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7º ANO

SOCIEDADE FEUDAL E O FEUDALISMO


Com a desagregação do Império Romano do Ocidente, as cidades se despovoaram, enquanto o
comércio e a produção artesanal entraram em declínio. Sem dinheiro o imperador não conseguia
garantir a segurança contra os bárbaros, e para se proteger a população abandonou as cidades,
principais alvos dos invasores, para se refugiar nas villas (propriedades romanas que substituíram a
mão de obra escrava pela servil).
As terras passaram a ser concedidas por um nobre suserano para um nobre vassalo em troca de
fidelidade militar e troca de favores, como um beneficium que era o feudum.
As grandes propriedades pertencentes aos senhores de terra, no qual homens livres dos campos e
das cidades estabeleceram-se em busca de proteção, passaram a viver nelas com servos destes
senhores. Essas terras, a principal riqueza, era o FEUDO. Sua economia era baseada na agricultura e
na escassa circulação monetária.
Um feudo era constituído de:
1. MANSO SENHORIAL: terras cultiváveis cuja produção era pertencente ao senhor feudal;
2. MANSO SERVIL: lotes cultivados pelos camponeses, a produção os pertencia;
3. TERRAS COMUNAIS: bosque e campos de uso comum.

A sociedade feudal evoluiu em um


estamento composto em classes aos quais
possuíam obrigações mantidas pelas tradições e
costumes:
1. NOBREZA (“os que lutam” –
bellatores): descendentes dos chefes guerreiros
germânicos e dos donos de terra romanos, eram
donos dos feudos, responsáveis pela aplicação da
justiça, pela defesa e pela administração do
feudo;
2. CLERO (“os que rezam” – oratores):
dedicavam-se à pregação da fé cristã, à oração e
à salvação das almas. Era composto pelo ALTO
CLERO (papa, cardeais, bispos, abades), que
poderiam ter terras, e pelo BAIXO CLERO
(padres e monges);
3. SERVOS (“os que trabalham” –
laboratores): camponeses ligados a terra,
trabalhavam para seu sustento e para o do senhor
das terras, pois vivia no feudo e trabalhavam em
troca de proteção;
4. VILÕES (“os que vivem em vilas” – villanus): eram homens livres com ofícios ligados
ao artesanato, comércio, construção, câmbio, bancário. Viviam nas pequenas áreas urbanizadas.

O poder político era descentralizado, pois casa senhor feudal possuía todos os poderes
dentro de um feudo:
1. Aplicava as leis e a justiça;
2. Formava milícias para defender suas posses;
3. Cunhava moedas;
4. Arrecadava impostos e taxas: Talha (1/3 da produção agrícola), Banalidades (taxas sobre
uso do moinho, forno, celeiro) e Trabalho Compulsório (trabalho no manso senhorial por até três
dias por semana).
Na Idade Média, o REI existia, mas não governava. A relação entre o rei e os demais
nobres (príncipes, duques, marqueses, condes, viscondes e barões) eram baseadas na fidelidade,
na honra e na troca de favores. O suserano em troca de fidelidade e serviço militar beneficiava o
vassalo com terras.
ROTAÇÃO TRIENAL DE CULTURA
Técnica agrícola que dividia um campo em três partes, utilizando-as para diferentes
plantios de forma rotativa para melhorar o aproveitamento do solo e conseguir aumentar a
produção. Isso ajudava a conservar o solo em um processo de fertilização.

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