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DE CONTEÚDO
APRESENTAÇÃO
A ética é parte importante da filosofia – talvez seja a reflexão que mais se faz
presente nas sociedades humanas, por estar ligada diretamente ao agir. Neste estudo
de Ética II, daremos prosseguimento aos estudos já iniciados em Ética I, buscando
aprofundar temáticas desenvolvidas por pensadores muito significativos.
Carga horária
• Duas horas presenciais – 1ª semana.
Objetivos
• Entender a organização da disciplina e também as
melhores formas de participar para uma apreensão
significativa do conteúdo.
Conteúdo
• Apresentação da disciplina Ética II em uma retomada
histórica.
Carga horária
• Oito horas EAD – 2ª e 3ª semanas.
Objetivos
• Identificar o contexto no qual se inicia a ética moderna
por meio de acontecimentos sócio-históricos.
Conteúdo
• Contexto histórico: a passagem da medievalidade para o
surgimento da ética moderna.
1 INTRODUÇÃO
Sejam bem-vindos ao estudo de Ética II.
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A Reforma Religiosa que se deu no século 16, tendo Martinho Lutero como um de
seus maiores expoentes, também contribuiu para que o homem mudasse sua concepção
do que seria o agir correto, não deixando de lado o Deus cristão em sua “verdade revelada”
(que é, agora, estabelecida a partir de uma livre interpretação da Bíblia).
Desta maneira, vemos surgir uma separação clara entre a religião e a ética, pois
como seria possível pensar um único e correto agir, pautado pelo pensamento religioso, se
a própria religião não mais é uma e única? Como várias eram as possibilidades teológicas
de se pensar o real, vários seriam os “corretos” modos de se agir.
Surge então uma grande problemática: Como chegar a uma sociedade justa,
desligada da religião? Eis o objetivo dos muitos pensadores da Ética moderna.
3 A LGUNS
MODERNO
PENSAMENTOS ÉTICOS DO PERÍODO
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UNIDADE 1
Licenciatura em Filosofia
Por conta também das várias guerras que foram acontecendo, cada vez mais
a população foi criando a consciência de ser uma “nação”, já que todos estavam lutando
por um mesmo ideal, o que não acontecia na divisão dos feudos. Era preciso, então, que
houvesse alguém que liderasse a sociedade, representando, comandando e defendendo a
nação. A partir desta necessidade é que os governantes passaram a receber o poder – que
se tornou absoluto – legitimamente para guiar a sociedade.
Surgirá, entretanto, uma questão importantíssima: o Estado não mais será visto
como algo natural (se assim o fosse, o poder seria legítimo por ser dado pela natureza),
desta maneira, se o poder não é natural, a lealdade para com o Estado teria sentido
a partir de quê? Por que os indivíduos se agrupam em sociedade, sem uma tendência
natural?
Algumas são as respostas para estas e outras questões, das quais conheceremos
primeiro a do inglês T. Hobbes.
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UNIDADE 1 Licenciatura em Filosofia
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à noção de prazer – o bem buscado; mas o bem é relativo de indivíduo para indivíduo,
dependendo também das circunstâncias, daí que, dependendo do prazer (objeto buscado
para a felicidade), o homem tem a liberdade de agir ou não agir (que já é uma ação),
sempre considerando e pesando os objetos. Tal “pesar os objetos está em função de
seu valor como meios para obter uma felicidade concebida unicamente como prazer”
(ROVIGHI, 2002, p. 44).
Tratando do pensamento de David Hume, é preciso ter claro o que vem a ser
a moralidade, ou ato moral. A tal questionamento podemos responder com a idéia de
(3) David Hume (Edimburgo, 7 que o moral é aquilo que é aceito virtualmente por todas as pessoas tendo sido feito por
de Maio de 1711 - Edimburgo,
25 de Agosto de 1776) foi um qualquer um; ou seja, seriam as qualidades de qualquer pessoa aceitas universalmente.
filósofo e historiador escocês.
Foi, juntamente com Adam Smith
e Thomas Reid, entre outros, No entanto, qual seria o fundamento de uma tal aceitação / aprovação?
uma das figuras mais importantes
do chamado iluminismo escocês.
A resposta dada a este novo questionamento é: sentimentos. Observamos que
poderíamos pensar ser o conhecimento tal resposta, visto que Hume é muito conhecido
por sua teoria do conhecimento, porém é só o sentimento moral que se torna base das
decisões morais.
Hume comenta:
Para ele, não há caminhos pré-estabelecidos para a ação humana; não existem
idéias inatas, pois elas derivam totalmente da experiência. Não há, também, uma regra
divina para pautar as decisões humanas (morais), pois Deus é negado, visto que Ele pode
ser reconhecido de qualquer maneira que seja pensado (como plenitude da perfeição, da
bondade etc.).
ATENÇÃO!
Assim, vemos a “impossibilidade do estabelecimento de uma conseqüência
Leia os livros citados nas lógica unindo o ser ao dever-ser, inviabilizando assim uma Moral fundada sobre a razão”
referências bibliográficas. Não (LIMA VAZ, 2002, pp.309-10).
se esqueça que este material
é apenas um referencial de
conteúdo. Algumas virtudes humanas são úteis para quem as tem, enquanto outras são
também para outras pessoas. Aqui reside outro importante ponto ético: aquilo que for útil
ou proporcionar prazer à mais pessoas será o moralmente aprovado. Encontramos aqui
um utilitarismo (que veremos mais adiante), mas que se dá de forma altruísta, pois o
objetivo é a felicidade dos outros, que não pode ser simplesmente expressa por “maior
felicidade para maior número de pessoas”.
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7 CONSIDERAÇÕES
Apresentamos, nesta unidade, três autores dos quais deve ser realizado um
estudo mais aprofundado, buscando a apreensão de conceitos fundamentais do pensamento
de cada um deles, que se inserem no conteúdo da ética moderna.
É importante ressaltar a ligação dos temas éticos com os políticos por conta de
todo o contexto histórico–social, além de verificarmos uma fonte empirista existente em
tais pensamentos, o que ainda hoje se reflete em expressões como “ética na política”.
8 E–REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Thomas Hobbes – Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_
Hobbes>. Acesso em: 03 set. 2006.
Figura 2 John Locke – Disponivel em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke>.
Acesso em 03 set. 2006.
Figura 3 David Hume – Disponivel em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Hume>.
Acesso em 03 set. 2006.
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Anotações