 m até x = 10,0
m.
c. De x = 10,0 m até x =
15,0 m.
a. R: 7,5 J;
b. R:15 J;
c. R: 7,5 J;
d. R: 30 J
17. Num treino básico, um Fuzileiro naval cujo peso é de 700 N, salta
uma barra vertical de 10,0 m à velocidade constante em 8,00 s. Qual
é a potência desenvolvida por ele? (R: 875 W)
(R: 830 N)
20. Uma força conservativa age sobre uma partícula de massa igual a
5,00 kg. A força varia com a posição segundo a lei
Fx = (2.x + 4) N onde x é dado em metros. A medida que a partícula
se move ao longo do eixo ox a partir de x = 1,00 m até x = 5,00 m,
determine:
21. Uma força conservativa, agindo sobre uma partícula, varia de acordo
r
( )
com a lei F = − A.x + B.x 2 N onde A e B são constantes e x é
dado em metros.
5 19 5 19
(R: ΔU p = .A − .B e ΔEc = − .A + .B)
2 3 2 3
23. Duas massas são ligadas por uma corda leve e inextensível que passa
pela gola de uma roldana sem atrito e de massa desprezível, como
mostra a figura. A massa m1= 5,0 kg é largada do repouso. Usando a
lei de conservação de energia, determine:
r
( )
r r
(x , y). (R: F = 7 − 9.x 2 . y .i − 3.x 3 . j )
Mecânica I – Mecânica da Partícula Ensino à Distância 251
Bibliografia
Bibliografia do Módulo Mecânica-I
ALONSO, M., FINN, E.J. Física. Addison Wesley. Espanha,
1999.
Leitura