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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EM GESTÃO E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CAIO FELIPE AMORIM VIEIRA LAGO


CARLOS EDUARDO CORNEJO NASCIMENTO
MARCOS VINICIUS NEGRÃO
WILLIAM WALLACE DIAS GIMENEZ

Relatório - Fenômenos de Transporte

Relatório de FT – Fenômenos de
Transporte, disciplina obrigatória do
curso de Engenharia de Produção –
Sorocaba da Universidade Federal
de São Carlos, Campus Sorocaba.

SOROCABA -SP
2023
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Provetas, Soluções e Líquidos ............................................................... 3
FIGURA 2 - Alcoômetro, Densímetros e Termômetro ............................................... 4
FIGURA 3 - Medição de temperatura ........................................................................ 5

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO - .................................................................................................... 4
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - ................................................................... 5
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS - .................................................................................. 5
2.2 DETERMINAÇÃO DE MASSAS ESPECÍFICAS - ................................................
6
3. RESULTADO E DISCUSSÕES - .......................................................................... 7
4. CONCLUSÕES - ................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ....................................................................... 9
1. INTRODUÇÃO

As aulas de Física são percebidas como monótonas e desinteressantes,


conduzidas de maneira tradicional. Embora essa abordagem de ensino não seja
necessariamente inadequada, é fundamental que o professor atue como mediador,
motivando os alunos e guiando-os por caminhos que despertam sua imaginação. O
objetivo é estimulá-los a questionar, investigar fenômenos que fundamentam a
Física como uma ciência teórico-experimental essencial, presente em nosso
cotidiano e uma das realizações mais fascinantes da humanidade.
A Física e a Química são ciências amplas e diversificadas, sendo divididas
em vários ramos para um estudo mais aprofundado. Um desses ramos é a
hidrostática, que se concentra no estudo do comportamento dos líquidos em
equilíbrio estático, ou seja, quando não estão em movimento. A hidrostática analisa
a relação entre a pressão e o equilíbrio dos líquidos sujeitos à ação da gravidade.
Essa área tem diversas aplicações práticas, como em sistemas de tubulação e
caixas d'água em residências, nivelamento na construção civil e agricultura, entre
outros exemplos comuns. Portando, de acordo com Vazquez et al. (2016) isso dá a
enorme relevância de se estudar a mecânica dos fluidos, para o campo do
conhecimento que se dedica ao estudo e análise das propriedades de líquidos e
gases em equilíbrio ou não
A partir disso, o professor tem a função de gerar o interesse e a
aprendizagem, para que os alunos possam futuramente contribuir de alguma forma
para o crescimento e aprimoramento científico sobre esta área. E para que isso se
concretize o professor deve fazer uso de atividades e estratégias de ensino
adequadas.

A possibilidade de que estas atividades estejam praticamente


ausentes no cotidiano da escola é preocupante, em especial
quando ocorre nos primeiros contatos com a Ciência, no Ensino
Fundamental. Este é um momento crucial para fundamentar a
construção de uma visão científica, com sua forma de entender e
explicar as leis, fatos e fenômenos da natureza, bem como as
implicações socioambientais deste conhecimento (ANDRADRE;
MASSABNI, 2011).
Uma das possibilidades para que isso ocorra é a elaboração de uma proposta
de aula experimental, sendo uma proposta de aprendizagem na qual há motivação
por parte dos alunos, pois mesmo não gostando muitas vezes da disciplina, a
grande maioria dos alunos gosta de ir para o laboratório realizar experimentos,
proporcionando assim uma ferramenta facilitadora de aprendizagem. O laboratório
proporciona aos alunos a utilização de argumentação e metodologias específicas do
ensino de ciências, fazendo com que eles passem a observar o cunho científico
proposto em cada experimento.

O fato do aluno poder manusear e auxiliar na construção do aparato,


não somente favorece mas também enriquece a aprendizagem,
dando maior significado aos conteúdos abordados, permitindo a
obtenção de um contexto, ambiente e/ou situações mais
propícios(as) à aprendizagem, fazendo com que os alunos se
interessem sobre o que está sendo proposto e, neste caso, tornando
a abordagem experimental fundamental para a construção do
conhecimento, ampliando as possíveis indagações, reflexões e
conclusões dos alunos referente ao tema abordado (VILLANI, 2003
apud GOMES, 2019).

Assim, saindo mais da teoria, a proposta deste relatório foi trabalhar a


hidrostática através de uma aula prática entre os alunos e a professora que leciona a
disciplina, com aula expositiva.

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

É importante destacar que a realização adequada de um procedimento


experimental resulta em dados consistentes com a realidade. Isso é fundamental
para que o experimento seja valorizado e, consequentemente, tenha maior
relevância para os alunos. Por outro lado, procedimentos mal executados,
explicados de forma inadequada ou que produzam informações duvidosas ou
incompatíveis, não contribuirão de maneira significativa para a aprendizagem do
aluno, podendo até prejudicá-lo.
Portanto, a fim de garantir o sucesso das diversas atividades, é essencial que
elas sejam planejadas com cuidado, de modo a disponibilizar as ferramentas e os
recursos necessários para proporcionar uma aprendizagem significativa.

2.1 MATERIAIS UTILIZADOS


Sendo o proposto relatório uma atividade experimental, que tem como
objetivo trabalhar a hidrostática, foi utilizado ferramentas e conceitos fornecidos pela
professora que leciona a disciplina e funcionários que atuam na universidade, sendo
eles:

● 3 Provetas de 500 ml;


● 1 Proveta de 250 ml;
● 4 garrafas contendo soluções F1 (Roxo), F2 (Vermelha), F3 (Verde) e
F4 (Marrom) (FIGURA 1);

FIGURA 1 – Provetas, Soluções e Líquidos

Fonte: Elaborada pelos estudantes

● Alcoômetro com escala de Gay-Lussac da marca Alla Brasil;


● Densímetro com escala de g/ml da marca Incoterm;
● Densímetro com escala de g/ml da marca Rivaterm;
● Densímetro em escala de g/ml da marca Rivaterm;
● Termômetro com escala em graus Celsius e marca Alla France;
FIGURA 2 - Alcoômetro, Densímetros e Termômetro

Fonte: Elaborada pelos estudantes

2.2 DETERMINAÇÃO DE MASSAS ESPECÍFICAS

Durante a realização do experimento no laboratório, cada kit com líquidos e


soluções cujas massas específicas deveriam ser determinadas e comparadas com
os valores fornecidos pela professora. Para começar, foi necessário identificar e
caracterizar as composições de cada líquido e solução. No entanto, os alunos
encontraram certa dificuldade nessa etapa, pois, ao analisarem visualmente e pelo
odor, confundiram-se quanto à identificação de cada substância. Nesse momento, a
presença ativa dos professores foi crucial para auxiliar na separação e identificação
correta dos componentes. Com isso, foi percebido que, R1 era álcool; R2 era
solução saturada de NaCl; R3 era sacarose: R4 era apenas água.
Após a correta identificação das substâncias, procedeu-se ao despejamento
cuidadoso dos líquidos e soluções nas provetas designadas. Nesse processo, era
fundamental posicionar os densímetros e o alcoômetro de forma precisa dentro das
provetas, garantindo que estivessem na faixa adequada para a determinação da
massa específica. Caso os instrumentos não estivessem adequadamente
posicionados, o densímetro poderia afundar além do necessário e atingir o fundo da
proveta, causando danos ao recipiente.
Ao final dessa etapa, prosseguiu-se com a determinação das massas
específicas para compará-las com os valores pré-estabelecidos pelos docentes.
Essa comparação permitiria avaliar a precisão e a exatidão dos resultados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante a realização do experimento para a determinação das massas


específicas dos líquidos e soluções, a medição foi feita visualmente utilizando os
equipamentos disponíveis. No entanto, é importante considerar que essa abordagem
visual pode acarretar pequenos erros de leitura por parte dos estudantes, o que
pode impactar nos resultados obtidos.
Além disso, é relevante mencionar que a temperatura relacionada ao líquido
escolhido durante o experimento foi de 22ºC, utilizando o líquido R4, a água, como
referência (FIGURA 3). A variação na temperatura pode influenciar na densidade
dos líquidos, uma vez que ela pode afetar suas propriedades físicas.
Outro fator a ser considerado é a possível imprecisão dos estudantes e dos
equipamentos utilizados durante o experimento. Mesmo que os equipamentos sejam
calibrados e tenham uma margem de erro mínima, é importante reconhecer que eles
podem apresentar certa imprecisão.

FIGURA 3 - Medição de temperatura

Fonte: Elaborado pelos estudantes


Essas situações e possíveis imprecisões nos equipamentos podem resultar
em pequenas diferenças nos valores apresentados pela professora de medição e
nos valores obtidos no experimento. Essas divergências podem ser percebidas ao
comparar os resultados experimentais com os valores de referência:

● R1 (Solução alcoólica 35%): 35 gl, Alcoômetro com escala de Gay-Lussac


da marca Alla Brasil;

● R3 (Solução de sacarose): 1,29 g/cm³, Densímetro com escala de g/ml da


marca Rivaterm.

● R2 (Solução de NaCl): 1,2 g/cm³, Densímetro com escala de g/ml da


marca Rivaterm.

● R4 (Água): 0,98 g/cm³ (H2O), Densímetro com escala de g/ml da marca


Incoterm.
4. CONCLUSÕES

É importante ressaltar que, apesar dessas pequenas divergências, o


experimento em questão ainda possui um valor significativo no contexto do
aprendizado dos estudantes. Ele permite que eles tenham uma experiência prática
para compreender e aplicar conceitos teóricos relacionados às massas específicas
dos líquidos e soluções. Além disso, essas pequenas divergências também
oferecem a oportunidade de discutir a importância da precisão nas medições
experimentais e as limitações associadas aos equipamentos e ao processo de
medição.
Concluindo, embora a medição visual e a possível imprecisão dos
equipamentos utilizados no experimento possam ter ocasionado pequenas
divergências nos resultados, é fundamental reconhecer que essas situações fazem
parte do processo de aprendizagem científica. Elas oferecem aos estudantes a
oportunidade de desenvolver habilidades de observação crítica, análise de dados e
reflexão sobre a importância da precisão nas medições experimentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VASQUES, José; MENEGASSO, Paulo; SOUZA, Mariano de. Explorando a conexão entre a
mecânica dos fluidos e a teoria cinética. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 38, n. 1, p.
1307, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1806-11173812096. Acesso em: 02
Jun, 2023.

ANDRADE, Marcelo Leandro Feitosa de; MASSABNI, Vânia Galindo. O desenvolvimento de


atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciência. Ciência &
Educação, v. 17, n. 4, p. 835-854, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-
73132011000400005. Acesso em: 02 Jun, 2023.

GOMES, Andreia Vaz; AMARAL, Elessandra Martins de Souza; PRADO, Rogério Junqueira.
Determinação da densidade de líquidos imiscíveis pelo princípio de Stevin. Revista Brasileira
de Ensino de Física, v. 41, n. 3, e20180313, 2019. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2018-0313. Acesso em: 02 Jun, 2023.

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