Você está na página 1de 6

Cúria Régia: conjunto de conselheiros que ajudavam o soberano no exercício

das funções. De origem visigótica, a Cúria Régia vigorou na monarquia


portuguesa até meados do século XIII, diversificando-se nas Cortes e no
Conselho do Rei;

Conselho Régio: os membros do Conselho Régio, para poder legislar e


administrar convenientemente o reino, devia apresentar uma preparação
vastíssima em matéria jurídica, que só os novos letrados estavam em
condições de oferecer;

Inquirições: inquéritos promovidos pelo poder central nos séculos XIII e XIV.
Destinavam-se a averiguar o estado dos bens do Rei e dos bens da Coroa,
isto é, dos reguengos. As primeiras inquirições tiveram lugar no território do
arcebispo de Braga (Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Norte da Beira);

Cortes(reuniões): eram reuniões de caráter consultivo e deliberativo das


monarquias tradicionais portuguesas, convocadas pelo Rei, ou em seu nome,
com a presença das diferentes classes sociais estabelecidas três Ordens: o
Primeiro Estado, que correspondia ao “braço” do clero; o Segundo Estado,
“braço” da nobreza e o Terceiro Estado, “braço” do povo;

Leis Gerais: evidenciam um poder régio fortalecido, capaz de se sobrepor aos


particularismos e poderes locais;

Alferes-mor: constituía o alto oficial da Coroa que tinha como função levar a
bandeira do Rei de Portugal no campo de batalha;

Chanceler(idade média): prevaleceu sobre as outras altas funções do Estado,


passando o seu titular a dirigir a governação em nome do Rei, como uma
espécie de primeiro-ministro. Posteriormente a sua função tornou-se,
essencialmente, judicial;

Centralização do poder real:


● Supremacia sobre todas as ordens sociais;
● Doutrina do direito divino(“D.Dinis, pela graça de Deus, rei de
Portugal.”);
● Rei-juiz supremo, comandante supremo:
O rei tinha uma aplicação de justiça, possuindo a justiça maior, podendo
executar algumas penas, cortando, muitas das vezes, os membros ou até
mesmo os órgãos genitais aos castigados. Possui também o poder de
recurso, ou seja, poderiam recorrer ao rei para uma sentença.

● O rei é o legislador supremo- Leis gerais:


➔ 1ª Leis gerais- D.Afonso II Cúria Régia extraordinária de Coimbra;
➔ Lei de Almotaçaria(D.Afonso III)-tabelamento de preços;
➔ Sisas gerais(1387)- Imposto pago(por todos) por compra e venda
de bens;

Administração geral:

● Mordomo-mor: administração civil; casa do rei(cobrança das suas


rendas);
● Alferes: funções militares- pendão régio; substitui o rei na sua ausência;
● Chanceler: lidera a chancelaria régia; juristas e escrivões que redigem os
documentos oficiais;

Um nobre é sempre um perigo para o rei, para tal, ele juntava a burguesia
e o clero, para “travar” a nobreza.

Administração Local:

● Meirinho: cobra taxas, administra a justiça, preside no tribunal;


governador de província ou comarca.
O meirinho-mor exercia a jurisdição da justiça em todo o reino.
Será substituído pelo corregedor no século XIV (D.Afonso IV).

● Corregedores: legistas de confiança régia;


Podiam apresentar-se ao mesmo, aqueles que tinham queixas dos
alcaides, juizes ou tabeliães, ou de poderosos (nobres, clérigos…)

● Juízes de fora e Juízes: eram indivíduos estranhos ao concelho que


recebiam do rei a autoridade e a quem os concelhos tinham de pagar
ordenado certo.
Este cargo foi criado por D.Afonso IV,
Os juízes eleitos pelo conselho eram confirmados pelo rei.

● Mordomo:Encarregado de arrecadar os direitos do rei (fazia penhoras,


intimava os devedores a ir a tribunal);
Chefiava os mordomos-menores ou mordomos-pequenos;
Cargo muitas vezes exercido por habitantes das próprias terras.
● Alcaide ou Alvazil: Representa o rei numa vila ou cidade;
Exercia funções militares, administrativas e judiciais;
Podia delegar as funções no alcaide-pequeno ou alcaide-menor.

● Vereadores: Funcionários municipais eleitos pela assembleia de vizinhos


(do concelho). A partir de D. João I (Carta Régia do ano de 1391), com
os vereadores, juízes e procuradores, passam a ser sorteados a partir
de uma lista de pessoas idóneas previamente definida. Estes nomes
eram escritos em papel e encerrados em bolas de cera (pelouros),
posteriormente sorteadas.
Informações:
Pedro Hispano(Papa João XXI)- século XIII;
Santo António de Lisboa- morreu em 1231;
eremita: grupo de população que vivia isolada para penitência, religiosidade, entre outras ações;
Santo António de Lisboa era um homem com muita sabedoria, especialmente sobre religião;
Aragão: localizava-se no norte de Espanha, fazendo fronteira com França;

Culturas da idade média:


Cultura Monástica: cultura dos monges
Os monges rezavam sete vezes ao dia, e essas rezas eram feitas a
cantar. Descobriram que se cantassem essas rezas elas iriam ser
transmitidas para toda a gente.
● Criação de escolas e das universidades;
● Cultura erudita, baseada nos textos da Bíblia e dos “Padres da
Igreja”(Santo António, Santo Ambrósio e S.Tomás de Aquino);
● Canto gregoriano;

Cultura Cortesã:
● Promoção da cultura na corte régia e na corte da nobreza;

Cultura erudita:
● Cultura escrita, ligada aos grupos privilegiados(nobreza, clero e alguns
burgueses);
Os nobres segundo a sua cultura, como tinham muito tempo livre,
ocupavam-no através de festas e bailes.
Os trovadores(nobres cavaleiros) exaltavam o amor cortês através da
leitura:poesia trovadoresca, novelas e romances, e crônicas e livros de
linhagens(preservação da memória dos antepassados).

Cultura popular: cultura do povo(maioria da população)


● Cultura oral(música, poesia, rimas…) própria dos elementos do
povo(população analfabeta);
● Transmitidas nos momentos de trabalho colectivo e nas festividades
aldeãs;
● Ligação entre religiosidade(romarias, procissões e peregrinações),
festa(bailes, danças, canções…) e comércio(feiras);
● Capelas, ermidas e igrejas;

Arte Medieval:
● Românico: arco de volta perfeita; contrafortes; paredes grossas com
poucas aberturas; abóbada de berço; pouca luz;
● Gótico: arcos quebrados; arcobotantes; grandes aberturas, janelas
grandes; abóbada de cruzamento de ogivas; muita luz- vitrais e
rosáceas;
Do românico para o gótico houve uma característica muito significativa
que mudou, o arco. No arco românico, estamos perante um arco de
volta perfeita, já no gótico estamos perante um arco quebrado.
No gótico existiam vitrais com uns desenhos que também permitiam a
entrada de luz, que para o lado religioso, significava a entrada de Deus.
O gótico servia essencialmente para a entrada de luz, entrada de Deus
protetor.
A catedral é um símbolo de poder nas cidades medievais.
A classe social mais interessada por este tipo de arte, era a nobreza.
Arte gótica Arte românica

Ensino elementar e a universidade:

áreas rurais:
● Escolas conventuais e monacais;
● Escolas catedrais ou episcopais;

Áreas urbanas:
● Colegiadas;
● Colégios;
● Escolas paroquiais;

O clero dominava o saber. Podia-se aprender nas escolas


monacais(mosteiros) e nas escolas das catedrais e nas universidades. O
objetivo do estudo era seguir a vida religiosa.
Já a burguesia pretendia estudar Direito, participar na elaboração das
leis das cidades e concelhos. Pretendiam também aliar-se ao rei na luta
contra os privilégios da nobreza e do clero.

O Ensino na Idade Média era ministrado pela igreja. No início havia a


universidade de artes, e mais tarde surgiram as universidades de
Medicina, Direito e Teologia.
A primeira universidade portuguesa, criada em 1290, no reinado de
D.Dinis- Estudo Geral de Lisboa(Universidade de Coimbra).
Informação: A ida a Santiago era vista como uma ida milagrosa, ajudando, essencialmente a quem
lá ia, em termos de saúde(exemplo pág.136, documento 28B). Esperava-se uma intervenção de
Santiago.

Síntese:
Houve um crescimento urbano da população, surgindo a burguesia e os
concelhos, surgindo também, um novo estilo arquitetônico, o gótico. Este
crescimento urbano fez também grandes mudanças no ensino, fazendo
com que passassem as aulas a ser dadas nas universidades, em vez dos
mosteiros ou catedrais.
A pobreza e solidariedade estava essencialmente instalada nos
emigrantes, criando-se ordens mendicantes, surgindo as confrarias.

Você também pode gostar