NOBREZA

A nobreza era um grupo muito poderoso, dos séculos XIII e XIV, constituído pelos
descendentes dos nobres portucalenses, família real e cavaleiros fortes na guerra.
Tinham grandes propriedades a que chamavam domínios senhoriais ou senhorios.

Eram divididos em duas partes:

- Reserva - explorado pelo senhor;

- Mansos – parcelas de terreno

entregues aos camponeses.

Tinham como principal função o combate.

Em alturas de paz o senhor nobre ocupava-se em administrar o seu senhorio e em
atividades que o preparavam para a guerra, como: a caça, a equitação e exercícios
desportivos.
A dama nobre governava a casa, fazia bordados, passeava e recebia os grupos de
hóspedes sempre que o senhor estava ausente.
Também podia armar cavaleiros, isto é, os jovens nobres eram armados cavaleiros
aos 16 anos, numa cerimónia em que o rei, a rainha ou o seu mestre lhe davam a
espada e as esporas, este prometia lutar pela justiça, proteger os pobres e os
desprotegidos.
De notar, que o nobre tinha muitos poderes e privilégios:
 Aplicava impostos;
 Recrutava homens para o exército;
 Cobrava impostos aos camponeses.

CLERO
O clero era um grupo social também com muitos poderes e era constituído por:
 Quem adorava a Deus;
 Quem se dedicava a serviços religiosos, ao ensino e à assistência a
doentes;
 E ainda a peregrinos e mendigos.
Durante muito tempo foi o único grupo social a saber ler e escrever, pelo que as
escolas eram junto dos mosteiros ou das Sés e igrejas e os alunos estudavam para
ser monges ou padres.
Os livros eram escritos em latim e feitos em pergaminho (pele de animal tratada).
Também eram muito raros pelo que, cada mosteiro tinha a sua biblioteca e monges
copistas, que copiavam os livros mais importantes e os ilustravam com pinturas
(chamadas de iluminuras).
Alguns mosteiros tinham enfermarias, onde existiam farmácias e preparavam
remédios para tratar os doentes, monges e alguns peregrinos.
Nos séculos XIII e XIV faziam-se peregrinações a santuários para cumprir promessas
e rezar aos santos.
Nestas caminhadas serviam-se das albergarias e das estalagens dos mosteiros para
descansar.
Os mosteiros eram constituídos por várias dependências tendo em conta as funções
dos monges.
O principal edifício do mosteiro era a igreja.
Alguns mosteiros tinham grandes domínios senhoriais chamados coutos ( dados pelos
reis ou deixados em testamento por nobres).
Estas terras eram trabalhadas pelos monges e por homens do povo, que à
semelhança dos domínios senhoriais da nobreza pagavam rendas e impostos ao
mosteiro.