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1. PORTUGAL NO PASSADO
Brasil
Neste período Portugal já não obtinha grandes lucros com o comércio do Oriente
(Índia) devido à concorrência com ingleses, franceses e holandeses, por isso interessou-se mais
em explorar o Brasil.
O tempo quente e húmido permitiu cultivar grandes quantidades de cana-de-açúcar
que depois era trabalhada nos engenhos para ser transformada em açúcar.
Além do açúcar, o Brasil passou a ser bastante importante por causa da descoberta de
ouro e de pedras preciosas.
Bandeirantes: pessoas que foram para o interior do Brasil à procura de ouro, pedras
preciosas e de índios para escravizar. Fundaram cidades e povoações o que permitiu alargar as
fronteiras do Brasil para além da linha de Tordesilhas.
Engenhos: conjunto de instalações que moem a cana-de-açúcar e a transformam em
açúcar.
Comércio triangular
Neste período desenvolveu-se o comércio entre três continentes: Europa, América e
África.
Movimentos da população
− Da metrópole (Portugal):
o Milhares de colonos partiram para o Brasil em busca de melhores
condições de vida;
o Missionários também partiram para o Brasil com a missão de expandir a fé
católica.
− De África:
o Milhares de escravos foram levados para o Brasil para trabalhar nas
plantações de cana-de-açúcar, nos engenhos e na exploração do ouro.
Eram transportados em navios negreiros em condições desumanas.
− No Brasil:
o Os bandeirantes deslocaram-se para o interior do Brasil à procura de ouro,
pedras preciosas e de índios para os escravizar;
o Os missionários também foram para o interior para evangelizar os índios
brasileiros e para os proteger da escravatura.
Governo de D. João V
A descoberta de ouro e de pedras preciosas desenvolveu o comércio triangular que
trouxe grandes riquezas a Portugal. D. João V tornou-se num dos reis mais ricos da Europa e
concentrou em si todos os poderes passando a governar como um rei absoluto.
Monarquia absoluta: regime em que o rei concentra em si todos os poderes.
Poderes do rei:
− Legislativo: fazia as leis
− Executivo: fazia cumprir as leis
− Judicial: julgava quem não cumpria as leis
− A vida da corte
o Vivia em luxo e ostentação
o Realizavam-se bailes, teatros, concertos, banquetes e cortejos para
mostrar a sua riqueza
− A nobreza
o Tentava imitar a corte no vestuário, na habitação e nos divertimentos.
− O clero
o Construiu igrejas e conventos e adornou outras
o Tinha um grande poder e criou o Tribunal de Inquisição que perseguia e
condenava à morte quem estivesse contra a Igreja Católica, quem
praticasse outra religião ou quem fosse suspeito
o Cristãos-novos: nome dado a quem aceitava converter-se à religião
católica. No entanto, muitos foram perseguidos e condenados à morte por
suspeita de praticarem outras religiões em segredo.
o Autos-de-fé: cerimónias públicas onde os condenados eram torturados e
queimados vivos.
− A burguesia
o A alta burguesia enriqueceu com o comércio e tentou imitar o modo de
vida da nobreza
o Estes burgueses conviviam em clubes e cafés com artistas, escritores e
políticos
− Povo
o Continuava a viver em grandes dificuldades
Grandes construções
Parte das riquezas obtidas com o ouro brasileiro foi gasta na construção de grandes
palácios e conventos.
Por iniciativa régia (do rei):
− Aqueduto das Águas Livres
− Palácio e Convento de Mafra
− Capela de S. Batista
Por iniciativa da nobreza:
− Solar de Mateus
− Palácio dos Condes de Anadia
− Palácio do Freixo
Por iniciativa do clero:
− Torre dos Clérigos
Estilo Barroco
O estilo que caracterizava estas construções era o Barroco.
Características do estilo barroco:
− Grandiosidade
− Revestimento em talha dourada, azulejo e mármore
− Decoração abundante com curvas
− Abundância de estátuas
Governo de D. José I
Em 1750, D. José I sobe ao trono e nomeia Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro
Marquês de Pombal, como ministro.
Terramoto de 1755
Lisboa ficou praticamente destruída após o terramoto de 1755:
− Morreram cerca de 10 000 pessoas
− Grande maior parte dos edifícios ficaram em ruínas
− Perderam-se muitos tesouros como livros, manuscritos, quadros e objetos de
ouro e de prata
Reformas pombalinas
Para resolver a grave situação que enfrentava Portugal, Marquês de Pombal decidiu
fazer várias reformas:
− Reformas económicas:
− Desenvolveu a indústria apoiando fábricas antigas e criando novas
− Criou companhias de comércio
Reformas no ensino
− Criou escolas primárias
− Reformou a Universidade de Coimbra
− Extinguiu a Universidade de Évora que era controlada pelos Jesuítas
Marquês de Pombal utilizou a Burguesia como motor de desenvolvimento económico
do país, e retirou poder às classes privilegiadas, ou seja, ao Clero e à Nobreza.
Todas estas medidas, a nível social, político, económico e do ensino, contribuíram para
a modernização do país.
Reação portuguesa:
Foram criados movimentos de resistência pelos populares e foi pedido auxílio aos
ingleses. O exército anglo-português venceu os franceses nas batalhas da Roliça e do Vimeiro e
Junot assinou a Convenção de Sintra e abandonou Portugal.
Monarquia Liberal
Portugal passou a ter uma monarquia liberal. Foram criadas as Cortes Constituintes
que tiveram a função de criar a Constituição de 1822, onde estavam definidos os direitos e
deveres dos cidadãos. Nesta Constituição estava definido que todos os cidadãos eram iguais
perante a lei e estava estabelecida a separação de poderes.
Independência do Brasil
O rei D. João VI regressou a Portugal, ficando o seu filho D. Pedro na regência do Brasil.
Durante a permanência do rei o Brasil teve um grande desenvolvimento e os portos foram
abertos aos comerciantes estrangeiros o que favoreceu a burguesia brasileira. Estes apoiaram
D. Pedro que declarou a independência do Brasil em 1822.
Guerra Civil
Quando D. João VI morre, D. Pedro sucede-lhe mas abdica do trono para ficar no
Brasil. Passa a coroa para a sua filha Maria da Glória mas, como tinha apenas 7 anos, fica como
regente o seu irmão D. Miguel.
D. Miguel prometeu governar segundo um regime liberal mas em 1828 dissolveu as
cortes e passou a governar como rei absoluto com o apoio da nobreza e do clero e perseguiu
os liberais.
Em 1831, D. Pedro abdicou do trono brasileiro e rumou à Europa, instalando-se com
exilados liberais na Ilha Terceira, nos Açores.
Em 1832, desembarcou com as suas tropas numa praia próxima do Porto e avançou
sobre a cidade, sem encontrar resistência.
Assistimos assim a uma Guerra Civil em Portugal (de um lado os Absolutistas, liderados
por D. Miguel e do outro lado os Liberais, liderados por D. Pedro).
Só depois de várias derrotas é que D. Miguel assinou a paz através da Convenção de
Évora Monte em 1834.
O Liberalismo saiu vitorioso e implantou-se definitivamente no nosso país.
Regeneração
No início da segunda metade do séc. XIX, o Reino de Portugal encontrava-se pobre e
desorganizado, principalmente devido a três acontecimentos:
− Invasões napoleónicas
− Guerra civil entre liberais e absolutistas
− Independência do Brasil
As principais atividades económicas (agricultura, criação de gado, extração mineira)
encontravam-se bastante atrasadas, por isso Portugal tinha que importar vários produtos de
outros países europeus com maior desenvolvimento. Era importante nesta altura desenvolver
estas atividades económicas para tirar o Reino desta crise.
A 1851 iniciou-se o movimento de Regeneração. Este movimento procurava o
“renascer” da vida nacional, pois queria um novo rumo para Portugal, que se encontrava
muito atrasado e pouco desenvolvido.
Durante o período da Regeneração, várias medidas foram tomadas para desenvolver
as atividades económicas, o que permitiram a modernização e o progresso do país.
Este período de desenvolvimento apenas foi possível devido à:
− existência de paz no Reino
− estabilidade política após o triunfo do liberalismo
Desenvolvimento da agricultura
Para aumentar a produção de alimentos, os governos liberais tomaram várias medidas
para o desenvolvimento da agricultura e para o aumento da área cultivada.
Medidas para aumento da área cultivada:
− extinção do direito do morgadio, ou seja, do direito do filho herdar todas as
terras da família. As terras passaram a ser divididas por todos os filhos para
assegurar uma melhor exploração das terras
− entrega de terras pertencentes a nobres e clérigos a burgueses
− entrega de baldios (terras incultas) aos camponeses
Novas técnicas:
− utilização de adubos químicos
− utilização de sementes selecionadas
− alternância de culturas, que pôs fim ao pousio. Desta forma as terras não
precisavam de estar um período de tempo sem estarem cultivadas
− introdução das máquinas agrícolas, inclusive a debulhadora mecânica a vapor
Novas culturas:
− batata
− arroz
Desenvolvimento da indústria
A introdução da máquina a vapor na indústria contribuiu de forma significativa para o
seu desenvolvimento. Esta inovação permitiu aumentar a produção em menos tempo, o que
possibilitou o aumento de lucros.
A produção artesanal foi assim começando a dar lugar à produção industrial por ser
mais lucrativa.
A maior parte das fábricas instauraram-se nas zonas do litoral, principalmente na zona
de Porto/Guimarães (indústria têxtil e calçado) e na zona de Lisboa/Setúbal (indústria química
e metalúrgica)
Exploração mineira
Com o desenvolvimento da indústria tornou-se necessário desenvolver a exploração
mineira por se precisar de matérias-primas e combustíveis. Os metais mais procurados eram o
cobre e o ferro. O carvão também foi muito procurado porque nessa época era a principal
fonte de energia.
Alteração da paisagem
O aumento dos campos de cultivo e o aumento do número de fábricas e de minas
provocaram uma profunda alteração das paisagens. Nas cidades predominavam as chaminés
muito altas que enchiam o céu de fumos e maus cheiros.
O fontismo
Para promover o desenvolvimento da agricultura, do comércio e da indústria, era
necessário a construção de uma boa rede de transportes e de comunicações. Com esse fim,
em 1852, foi criado o Ministério das Obras Públicas, dirigido por Fontes Pereira de Melo. Esta
política de construção de obras públicas (estradas, pontes, portos, caminhos-de-ferro, ligações
teleféricas, etc…) ficou conhecida por fontismo, devido ao nome do seu principal
impulsionador.
Surgiram novos meios de transporte e de comunicação, o que permitiu uma maior
mobilidade de pessoas, maior circulação de ideias e informações e a deslocação de mais
mercadorias em menos tempo.
Modernização do ensino
O país encontrava-se em modernização, por isso também era necessário que a
população se tornasse mais instruída e competente para realizar as mudanças pretendidas.
Tomaram-se então várias medidas no ensino:
− Ensino primário:
o Criaram-se novas escola primárias
o Tornou-se obrigatória a frequência nos primeiros 3 anos, com mais um de
voluntariado
− Ensino liceal:
o Criaram-se novos liceus em todas as capitais de distrito e dois em Lisboa
o Fundaram-se escolas industriais, comerciais e agrícolas
− Ensino universitário:
o Criaram-se novas escolas ligadas à Marinha, às Artes, às Técnicas e ao
Teatro
Direitos Humanos
Também foram tomadas importantes medidas relacionadas com os Direitos Humanos:
− Abolição da pena de morte para crimes políticos (1852)
− Abolição da pena de morte para crimes civis (1867)
− Extinção da escravatura em todos os territórios portugueses (1869)
Os movimentos da população
− Contagem da população
Para dar melhor resposta às necessidades da população, tornou-se necessário saber o
número de habitantes do país, e onde se concentravam com maior quantidade.
Já se tinham realizadas contagens da população, mas eram pouco exatas pois tinham
como base a contagem de habitações e não de pessoas. A estas contagens dá-se o nome de
numeramentos.
A primeira contagem rigorosa do número de habitantes do país realizou-se em 1864,
ou seja, foi quando se realizou o primeiro recenseamento. Em boletins próprios os habitantes
tinham que colocar o nome, o sexo, a idade, o estado civil e a profissão. A partir dessa data
realizam-se recenseamentos, ou censos, de 10 em 10 anos.
− Crescimento demográfico
Através dos recenseamentos verificou-se o aumento de população desde que se fez o
primeiro censo. De 1864 até 1900 a população passou de cerca de 4 milhões de habitantes
para 5 milhões.
Este facto justifica-se pela melhoria de condições de vida da população:
o Período de paz e estabilidade política e social
o Melhoria da alimentação, com o aumento do consumo da batata e do
milho
o Melhoria das condições de higiene, com a construção de esgotos,
distribuição de água através da canalização e calcetamento das ruas
o Melhoria da assistência médica e hospitalar, com o aparecimento de novos
medicamentos, divulgação de algumas vacinas e construção de hospitais
− Distribuição da população
Verificou-se também que o crescimento populacional não ocorreu de igual forma por
todo o território. O aumento de população foi maior no norte litoral, onde se encontravam os
solos mais férteis, maior quantidade de portos de pesca e unidades industriais.
Entretanto, em todas cidades verificou-se aumento de população, principalmente as
do litoral.
− Êxodo Rural
Apesar do desenvolvimento da agricultura, a produção continuava a ser pouca. A
mecanização originou despedimentos e as dificuldades no meio rural intensificaram-se. Sendo
assim, muitas pessoas decidiram abandonar os campos para ir para as cidades à procura de
melhores condições de vida. A este fenómeno dá-se o nome de Êxodo Rural.
− Emigração
Entretanto, devido ao aumento da população, não havia postos de emprego para
todos nas cidades. Muitos dos trabalhos eram mal pagos apesar de se trabalhar duramente
muitas horas diárias.
Sendo assim, muitas pessoas decidiram procurar melhores condições de vida no
estrangeiro, sobretudo para o Brasil, pois falava-se a mesma língua e porque havia
necessidade de mão-de-obra devido à extinção da escravatura. Muitos emigrantes
enriqueceram e ao regressar a Portugal compraram terras, palacetes e vestiam-se
luxuosamente. Eram chamados os «brasileiros».
Além do Brasil, foram destinos dos portugueses países da América Central e os Estados
Unidos da América.
No campo
− Atividades económicas:
As principais atividades do meio rural na segunda metade do século XIX continuavam a
ser a agricultura, a criação de gado e a pesca nas zonas do litoral.
Na sua maioria, os camponeses não eram donos das terras em que trabalhavam. As
terras pertenciam sobretudo à antiga nobreza, proprietários burgueses e a alguns lavradores
mais abastados.
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos, por isso, os
camponeses viviam muito pobremente.
Com a introdução da máquina na agricultura, aumentou-se o desemprego por já não
ser precisa tanta mão-de-obra, dificultando ainda mais a vida dos homens do campo.
− Alimentação:
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam. Dos produtos que mais
consumiam destacam-se a batata, pão de centeio ou de milho, sopas de legumas e sardinhas.
A carne, mais cara e de difícil conservação, era apenas consumida em dias de festa.
− Vestuário:
O vestuário dos camponeses variava de região para região, de acordo com o clima e
com as atividades predominantes.
No interior, era frequente os homens usarem calças compridas, coletes ou jaquetas, e
calçavam botas ou tamancos de madeira. As mulheres vestiam saias compridas e usavam
lenços coloridos na cabeça.
No litoral, os homens usavam calças curtas ou arregaçadas e geralmente andavam
descalços, tal como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior, devido às
suas atividades relacionadas com o mar.
− Divertimentos:
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados sobretudo às atividades
do campo (vindimas e desfolhadas) e à religião (feiras, romarias e festas religiosas).
Revoltas republicanas
− 31 de Janeiro de 1891 – Revolta republicana
A cedência perante o Ultimato inglês foi considerado um ato de traição à pátria. Os
republicanos aproveitaram ainda para acusar o rei de gastar mal o dinheiro e deixar o país
cheio de dívidas, e culpou-o também pela miséria dos mais pobres.
Dia 31 de Janeiro de 1891 surgiu uma revolta na tentativa de acabar com a monarquia
mas não foi bem-sucedida. No entanto, mostrou o crescimento do Partido Republicano.
− 1 de Fevereiro de 1908 – Regícidio
O rei D. Carlos I foi morto a tiro quando passava de carruagem pelo Terreiro do Paço
em Lisboa. Com ele morreu o herdeiro do trono D. Luís Filipe. Ficou a governar o seu irmão D.
Manuel II. Foi mais um ato para tentar acabar com a monarquia.
− 5 de Outubro de 1910 – Queda da Monarquia e implantação da República
Na madrugada de 4 de Outubro de 1910 iniciou-se a revolução republicana. Os
militares republicanos (membros do exército e da marinha) e os populares pegaram em armas
e concentraram-se na Rotunda, atual praça Marquês de Pombal.
As tropas fiéis ao rei eram em maior número mas mesmo assim não conseguiram
acabar com a revolta e na manhã de 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República,
acabando assim com a Monarquia.
1.4.2 A 1ª República
A Constituição republicana
− Assembleia Constituinte
Depois de criado o Governo Provisório fizeram-se eleições para formar a Assembleia
Constituinte que tinha como função elaborar a nova constituição – a Constituição de 1911.
Nesta constituição ficou estabelecido que:
o o chefe de estado de Portugal passa a ser um Presidente da República em
vez de um rei;
o é eleito por um período de 4 anos;
o tem o poder de escolher o governo;
o o congresso tem o poder de eleger e demitir o Presidente da República.
− Divisão de poderes
o Poder legislativo: pertence ao Congresso ou Parlamento – deputados.
o Poder executivo: pertence ao Presidente da República e o seu governo –
presidente e ministros.
o Poder judicial: pertence aos Tribunais – juízes
Principais medidas
− Na Educação
o criação dos primeiros jardins-escola para crianças dos 4 aos 7 anos;
o ensino obrigatório e gratuito dos 7 aos 10 anos;
o criação de escolas primárias, de um liceu em Lisboa (liceu Passos de
Manuel) e de universidades (de Lisboa e do Porto);
o criação de escolas para formação de professores;
o criação de bibliotecas.
O principal objetivo destas medidas era acabar com o analfabetismo.
− No Trabalho
o direito à greve;
o direito a oito horas de trabalho e a um dia semanal de descanso;
o criação de um seguro obrigatório para doença, velhice e acidentes de
trabalho.
Sindicato: associação de trabalhadores de uma mesma profissão que defendia os
direitos dos trabalhadores.
Greve: forma de luta mais utilizada pelos trabalhadores em que se recusavam a
trabalhar para que o Governo e os patrões cedessem às suas reivindicações.
CGT: Confederação Geral do Trabalho – união de vários sindicatos.
UON: União Operária Nacional
Dificuldades da I República
No entanto, a 1ª República atravessou vários problemas que fez crescer o
descontentamento da população.
− Participação de Portugal na I Guerra Mundial
A Inglaterra e a França entrou em guerra com a Alemanha por causa dos territórios
africanos. Depois, vários outros países europeus entraram na guerra, bem como países de
outros continentes, por isso diz-se que foi uma Guerra Mundial.
A Inglaterra pediu a Portugal que apreendesse os navios alemães refugiados nos
portos portugueses. A Alemanha, em resposta, declarou guerra a Portugal e tentou ocupar os
territórios portugueses em Angola e Moçambique.
A guerra terminou com a vitória dos ingleses, franceses e os seus aliados, e assim
Portugal conseguiu manter as suas colónias. No entanto, as despesas militares durante a
guerra contribuíram para um maior endividamento do reino.
− Subida de preços e aumento de impostos
Os preços dos produtos aumentaram enquanto os salários não acompanharam essa
subida.
As despesas do reino eram superiores às receitas. Os governos republicanos
recorreram a empréstimos ao estrangeiro e para os pagar aumentaram-se os impostos.
Tudo isto fez com que se tornassem frequentes as greves, revoltas e assaltos a
armazéns de comida.
− Instabilidade política
Os governos mudavam frequentemente e os presidentes ou se demitiam ou eram
demitidos. Só entre 1910 e 1926 houve 8 presidentes e 45 governos.
Constituição de 1933
Em 1933 foi aprovada uma nova constituição em que os direitos e liberdades dos
cidadãos eram reconhecidos e ficou estabelecido que o Presidente da República e os
deputados seriam eleitos pelos cidadãos.
No entanto, as eleições não eram verdadeiramente livres e os direitos e liberdades dos
cidadãos nem sempre foram respeitados por Salazar. Foi constituído novamente o Parlamento
que apenas servia para aprovar as leis impostas pelo governo.
Oposição política
− Eleições legislativas de 1945
Os opositores ao salazarismo organizaram-se clandestinamente para não serem
perseguidos e presos. Outros tiveram de sair do país (exilados políticos).
A oposição cresceu em 1945 quando terminou a II Guerra Mundial, com a vitória dos
países democráticos (EUA, França, Inglaterra e seus aliados), onde os direitos e liberdades dos
cidadãos eram respeitados. Estes países pressionaram Salazar e este marcou eleições
legislativas.
A oposição uniu-se e criou o MUD (Movimento de Unidade Democrática). No entanto,
o governo não permitiu que a oposição fizesse campanha eleitoral nem que a contagem dos
votos fosse fiscalizada. Quem fosse suspeito de pertencer à oposição era tirado das listas
eleitorais para não puderem votar. Os dirigentes do MUD decidiram então apelar à abstenção
e assim a união Nacional conseguiu eleger todos os seus candidatos.
− Eleições presidenciais de 1958
O general Humberto Delgado, com o apoio de toda a oposição, candidatou-se às
eleições presidenciais de 1958. Apesar do grande apoio que teve da população, foi Américo
Tomás, pertencente à União Nacional, quem venceu as eleições, que foram consideradas
fraudulentas pela oposição.
Depois destas eleições Salazar mudou a lei e criou um colégio eleitoral que passa a
eleger o Presidente da República.
Fim da ditadura
A falta de liberdade, o aumento do custo de vida e as despesas militares e muitas
mortes durante a Guerra Colonial contribuíram para o aumento do descontentamento da
população, o que levou ao fim da ditadura.
25 de Abril de 1974
Golpe militar organizado pelo MFA – Movimento das Forças Armadas – apoiado pelos
populares. Várias cidades foram dominadas sem grande resistência.
Marcelo Caetano refugiou-se no quartel do Carmo que foi cercado pelas tropas do
capitão Salgueiro Maia e aceitou render-se perante um oficial superior: general António de
Spínola. Acabou por ser preso, tal como Américo Tomás (presidente da República).
Colónias africanas
O novo presidente da República, António de Spínola, reconheceu o direito à
independência dos povos africanos e assim se formaram cinco novos países:
− 1974 – Guiné-Bissau
− 1975 – Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde
Colónias do oriente
As colónias do continente asiático tiveram outros destinos:
− 1999 – Macau passou a ser território chinês
− 2002 – Timor-Leste tornou-se independente depois de ter sido invadido pela
Indonésia e passou a chamar-se Timor-Lorosae
Constituição de 1976
− Em 25 de Abril de 1975 – realizaram-se eleições para eleger os deputados para
a Assembleia Constituinte que tinha como função elaborar uma nova
constituição
− Em 25 de Abril de 1976 – foi aprovada a Constituição de 1976 que garantiu a
separação dos poderes e os direitos e liberdades dos cidadãos
Democracia
− o governo voltou a governar segundo um regime democrático, ou seja,
respeitando os direitos e liberdades dos cidadãos
− assim os cidadãos voltaram a ter o direito de escolher os seus governantes –
direito de voto
Poder Central
conjunto de órgãos que exercem o seu poder sobre todo o território nacional e que
abrange toda a população:
− Presidente da República
− Governo (1º ministro e restantes ministros)
− Assembleia da república (deputados)
− Tribunais (juízes)
Separação dos poderes do poder central
− Presidente da República
o promulga e manda publicar as leis
o é escolhido pelos cidadãos eleitores
− Governo
o executa as leis
o o 1º ministro é escolhido pelo presidente da República e os restantes
ministros são escolhidos pelo 1º ministro
− Assembleia da República
o faz as leis
o os deputados são escolhidos pelos cidadãos eleitores
− Tribunais
o julgam quem não cumpre as leis
o os juízes não são escolhidos por eleições
2. PORTUGAL HOJE
A natalidade e a mortalidade
Os fatores mais importantes que influenciam a evolução da população são:
− a natalidade: número de nascimentos vivos ocorridos durante um ano
− a mortalidade: número de óbitos (mortes) ocorridos durante um ano
Se a natalidade for superior à mortalidade, a população aumenta. Se a natalidade é
inferior à mortalidade, a população diminui.
Desta forma, verifica-se o crescimento natural da população:
A mobilidade da população
A evolução da população absoluta também é influenciada pela emigração (saída de
pessoas para o estrangeiro) e pela imigração (entrada de pessoas para um país).
Quando a emigração é muito intensa, a população pode diminuir. Por sua vez, a
imigração contribui para o aumento da população.
− Emigração
Os principais destinos foram: primeiro países africanos e americanos, sobretudo o
Brasil, e mais tarde França e Alemanha. Na última década, a falta de emprego em Portugal fez
com que muitos portugueses emigrassem sobretudo para Angola.
De forma geral, as pessoas emigraram devido a razões de natureza económica:
o procura de melhores condições de vida
o procura de emprego e melhores salários
No entanto, entre 1961 e 1974, muitos portugueses abandonaram o país por razões de
natureza política:
o discordância com o regime político (ditadura)
o recusa em participar na Guerra Colonial
Ao longo de décadas tem-se verificado uma grande emigração, o que tem tido como
consequências:
o negativas: envelhecimento da população e diminuição da população ativa
o positivas: diminuição do desemprego e receção de remessas dos
emigrantes
− Imigração
Nas duas últimas décadas tem-se verificado um aumento da imigração, sobretudo do
Brasil, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de países da Europa de
Leste.
Este aumento deveu-se à mudança de regime após o 25 de Abril de 1974 e à adesão à
União Europeia que permitiu um desenvolvimento económico e social que tornou o nosso país
atrativo para populações de outros países menos desenvolvidos.
A distribuição da população
A população não está distribuída igualmente pelo país. As pessoas são atraídas pelas
regiões que oferecem melhores condições de vida e maior oferta de emprego – regiões
atrativas. As regiões que não oferecem essas condições são designadas como regiões
repulsivas.
Sendo assim, a população portuguesa encontra-se mais concentrada no Litoral, onde
se localizam as grandes cidades. Por isso, diz-se que a zona do Litoral tem maior densidade
populacional (número de habitantes por quilómetro quadrado) do que o Interior.
Nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, a maior concentração da população
verifica-se junto à costa, onde no passado foi mais fácil o povoamento, e, na atualidade, há
mais emprego e melhores condições de vida.
2.2. Os lugares onde vivemos
2.2.1 Os campos: os vestígios do passado e as mudanças
Tipos de povoamento
Existem dois grandes tipos de povoamento (modo como as pessoas ocupam e
organizam o espaço em que habitam e desenvolvem as suas atividades económicas):
− Povoamento rural:
Cujos habitantes se dedicam principalmente à agricultura, pecuária e silvicultura
Onde a densidade populacional é baixa
− Povoamento urbano:
Cujos habitantes se dedicam principalmente ao comércio, à indústria e serviços
Onde a densidade populacional é alta
Acessibilidade
As necessidades do mundo moderno têm provocado transformações importantes nas
vias de comunicação. É cada vez maior a circulação de pessoas e de produtos e a velocidade
das deslocações é fundamental para, por exemplo, as pessoas chegarem a horas ao emprego e
os produtos frescos chegarem ao destino em boas condições.
Sendo assim, os meios de transporte e as vias de comunicação têm vindo a sofrer um
grande desenvolvimento nas últimas décadas. No entanto, é possível verificar desigualdades
entre o meio urbano e o meio rural.
− No meio urbano
o Aspetos positivos:
✓ Variedade de meios de transporte (viatura particular, autocarro, táxi,
metro, comboio, etc.)
✓ Grande rede de vias de comunicação que interligam os vários meios de
transporte
o Aspetos negativos:
✓ Volume de tráfego intenso
✓ Demora nas deslocações, sobretudo nas “horas de ponta”
✓ Transportes coletivos frequentemente cheios e com dificuldade em
cumprir os horários
✓ Poluição
− No meio rural
o Aspetos positivos:
✓ Volume de tráfego reduzido, por isso as deslocações locais são rápidas
e fáceis
o Aspetos negativos:
✓ Número reduzido de vias e meios de comunicação
✓ Poucos transportes públicos
Níveis de conforto
A qualidade de vida depende do nível de conforto da habitação e dos bens e serviços a
que a população tem acesso.
Na sua maioria, no meio urbano, as habitações possuem as condições consideradas
mínimas de conforto: água canalizada, eletricidade e saneamento básico (instalações
sanitárias). No entanto, no meio rural, ainda predominam muitas habitações sem estas
condições mínimas de conforto, sobretudo as mais antigas e mais afastadas de núcleos
urbanos.
Também a nível de serviços e equipamentos coletivos verificam-se algumas
desigualdades. É nas cidades que se encontram os melhores e mais modernos hospitais,
centros clínicos, universidades, escolas, bibliotecas, teatros, cinemas e recintos desportivos.
No meio rural existe pouca oferta de serviços de assistência médica, maior dificuldade no
acesso à instrução e cultura e a outros serviços úteis como bancos.
De uma forma geral, pode-se concluir que é no meio urbano onde se encontram
melhores níveis de conforto, por isso tem-se verificado um grande movimento da população
do meio rural para os núcleos urbanos. No entanto, também as cidades têm os seus
problemas, como o trânsito, a poluição e insegurança, o que leva a algumas pessoas a
preferirem o meio rural.
Setores de atividade
Como existe uma grande variedade de atividades económicas, convencionou-se
agrupá-las em três setores:
− Setor primário: atividades que obtêm ou extraem produtos da Natureza
(matérias-primas)
− Setor secundário: atividades que transformam as matérias-primas em novos
produtos
− Setor terciário: atividades que prestam serviços (apoiam os outros setores e a
população)
Durante séculos a maioria da população dedicou-se ao setor primário. Entretanto, a
mecanização e modernização da agricultura contribuiu para a redução de mão-de-obra, o que
fez diminuir o número de pessoas a trabalhar no setor primário. Atualmente, mais de metade
da população ativa portuguesa trabalha no setor terciário.
Setor primário
As atividades do setor primário produzem bens que podem ser consumidos. Por isso
são designadas atividades produtoras.
Agricultura
A agricultura é a atividade mais importante do setor primário. Em Portugal, a produção
é fraca e os rendimentos obtidos são poucos, o que tem provocado a diminuição de pessoas a
trabalhar nesta atividade.
Como está diretamente relacionada com as condições naturais do clima, do relevo e
do solo, apresenta características e produtos diferentes, consoante a região do país onde é
praticada. Em Portugal foram definidas nove regiões agrárias:
− Entre-Douro e Minho: produtos hortícolas, batata, centeio, vinho, batata
− Trás-os-Montes: azeite, vinho, centeio
− Beira Litoral: produtos hortícolas, batata, centeio, arroz
− Beira Interior: azeite, batata
− Ribatejo e Oeste: produtos hortícolas, tomate, arroz, vinho
− Alentejo: tomate, girassol, azeite, centeio, vinho
− Algarve: produtos hortícolas, batata, fruta
− Açores: vinho, batata, milho, centeio, fruta
− Madeira: vinho, batata, milho, centeio, fruta
Pecuária
A pecuária – criação de animais – tem vindo a desenvolver devido ao aumento de
consumo de carne e de outros produtos de origem animal (leite, manteiga, queijo, ovos, etc)
por parte da população.
Continua muito ligada à agricultura e, como ela, depende das condições naturais. A
distribuição das espécies de gado varia conforme a natureza das pastagens:
− Litoral Norte: gado bovino
− Sul e montanhas do Norte e Centro: gado ovino e caprino
− Ribatejo: gado suíno
− Madeira e Açores: gado bovino
Silvicultura
Da silvicultura – manutenção, exploração e recuperação da floresta – resulta a
produção de madeira, cortiça, resina e outros produtos que são utilizados como matérias-
primas por indústrias como a do mobiliário e a do papel.
Pesca
Dada a situação geográfica de Portugal, a pesca sempre foi uma das principais
atividades dos portugueses. No entanto, atualmente, esta atividade enfrenta graves
problemas devido à diminuição de reservas de peixe, frota constituída essencialmente por
pequenos barcos e antiquados e rendimentos obtidos baixos.
O espaço marítimo encontra-se repartido pelos diferentes países. À zona reservada a
cada uma das nações chama-se Zona Económica Exclusiva – ZEE.
As espécies mais pescadas nas águas portuguesas são a sardinha, o carapau, o polvo, o
peixe-espada preto, o atum, a cavala e a faneca.
Setor secundário
As atividades do setor secundário consistem na transformação de matérias-primas
noutros produtos, sendo por isso também designadas de atividades produtoras.
Indústria transformadora
A indústria transformadora é a atividade mais importante do setor secundário. Dela
resultam produtos variadíssimos, tais como móveis, roupa, calçado, produtos alimentares,
etc…
Existem algumas indústrias que se localizam junto das áreas de produção das matérias-
primas, como é o caso das indústrias de laticínios, madeira, cortiça e cimento. No entanto, a
maioria das indústrias transformadoras localizam-se no Litoral, sobretudo nas zonas da Grande
Lisboa e Grande Porto, pois dispõem de muita mão-de-obra e possuem portos marítimos que
facilitam a chegada de matérias-primas e permitem um rápido escoamento dos produtos para
o mercado internacional.
Atualmente, o governo e as autarquias incentivam a instalação de indústrias no
interior do país com o objetivo de criar postos de trabalho em zonas com menor densidade
populacional, a fim de evitar o seu despovoamento. Apesar destes apoios, muitas das
empresas têm vindo a fechar devido a dificuldades financeiras, dificuldade em concorrer com
empresas estrangeiras e também devido à deslocação de empresas para países onde a mão-
de-obra é mais barata.
Setor terciário
As atividades do setor terciário surgem como apoio aos outros setores e prestam
serviços à população. Como não têm a finalidade de produzir bens materiais, são designadas
de atividades não produtoras.
Comércio
O comércio é a atividade do setor terciário que emprega o maior número de
trabalhadores. Consiste na troca de bens entre pessoas, regiões e países e é preponderante
para a economia de um país.
No meio rural os espaços de comércio são pequenos e geralmente cada loja apresenta
uma grande variedade de produtos. No meio urbano existem lojas especializadas num tipo de
produto e grandes centros comerciais e hipermercados onde se pode encontrar qualquer tipo
de produto.
Além da venda de produtos em espaços próprios, tem vindo a aumentar o comércio de
produtos pela internet, através de lojas online, por catálogo, por telefone ou mesmo ao
domicílio.
Podemos distinguir dois tipos de comércio:
− Comércio interno: troca de bens realizado dentro de um país
− Comércio externo: troca de bens realizado entre países
Apesar do crescimento das exportações (venda de produtos ao estrangeiro), Portugal
continua a ter um número superior de importações (compra de produtos ao estrangeiro).
Saúde
Em Portugal todos têm direito à proteção de saúde através de um Serviço Nacional de
Saúde.
Além de hospitais e outros centros clínicos públicos (pertencentes ao Estado), existem
também equipamentos de saúde privados, geralmente só acessíveis a pessoas com alguns
recursos económicos.
Educação
A Educação é também um dos serviços fundamentais para o desenvolvimento de um
país. As melhorias nesta área contribuíram para a diminuição do analfabetismo e para o
aumento de instrução da população.
Tal como no caso da Saúde, existem centros escolares públicos e privados.
Transportes
Nos últimos anos tem sido feito um enorme investimento no alargamento e na
melhoria da qualidade da rede rodoviária e ferroviária, devido à sua importância na deslocação
de pessoas e mercadorias. Também o transporte aéreo assume uma grande importância
porque permite a ligação de Portugal Continental às regiões autónomas e ao estrangeiro.
Outros serviços
O setor terciário tem vindo a crescer significativamente devido à criação de empresas
de serviços tradicionais, como bancos, seguros, etc, e devido ao surgimento de novas
atividades, sobretudo ligadas às telecomunicações. Este crescimento tem influência na
produção de riqueza de um país e na oferta de emprego.
Turismo
Nas férias as pessoas têm mais tempo livre e muitas aproveitam para fazer turismo, ou
seja, conhecer espaços diferentes através de viagens ou passeios. O turismo pode ser feito
dentro do próprio país ou para o estrangeiro.
Devido às suas condições geográficas e climáticas, Portugal é um país que atrai muitos
turistas estrangeiros.
Em Portugal, os principais tipos de turismo são:
− Balnear: muitas pessoas são atraídas pelas inúmeras praias existentes ao longo
da costa portuguesa, sobretudo no verão, época de mês seco (cuja
precipitação é igual ou menor que o dobro da temperatura nesse mês)
− Cultural: mais frequente nos centros urbanos, relaciona-se com a visita a
monumentos, museus ou centros históricos
− De montanha: nas regiões de maior altitude é possível fazer caminhadas pela
Natureza e praticar desportos radicais no inverno
− Rural: para quem procura um maior contato com a natureza, ar puro e sossego
− Termal: existem nascentes de água que atraem milhares de turistas devido às
suas propiedades curativas
− Religioso: muitas pessoas deslocam-se ao nosso país para visitar santuários ou
outros locais de culto
O número de chegada de turistas estrangeiros tem vindo a aumentar em Portugal,
provocando a entrada de dinheiro estrangeiro, o desenvolvimento de muitas regiões e o
aumento de emprego. Sendo assim, o turismo é uma das atividades mais importantes do setor
terciário pelo desenvolvimento que provoca e pela entrada de receitas. No entanto, a
construção de unidades hoteleiras, restaurantes, cafés, bares, estradas, tem tido um impacto
negativo no ambiente, com a alteração da paisagem e aumento da poluição em áreas que
tinham pouca intervenção humana.
Preservação da natureza
O aumento da população e do turismo tem provocado a humanização da paisagem, ou
seja, modificação da paisagem através da intervenção do Homem, através da ocupação
excessiva de territórios para construção, do abate de árvores, da pesca e caça sem controlo,
colocando assim muitas vezes espécies animais e vegetais em risco de extinção.
Sendo assim, tornou-se necessário tomar medidas para proteger certas zonas do país a
fim de preservar a natureza, a sua fauna e a sua flora. Foram criadas, portanto, áreas
protegidas pelo Estado em que qualquer alteração do meio carece de autorização. As áreas
protegidas são constituídas pelos parques naturais e reservas naturais.
União Europeia
Em 1957, seis países europeus formaram a Comunidade Económica Europeia. Mais
tarde, outros países aderiram esta comunidade, que passou a chamar-se União Europeia, pois
os seus objetivos deixaram de ser apenas económicos mas também políticos, culturais, sociais
e ambientais.
Os principais objetivos da União Europeia são:
− Livre circulação de pessoas e mercadorias
− Circulação de uma moeda única – o Euro
− Criação de políticas comuns
− Ajuda aos países em dificuldades
− Programas de intercâmbio de estudantes
− Defesa da liberdade
Portugal aderiu a esta comunidade em 1986.