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Reformas Pombalinas,

inconfidências e conjurações
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

FINAIS DO SÉCULO XVII

O valor da exportação do açúcar e do


tabaco diminuiu devido a:

Concorrência Aumento dos custos


Maus anos agrícolas
holandesa e francesa da produção

Princípios do século XVIII:


Grupos de Bandeirantes entraram no
interior do território brasileiro em
busca de ouro e pedras preciosas.
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

D. JOÃO V governou num período em


que a chegada do ouro e das pedras
preciosas do Brasil trouxe grandes
rendimentos à Coroa.
Foi um rei muito rico e muito poderoso.
A corte de D. João V tornou-se famosa
pela sua riqueza e ostentação.
Construíram-se palácios mobiliados
com luxo, deram-se concertos, bailes,
espetáculos de ópera e teatro, grandes
festas com banquetes.
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

PALÁCIO DA BREJOEIRA - MONÇÃO


IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

SALA DO TRONO DO
PALÁCIO DE QUELUZ
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

CONVENTO DE MAFRA
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

AQUEDUTO DA ÁGUAS LIVRES


IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

Se o reinado de D. João V foi de prosperidade o de


D. José I foi de grave crise econômica.

Agricultura de Indústria Diminuição do


subsistência subdesenvolvida ouro do Brasil

A riqueza e a prosperidade não se deviam ao que


se produzia no reino, mas às riquezas que


chegavam do Brasil

D. José I herdou um país em crise e nomeou como


D. JOSÉ entrou para a seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o
história como um ‘déspota MARQUÊS DE POMBAL, cujo prestígio cresceu
esclarecido’ após o terremoto que sacudiu Lisboa em 1755 e
matou cerca de 10 mil pessoas, tendo destruído
cerca de 2/3 da cidade.
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

Passada a fase do terremoto,


fora preciso enterrar logo os
mortos, para que doenças não se
espalhassem e reconstruir a
cidade. Pombal reorganizou
Lisboa alargando as ruas e
tornando-as perpendiculares,
criou rede de esgotos, edifícios
da mesma altura e estruturas
antisísmicas nos prédios.

MARQUÊS DE POMBAL
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII
Marquês de Pombal implementou uma série de reformas para
modernizar e desenvolver economicamente Portugal, e com
isso reforçar o poder absoluto do rei. Nos séculos XVI e XVII a
educação brasileira foi muito marcada pelo ensino jesuítico,
voltado basicamente para o ensino básico.O governo de
Portugal não permitia a fundação de universidades. No
decorrer do séc. XVIII cresce a animosidade contra a
Companhia de Jesus. O governo temia o seu poder econômico
e político, exercido maçiçamente sobre todas as camadas
sociais ao modelar-lhes a consciência e o comportamento. A
reforma pombalina na educação tinha assim o objetivo de criar
a escola útil aos fins do Estado em substituição àquela que
servia aos interesses eclesiásticos. Todavia sem deixar de
formar o Civil Cristão.
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

REFORMAS ECONÔMICAS
• Criação das Companhias
comerciais com o objetivo de
apoiar a grande burguesia
portuguesa e desenvolver a
agricultura e a pesca.
• Criação de indústrias para
aumentar as exportações e
diminuir as importações.

REFORMAS SOCIAIS
• Retirou privilégios dos nobres
• Expulsou os Jesuítas
• Protegeu a burguesia
• Proibiu a escravatura no reino

MARQUÊS DE POMBAL
IMPÉRIO E MONARQUIA ABSOLUTA NO SÉCULO XVIII

Em resumo a política pombalina foi conduzida com determinação


e violência. Incentivou o comércio e a manufatura no reino;
reforçou os vínculos com as colônias, sobretudo com o Brasil;
expulsou os jesuítas diminuindo a sua força sobre o ensino -
renovando assim o sistema educacional a fim de adequá-lo ao
tempo das Luzes - e a Inquisição; valorizou os comerciantes,
incluindo os cristãos-novos; desafiou a nobreza tradicional.
Pombal fez muitos inimigos, principalmente entre os nobres
portugueses. Foi afastado do ministério após a morte de D. José I
(1777) e faleceu em prisão domiciliar. Quem assume o reino é D.
Maria I, cuja política ficou conhecida como Viradeira.
INCONFIDÊNCIAS E CONJURAÇÕES NO BRASIL

O final do séc. XVIII mostrou para o mundo uma


série de transformações nas velhas estruturas de
poder na Europa. Todo este ideal revolucionário
(liberal) chegou também ao Brasil através das
notícias e dos conhecimentos trazidos pelas
pessoas que mantinham contato com a Europa
(comércio ou estudos). Apesar disso, nenhuma das
conjurações conseguiu sequer sair do papel.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)

A Inconfidência Mineira foi articulada por homens da elite de Minas Gerais,


incluindo intelectuais, grandes negociantes, elementos do clero e até
membros da administração da capitania. A razão imediata foi a ameaça de
cobrar todos os impostos de uma só vez (derrama).

Caráter separatista Libertas quae sera tamem


Natureza iluminista Produção das Minas
Gerais em decadência
Independência das 13
colônias inglesas Derrama

Valor mínimo do quinto estipulado pelo governo


português não estava mais sendo pago pelos
mineradores.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)

O projeto revolucionário foi por água abaixo. Em parte


porque desapareceu o principal motivo de adesão da
população: a cobrança da derrama que havia sido
suspensa. De toda forma houve uma denúncia. Joaquim
Silvério dos Reis, membro da conspiração e um dos maiores
devedores de Minas, denunciou a todos em troca de perdão
das dívidas. Muitos inconfidentes foram presos e
interrogados, sendo a sentença o exílio de todos para a
África, menos para Joaquim José da Silva Xavier que foi
esquartejado e a cabeça exposta em praça pública na praça
principal de Vila Rica.
Tiradentes, 1893,
de Pedro Américo
CONJURAÇÃO DOS ALFAIATES (BAIANA - 1798)

A Conjuração dos Alfaiates envolveu membros dos grupos populares


(alfaiates, ex-escravos, soldados). Em Salvador, os insurgentes
colaram panfletos em diversos pontos da cidade reivindicando:
aumento do soldo das tropas, liberdade de comércio com outros
países, combate ao preconceito contra os negros e mestiços e o desejo
de proclamar uma República Bahiense.

Não era um movimento restrito


Participação popular
a questões políticas liberais.

Ideais iluministas
Mudanças
Por ter se tratado de uma iniciativa popular revolucionárias de
a repressão foi mais dura: a sentença dos caráter social,
quatro condenados foi enforcamento seguido abolição da
escravidão e dos
de degola e esquartejamento.
privilégios de classe
Praça do Hospício de Nossa Senhora da Piedade, Bahia, local onde quatro participantes da
Conjuração Baiana foram enforcados em 1798. Gravura de Johann Moritz Rugendas, 1835.

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