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Tema: Tipos de actividades experimentais

– Análise crítica dos programas de ensino de Química (8ª, 9ª, 10ª,11ª, 12ª
classes)
Levantamento das experiências: previstas, possíveis de se realizar com
material de fácil acesso

Carlos António Micael


Martinho Miguel Francisco
Delicio Farnela Campine
Sama Colher Raice
Eusébio Fulede Manejo
Jacinta Azevedo da Graça
Felicidade Damião Chimphesse

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2024
Tema: Tipos de actividades experimentais
O presente trabalha a ser apresentado na
– Análise crítica dos programas de ensino de Química
Faculdade de Ciências(8ª, 9ª, 10ª,11ª,
Agrárias 12ª
e Biológicas,
classes)
como um dos requisitos parciais de avaliação
Levantamento das experiências: previstas, possíveis de se realizar com
material dena cadeira
fácil de Didáctica de Química III para
acesso
obtenção do grau académico em Licenciatura
em Ensino de Biologia.
Docente: Prof. Doutor Ademar Máquina

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2024
Índice
Introdução..........................................................................................................................................3
Tipos de actividades experimentais...................................................................................................4
Função das experiências na formação e educação............................................................................4
Experiências de demonstração pelo professor..................................................................................5
Exigências para a realização de experiência de demonstração pelo professor..................................5
Vantagens das experiências de demonstração..................................................................................6
As experiências dos alunos no laboratório.........................................................................................6
Exigências para a realização das experiências dos Alunos.................................................................6
Análise crítica dos programas de ensino de Química (8ª, 9ª, 10ª,11ª, 12ª classes)............................7
Levantamento das experiências: previstas, possíveis de se realizar com material de fácil acesso.....7
Conclusão...........................................................................................................................................9
Bibliografia.......................................................................................................................................11
Introdução
Neste presente trabalho de didáctica de química III, faz uma abordagem minuciosa sobre
tipos de actividades experimentais e uma análise crítica dos programas de ensino de
química (8ª, 9ª, 10ª,11ª, 12ª classes).
Muitas vezes a ideia de experimentação em Química é aquela que exige condições que
dificilmente encontramos nas escolas. Faz-se necessário reflectir sobre o papel da
actividade experimental no contexto do ensino de Química. Tal reflexão é necessária visto
que de uma forma geral, nos cursos para professores as aulas experimentais são pensadas
dentro de uma solução técnica e ocorrem, geralmente, paralelas e complementares às
disciplinas chamadas teóricas. No entanto, a acção pedagógica exige muito mais do que o
conhecimento teórico e prático na disciplina de Química para permitir que o seu ensino vá
para além da memorização dos conteúdos isolados e abstractos. A acção pedagógica, dentro
de um contexto histórico-social, deve contribuir também para desfazer conotações da
ciência em relação aos problemas de poluição ambiental, aos aditivos químicos entre outras
associações de senso comum. Nas aulas de Química é muito importante transmitir ideias
concretas sobre a realidade e os objectos concretos (as substãncias químicas, as reacções
químicas), através da observação bem como pela actividade imaginativa (modelos de
átomos).
Tipos de actividades experimentais
Experiência
I. É o meio pelo qual o Homem analisa objectivamente a realidade;
II. Prática da vida; conhecimento; observação; ensaio; prova; tentativa;
III. É a recriação de factos para melhor compreendê-los e explicá-los.
No processo de ensino/aprendizagem da Química as actividades experimentais devem ser
garantidas de modo a evitar que a relação teoria-prática se transforme numa relação
dicotómica. Destaca-se como fundamental que durante a actividade experimental se
proporcionem situações que suscitam a análise de dados, a discussão e interpretação dos
resultados obtidos que contribuem e reforçam a autoconfiança e a autonomia dos alunos.
Função das experiências na formação e educação

Uma primeira abordagem sobre a realização de experiências, como meio para reconhecer as
substâncias das reacções químicas, foi feita na disciplina de Didáctica II, quando foram
tratadas as “Linhas principais” do ensino de Química. Nesse tema refere-se que as aulas de
Química permitem uma aquisição dos métodos de trabalho simples no laboratório, a
planificação curricular, a realização, interpretação e valorização das experiências aplicando
conscientemente os pressupostos do Método Experimental.
A experiência assume-se como um dos métodos de ensino. e um modo geral, as
experiências visam:
I. Formar conhecimentos sólidos, aplicáveis e utilizáveis;
II. Confirmar uma determinada relação objectiva existente na natureza; essa relação
pode ser situada nas acções didácticas da aquisição da matéria nova, como aplicação
dos conhecimentos, como consolidação e avaliação dos conhecimentos e
capacidades dos alunos;
III. Oferecem conhecimentos e fundamentos que permitem aos alunos estabelecerem a
relação (e interligação) entre vários fenómenos da natureza.
Experiências de demonstração pelo professor

É um método de apresentação aplicado pelo professor. O professor apresenta objectivos,


assuntos, modelos e processos. A experiência de demonstração é realizada geralmente pelo
professor, mas também pode ser feita por um aluno (com certas habilidades) escolhido pelo
professor. Este tipo de experiência deve ser realizado com aparelhos de tamanho maior de
modo a permitir uma boa observação por parte dos alunos.
Os alunos devem observar, colocar perguntas, protocolar, desenhar, comentar, e elaborar
um relatório do que observam.

No programa de ensino de Química, em cada unidade temática existem muitas


possibilidades de realizar experiências de demostração pelo professor e alunos e
experiências dos alunos. São típicas as seguintes experiências de demonstração:
I. Demonstração de reacções químicas (alterações qualitativas e quantitativas da
matéria) com a ajuda de equações químicas que representam as transformações;
II. Demonstração de substâncias, p.e. minerais, pedras, minérios, produtos químicos;
III. Demonstração de equipamento laboratorial, aparelhos, instrumentos;
IV. Demonstração de actividades e de atitudes ao experimentar por indicação correcta
dos procedimentos.
Exigências para a realização de experiência de demonstração pelo professor
I. É preciso que os aparelhos e instrumentos possuam um tamanho tal que produzam o
efeito da demonstração;
Por exemplo: tubo de combustão – 40cm; 20mm; 500ml;
balão de vidro – 500ml;
copo de vidro – 400 a 600ml;
tubo de ensaio – 15 a 30 mm
II. O arranjo dos aparelhos e instrumentos têm de ser visíveis a fim de que todos alunos
possam acompanhar claramente o decorrer da experiência; as quantidades das
substâncias que devem reagir e os passos da reacção têm que corresponder a estas
exigências;
III. Os tubos de interligação de vidro ou de borracha devem ser relativamente curtos e a
corrente dos produtos químicos da reacção deve ser conduzida da esquerda para a
direita tal e qual como se escreve no quadro;
IV. É necessário examinar cada experiência de demonstração antes da aula prevista,
utilizando as mesmas quantidades de substâncias e os mesmos aparelhos que o
professore vai colocar em frente dos alunos, para evitar situações perigosas e
resultados secundários imprevistos;
V. Devem ser ampliadas as possibilidades de acção de efeitos, podendo utilizar, por
exemplo, o retroprojector.
Vantagens das experiências de demonstração
I. O professor pode dirigir facilmente a atenção dos alunos;
II. Todos os alunos percebem ao mesmo tempo e bem os mesmos efeitos da
experiência;
III. Podem ser realizadas experiências que possuem um carácter perigoso quanto ao
trabalho dos alunos.
As experiências dos alunos no laboratório
O professor deve planificar as experiências dos alunos considerando todas as funções
didácticas ou etapas didácticas da aula nomeadamente a introdução da matéria nova ou
motivação, o trabalho com a matéria nova, a consolidação e a avaliação.
Exigências para a realização das experiências dos Alunos.
1. As experiências devem ser realizadas de forma fácil; com poucos passos na sua

realização;
2. Os alunos devem aprender a manusear rapidamente os aparelhos, estes devem ser
simples;
3. Os alunos não devem realizar experiências com substâncias venenosas e com
substâncias que podem explodir facilmente;
4. O perigo na realização das experiências pelos alunos deve ser o máximo limitado:
as quantidades das substâncias utilizadas devem ser pequenas; substâncias diluídas.
5. A montagem dos aparelhos não deve ocupar muito tempo da aula.
Análise crítica dos programas de ensino de Química (8ª, 9ª, 10ª,11ª, 12ª classes)
Levantamento das experiências: previstas, possíveis de se realizar com material
de fácil acesso
8a /1a : Conceitos iniciais
-Reacções Químicas -Amostra de substâncias
-Propriedades Físicas de algumas substâncias puras
-Misturas mecânicas e dissoluções
-Separação dos componentes de mistura por decantação, filtração e evaporação
-Combustão de uma vela
-Manifestação das reacções química
8a /2a : As substâncias e as reacções químicas
-Reacção de decomposição
-Conservação de massa numa reacção química
-Demonstração da mole de uma substância
-Tipos de reacção química: composição e decomposição
8a /3a : Oxigênio. Óxidos e combustão
-Obtenção e propriedades do Oxigênio.
-Factores que intervêm na combustão das substâncias
-Factores que intervém na oxidação dos metais
Obtenção e propriedades do Oxigênio.
8a /4a : Termoquímica
Reacções Exotérmicas e Reacções endotérmicas
8a /5a : O Hidrogênio. Água. Hidróxido. Ácidos e sais
-Obtenção e propriedades do hidrogénio.
-Reacção da água com os metais activos e com os óxidos metálicos.
-Reacção dos ácidos com metais
-Reacção de neutralização -Reacção dos ácidos com metais
-Determinação do carácter acida e básico de várias dissoluções
9a /3a : Cloro e os elementos do VII grupo
-Obtenção e propriedades do Cloro
-Obtenção e propriedades do HCl
-Identificação do ião Cloreto
9a /5a : Nitrogénio e os elementos do V grupo. Adubos minerais
-Demonstração de fertilizantes
-Propriedades do Amoníaco
9a /7a : Classes principais dos compostos Orgânicos
-Mistura de óxidos
-Propriedades químicas dos óxidos
-Acção dos ácidos e das bases sobre os indicadores
-Propriedades químicas dos ácidos
-Propriedades dos sais
10a /1a : O IV grupo. Carbono e seus compostos
-Poder absorvente do carvão vegetal
-Obtenção do dióxido de carbono
-Observação das amostras de carbono, silício e seus compostos
-Propriedades gerais dos compostos orgânicos
Conclusão

A pois termos feito o presente trabalho concluímos que, As actividades experimentais são
fundamentais no ensino de Química, pois proporcionam uma compreensão prática dos
conceitos teóricos. Elas podem incluir experimentos de síntese, análise, titulação, entre
outros, permitindo aos alunos observar fenómenos químicos em acção e desenvolver
habilidades práticas de laboratório. Além disso, as actividades experimentais promovem o
pensamento crítico, a resolução de problemas e o trabalho em equipe.
As actividades experimentais no ensino de Química têm diversos benefícios educacionais.
Elas ajudam os alunos a:
– Visualizar conceitos abstractos: Muitos conceitos químicos são abstractos e difíceis de
entender apenas através de palestras e leitura. As actividades práticas permitem que os
alunos vejam esses conceitos em acção, o que facilita a compreensão.
– Aplicar o método científico: Ao planejar e executar experimentos, os alunos aprendem a
seguir o método científico, incluindo a formulação de hipóteses, o panejamento e
organização experimental, a colecta e análise de dados e a formulação de conclusões.
– Desenvolver habilidades práticas: As actividades experimentais ajudam os alunos a
desenvolver habilidades práticas de laboratório, como medição precisa, manipulação de
equipamentos e segurança no laboratório.
– Fomentar o pensamento crítico: Os alunos são desafiados a analisar os resultados dos
experimentos, identificar fontes de erro e fazer conexões entre os conceitos teóricos e
observações práticas.
– Promover o trabalho em equipe: Muitas actividades experimentais são realizadas em
grupos, o que promove habilidades de trabalho em equipe, comunicação e colaboração.
– Estimular o interesse pela disciplina: A realização de experimentos práticos pode
despertar o interesse dos alunos pela Química, tornando a disciplina mais envolvente e
relevante para eles.
Em resumo, as actividades experimentais são uma parte essencial do ensino de Química,
proporcionando uma abordagem prática e envolvente que complementa o aprendizado
teórico em sala de aula.
Bibliografia

1. FRANCISCO, Zulmira, Sebenta de Didactica de Quimica-III, S/e, Maputo,


Mocambique, pp-24, 2007.
2. BARROS, Jose A.T. at.all. Manual de Quimica 10a classe, UP-Maputo, pp-51,
2010
3. CAMUENDO, A.Paula. at. All. Manual de Quimica 8a classe, UP-Maputo, pp-49,
2009.
4. MEC, Ministério da Educação e Cultura. Instituto Nacional de Desenvolvimento da
Educação. Programas de Química da 8ª, 9ª,10ª, 11ª, 12ª classe do Ensino Secundário
Geral. Maputo, 2008
5. DEWEY, John. Experiência e educação. 15.ed. Trad. De Anísio Teixeira, São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1971.

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