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para o solo ainda (Fadigas et al., 2002). Além de São Paulo, são exemplos de estados que já
possuem VOs: Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. O Rio Grande do
Sul consiste no estado mais permissivo com VRQ estabelecido apenas para 9 elementos dos
20 da CONAMA Nº420 (Reis et al 2017). O Quadro 1 apresenta valores para o bário que já
estão definidos para estados do Brasil.
Para o estado do Rio de Janeiro, ainda não foi elaborado uma normativa estadual,
aprovada pelo órgão ambiental, que contenha os níveis de referência de elementos traços para
os solos, entretanto, duas pesquisas realizadas no estado propõem valores de referência para
alguns metais. Mattos (2014) que analisou concentrações de referência para a região do médio
vale do Paraíba do Sul, estipulando um valor de 41 ppm e Lima (2015), que apresentou uma
proposta de valores de referência de qualidade para o estado do Rio de Janeiro com valor de
76 ppm.
Os estudos compreenderam classes de solo do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo;
Latossolo Amarelo; Argissolo Vermelho-Amarelo; Cambissolo, Neossolo, Cambissolo
Haplico; Espodossolo Humiluvico; Gleissolo Haplico; Latossolo Vermelho; Organossolo;
Argissolo Amarelo; Argissolo Vermelho; Neossolo Litolico; Neossolo Quartzarenico;
Neossolo Fluvico; Planossolo Haplico. Numa análise do bário para a região sudeste, o VRQ
proposto por Mattos, para a região do médio vale do Paraíba do Sul, onde a cidade de Três
Rios está inserida, foi inferior aos valores estabelecidos para o estado de Minas Gerais, São
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Paulo (Quadro 1). Já o valor de Lima (2015) para todos os municípios do RJ (76ppm) é
semelhante ao estabelecido por São Paulo. Costa e Costa (2015) concluíram que para o
Espírito Santo, o valor de referência para o bário seria de 85 ppm, o mais alto para a região
sudeste.
Como as águas podem conter teores naturais de bário (Ba), foram criadas algumas
portarias, normativas e resoluções que passaram a determinar a concentração limite deste
elemento para fins de potabilidade, emissão de efluentes e teores naturais (Santos 2017). Em
relação às águas subterrâneas, o limite de consumo da CONAMA 420/2009 converge para
água superficial, com a CONAMA 357/2005, classe 01 e 02, sendo estabelecido um limite de
0,7 mg/L para consumo humano. Os rios da classe 3 teriam como limite de 1,0 mg Ba/L.
A Resolução N° 430 do CONAMA (2011) classifica para o lançamento de efluentes
líquidos que a concentração não pode ultrapassar os 5,0 mg /L. Já a Portaria de Consolidação
N° 5 do Ministério da Saúde - MS (2017), determina que a água potável tenha valores
máximos de 0,7 mg Ba/L. Ainda, de acordo com a Resolução N° 396 do CONAMA (2008),
para consumo humano de águas subterrâneas é permitido uma concentração de 0,7 mg/L e
para recreação permite-se um valor de 1,0 mg/L.
Quanto aos sedimentos, o processo de sedimentação de sólidos em suspensão remove
grande parte do conteúdo de bário das águas superficiais (Benes et al. 1983). O marco
regulatório sobre gerenciamento de materiais a serem dragados se deu através da Resolução
CONAMA nº 344/04, sendo alterada e revogada pela Resolução CONAMA nº 454/12. O ato
normativo do ano de 2012 prevê que para disposição em solo do material dragado, os
resultados devem ser comparados com os valores orientadores estabelecidos pela Resolução
CONAMA n° 420/09 ou norma estadual vigente, e que após 5 anos a normativa deverá ser
revisada objetivando o estabelecimento de valores orientadores nacionais.
O elemento químico Bário (Ba) ocupa a 14ª posição entre os elementos mais
abundantes na Terra, é um metal alcalino-terroso com um número atômico 56 e está
classificado no Grupo IIA da tabela periódica, que também contempla o berilo, magnésio,
cálcio, estrôncio e o rádio. Existe pouco conhecimento sobre a ocorrência e comportamento
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do Ba na superfície. Trata-se de um elemento litófilo na classificação Goldschmidt (1937)
apud Litch (2001).
O elemento Ba apresenta uma coloração branco-prateada na sua forma metálica e
quando exposto ao ar, devido a oxidação, assume uma cor amarelo prateada (Genter 2001
apud ASTDR 2007). Como a maioria dos metais, com a diminuição do pH a solubilidade do
bário tende a aumentar em água (IPCS 1991 apud ASTDR 2007).
O bário só existe no ambiente no estado de oxidação 2+, sendo altamente reativo e não
existindo na forma nativa no ambiente. O bário reage com diversos elementos formando
estados combinados como acetato de bário, carbonato de bário, cloreto de bário, cianeto de
bário, hidróxido de bário, óxido de bário, sulfato de bário e sulfeto de bário (ASTDR 2007).
Dados inerentes à mobilidade deste elemento, os níveis aceitáveis de toxicidade para
humanos e para plantas, obtidos através de investigações de campo e de laboratório ainda são
pouco frequentes (Cappuyns 2017).
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2.4. APLICAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO BÁRIO
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lubrificador a óleo e graxa; secadores de tinta
e verniz
Peróxido Em alvejante; vidro descolorante; soldagem
térmica de alumínio; na fabricação de
peróxido de hidrogênio e oxigênio em
catodos; em tingir e imprimir tecidos; como
agente oxidante na síntese orgânica
Iodetos Na preparação de outros iodetos
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sedimentares, sendo assim, as liberações nas águas superficiais de fonte natural normalmente
são inferiores quando comparado as de águas subterrâneas (Kojola et al. 1978). Do total de
entrada de bário nos oceanos, a partir de fontes de água doce, estima-se que apenas 0,006%
permaneçam em solução (ASTDR 2007).
Em meio aquático o mais provável é que o bário precipite na forma de BaSO4 ou
BaCO3 permanecendo portanto, adsorvido como bicarbonato e sulfato. A precipitação de sais
de sulfato de bário é acelerada quando os rios entram no oceano devido ao seu alto teor de
sulfato nos mares (ASTDR 2007).
O bário pode apresentar-se em formas de partículas na atmosfera (EPA 1984 apud
ASTDR 2007).
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