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ESCOLA MUNICIPAL DONA MARIA ROSA

PORTARIA SEE Nº 791/2001 de 04/10/2.001


Rua Rubens Mariano Pacheco, 61 – Bairro Realengo – Divinópolis/MG
Fone (37) 3214 4907 – emdmr@divinopolis.mg.gov.br

SEGUNDO PERÍODO AVALIATIVO - 02/05/2023 À 31/08/2023


ALUNO(A): ARTHUR SANTANA GONTIJO PEREIRA
PROFESSOR: GABRIEL MOURA SILVA
TURMA: 8º ANO B
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
CARGA HORÁRIA: TRÊS AULAS SEMANAIS

PARTE I

HABILIDADE: (EF08HI04X) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus


desdobramentos na Europa e no mundo, mundo, destacando a importância da Declaração dos Direitos
Humanos para a sociedade atual.

A ERA NAPLEÔNICA

Com o auge da Revolução Francesa, o clima era de tensão total na política que era marcada pelas
disputas entre a burguesia e as camadas populares. Enquanto o ambiente interno do país estava caótico,
várias monarquias da Europa uniam-se objetivando derrubar os defensores e os ideais revolucionários na
França. A burguesia, fustigada pelas crises sucessivas que aconteciam no país, viram em Napoleão, um
jovem militar de destaque, uma oportunidade de eliminar as contendas políticas e iniciar o
desenvolvimento econômico. Com isso, Napoleão teve, no ano de 1799, apoio político para derrubar o
Diretório – que controlava o país.

Coroação de Napoleão Bonaparte


O GOVERNO

Consulado

Napoleão, então, com um novo sistema de governo, possuía as mais importantes atribuições políticas do
país. No poder executivo existiam três pessoas dominantes do poder, Napoleão e mais dois cônsules.
Criou o Banco da França, buscando custear os empreendimentos dos burgueses e reorientar a economia
nacional que estava enfraquecida. Além disso, reatou as relações entre estado e igreja e estabeleceu a
igualdade de todos os cidadãos perante a lei com o Código Civil Napoleônico, no ano de 1804.

Império

Seu governo trouxe bons resultados, tornando o representante do país dotado de poder absoluto. Em
plebiscito, no ano de 1804, Napoleão iniciou uma nova fase de sua era, com aprovação de quase 60% da
população. Assumiu então o trono francês, esclarecendo que seu papel era assumido na qualidade de um
abnegado defensor do regime republicano e, como imperador, sustentou as conquistas camponesas com a
reforma agrária, além de dar continuidade ao processo de modernização da economia. Neste período, seu
governo foi marcado pela grande quantidade de batalhas, que visavam a conquista de novos territórios
para a França. O exército, liderado por Napoleão Bonaparte, tornou-se o mais forte de toda a Europa.
Aparentemente o governo era estável e, por isso, as monarquias europeias uniram-se novamente contra os
franceses. Napoleão venceu muitas guerras e tornou-se o senhor da Europa. No entanto, suas dificuldades
estavam na economia, prejudicada pela hegemonia industrial britânica. Com este problema em mãos,
tendo em vista que a Inglaterra era a maior potência naval da época, Napoleão Bonaparte decretou o
Bloqueio Continental, proibindo o comércio entre qualquer nação europeia e a Inglaterra. Caso
desobedecessem, os países seriam atacados pelas tropas implacáveis francesas.
Portugal possuía parceria comercial com a Inglaterra. Aquele vendia produtos agrícolas, enquanto este
produtos manufaturados. D. João VI, vendo que não poderia parar de negociar com a Inglaterra, mas
temendo a invasão dos Franceses, juntou a família e os nobres portugueses e fugiu para o Brasil. A Rússia
também descumpriu o Bloqueio e, quando atacados por Napoleão e o exército Francês, praticamente os
derrotaram em decorrência do grande território russo e também por seu rigoroso inverno. Napoleão
também foi prejudicado nesta batalha por boatos de conspirações a respeito de um golpe na França,
fazendo com que ele voltasse ao país.

Governo dos Cem Dias

Napoleão teve suas forças derrotadas pela coligação europeia no final de sua fase imperial. Com isso, foi
obrigado a abdicar e foi exilado na Ilha de Elba devido ao Tratado de Fontainebleau. No entanto, fugiu
logo depois. Entrou na França com um exército reconquistando seu poder, mas foi derrotado ao tentar
atacar a Bélgica na Batalha de Waterloo. Pela segunda vez foi exilado, dessa vez na Ilha de Santa Helena,
no ano de 1815. Faleceu no ano de 1821 e suspeita-se que tenha sido envenenado.

QUESTÕES

1- O que foi o Bloqueio Continental?

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2- Cite dois fatores que determinaram a derrota das tropas de Napoleão na Rússia.

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3- Explique como terminou a Era Napoleônica.

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PARTE II

HABILIDADE: (EF08HI05X) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa,


articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas,
enfatizando as conjurações mineira e baiana.

INCONFIDÊNCIA MINEIRA
A Inconfidência Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na província de Minas
Gerais em 1789. O movimento foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão por conta de uma
delação.

Causas

A queda da produção de ouro que passou a ocorrer a partir de 1760, se agravava a cada ano, acentuando a
pobreza da população. Mesmo com a diminuição da extração do ouro, o sistema e o valor de cobrança dos
quintos devidos à coroa, mantinha-se o mesmo. Quando o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca
de 1500 kg) anuais, era decretada a derrama. Esta consistia em cobrar da população, pela força das
armas, a quantidade que faltava. Apesar de ter sido decretada somente uma vez, sempre pairava a ameaça
que a derrama poderia se tornar realidade e isso assustava tanto os exploradores de ouro como a
população. O custo de vida em toda a região ficava cada vez mais alto, pois tudo era comprado a prazo e
com ouro.
Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram a se endividar. Com isso,
deixaram de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de escravos que também foram
arrastados para a crise. Igualmente, o Alvará de 1785, agravou a situação. Esta lei determinava o
fechamento de manufaturas locais, obrigando a população a consumir apenas produtos importados e de
alto preço.
Também as ideias do Iluminismo que apregoavam temas de liberdade para os povos e questionar a ordem
política vigente circulavam apesar da censura. Estas ideias foram trazidas por estudantes brasileiros que
tinham realizado cursos superiores na Europa. Não se pode esquecer, do conhecimento da Independência
dos Estados Unidos, cujos colonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se
libertado da Inglaterra. Isto animou a elite mineradora a conspirar contra a metrópole.
Os Inconfidentes: Líderes da Inconfidência Mineira

Os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes


proprietários ou mineradores, padres e
letrados, como Cláudio Manuel da Costa.
Oriundo de família enriquecida na mineração,
havia estudado em Coimbra e foi alto funcionário
da administração colonial. Por sua parte,
Alvarenga Peixoto era minerador e latifundiário.
Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois
de estudos jurídicos na Europa, tornou-se
ouvidor (juiz)em Vila Rica.
Francisco de Paula Freire, tenente coronel e
comandante do Regimento dos Dragões, tropa
militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente
logo abaixo do governador.
Joaquim José da Silva Xavier, chamado de
Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro.
Dotado degrandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante.
Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel
importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao povo.

Objetivos

Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para


a capitania de Minas Gerais como:
- Romper com Portugal e adotar um regime
republicano (a capital seria São João del Rei);
- Criar indústrias;
- Fundar uma universidade em Vila Rica;
- Acabar com o monopólio comercial português;
- Adotar o serviço militar obrigatório.
A bandeira do novo país seria um pavilhão que
conteria a frase latina Libertas quae sera
tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um
desenho semelhante e o lema seriam a base para a
criação da bandeira do Estado de Minas Gerais..
A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o
governo programara para 1788 e acabou suspendendo quando soube da conjuração.
Os planos dos inconfidentes foram frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o
governador, Visconde de Barbacena, para delatar o movimento.
Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o
mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona.
Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso naquela cidade,
no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processado, todos os participantes foram perdoados ou condenados ao degredo.
Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo de São
Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença, o corpo foi esquartejado e ficou exposto
à execração pública.
QUESTÕES

1- Por que a Capital da Colônia brasileira mudou-se de Salvador para o Rio de Janeiro?

2- Aponte três causas econômicas da Inconfidência Mineira, que prejudicavam diretamente a elite
mineradora?

3- Quem foi Tiradentes? Qual classe social ele pertencia?

4- Por que o plano dos Inconfidentes de romper com a metrópole portuguesa não deu certo?

5- Como termina o Movimento Separatista conhecido como Inconfidência Mineira?

CONJURAÇÃO BAIANA

A Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter separatista e popular, que ocorreu na Bahia em 1798. Seus
principais objetivos eram: o fim do pacto colonial com Portugal, a implantação da República, a liberdade
comercial no mercado interno e externo e a liberdade e igualdade entre as pessoas (eram favoráveis à abolição da
escravidão).
A Conjuração Baiana, também chamada Inconfidência Baiana, foi um movimento de caráter separatista
ocorrido no ano de 1798, na então Capitania da Bahia. Este movimento ficou conhecido também como a Revolta
dos Alfaiates pois a grande maioria dos membros que participaram da revolta exerciam essa profissão.
Diferente da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, o movimento baiano possuía caráter popular, sendo
composto, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam as mais
diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras ocupações.
CAUSAS
Em 1763, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Com tal mudança, Salvador, antiga
capital, sofreu com a diminuição dos recursos designados à cidade. Juntamente, o aumento da taxa de impostos
e exigências pioraram radicalmente as condições de vida da população local. Com isso, a população de Salvador
começou a sofrer com a falta de certos mantimentos, que consequentemente elevaram os preços dos produtos e
alimentos fundamentais para a sobrevivência que estavam disponíveis. A população estava cada vez mais
inconformada. Além disso, o povo também não estava satisfeito com o governo de Portugal e a ideia do Brasil se
tornar independente ganhava cada dia mais força na população.
Eventos como a independência dos Estados Unidos, a independência do Haiti e a Revolução Francesa
acabaram ocasionando na capitania baiana a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade, causando euforia
em uma pequena parcela de toda a população que residia em Salvador.
As ruas de Salvador foram tomadas pelos inconfidentes que distribuíram folhetos informativos a fim de
obter mais apoio popular e incitar a revolução. Os panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem, com
base no que as autoridades portuguesas chamavam de “abomináveis princípios franceses”.

Os principais líderes da Conjuração Baiana foram:


• Os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel
Faustino dos Santos Lira;
• O médico Cipriano Barata, conhecido como médico
dos pobres e revolucionário de todas as revoluções;
• Os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres, Luiz
Gonzaga das Virgens;
• O farmacêutico João Ladislau de Figueiredo;
• O professor Francisco Barreto.

O Fim da Conjuração Baiana


O governador da Bahia D. Fernando José de Portugal e Castro, recebeu a denúncia, feita por Carlos Baltasar
da Silveira, de que os conspiradores estariam reunidos em Campo de Dique, no dia 25 de agosto. O coronel
Teotônio de Souza foi encarregado pela Coroa portuguesa de flagrá-los. Muitas pessoas conseguiram fugir, mas
49 pessoas foram presas, entre elas três mulheres, nove escravos, porém a grande maioria era composta de
alfaiates, barbeiros, soldados e pequenos comerciantes. Os envolvidos na Conjuração Baiana que eram de classes
sociais mais baixas tiveram condenações mais duras. Manuel Faustino, João de Deus Nascimento, Luís Gonzaga
das Virgens e Lucas Dantas foram executados e esquartejados. As partes de seus corpos foram espalhados pela
cidade de Salvador, com o intuito de demonstrar autoridade e reprimir outros possíveis movimentos de
conspiração.

QUESTÕES

1- Quais foram as causas que motivaram a Conjuração Baiana?

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2- Qual a origem social dos membros da revolta?

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3- Qual foi o destino de seus líderes?

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4- Qual era um dos principais recursos utilizados pelos conjurados para divulgação das ideias do movimento e
obter mais apoio popular e incitar a revolução?

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5- Os panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem, com base no que as autoridades portuguesas
chamavam de “abomináveis princípios franceses” o trecho em destaque está se referindo a qual princípio
iluminista?

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PARTE III

HABILIDADE: (EF08HI06) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o
entendimento de conflitos e tensões.

INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS


Declarada em 4 de julho de 1776

A Independência dos Estados Unidos foi fortemente influenciada pelas ideias do Iluminismo,
principalmente o conceito de que todo povo possui o direito sagrado de lutar pela sua liberdade. O país que
hoje se conhece como Estados Unidos da América, na época colonial, era chamado de as Treze Colônias.
Elas eram colonizadas pela Inglaterra, que até então estava preocupada apenas com os seus assuntos internos.
Os colonos dessas treze regiões tinham liberdade de atuação comercial, bem como para estabelecer relações
com as outras partes do mundo e ter suas próprias leis. Isso durou até 1756, quando começou a Guerra dos
Sete Anos, envolvendo vários países europeus.
Nessa guerra a Inglaterra enfrentou a
França, Espanha, entre outros. Por fim,
conquistou a vitória, porém, para isso, foi
necessário investir muito dinheiro em
armamentos. Esse fato refletiu diretamente na
sua relação com as Treze Colônias, pois ao
mesmo tempo em que houve a vitória na
guerra, as regiões foramenriquecendo.
Contexto Histórico da Independência dos Estados Unidos

Com a crise na Inglaterra e o crescimento econômico das Treze Colônias, em 1763, o Rei George III,
considerado autoritário e centralizador, começou a criar diversas leis de impostos para essas colônias. A
primeira delas foi a Lei do Açúcar, que taxava vários produtos, entre eles o café, o vinho, o tecido e o próprio
açúcar. O que foi recebido por muitos protestos pelos colonos. Em seguida, em 1765, a Inglaterra criou a Lei
do Selo, em que todas publicações, cartas, jornais etc., feitas em algumas das Treze Colônias precisariam
receber o selo britânico, que era obviamente cobrado como imposto.
Com isso, os colonos reagiram com boicotes, criando comitês para impedir os impostos britânicos, entre
outras coisas. Tudo isso levou a Inglaterra, ainda em 1765, a criar a Lei do Aquartelamento, que definia como
obrigatório a hospedagem do exército britânico no território colonial. Apesar da lei intimidar os colonos, não
acabou com os boicotes, o que fez com que a Inglaterra voltasse atrás em relação a Lei do Selo. Mesmo
assim, o confronto entre ambos continuou motivando a criação de uma nova ordem, a Lei de Townshend,
que aumentava ainda mais as taxas criadas na Lei do Açúcar.
Em resposta, vários colonos norte americanos começaram a fazer manifestos contra os aumentos. O
primeiro e mais famoso foi “A carta de um Seareiro da Pensilvânia”, escrito por John Dickson, no qual ele
colocava o princípio de que nenhum imposto deveria ser pago para a Inglaterra porque os colonos não tinham
representantes no Parlamento inglês. Em 1773, a Inglaterra criou a Lei do Chá, que foi o ápice da revolta
dos colonos, afinal, ela os proibia tanto de produzir o chá quanto os obrigava a comprar o material oriundo
da Índia, que era outra colônia inglesa.
Com isso, revoltados, alguns colonos se disfarçaram de índio, invadiram o porto de Boston e jogaram
todo o carregamento de chá no mar. Esse evento foi chamado de Festa do Chá de Boston. Em resposta, a
Inglaterra criou as Leis Intoleráveis, em 1774, que tinha entre as medidas o fechamento do porto de Boston,
além da cobrança aos colonos de todo o prejuízo que tiveram com a perda do carregamento lançado ao mar.
Resultantes diante dessa nova arbitrariedade, os colonos criaram então o Primeiro Congresso Continental
da Filadélfia, que reuniu algumas das Treze Colônias no combate as duras medidas tomadas pelo rei da
Inglaterra e em busca de um representante no Parlamento. A princípio, ainda não visavam na Independência
dos Estados Unidos.
Porém, a Inglaterra enxergou a ata como uma afronta à sua autoridade e decidiu enviar tropas do exército
para tentar acabar com todos os rebeldes. Isso levou, em 1775, a formação do Segundo Congresso
Continental de Filadélfia. Nesse encontro ficou definido a necessidade da separação e instauração da
independência das Treze Colônias. Foi então que se iniciaram os confrontos entre os colonos e os britânicos.
O exército dos colonos foi liderado por George Washington, que, futuramente, viria a se tornar o primeiro
presidente da história dos Estados Unidos.

Guerra pela Independência dos Estados Unidos


O primeiro confronto aconteceu no dia 17 de junho de 1775 e ficou conhecido como a Batalha de Bunker
Hill. A equipe de George Washington foi derrotada pelas tropas britânicas, porém foi uma disputa bastante
acirrada, o que despertou nos britânicos um alerta, afinal, ficou claro que as colônias eram capazes de resistir
a qualquer tentativa de punição.
Dois fatos ajudaram Washington a unir um exército ainda maior. O primeiro deles foi a divulgação de
uma carta, chamada de Senso Comum, escrita por Thomas Paine, traduzindo ideias iluministas, de liberdade
e de república para uma linguagem mais popular. Carta essa que teve grande divulgação entre a população
das colônias.
Outro fato muito importante que favoreceu o exército colono foi a declaração feita por Thomas Jefferson,
em 4 de julho de 1776, instituindo a Independência dos Estados Unidos. Nela, constavam os motivos pelo
qual os colonos desejavam essa separação do Império Britânico. Essa data foi um marco histórico para as
Treze Colônias e é lembrada até os dias atuais. O conflito decisivo, que fez com que os ingleses se rendessem
à vitória dos EUA, foi a Batalha de Yorktown, no dia 19 de outubro de 1781. Em seguida, em 1783, foi
assinado o Tratado de País, no qual a Inglaterra reconheceu a independência das colônias.
QUESTÕES

01. A Independência dos Estados Unidos teve forte influência de uma corrente filosófica da época, marque a
alternativa CORRETA.

a- ( ) Corrente filosófica Escolástica


b- ( ) Corrente filosófica Iluminismo
c- ( ) Corrente filosófica Patrística
d- ( ) Corrente filosófica Humanismo

02. Como era chamado os Estados Unidos na época colonial?

a- ( ) Colônia Americana
b- ( ) Colônia Inglesa
c- ( ) Treze Colônias
d- ( ) Treze Américas

03. Em 1765, a Inglaterra criou a Lei do Selo, defina o que foi esta lei e o qual reação ela provocou?
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04. Em 1773, a Inglaterra criou a Lei do Chá, defina o que foi essa lei e o que ela provocou?
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05. Sobre a Independência dos Estados Unidos da América, assinale a alternativa CORRETA:
a- ( ) A origem do movimento da independência deve ser encontrada no desenvolvimento uniforme das
TrezeColônias Inglesas.
b- ( ) O crescimento do comércio triangular, praticado pelas colônias de povoamento situadas no Sul,
gerouatritos com a metrópole.
c- ( ) O Segundo Congresso Continental de Filadélfia definiu a necessidade de separação dos Estados
Unidos,através da Declaração de Independência e instauração da independência das Treze Colônias.
d-( ) A política de conciliação adotada pela Inglaterra retardou o processo de independência da Treze
Colônias Inglesas.

PARTE IV

HABILIDADES: (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de


independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais;
(EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos independentistas e seu papel nas revoluções
que levaram à independência das colônias hispano-americanas.
(EF08HI09) Conhecer as características e os principais pensadores do Pan-americanismo.
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

Nas décadas finais do século XVIII, ocorreram as primeiras


tentativas por parte das colônias em se libertar da Espanha. No
Peru, por exemplo, se iniciaria uma grande revolta liderada pelo
indígena conhecido como Túpac Amaru II contra a exploração
brutal ocorrida nas minas. Eventualmente, a rebelião foi
sufocada, mas isso não impediu a continuação da crise colonial
nas Américas, motivada pela relação desigual que caracterizava
a política mercantilista colonial.
Ao final do século, porém, a ascensão do general Napoleão
Bonaparte ao poder modificou todo o panorama político com o
início de suas investidas militares para expandir o poder francês
na Europa.
Após a invasão da Espanha e a deposição do rei da Casa
Bourbon, Fernando VII, criaram-se as chamadas juntas nas colônias para se resistir a qualquer possível
iniciativa francesa nas Américas. Entretanto, os descendentes de espanhóis nascidos no continente americano
(conhecidos como criollos) aproveitaram a oportunidade para enfraquecer algumas medidas mercantilistas.

Os libertadores da América espanhola: Simón Bolívar e José de San Martin


Com a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte em 1815 e à restituição do poder das monarquias
absolutistas, a Espanha tentou controlar novamente suas colônias nas Américas. Embora tenha conseguido
sucesso inicialmente com vitórias contra movimentos menores nas cidades de Bogotá e Caracas, a eventual
reunião de massivo apoio popular por parte de líderes político-militares como Simón Bolívar e José de San
Martin gerou um forte processo que, em poucas décadas, levaria à libertação de todas as colônias espanholas
nas Américas.

Simón Bolívar
Simón Bolívar nasceu em 24 de julho de 1783, no então vice-reino de
Nova Granada, em uma família nobre de origem espanhola. Após
estudar na Europa e ser influenciado pelos pensamentos
revolucionários de origem iluminista, retornou ao país natal e juntou-se
à luta contra a dominação colonial da Espanha, onde rapidamente
assumiria um papel de liderança. Em 1811, um movimento de
mestiços e escravos libertos com o apoio essencial da Inglaterra
conseguiria a independência da Venezuela. Nos anos seguintes,
também seriam libertados os territórios equivalentes aos atuais países
de Bolívia, Colômbia, Equador e Panamá, que criaram uma união
política nomeada de Grã-Colômbia. Ela duraria até 1829.

José de San Martin


Já José de San Martin nasceu em 25 de fevereiro de 1778, no então
vice-reino da Prata, também em uma família de origem espanhola.
Quando ele ainda era uma criança, sua família retornou à Espanha, onde
José iniciou sua educação militar. Poucos anos depois da deposição de
Fernando VII, ele retornou às Américas, onde se uniu à resistência do
vice-reino do Peru contra os franceses. Ali, ele se distinguiu como líder
militar, estando depois à frente de uma campanha nos Andes que levaria
à libertação do Chile em 1817, seguido em pouco tempo pelo Peru.
Independência do México
O México, especificamente, não dependeu de nenhum destes dois homens para alcançar a sua
independência, que foi feita pelo próprio exército no início da década de 1820.

Dependência econômica
De qualquer forma, as ambições de uma América unida não foram realizadas; logo nos anos seguintes,
conflitos entre oligarquias locais fragmentaram toda a Grã-Colômbia. Além disso, o apoio da Inglaterra à
independência da América espanhola local não fora desinteressado, uma vez que esse país já via o potencial do
grande mercado consumidor que o fim do pacto colonial poderia trazer. Por consequência, mesmo composta
agora de países independentes, a América espanhola ainda estaria unida economicamente à Europa pelas
décadas que se seguiriam, continuando a ser importadora de industrializados e exportadora de matérias-primas.
Politicamente, os governos dos países independentes se apressaram a excluir qualquer participação popular
maior, ficando retido às elites sociais. Esse processo abriria caminho para o surgimento, mais tarde, das
ditaduras latino-americanas.

QUESTÕES

1- O grupo “Criollos” foi importante para as tentativas da independência Espanhola, quem eram
respectivamente esse grupo:

a- ( ) Os espanhóis e os mestiços.
b- ( ) Descendentes de espanhóis nascidos no continente americano.
c- ( ) Os mestiços e os precursores da independência.
d- ( ) Nenhuma delas é correta.

2- Defina com suas palavras o que foi a Independência Espanhola?

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3- Quem foram os libertadores da américa Espanhola?

a- ( ) Dom Pedro I e Dom Pedro II


b- ( ) Simón Bolívar e José de San Martin
c- ( ) José Simon e Bolívar
d- ( ) Simon Martin e José Bolívar

PARTE V

HABILIDADES: (EF08HI10X) Identificar a Revolução de São Domingo como evento singular e


desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas implicações sociais, políticas, culturais e
econômicas;
(EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas
lutas de independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.
REVOLUÇÃO HAITIANA

A Revolução Haitiana foi uma grande rebelião


de escravos que levou São Domingos à
independência sob a liderança de Toussaint
Louverture e Jean-Jacques Dessalines.
A Revolução Haitiana foi uma grande rebelião
de escravos e negros libertos que aconteceu na
colônia francesa de São Domingos a partir de 1791.
Essa rebelião conduziu a colônia francesa de São
Domingos à independência e foi motivada pela
grande exploração e violência do sistema colonial
escravista francês naquela região.

Antecedentes: No final do século XVIII, a região que corresponde atualmente ao Haiti era colonizada
pelos franceses e conhecida como São Domingos. A presença francesa ocorreu de maneira gradativa a partir
do século XVI, quando a região – ainda conhecida como Hispaniola e sob posse dos espanhóis – passou
aser ocupada por corsários franceses que usavam a ilha de Tortuga como refúgio.
A posse da região foi transmitida para os franceses oficialmente a partir do século XVII, quando
Espanha e França assinaram o Tratado de Ryswick, que cedia de maneira oficial a parte oeste de Hispaniola
para os franceses. O sistema colonial imposto pelos franceses transformou São Domingos em uma das
colônias mais prósperas do mundo, sendo inclusive conhecida como “pérola das Antilhas”.
Revolução Haitiana: No final do século XVIII, o sistema escravista imposto pelos franceses em São
Domingos fez com que cerca de 40 mil franceses controlassem violentamente uma população de cerca de
450 mil escravos. A violência com a qual os franceses tratavam os escravos em São Domingos é citada em
diversos relatos, como no caso de Jean-Baptiste de Caradeux, o qual permitia que seus visitantes atirassem
laranjas na cabeça de seus escravos.
Esse sistema escravista extremamente violento havia motivado inúmeras rebeliões em outros
momentos em São Domingos, como no caso de François Mackandal, que fugiu e passou a realizar pequenos
ataques contra franceses na região. A Revolução Haitiana iniciou-se de fato em 1791, quando os escravos se
rebelaram contra os franceses. Em poucas semanas, cerca de 100 mil escravos já haviam se rebelado.
Os escravos e os negros libertos da região foram fortemente influenciados pelos acontecimentos que se
passavam durante a Revolução Francesa. Os ideais de igualdade entre os homens inspiraram-nos a lutar pela
sua liberdade e por seus direitos. Os escravos lutavam pelo fim do sistema escravista, e os negros libertos
lutavam pela equiparação dos direitos entre brancos e negros.
Com a rebelião, os escravos passaram a organizar-se e a lutar contra as tropas francesas que estavam
instaladas na região. A força do movimento em São Domingos e os desdobramentos da Revolução Francesa
resultaram na abolição da escravidão em todas as colônias francesas, incluindo São Domingos em 1794.
No decorrer dos acontecimentos no Haiti, todo o ódio que havia sido represado durante anos pelos
escravos e negros libertos levou os escravos a cometerem atos de violência contra franceses. Foram comuns
nesse período ataques de escravos e negros libertos contra propriedades de franceses, em que os donos e sua
família eram mortos. Durante esse período de lutas, os haitianos foram liderados por Toussaint Louverture.
O movimento em São Domingos seguiu sob a liderança de Toussaint Louverture até 1802. Pouco
antes, em 1801, sob o comando de Napoleão Bonaparte, foi enviada uma expedição para São Domingos para
controlar a situação e restabelecer o sistema escravista que havia sido abolido em 1794.
As tropas francesas foram lideradas por Charles Leclerc, que, além de ter retomado o controle sobre a
situação em São Domingos, também conseguiu aprisionar Toussaint Louverture. O líder haitiano foi enviado
para a França em 1802 e permaneceu em uma prisão até a sua morte em 1803. Toussaint Louverture foi
vítima de má nutrição e tuberculose.
Com a prisão e morte de Toussaint Louverture, a liderança da Revolução Haitiana foi ocupada por
Jean-Jacques Dessalines, que reiniciou a luta contra os franceses e derrotou-os de maneira definitiva em
novembro de 1803. Pouco tempo depois, em 1º de janeiro de 1804, foi declarada a independência de São
Domingos.
Após a declaração de independência, Jean-Jacques Dessalines escolheu o nome de Haiti para o novo
país que havia surgido. O nome foi escolhido em homenagem às populações indígenas que habitavam a
região antes da chegada dos europeus. O governo do Haiti foi ocupado pelo próprio Dessalines. Após a
independência, o Haiti tornou-se o único país das Américas que conquistou sua independência a partir de
uma rebelião de escravos.

QUESTÕES
01. A Revolução Haitiana foi realizada pelos escravos explorados pelos franceses na colônia de São
Domingos. Um dos grandes nomes da Revolução Haitiana liderou tropas na luta contra os franceses, sendo
capturado e enviado para a França, local onde morreu vítima de má nutrição e tuberculose. Estamos
falando de

a) ( ) Charles Leclerc c) ( )Toussaint Louverture


b) ( ) Maximilien de Robespierre d) ( ) Dutty Boukman

02. Após o sucesso da Revolução Haitiana e declaração de independência Haitiana o novo país surgido
passou a ser liderado por

a) ( )François Mackandal c) ( )Toussaint Louverture


b) ( )Dutty Boukman d) ( ) Jean-Jacques Dessalines

03. Descreva o que foi a Revolução Haitiana e qual sua importância?


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04. Qual era o nome do Haiti antes da Revolução e da declaração da independência?

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05. Os escravos e os negros libertos da região, que promoveram a Revolução haitiana foram fortemente
influenciados por acontecimentos no continente europeu. Qual o principal acontecimento que gerou
essa influência?

a) ( ) Revolução Russa c) ( ) Revolução Industrial


b) ( ) Revolução Francesa d) ( ) Revolução Gloriosa

PARTE VI

HABILIDADES: (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada


daCorte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.;
(EF08HI13) Analisar o processo de independência em diferentes países latino-americanos e comparar as
formas de governo neles adotadas.
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
O processo de independência do Brasil iniciou-se após a vinda da Família Real Portuguesa para a
colônia brasileira e se deu em três etapas:
1ª Etapa: Abertura dos Portos
2ª Etapa: Elevação do Brasil à condição de Reino Unido com Portugal e Algarves
3ª Etapa: Revolução do Porto

A Família Real no Brasil

No início do século XIX, grande parte da Europa estava dominada pelas tropas do imperador dos
franceses, Napoleão Bonaparte. Seu principal inimigo era a Inglaterra.
Em 1806, o imperador decretou o Bloqueio Continental que obrigava a todas as nações da Europa
continental a fecharem seus portos ao comércio inglês. Com isso, pretendia-se enfraquecer a Inglaterra e
derrotá-la economicamente.
Nessa época, Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João. Pressionado por Napoleão, que
exigia o fechamento dos portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as
relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o assunto.
A Inglaterra era fornecedora dos produtos manufaturados consumidos em Portugal e também
compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras.
Para resolver a situação, o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a transferir-se com a
Corte para o Brasil. Desse modo, os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro e a
família real portuguesa evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.
No dia 29 de novembro de 1807, a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil
escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte, as tropas francesas invadiram Lisboa.

Abertura dos Portos

A Abertura dos Portos às Nações Amigas foi um ato (decreto) promulgado por D. João VI em 28 de
janeiro de 1808. Foi o primeiro decreto emitido pelo príncipe regente de Portugal, após sua chegada ao
Brasil juntamente com a família real portuguesa.
Este decreto (carta régia) abriu os portos do Brasil às nações amigas de Portugal. Desta forma,
possibilitou o livre comércio entre o Brasil com as nações amigas. Vale dizer que, a principal nação amiga
de Portugal, e que se beneficiou muito desse ato, foi a Inglaterra.
De acordo com este decreto, os produtos ingleses podiam entrar no Brasil com taxas alfandegárias
(impostos de importação) de 15%. A incidência dos impostos sobre os produtos de outros países era de 24%.

Principais consequências da Abertura dos Portos às Nações Amigas:


- O decreto descontinuou o Pacto Colonial, que até então só permitia o comércio entre a colônia (Brasil) e
sua Metrópole (Portugal). Portanto, possibilitou o fim do monopólio colonial.
- As vantagens dadas aos comerciantes britânicos (ingleses), no comércio com o Brasil, fizeram aumentar a
dependência do nosso país com relação à Grã-Bretanha (Inglaterra).
- A entrada de produtos britânicos dificultou a abertura de indústrias brasileiras, pois estas teriam
que concorrer com os produtos britânicos que possuíam vantagens alfandegárias, entre outras.
- Entrada no Brasil de diversos tipos de produtos britânicos, muitos deles sem relação com as necessidades
dos consumidores brasileiros.

Elevação do Brasil à condição de Reino Unido


Com a derrota de Napoleão Bonaparte e sua prisão definitiva, foi convocado o Congresso de Viena,
na intenção de restaurar as monarquias nacionais dos países anteriormente dominados por Napoleão e seu
exército.
Foi estabelecido que para poder participar do Congresso de Viena, os governantes dos países
deveriam estar vivendo em seu próprio território, ou seja, seu próprio país. O governo português não se
encontrava nessas condições, pois, sua sede não era em Portugal e sim em sua colônia, o Brasil.
Nesse sentido, D. João VI, interessado nas decisões que poderiam ser tomadas na reunião, no intuito
de viabilizar a participação portuguesa, eleva o Brasil à condição de Reino Unido junto com Portugal e
Algarves. Com essa medida, a colônia brasileira deixa de existir e os brasileiros ganham ainda mais força
para sua emancipação.

Revolução do Porto
Desde a vinda da família real para o Brasil, Portugal estava à beira do caos. Além da grave crise
econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante
inglês, que governava o país.
Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do
Porto em 24 de agosto de 1820.
A Revolução Liberal do Porto pretendia derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil,
promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.
Diante desses acontecimentos, no dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida. No entanto,
deixa no Brasil seu filho mais velho e herdeiro do trono e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a
regência do Brasil.
No dia 26 de abril de 1821, D. João parte para Portugal, com a rainha Dona Carlota Joaquina e o
príncipe Dom Miguel.

Do Dia do Fico à Independência

Aclamação de Dom Pedro I, Imperador do Brasil, no Campo de Santana, Rio de Janeiro. Obra de Jean Baptiste-Debret, 1822.

O novo regente do Brasil, D. Pedro, tinha apenas 23 anos. Várias medidas das cortes de Lisboa
buscam diminuir o poder do Príncipe-Regente e, desse modo, pôr fim à autonomia do Brasil.
A insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no
Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8.000 assinaturas
solicitando que não abandonasse o Brasil.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu:
"Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".
O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.

Grito do Ipiranga: "Independência ou Morte!"

No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo,
quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador,
sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal.
Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil,
com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.
QUESTÕES

1- Qual a relação entre o Bloqueio Continental e à vinda da Família Real para o Brasil?

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2- Como fica o relacionamento entre a colônia brasileira e a Inglaterra após a Abertura dos Portos?
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3- Qual o Objetivo do Congresso de Viena?

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4- Por que D. João resolve elevar o Brasil à Reino Unido?


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5- Quais os objetivos da Revolução do Porto?


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