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Amanda de Lorenzi Borges

Turma 201 ADM


Componente curricular: Filosofia
Prof. Marcos Corrêa

ATIVIDADE AVALIATIVA
“Qual a principal ou as principais influências da Filosofia Medieval em nossa
atualidade? Caso acredite não haver nenhuma influência perceptível, qual razão
justifica sua posição?”

Do Medieval ao Contemporâneo – Pensamentos oriundos da Filosofia Medieval

Diferentemente do que grande parte da população acredita, o Período Medieval não foi
uma época somente portadora de pestes, perseguição religiosa, negacionismo e
anticientificismo. Essa ignorância repercute, ainda hoje, um jargão onde se chama tal
Idade Histórica de Idade das Trevas ou Longa Noite de Mil Anos. Isso é fruto da teoria
do Iluminismo, surgido como uma reação ao Absolutismo – que dominava a Europa -,
onde se buscava validar somente o conhecimento através da racionalidade; logo estes
seriam os responsáveis pela iluminação dessa escuridão, trazendo o que chamaríamos de
Século das Luzes, ou Século da Filosofia.

Falando em Filosofia, a produção medieval na área não foi criativa, justamente por ter
suas fontes intrinsecamente voltadas ao pensamento grego, especialmente nas obras de
Platão e Aristóteles. Isso é, autores do passado. Procederam, é claro, estudos sobre lógica
e racionalidade, mas somente recentemente, junto à libertação da lógica aristotélica
tradicional (HAMLYN, 1990).

Porém, o exposto não faz com que esta não venha influenciando direta ou indiretamente
boa parte do cotidiano levado desde então, o qual, apesar de fortemente alterado com o
passar dos anos, segue mantendo pensamentos oriundos dos Pensamentos Filosóficos
Medievais.

Para a religiosidade, foi um período de ouro. A produção filosófica cristã atingiu seu auge,
com os exemplos mais famosos (e fundamentais, contemporaneamente falando) de
Agostinho, canonizado santo por aclamação popular em 1292, pelo Papa Bonifácio VIII,
e por Tomás de Aquino, canonizado santo em 1323 pelo Papa João XXII, e reconhecido
como Doutor da Igreja ("Doctor Angelicus", "Doctor Communis" e "Doctor Universalis”)
em 1567. O aprofundamento na busca da possível conciliação entre religião e filosofia
por parte destes e demais autores (como Pedro Abelardo) influencia inegavelmente o
pensamento cristão (principalmente o catolicismo) praticado desde então, sendo uma das
influências mais conhecidas – senão mais óbvias – da filosofia medieval sobre a
atualidade.

Porém, não somente aos religiosos ficam restritas tais influências. Isso é, a Filosofia
Medieval não consiste apenas do Cristianismo. Conforme citado pelo Professor Marcos
Corrêa, tais pensamentos se difundiram em hábitos tão pequenos e imagináveis, que até
mesmo o hábito de lavar as mãos após a ida ao banheiro deriva da Filosofia Medieval.
Como refletido por ele, o correto não seria lavarmos antes nossas mãos, sujas e expostas,
do que as higienizarmos após contato com algo guardado e limpo (no caso, os órgãos
genitais)? Pois, o pensamento de que esses órgãos são sujos deriva diretamente dos
pensamentos desenvolvidos em tal período.

Portanto, ao conhecer a Filosofia desenvolvida durante a Idade Média, encontramos um


acúmulo de conhecimento e reflexões que servem de referência até hoje, seja em
formação teórica, seja na nossa formação como seres humanos, a qual não deve ser vista
como obscura: assim como a desenvolvida em qualquer outro período histórico, é útil,
importante e continua a influenciar-nos hodiernamente.

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