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HISTÓRIA

Escola RM
7º ANO
1º Bimestre
IDADE MÉDIA
• Período histórico que inicia com o fim da
Antiguidade, em 476 (Queda do Império Romano
do Ocidente) e termina com o inicio da Idade
Moderna, em 1453 (Tomada de Constantinopla).
• Subdividido em Alta Idade Média (século V ao X)
e Baixa Idade Média (século X ao XV)
• As características feudais concentram-se no
período da Alta Idade Média, na região da Europa
Ocidental.
ALTA (séc.V a X) BAIXA (séc.X a XV)
• invasões bárbaras • Cruzadas
• descentralização política • renascimento comercial
• ruralização da sociedade • ressurgimento urbano
• formação do feudalismo • crise do feudalismo
• consolidação da Igreja • surgimento da burguesia

ANTIGA
IDADE MÉDIA MODERNA

476 dC 1453
Queda de Roma ORIENTE Queda de Constantinopla

CIVILIZAÇÃO ÁRABE (séc.VII: Imp Islâmico)


FEUDALISMO
• Sistema político, econômico e social que se
formou na Europa Ocidental entre os séculos
XI e XIII (Alta Idade Média)
• economia – predomínio da produção agrícola
e artesanal e escassez das moedas.
• Sociedade – mistura das cultura romana e
germanica. Rural.
• O termo surgiu no século XVII.
FEUDO
• Propriedade ou outro bem que era concedido,
geralmente por um nobre, a outra pessoa em
troca da prestação de serviços ou
pagamentos.
• Concessão – direito de explorar algo, por
tempo determinado ou indeterminado.
• Forma mais comum de Feudo na Idade Média
– concessão de terras
Carlos Magno

• As divisões territoriais promovidas


por Carlos Magno em seu território com o
objetivo de organizar e otimizar as defesas do
reino dos Francos, são apontadas como as
origens das divisões territoriais que
caracterizaram o feudalismo.
• Divisão imperial em 300 partes (condados,
ducados e marcas).
• Descentralização política
OS AMIGOS DO REI
DUQUE
• Depois do rei, era o nobre mais poderoso,
recebendo grandes extensões de terra para
administrar. Os primeiros duques vieram do
Império Romano, onde os comandantes
militares eram agraciados com o nome de dux
("aquele que conduz", em latim). Seguindo a
tradição, países como Espanha e Portugal
davam o título a seus maiores generais
OS AMIGOS DO REI
MARQUÊS
• Abaixo do duque na hierarquia da nobreza, o
marquês governava os marquesados, áreas do
tamanho dos estados atuais. Alguns tomavam
conta dos territórios reais localizados em
fronteiras, lutando para evitar invasões. A
origem do nome deixa clara essa função: em
latim, marchensis significa "o que fiscaliza as
marcas"
OS AMIGOS DO REI
CONDE
• Assessorando o rei num monte de assuntos,
do recolhimento de impostos aos combates
militares, o conde era tão importante no dia-
a-dia dos reinos que tinha até um substituto
para suas ausências, o visconde. O conde
também administrava os condados, área
menor que os marquesados. O título vem do
latim comes, "aquele que acompanha"
OS AMIGOS DO REI
VISCONDE
• Era o substituto do conde — em latim,
vicecomes significava vice-conde. Esse título
de nobreza, assim como o de barão, surgiu
bem mais tarde, apenas durante o século 10.
Em termos administrativos, os viscondes
podiam dirigir pequenos territórios, do
tamanho de vilas
OS AMIGOS DO REI
BARÃO
• Mais um título criado com o feudalismo já em
decadência. A honraria era concedida a
súditos fiéis dos reis, geralmente homens
ricos. As terras governadas pelos barões eram
ainda menores, do tamanho de fazendas ou
sítios. Em sua origem germânica, a palavra
barão significa "homem livre"
ELEMENTOS FEUDAIS
ROMANOS GERMÂNICOS
Clientela (dependência entre Comitatus (dependência entre
servos e senhores) nobres – base da suserania e
vassalagem)
Colonato (fixação na terra – Subsistência (ausência de
origem da servidão) comércio e moeda)
Vilas (grandes propriedades rurais Economia agropastoril
– origem dos feudos)
Igreja Direito consuetudinário (tradição
oral)
O PODER DA TERRA
• Durante a Idade Média o poder de uma família
era baseado em suas propriedades fundiárias .
• Quanto maior o feudo, maior era o prestígio
• A propriedade não era dividida, como herança,
entre os filhos, porque ao dividir a terra acabava
diminuindo também o poder da familia.
• O filho mais velho herdava todos os bens e tinha
obrigação moral de cuidar dos irmãos mais
novos.
• Manso Comunal: Eram terras de
uso comum. Compreendiam em
bosques e pastagens. Nessas terras
os servos recolhiam madeiras e
soltavam animais para pastar;

•Reserva Senhorial: Eram terras


que pertenciam exclusivamente ao
senhor feudal e era onde se
localizavam o moinho, os fornos, o
estábulo e a capela;

•Manso Servil: Eram terras


utilizadas pelos servos. Destas
terras eles retiravam seu sustento
e os recursos para cumprir as
obrigações servis.
• Uma parte das plantações, conhecida como
"acre de Deus", era doada à Igreja pelo senhor
feudal. Os servos dedicavam parte do seu
tempo cultivando essas terras, além de
repassar um décimo dos seus ganhos à
paróquia. (dizimo)
SISTEMA DE ROTAÇÃO DE CULTURAS
• Os campos aráveis eram divididos em três
partes, mas, para não esgotar o solo, apenas
duas eram cultivadas ao mesmo tempo.
Depois da colheita, outra parte repousava e,
assim, mantinha-se o cultivo ao longo do ano
inteiro. Os servos passavam mais de metade
da semana trabalhando nas terras do senhor
ou da Igreja. No resto do tempo, eles
cultivavam seus próprios lotes.
BOSQUES / FLORESTA
• Além de fornecer madeira para lenha e
construções, o bosque era usado para
caçadas. A princípio, essa era uma área
comum, embora os animais maiores só
pudessem ser abatidos pelo senhor feudal.
Aos servos restavam os coelhos e esquilos. A
colheita de frutas silvestres, castanhas e mel
era livre, mas muitos evitavam entrar nos
bosques, temendo o ataque de bruxas e
figuras maléficas.
CASTELO
• Na forma de um castelo ou simplesmente de
um casarão de pedra, a residência senhorial
abrigava o senhor feudal, sua família, seus
empregados e encarregados da administração
da propriedade. Em épocas de conflito,
também servia de quartel para suas tropas. Os
senhores mais ricos tinham várias casas
espalhadas ao longo das suas terras — alguns
chegavam a ter centenas delas.
Chambord Castle, França – Um dos mais famosos castelos franceses
em estilo renascentista.
• Em épocas de conflito, o castelo, também
servia de quartel para suas tropas. Os
senhores mais ricos tinham várias casas
espalhadas ao longo das suas terras — alguns
chegavam a ter centenas delas.
Lichtenstein Castle, Alemanha – Castelo construído sobre uma
falésia. Seu nome significa “Pedra da Luz”.
Castelo de Alnwick, Norte da Inglaterra. Utilizado como cenário para as
gravações dos filmes da saga “Harry Potter” como a Escola de Magia e
Bruxaria de Hogwarts.
ALDEIA
• Localizada perto das lavouras e de uma fonte
de água (rio ou lago), a vila reunia de 10 a 60
famílias.
VILA
• Os camponeses viviam em pequenas aldeias e
casas humildes, em alguns casos inúmeras
famílias sob um mesmo teto. Estavam sob a
autoridade de um senhor e não poderiam
deixar o seu lugar sem a autorização dele.
• Os casebres tinham apenas um cômodo, sem
chaminé ou janelas. As paredes eram feitas de
barro reforçado com palha e a cobertura, de
sapê. Nos arredores, pequenas hortas
forneciam frutas e legumes. A fauna contava
com galinhas, além de gatos e cães sem dono.
Muitas vezes os animais passavam a noite
dentro da casa de seus donos.
• o forno era construído fora do castelo, para
evitar incêndios. Era uma instalação grande,
de pedra e tijolos, onde enormes espetos de
ferro permitiam assar até mesmo um boi
inteiro. Ao seu lado podiam existir prensas
para produzir vinho, azeite ou farinha.
• Os servos produziam e beneficiavam os
alimentos, criavam os animais e fabricavam as
ferramentas necessárias para o
desenvolvimentos desses trabalhos.
• Produziam o que era necessário para
sobrevivência, tornando cada feudo
AUTOSSUFICIENTE.
• Gradativa diminuição de trocas de
mercadorias – enfraquecimento do comércio.
CONTRATO DE ENFEUDAÇÃO
• A concessão do feudo era feito através de
uma cerimônia que envolvia três etapas.
HOMENAGEM
A entrega de si próprio.
FIDELIDADE
• Juramento de
manter-se fiel
ao suserano.
Feito pelo
guerreiro com
as mãos sobre
os Evangelhos
ou sobre um
relicário com
ossos de
santos.
• Símbolo de lealdade e de amizade.
BEIJO • Não era essencial
• Mais comum na França
INVESTIDURA
• A entrega do
feudo,
simbolizado por
um objeto, como
um anel, um
bastão, um ramo
de árvore, um
estandarte, uma
espada, etc.
• Suserano – o que
concede o feudo
• Vassalo – o que
recebe o feudo
• O sr feudal também é
vassalo de outro
senhor, e assim,
sucessivamente até
chegar ao rei, que é o
suserano maior.
Descentralização do poder
PRINCIPAIS IMPOSTOS
• Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor
(manso senhorial) em alguns dias da semana;
• Talha: parte da produção do servo deveria ser
entregue ao nobre, geralmente um terço da
produção;
• Banalidade: tributo cobrado pelo uso de
instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o
forno, o celeiro, as pontes;
• Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para
permanecer no feudo da família servil, em caso do
falecimento do pai ou da família;
PRINCIPAIS IMPOSTOS
• Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem
julgados no tribunal do nobre;
• Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era
obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, regra
também válida para quando um parente do nobre iria casar. Todo
casamento que ocorresse entre servos deveria ser aceito pelo
suserano. No sul da França, especificamente, o Senhor poderia ou
não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para o
usufruto dele próprio e não do marido oficial. Tal fato era incomum
no restante da Europa, pois a igreja o combatia com veemência;
• Albermagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal
caso fosse necessário.
PRINCIPAIS IMPOSTOS
• Capitação: imposto pago por cada membro da família (por
cabeça);
• Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era
pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
• Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam
pagar, em dinheiro, para a nobreza;
• Porcagem – em dia de festa no castelo, cada família deveria
doar um porco para o senhor feudal
• Galinhagem - em dia de festa, cada servo deveria doar uma
galinha para o senhor feudal.
ALIMENTAÇÃO
NOBRES
• legumes e verduras eram considerados pouco
nobres e ficavam reservados aos dias de jejum
• Os queijos também eram desprezados por serem
considerados pela medicina da época (XVI) os
considerava pouco saudáveis.
• Base da alimentação – CARNE (caça)
• Bebida – VINHO
• Alimentos temperados com especiarias
• Pão de trigo, geleias de frutos.
CAMPONESES
• Base da alimentação – CEREAIS, preparados
sob a forma de papas, mingaus e pão.
• Queijos
• Legumes e verduras
• Carne de pequenos animais. Toda carne era
aproveitada (entranhas)
• A agua era fervida com mel, frutas ou ervas
para ser consumida (hidromel,cidra, vinho de
maça)
• Frutas desidratadas (nobres)
• Acreditava-se que as frutas e verduras cruas
causassem doenças
• O pão era utilizado como talher nos
ensopados
SOCIEDADE FEUDAL
• ORDENS imutáveis

LABORATORES

BELATORES

ORATORES
Segundo a IGREJA...
• Pertencer a um grupo era algo determinado
por Deus, antes mesmo do nascimento.
• Não deveria ser alterado, pois seria
desobediência às ordens divinas.
• Justificativa – a ordem na Terra refletia a
ordem dos astros do céu
• A ordem dos astros era considerada IMUTÁVEL
• A FUNÇÃO dos homens na sociedade deveria
ser IMUTÁVEL
• Grupo social = ordem
LABORATORES
• Função – realizar todos os trabalhos
necessários à subsistência da comunidade, ou
seja, produzir alimentos para todos.
• Integrantes – camponeses e vilões (SERVOS)
• Maioria da população
• Camponeses = Tinham algumas restrições à
liberdade, poderiam ser vendidos, trocados ou
dados pelo seu senhor. Podiam ter bens e
recebiam proteção de seu senhor.
• Vilões = homens livres que trabalhavam para
os senhores feudais, mas não eram presos à
terra e pequenos mercadores e artesãos.
BELATORES
• Função – proteger a sociedade por meio da
guerra, ou seja, guerrear por todos, quando
necessário.
• Integrantes – nobres, proprietários de terras -
Duques, Marqueses, Condes, Viscondes,
Barões e Cavaleiros;
• Em tempos de paz, caçavam e participavam
de torneios que serviam de treinos para a
guerra.
BELATORES
TORNEIOS – prestígio e honra
JUSTA

• Fazia parte dos torneios entre os nobres


• Era jogado por dois cavaleiros com armaduras
montados em cavalos.
• competição entre dois cavaleiros montados,
usando uma variedade de armas – lança,
machados, espada.
ORATORES
• FUNÇÃO – cuidar das almas por meio da
oração, ou seja, orar por todos na
comunidade.
• Integrantes –membros da Igreja = padres,
monges, bispos, abades e cardeais – alto clero
(nobreza) e baixo clero (camponeses)
• A Igreja era grande proprietária de terra e
tinha grande influência política e ideológica –
a maior “Senhora Feudal”
CLERO SECULAR
• Latim – saeculum  MUNDO
• Membros do Clero que católico que viviam em
contato com o mundo, com a população.
• Administravam os bens da Igreja
CLERO REGULAR
• Latim – regula  REGRA
• Os membros do Clero Regular estavam sujeitos a
severas regras de vida
• Estavam voltados para a oração e meditação
• Ficavam isolados em mosteiros
• Responsáveis por preservar as obras científicas e
literárias de povos que viveram antes deles
(gregos e romanos)
• Influencia na educação
Ordem de São
Francisco

franciscanos
Ordem de São
Domingos

Dominicanos
Ordem de São
Bento

Beneditinos
Recapitulação
• 3 – O FEUDALISMO
• Economia: agrícola, auto-suficiente (subsistência), sem comércio e
moeda.
• Unidade econômica básica: FEUDO (benefício).
– MANSO SENHORIAL – castelo + melhores terras.
– MANSO SERVIL – terras arrendadas (lotes = glebas ou tenências).
– MANSO COMUNAL – bosques e pastos (uso comum)

Visão interna da casa dos servos


Recapitulação
• Sociedade:
– Estamental (posição social definida pelo nascimento).
– Poder vinculado à posse e extensão da terra.
– Laços de dependência pessoal:
SUSERANIA e VASSALAGEM (entre nobres);
SENHOR e SERVOS.

–CLERO: terra + poder político + poder ideológico (salvação)

–NOBREZA: terra + poder político (defesa)

–SERVOS: obrigações (corvéia, talha, banalidades,


tostão de Pedro, dízimo, mão-morta, capitação,
formariage...) e VILÕES: quase servos, porém com
menos obrigações
Recapitulação
• Política: descentralização;

• Ideologia:
– Teocentrismo
– IGREJA: maior instituição (atuante em todos os
setores)
– Conformismo, continuismo
– Ética paternalista cristã
Alta idade média (Séculos v AO X)

CARACTERÍSTICAS GERAIS
OS POVOS BÁRBAROS
O FEUDALISMO
O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO
O IMPÉRIO BIZANTINO:
O IMPÉRIO ÁRABE

Baixa Idade Média (SÉCULOS XI AO XV)

CARACTERÍSTICAS GERAIS
CRESCIMENTO POPULACIONAL
O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII)
O RENASCIMENTO COMERCIAL
O RENASCIMENTO URBANO
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
A CRISE DOS SÉCULOS XIV E XV
A CULTURA MEDIEVAL
• 1 – CARACTERÍSTICAS
• GERAIS:

• Formação e apogeu do
Feudalismo.
• Período de constantes
invasões e deslocamentos
populacionais.
• Síntese de elementos do
antigo Império Romano +
povos bárbaros +
cristianismo.
• 2 – OS POVOS BÁRBAROS:
• Povos fora das fronteiras (sem cultura greco-romana).
• Germânicos – principal grupo (suevos, lombardos, teutônicos,
francos, godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos,
saxões...).
• Economia agropastoril.
• Ausência de comércio e moeda.
• Ausência de escrita.
• Politeístas.
• Inicialmente sem propriedade privada.
• Poder político = casta de guerreiros.
• Direito Consuetudinário (tradição).
• COMITATUS (laços de dependência entre guerreiros).
• 3 – O FEUDALISMO
• Economia: agrícola, auto-suficiente (subsistência), sem comércio e
moeda.
• Unidade econômica básica: FEUDO (benefício).
– MANSO SENHORIAL – castelo + melhores terras.
– MANSO SERVIL – terras arrendadas (lotes = glebas ou tenências).
– MANSO COMUNAL – bosques e pastos (uso comum)

Visão interna da casa dos servos


• Sociedade:
– Estamental (posição social definida pelo nascimento).
– Poder vinculado à posse e extensão da terra.
– Laços de dependência pessoal:
SUSERANIA e VASSALAGEM (entre nobres);
SENHOR e SERVOS.

–CLERO: terra + poder político + poder ideológico (salvação)

–NOBREZA: terra + poder político (defesa)

–SERVOS: obrigações (corvéia, talha, banalidades,


tostão de Pedro, dízimo, mão-morta, capitação,
formariage...) e VILÕES: quase servos, porém com
menos obrigações
• Política: descentralização;

• Ideologia:
– Teocentrismo
– IGREJA: maior instituição (atuante em todos os
setores)
– Conformismo, continuismo
– Ética paternalista cristã
• Elementos feudais:

ROMANOS GERMÂNICOS
Clientela (dependência entre Comitatus (dependência entre
servos e senhores) nobres – base da suserania e
vassalagem)
Colonato (fixação na terra – Subsistência (ausência de
origem da servidão) comércio e moeda)
Vilas (grandes propriedades rurais Economia agropastoril
– origem dos feudos)
Igreja Direito consuetudinário (tradição
oral)
• 4 – O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS
FRANCOS
• Atual França.
• Único reino bárbaro relativamente duradouro.
• Dinastia Merovíngea:
– Clóvis (496) – conversão ao cristianismo.
– Conquista da Gália.
– Ruralização.
– Distribuição de terras entre clero e nobreza.
 Fragmentação do poder.
– Últimos reis da dinastia: Reis Indolentes (incompetência administrativa).
– Poder de fato: Mordomos do Paço ou do Palácio (espécies de “prefeitos” ou
primeiro ministro).
– Carlos Martel (732) – Bloqueio aos árabes na França (Batalha de Poitiers).
• Dinastia Carolíngea
– Pepino, o Breve (751 –
768):
 Expulsão dos lombardos
da Península Itálica.
 Doação para a Igreja
(Patrimônio de São
Pedro).
 Apoio da Igreja.
– Carlos Magno (768 –
814):
 Auge.
 Guerras de conquista.
 Doações para nobres
(laços de dependência).
 Centralização relativa.
Apoio da Igreja (expansão do cristianismo).
Tentativa de reconstruir o Império Romano do
Ocidente.
Divisão imperial em 300 partes (condados,
ducados e marcas).
Missi Dominici – funcionários imperiais
(burocracia).
Capitulares – leis imperiais.
CARLOS MAGNO Renascimento carolíngeo – preservação de
obras clássicas em escolas eclesiásticas.
– Luís, o Piedoso (814 – 841)
Enfraquecimento.
Agravamento da descentralização política.
– Disputas pela sucessão imperial após morte de
Luís, o Piedoso.
– Tratado de Verdum
(843):
Divisão do Império.
OCIDENTE – Carlos,
o Calvo (atual
França);
CENTRO – Lotário
(atuais Itália e Suíça);
ORIENTE – Luís, o
Germânico (atual
Alemanha).
• 1 – O IMPÉRIO BIZANTINO:

• Império Romano do Oriente ou Império Grego.


• Constantinopla – capital.
– Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TUR).
– Local privilegiado estrategicamente – contatos entre
Oriente e Ocidente, rota de comércio.
• Comércio ativo + produção agrícola próspera =
riquezas.
• Resistência às invasões bárbaras.
• Centralização política: Imperador.

– CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército +


Igreja
• JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império.
– Conquistas territoriais.
 Península Itálica + Península Ibérica + Norte da
JUSTINIANO
África.
– Compilação do Direito Romano a partir do séc. II.
 CORPUS JURIS CÍVILIS
 Poderes ilimitados ao imperador.
 Privilégios para a Igreja e para a nobreza.
 Marginalização de colonos e escravos.
– Burocracia centralizada + gastos militares + impostos.
 Revoltas populares (Sedição de Nike)
– Igreja de Santa Sofia (estilo bizantino – majestosidade)
• CATEDRAL DE SANTA SOFIA
• EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO BIZANTINO
(JUSTINIANO)
• Influência de valores orientais.
• Grego – língua a partir do séc. VII.
• Surgimento de heresias:
– MONOFISISTAS – negação da santíssima
trindade (Cristo apenas com natureza divina);
– ICONOCLASTAS – destruição de imagens
(ícones).
• 1054: CISMA DO ORIENTE:
– Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de
Constantinopla);
– Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).
• Decadência:

– séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes;


– séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
– 1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos
(marco histórico que delimita oficialmente o fim
da Idade Média e início da Idade Moderna.
• 2 – O IMPÉRIO ÁRABE:
• Península arábica.
• Deserto predominante.
• Até o séc. VI: divididos em aproximadamente 300
tribos.
– Beduínos – nômades, dedicados a saques,
habitavam o deserto.
– Tribos urbanas – habitantes das margens do Mar
Vermelho ou ao sul da Península. Dedicavam-se a
agricultura e acima de tudo ao comércio. Formaram
as principais cidades da região (Meca e Iatreb).
– Comando em ambas: xeques (sheiks)
• Meca: centro comercial e religioso.
– Caaba (cubo) – santuário e depósito de imagens de
deuses politeístas das diferentes tribos.
– Administrada pela tribo dos coraixitas.
• A CAABA - MECA
• MAOMÉ (570 – 632) – membro do ramo pobre
dos coraixitas.
– Profeta que segue a linhagem de Noé, Abraão,
Moisés e Jesus.
• 610 – REVELAÇÃO: “Só há um Deus que é Alá,
e Maomé é seu profeta”.
– Oposição dos administradores coraixitas de Meca.
– Repressão aos seguidores de Maomé.
• 622 – HÉGIRA: fuga de Maomé e seus
seguidores para Iatreb (posteriormente
conhecida como Medina – a cidade do profeta).
– Início do calendário muçulmano.
– População local é convertida.
– Proclamação da primeira Jihad (esforço coletivo).
• 630 – Retorno a Meca com exército de populações
convertidas.
– Destruição de divindades politeístas da Caaba.
– Anistia a antigos opositores.
– Península Arábica é completamente convertida ao islamismo.
• 632 – Maomé morre.
– Califas continuam expansão do islamismo.
– 1º Califa: ABU BAKR – sogro de Maomé.
– Motivações: crescimento populacional + busca de terras.
– Justificativa ideológica: Jihad.
– Amplas conquistas territoriais: Norte da África, Península
Ibérica, Império Persa até parte da Índia, Império Bizantino.
• Séc. XIII – território comparável ao do Império Romano .
• EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO ÁRABE:
• Livro sagrado: AL CORÃO.

• SUNA: livro de ditos e atos de Maomé.

• Divisão entre muçulmanos:

– Após o 4º califa: ALI ABU TALIB (genro e primo de Maomé);


– MAOWIYA (Síria) – apoio da maioria – Sunitas (Suna + Al
Corão);
– HASSAN e HUSSEIN – filhos de ALI – apoio da minoria – Xiitas
(Al Corão);
– Ambos assassinados. Hassan (669) e Hussein (680). Este último
em Karbala (atual Iraque), um dos principais centros xiitas do
mundo.
• SUNITAS E XIITAS NO MUNDO HOJE:
• Única unidade: religiosa.
• Politicamente fragmentados em vários califados.
• Cultura muçulmana:
– Assimilação de valores de outros povos (hindus,
persas, chineses e bizantinos).
– Tradução e conservação de obras clássicas
(Aristóteles e Platão).
– Medicina: AVICENA (980 – 1037) –
referência mundial até o século XVII com
seu compêndio sobre o corpo humano.
– Matemática: números arábicos, zero,
avanços em trigonometria e álgebra.
– Física: fundamentos da óptica. AVICENA
• Baixa Idade Média
• 1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Decadência do feudalismo.
• Estruturação do modo de produção capitalista.
• Transformações básicas:
– auto-suficiência para economia de mercado;
– novo grupo social: burguesia;
– formação das monarquias nacionais.
• 2 – CRESCIMENTO POPULACIONAL:
• Fim das invasões.
• Maior consumo.
• Excedentes populacionais expulsos dos feudos.
– Retomada das cidades.
– Aumento do comércio.
– Aumento da criminalidade.
• Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas.
– Moinho hidráulico, arado de ferro...
• Busca de mais terras para cultivo.
• 3 – O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII):
• Movimento religioso e militar dos cristãos para
retomar a Terra Santa (Jerusalém), em poder dos
muçulmanos.
• Acomodação de excedentes populacionais.
• Busca de terras (nobreza).
• Busca de aventura ou enriquecimento (pilhagens).
• Absolvição dos pecados ou cura de enfermidades.
• Interesse comercial (mercadores italianos).
• 8 cruzadas oficiais e 2 extra oficiais.
• Fracasso militar.
INSTRUMENTOS DE TORTURA UTILIZADOS CONTRA AS
HERESIAS, CONSOLIDANDO O TRIBUNAL DA
INQUISIÇÃO

CADEIRA ESMAGA
INQUISITÓRIA CINTO DE ESMAGA SEIOS
CRÂNEOS ESTRANGULAMENTO

FORQUILHA DO
HEREGE
• 4 – O RENASCIMENTO COMERCIAL:
• Cidades italianas.
• Surgimento de rotas de comércio ligando o continente
europeu.
• Cruzamento de rotas: feiras.
- Champanhe (FRA) e Flandres (BEL).
• Retomada da moeda.
• Atividades de crédito e bancárias.
• Séc. XII – HANSAS ou LIGAS: associações de comerciantes.
- Comércio em grande escala.
- LIGA HANSEÁTICA (ALE) – Mar do Norte
• ROTAS DE COMÉRCIO MEDIEVAIS:
• 5 – O RENASCIMENTO URBANO:
• Retomada do comércio impulsiona o renascimento urbano.
• Burgos (fortalezas).
• Burgueses: habitantes dos burgos
(artesãos e comerciantes).
• Movimento comunal (séc. XI –
XIII): libertação das cidades da
autoridade dos senhores feudais.
–CARTAS DE FRANQUIA:
autonomia.
–Guerras ou indenizações.
• GUILDAS: associações de mercadores (monopólio do comércio
local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação
de preços).
• CORPORAÇÕES DE OFÍCIO: associações de artesãos
(monopólio das atividades artesanais, controle da
concorrência, regulamentação de preços, estabelecimento de
normas de produção, controle de qualidade e assistência aos
membros).
• Formação de grupo de grandes comerciantes e artesãos que
se sobrepunham aos demais, impondo seu poder econômico.
• Trabalho assalariado.
• 6 – FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS:
• Aliança entre reis e burgueses.
• Reis: redução de poderes dos nobres e da Igreja.
• Burguesia: unificação de impostos, moeda e sistema de pesos e
medidas.
• Nobreza e clero: cargos e pensões concedidos pelo rei.
• A monarquia francesa:
– Capetíngeos (987 – 1328): medidas que fortaleceram o
poder real em detrimento da autoridade descentralizadora
dos senhores feudais.
Felipe Augusto (1180 – 1223): exército nacional, conquistas
territoriais, controle de subvassalos, concessão de cartas de
franquia (maior renda), criação de impostos nacionais.
Luís IX (1226 – 1270): maior poder para tribunais reais, moeda
nacional, engajamento no movimento cruzadista (São Luís).
Filipe IV, o Belo (1285 – 1314): atritos com a Igreja,
convocação dos Estados Gerais, Cativeiro de Avignon (1307 –
1377), CISMA DO OCIDENTE.
– Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
Enfraquecimento da nobreza.
Nacionalismo francês.
Consolidação do poder real.
• A monarquia inglesa:
– Enfraquecimento da nobreza.
– Guerra dos Cem Anos.
– Guerra das 2 Rosas (1455 – 1485): YORK X LANCASTER
– Henrique VII – centralização monárquica.
• As monarquias Ibéricas:
– Guerra de Reconquista (espírito cruzadista).
– ESP: Reis Católicos: Fernando (Aragão) e Isabel (Castela).
– POR:
Dinastia de Borgonha – Reconquista
Dinastia de Avis (1385) – Estado Nacional com aliança da
burguesia.
• 7 – A CRISE DOS SÉCULOS XIV E XV:
• Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
– FRA* X ING
– Sucessão do trono francês
– Filipe IV (Dinastia Valois – FRA) X Eduardo III (ING)
– Controle de Flandres (comércio de tecidos)
– 1ª fase – vantagem da ING
– Carlos V (FRA) – recuperação parcial francesa
– Disputa interna pelo poder na FRA: Armagnacs* X Borghinhões
– ING + Borguinhões: controle de quase metade da FRA.
– Recuperação francesa: Joana D’Arc + Carlos VII
– Centralização política da FRA.
• Peste Negra (1347 – 1350):
– Peste bubônica.
– Morte de 1/3 dos europeus (25 milhões).
– Enfraquecimento dos nobres.
• JACQUERIES –
• rebeliões camponesas.
• 8 – A CULTURA MEDIEVAL:
• Simplicidade, rusticidade.
• Igreja – controle cultural (mosteiros).
• Teocentrismo.
• Séc XII – Universidades (renascimento comercial).
• Filosofia:
– Alta Idade Média: Santo Agostinho.
Filosofia Clássica + Cristianismo.
Natureza humana é corrompida.
Fé em Deus = Salvação
– Baixa Idade Média: Escolástica (São Tomás de Aquino).
Harmonia entre razão e fé.
Valorização do esforço humano.
Livre arbítrio.
Clero = orientador moral e espiritual.
Liberdade de escolha = concepções da Igreja.
“preço justo” – condenação da usura.
• Arquitetura
– Alta Idade Média: ROMÂNICA – construção maciça, pesada,
linhas simples, horizontalidade, poucas janelas (idéia de
segurança e tranqüilidade).
– Baixa Idade Média: GÓTICA – leveza, graciosidade,
verticalidade, grandes janelas, vitrais, luminosidade.

ESTILO GÓTICO
ESTILO ROMÂNICO
ARQUITETURA: O ROMÂNICO E O GÓTICO
O românico teve seu
apogeu durante o século XII.
Apresentava as paredes
maciças e as janelas pequenas,
prevalecendo interiores escuros,
com linhas horizontais e
grandes e pesadas pilastras,
lembrando a construção dos
mosteiros medievais. O gótico desenvolveu-se
mais tarde, durante o século XIII,
constituindo uma arte
essencialmente urbana. Seus
elementos, que caracterizam a
construção de grandes catedrais,
como a de Notre-Dame, de Paris,
são o arco ogival, a abóbada
nervurada e a decoração exterior,
além da utilização de vitrais, que
permitem melhor iluminação
interna.

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