Você está na página 1de 4

Colónias pertencentes a Portugal

No século XVIII o Império português era constituído por:

 Na Ásia: pelas cidades de Damão, Diu e Goa na Índia e ainda


por Macau e Timor;
 Em África: por Cabo Verde, Guiné, São Tomé e
Príncipe, Angola e Moçambique
 Na América: pelo Brasil que torna-se o principal e mais rica colónia Portuguesa
 

Brasil
Neste período Portugal já não obtinha grandes lucros com o comércio do Oriente (Índia)
devido à concorrência com ingleses, franceses e holandeses, por isso interessou-se mais
em explorar o Brasil.

Portugal enriquece:

1-.º com o açúcar e o tabaco

2.º depois com a descoberta do ouro e das pedras preciosas.

O tempo quente e húmido permitiu cultivar grandes quantidades de cana-de-açucar que


depois era trabalhada nos engenhos para ser transformada em açucar.
Além do açúcar, o Brasil passou a ser bastante importante por causa da descoberta
de ouro e de pedras preciosas.
 

Bandeirantes: pessoas que foram para o interior do Brasil à procura de ouro, pedras
preciosas e  de índios para escravizar. Fundaram cidades e povoações o que permitiu
alargar as fronteiras do Brasil para além da linha de Tordesilhas.
Engenhos: conjunto de instalações que moem a cana-de-açúcar e a transformam em
açúcar. 
 

Movimentos da população
Da metrópole (Portugal):
 Milhares de colonos partiram para o Brasil em busca de melhores condições de
vida;
 Missionários também partiram para o Brasil com a missão de expandir a fé
católica.
 

De África:
 Milhares de escravos foram levados para o Brasil para trabalhar nas plantações de
cana-de-açucar, nos engenhos e na exploração do ouro. Eram transportados em
navios negreiros em condições desumanas.
 

No Brasil:
 Os bandeirantes deslocaram-se para o interior do Brasil à procura de ouro, pedras
preciosas e de índios para os escravizar;
 Os missionários também foram para o interior para evangelizar os índios
brasileiros e para os proteger da escravatura.
 

GOVERNO DE D. JOÃO V 

A descoberta de ouro e de pedras preciosas desenvolveu o comércio triangular que


trouxe grandes riquezas a Portugal. D. João V tornou-se num dos reis mais ricos da
Europa e concentrou em si todos os poderes passando a governar como um rei
absoluto.
 

Monarquia absoluta:  regime em que o rei concentra em si todos os poderes.


Poderes do rei:
 Legislativo: fazia as leis
 Executivo: fazia cumprir as leis
 Judicial: julgava quem não cumpria as leis
 O poder do Rei absoluto é justificado como vindo diretamente de Deus e só a
Deus D. João tinha de prestar contas.

Hoje vivemos em democracia e estes poderes são totalmente separados e autónomos


pertencendo a órgãos diferentes:
O poder legislativo: Assembleia da República;
Poder Executivo: Estado
Poder Judicial: os Tribunais

 A riqueza do Brasil permitia que o Rei mostrasse todo o seus poder através do
luxo e ostentação na corte e na construção de obras publicas e monumentais.

A vida da corte
 Vivia em luxo e ostentação
 Realizavam-se bailes, teatros, concertos, banquetes e cortejos para mostrar a sua
riqueza
 

 A sociedade portuguesa do sec. XVIII era constituída por três grupos sociais:

 A divisão social era reconhecida através da lei e traduzidas nas formas de tratamento,
no vestuário e nas cerimónias publicas, como as touradas, os cortejos, as procissões e ao
autos de fé, onde cada um ocupava o seu lugar próprio, assim como o Rei, que tinha
sempre um lugar de destaque.

A nobreza (grupo privilegiado)


 Era o grupo mais rico e poderoso,
 Tentava imitar a corte no vestuário com trajes ricos e cabeleiras postiças, na
habitação ricamente decoradas e nas festas e banquetes, requintados e luxuosos;
 Os seus rendimentos vinham das terras e do comercio e o seu poder dos cargos que
ocupavam.
 Não pagavam impostos

O clero(grupo privilegiado)
 Construiu igrejas e conventos e adornou outras;
 Recebia impostos ( a dízima dez por cento da produção);
 Recebia rendas das terras que os camponeses cultivavam;
 Tinham cargos de administração e participavam na vida politica,
 Tinha um grande poder e criou o Tribunal de Inquisição, com leis próprias, que
perseguia e condenava à morte quem estivesse contra a Igreja Católica, quem
praticasse outra religião ou quem fosse suspeito
 

Cristãos-novos: nome dado a quem aceitava converter-se à religião católica. No


entanto, muitos foram perseguidos e condenados à morte por suspeita de praticarem
outras religiões em segredo.
Autos-de-fé: cerimónias públicas onde os condenados eram torturados e queimados
vivos.
Povo ( grupo não privilegiado)
 Continuava a viver em grandes dificuldades;
 Dedicava-se à agricultura, pecuária e comércio,
 Pagavam muitos impostos
 Tinham muitas obrigações
 

A burguesia fazia parte do grupo do povo e manteve-se no grupo não privilegiado


 A alta burguesia enriqueceu com o comércio e tentou imitar o modo de vida da
nobreza
 Estes burgueses conviviam em clubes e cafés com artistas, escritores e políticos,
 A alta burguesia era constituída por artesões e comerciantes ricos,
 A baixa burguesia era constituída por vendedores ambulantes
 

 GRANDES CONSTRUÇÕES

Parte das riquezas obtidas com o ouro brasileiro foi gasta na construção de grandes
palácios e conventos.

 Aqueduto das Águas Livres, sistema de captação e distribuição de água à cidade de


Lisboa;
 Palácio e Convento de Mafra
 Capela de S. Batista
 Solar de Mateus; vila Real
 Palácio dos Condes de Anadia
 Palácio do Freixo
 

 Igreja e Torre dos Clérigos, Porto

Estilo Barroco
O estilo que caracterizava estas construções era o Barroco.
 O barroco teve a

Características do estilo barroco:


 Grandiosidade e riqueza dos edifícios;
 Uso da talha dourada, do azulejo, do mármore e da pintura;
 Decoração abundante com curvas e contracurvas, gosto pelo movimento.
 Gosto por uma decoração exagerada, rica e apelativa

Principais monumentos Barrocos em Portugal:

 Aqueduto das Águas Livres


 Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra
 Palácio e Convento de Mafra
 Capela de S. Batista
 Solar de Mateus; vila Real
 Palácio dos Condes de Anadia
 Palácio do Freixo
 Igreja e Torre dos Clérigos, Porto
 

Você também pode gostar