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História e Geografia de Portugal

Crise do século XIV


• Durante a segunda metade do século XIV, a Europa sofreu uma profunda crise
causada por 3 coisas: fomes, pestes e guerras. Os maus anos agrícolas por causa
de muito tempo de chuva. Com esse clima houve nesse século falta de cereais,
fomes e morte de muita gente. Ao mesmo tempo, ocorreram na Europa muitas
guerras. Também nesse século houve falta de higiene, principalmente nas cidades,
provocava várias doenças contagiosas. A peste negra chegou a Portugal em 1348.

União Ibérica
• A união Ibérica foi quando D. Filipe II rei de Espanha passou a ser rei de Portugal. D.
Filipe II respeitou as leis, moedas, língua, costumes e só dava cargos
administrativos a portugueses.

Conquista de Ceuta
• Ceuta é uma cidade costeira do norte de África localizada estrategicamente no
Estreito de Gibraltar. A Conquista de Ceuta, cidade islâmica no Norte de África, por
tropas portuguesas sob o comando de João I de Portugal, deu-se a 21 de Agosto de
1415 e encerrou-se em 22 de Agosto de 1415. Portugal quis conquistar Ceuta pelos
seguintes motivos: Rotas, ouros, escravos, marfim, especiarias, cereal e posição
geográfica.

Restauração da Independência
• Durante o reino de Filipe I (II de Espanha), Portugal vivia num período de
prosperidade. Nos reinados de D. Filipe II e III (III e IV de Espanha) a crise que
efectou Espanha fez-se a sentir em Portugal. No entanto D. Filipe II e D. Filipe III
lançaram mais impostos, obrigavam os nobres a ir combater guerras que a Espanha
estava envolvida e atribuíram cargos administrativos a espanhóis. Muito revoltados
os portugueses criaram várias revoltas populares, como, por exemplo, num dia 1 de
Dezembro de 1640 os nobres assaltaram o paço da ribeira, prenderam a Duquesa
de Mântua e mataram o traidor Miguel de Vasconcelos e escolheram como rei o
Duque de Bragança que se tornou oficialmente rei no dia 15 de Dezembro nas
Cortes de Lisboa.
Importância do Brasil
• Durante o século XVII, outros países europeus, para além de Portugal e Espanha,
também conseguiram dominar territórios noutros continentes. Assim se constituíram
vários impérios europeus. No final do século XVII, o Brasil ocupou, na economia
portuguesa, o lugar que tinha a Índia no século XVI. As maiores riquezas chegadas
ao Reino deixaram de ser as especiarias orientais para passarem a ser os produtos
brasileiros, primeiro o açúcar e, mais tarde, o ouro.
As riquezas do Brasil: o açúcar e o ouro.
A colonização do Brasil começou a dar muitos bons resultados já no século XVII. De entre
as produções agrícolas, destacava-se a da cana-de-açúcar, cultivada em grandes
plantações, principalmente em Pernambuco, na Bahia e no Rio de Janeiro.
A produção de açúcar enriqueceu os chamados “senhores dos engenhos”.
O ano em que mais produziu açúcar foi em 1670 e em 1800.
Nos finais do século XVII e princípios do século XVIII, os “bandeirantes”, grupo de colonos
aventureiros, descobriram minas de ouro e pedras preciosas em Matogrosso, Goiás e Minas
Gerais.
É a partir dessa altura que se intensifica no Brasil a exploração mineira. a quebra de lucros
do açúcar e a descoberta do bolo intensificaram a exploração mineira no Brasil. É no
reinado de D. João V que chegam ao reino as maiores quantidades de ouro brasileiro. Ao
rei pertencia cerca de 20% de todo o ouro extraído. E, para evitar o contrabando e
assegurar a cobrança dos impostos reais, D. João V ordenou que o ouro fosse fundido em
barras. Essas barras eram cunhadas com as armas reais e nelas eram gravados o peso e o
ano da fundição.
As riquezas do Brasil e a frequência com que se podia viajar entre esta Colónia e Portugal
fizeram com que muitos milhares de colonos portugueses para aí emigrassem, na
Esperança de fazer fortuna. Neste período foi levado para o Brasil um grande número de
escravos africanos para trabalharem nos engenhos, nas plantações e nas Minas.
D. João V
• A monarquia absoluta no tempo de D. João V:
No tempo de D. João V pensava-se que os reis tinham um poder divino. Isto quer dizer que
governava em nome de deus e por essa razão todos os súbditos tinham de lhes obedecer.
Por isso, com D. João V o governo do Reino estava diretamente dependente da vontade do
Rei. Durante o seu reinado, as Cortes nunca foram convocadas. o rei tinha todos os
poderes e mandava cada vez mais. D. João V era, portanto, um rei absoluto. A forma de
governo, em Portugal, passou a ser uma monarquia absoluta.
D. João V reinava desde 1706, mas só foi aclamado rei em 1 de janeiro de 1707 e, um ano
depois casou com D. Maria Ana de Áustria. A cerimónia da sua aclamação foi
deslumbrante, jamais a corte portuguesa mostrara tanta riqueza de jóias e vestuários.
No reinado de D. João V, as grandes festas na corte tornaram-se frequentes: bailes,
concertos, sessões de poesia, jogos de salão, caçadas e passeios.
(A família real e alguns novos mais ricos faziam-se transportar em coches. Os coches
eram carros ricamente decorados a veludo e talha dourada vírgula puxados por
cavalos ou mulas. No século XVIII existiam também outros meios de transportes,
como as “seges”, as “berlindas” e as “liteiras”. Nas touradas também participavam
nobres, que aproveitavam o momento para demonstrar a sua valentia e destreza a
montar. A ida à ópera e aos teatros fazia igualmente parte dos divertimentos da
família real e da nobreza.)
D. João V mandou construir grandiosas obras de arquitetura que marcaram a sua época,
como o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, e o Convento de Mafra. Com estas
construções procurava deslumbrar a Europa e mostrar toda a sua riqueza e poder, bem
como, no caso do Aqueduto das Águas Livres, resolver os problemas de abastecimento de
água da capital.
Marquês de Pombal
O terramoto de 1755 e a Lisboa pombalina

Quando, em 1750, o rei D. José I subiu ao trono, o reino encontrava-se numa grave crise
económica. O ouro que chegava do Brasil era cada vez menos. A agricultura não produzia e
as indústrias eram poucas. Comprava-se quase tudo ao estrangeiro. O povo vivia com
grandes dificuldades. A nobreza e o clero, que tinham recebido de D. João V grandes
honras e dinheiros, abusavam do seu poder.

(D. José casou em 1729 com D. Mariana Vitória e teve o cognome de “O Reformador",
porque foi no seu reinado que se deu a reconstrução da cidade de Lisboa e foram
feitas grandes reformas no país.)

D. José I nomeou para seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, que, durante o
reinado de seu pai, tinha sido embaixador de Portugal em Viena de Áustria. Sebastião José
de Carvalho e Melo ficou conhecido pelo título de Marquês de Pombal. Do século XVI ao
século XVIII, Lisboa, que era a capital do país, tinha crescido em população e área. A
cidade era já a "Lisboa das sete colinas" e a sua população rondava os 250 000 habitantes.

No dia 1 de novembro de 1755, um violento terramoto ao qual se seguiu um maremoto


destruiu a parte baixa da cidade de Lisboa e provocou enormes incêndios, pilhagens e
terror em toda a capital. Nesse horrível desastre morreram mais de 20 000 pessoas e
ficaram em ruínas cerca de 10 000 edifícios, entre eles o Paço da Ribeira onde residia o rei.
O Marquês de Pombal tomou logo medidas:

• mandou enterrar os mortos e socorrer os feridos;

• mandou vigiar a cidade para evitar roubos;

• encarregou o engenheiro Manuel da Maia e o arquiteto Eugénio dos Santos de fazerem


um plano para a reconstrução de Lisboa.

O próprio Marquês de Pombal acompanhou a reconstrução de Lisboa. Decidiu arrasar a


"Baixa", que era a parte mais destruída, e aí construir uma zona nova e arejada que ficou
conhecida por Lisboa pombalina e que tinha características próprias:

• ruas largas, paralelas e perpendiculares entre si com passeios calcetados e esgotos;

• edifícios harmoniosos, todos da mesma altura, construídos com um sistema de proteção


contra sismos designado por "gaiola pombalina";

• uma grande praça - a Praça do Comércio - construída no sítio do antigo Terreiro do Paço,
onde iam dar as ruas "nobres" da cidade.

A Praça do Comércio passou a ser a mais bela praça ribeirinha da Europa.


Vinte anos depois do terramoto, em junho de 1775, a Praça do Comércio recebe a primeira
estátua equestre lisboeta, a estátua de D. José I, feita pelo escultor Machado de Castro.

Nesta época, as notícias do que se passava nos outros países da Europa chegavam
rapidamente a Portugal através da imprensa, dos estrangeiros e dos portugueses que
viviam ou tinham vivido no estrangeiro (como o próprio Marquês de Pombal).

Nos mercados e ruas da cidade, vendiam-se almanaques, vidas de santos, peças de teatro
de cordel e a célebre "Gazeta de Lisboa" - o jornal da época.

Na Lisboa pombalina, o gosto pela moda francesa fez reanimar os locais de convívio.
Apareceram os salões literários, os cafés e os botequins (casas de bebidas). Aí se reuniam
artistas, poetas, escritores e políticos para discutir as ideias avançadas da Europa ou criticar
a sociedade da época.

Medidas do desenvolvimento económico

A capacidade de decisão e a eficácia demonstrada pelo Marquês de Pombal para acudir às


consequências do terramoto de 1755 permitiram-lhe conquistar a confiança e o apoio total
do rei. É a partir desta altura que D. José entrega ao seu ministro o controlo do governo do
reino.

O Marquês de Pombal iniciou então um conjunto de reformas para desenvolver o país e


fortalecer o poder absoluto do rei.

Com a quebra das remessas de ouro do Brasil foi necessário tomar medidas. Para
desenvolver a indústria e diminuir as elevadas importações de produtos estrangeiros, o
Marquês de Pombal instalou novas indústrias não só em Lisboa como noutros pontos do
país.

E para proteger a agricultura, a pesca e, ao mesmo tempo, desenvolver o comércio, retirou


aos comerciantes estrangeiros, principalmente ingleses, os grandes lucros que tinham,
criando as "companhias comerciais" controladas pelo Estado.

Foram criadas as seguintes companhias:

• em 1755, a «Companhia do Grão-Pará e Maranhão», que comerciava escravos, algodão,


arroz e cacau;

• em 1756, a «Companhia dos Vinhos do Alto Douro», que permitiu melhorar a qualidade do
vinho do Porto e aumentar o seu preço de venda aos ingleses;

• em 1759, a «Companhia de Pernambuco e Paraíba», que tinha o monopólio dos produtos


brasileiros - açúcar, peles, tabaco, algodão;

• em 1773, a «Companhia das Pescas do Algarve», que tinha o monopólio das pescarias.
Reformas na sociedade e no ensino

Desde o início do seu governo, o Marquês de Pombal procurou mostrar a força do poder
absoluto do rei e impor algumas reformas na sociedade para alterar o que considerava
injusto e antiquado. Não hesitou em perseguir algumas famílias da alta nobreza e os
poderosos elementos do clero. Chegou mesmo a mandar executar alguns nobres e a
confiscar os seus bens. Em contrapartida, protegeu os comerciantes e os burgueses e
declarou oficialmente o comércio uma profissão nobre.

No alvará de 30 de janeiro de 1773, o Marquês de Pombal deu início ao processo do fim da


escravatura no reino através de uma lei que reconhecia que todos os filhos de escravos
nascidos no Reino de Portugal seriam livres e podiam trabalhar livremente em qualquer
ofício com dignidade. A escravatura continuou no entanto a existir nas colónias
portuguesas, só sendo abolida mais tarde.

Em relação ao ensino, o Marquês de Pombal criou escolas «menores» [parecidas com as


do 1.° ciclo] por todo o país.

Os métodos de ensino foram alterados, passando-se a dar maior importância à observação


e à experimentação para que os alunos compreendessem melhor.
Também reformou a Universidade de Coimbra. E criou junto ao edifício principal um
"Gabinete de História Natural", um "Laboratório Químico" e um "Teatro Anatómico".

Odiado por uns, amado por outros, o Marquês de Pombal marcou a sua época. Depois da
morte do rei D. José I, em 24 de fevereiro de 1777, Marquês de Pombal foi demitido de
todos os cargos do governo pela rainha D. Maria I.

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