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Conjuração Mineira

O que foi

A Conjuração Mineira, também conhecida como Inconfidência Mineira, foi um movimento de


caráter separatista, ocorrido em Minas Gerais no ano de 1789, cujo principal objetivo era
libertar o Brasil do domínio português. O lema da Conjuração Mineira era “Liberdade, ainda
que tardia”.

Principais integrantes da Conjuração Mineira (inconfidentes):

- Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier) – alferes, minerador e tropeiro

- Claudio Manuel da Costa – poeta

- Inácio José de Alvarenga Peixoto – advogado

- Tomás Antônio Gonzaga – poeta

- Francisco de Paula Freire de Andrade – coronel

- Carlos Correia – padre

- Oliveira Rolim – padre

- Francisco Antônio de Oliveira Lopes - coronel

Principais causas:

- Exploração política e econômica exercida por Portugal sobre sua principal colônia, o Brasil;
- Derrama: caso uma região não conseguisse pagar 1500 quilos de ouro para Portugal,
soldados entravam nas casas das pessoas para pegar bens até completar o valor devido;

- A proibição da instalação de manufaturas no Brasil.

Objetivos principais:

- Obter a independência do Brasil em relação a Portugal;

- Implantar uma República no Brasil;

- Liberar e favorecer a implantação de manufaturas no Brasil;

- Criação de uma universidade pública na cidade de Vila Rica.

A Questão da Escravidão

Não havia consenso com relação à libertação dos escravos. Alguns inconfidentes, entre eles
Tiradentes, eram favoráveis à abolição da escravidão, enquanto outros eram contrários e
queriam a independência sem transformações sociais de grande impacto.

O fim da Conjuração Mineira

O movimento foi delatado por Joaquim Silvério dos Reis ao governador da província, em troca
do perdão de suas dívidas com o governo. Os inconfidentes foram presos e condenados.
Enquanto Tiradentes foi enforcado e teve seu corpo esquartejado, os outros foram exilados na
África.

Conjuração baiana
O que foi

Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de
caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da
Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e
políticas na sociedade.

Causas

- Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos.
Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos.

- Forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava
presente em vários setores da sociedade baiana.

Objetivos

- Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal;

- Defendiam a implantação da República;

- Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior;

- Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios
sociais e também da escravidão;

- Aumento de salários para os soldados.

Líderes

- Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata.

- Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o
soldado Luís Gonzaga das Virgens.
- Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento.

Quem participou

- O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos


comerciantes, escravos e ex-escravos.

A Revolta

A revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga,
delatou o movimento para o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria.

O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta
ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro
foram executados na Praça da Piedade em Salvador.

Você sabia?

- A Conjuração Baiana é também chamada de Revolta dos Alfaiates, pois muitos destes
profissionais participaram do movimento.

A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA

As invasões napoleônicas em Portugal fizeram com que a Família Real migrasse para o Brasil
em 1808, estabelecendo um regime político focado na região centro-sul brasileira. Como
mandatários, os portugueses forneciam os melhores cargos e, consequentemente, melhores
condições de vida aos seus patrícios que mudaram para o Brasil, causando insatisfação aos
habitantes de nacionalidade brasileira.

Pernambuco foi o estado que respondeu com maior indignação às negligências lusitanas, pois
sofria uma grave crise econômica desde a expulsão dos holandeses, com a queda na produção
e mercantilização do açúcar e do algodão. A região também teve grandes danos com a grande
seca de 1816, aumentando a miséria de sua população com a devastação dos solos e a falta de
comida.
A Independência nos Estados Unidos e a concentração popular que marcaram a Revolução
Francesa foram os movimentos políticos que motivaram a organização de um movimento
emancipacionista, que ficou conhecido como Revolução Pernambucana.

Valendo-se dos ideais iluministas, em 1817 os líderes maçons Domingos José


Martins e Antônio Cruz e os padres João Ribeiro e Miguelinho foram os principais líderes dessa
insurgência. Eles organizaram um governo provisório que durou 75 dias, com representantes
do clero, do comércio, do exército, da justiça e dos engenhos para ocupar os cargos depois de
um grande confronto com o então governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

Os pernambucanos revoltosos eram a favor do regime republicano e resolveram, a priori,


diminuir os altos impostos e tributos cobrados pelos lusitanos, abolir os títulos de nobreza e
ceder o direito à liberdade de imprensa, assim como o fez os Estados Unidos.

O governo provisório buscou apoio dos estados mais próximos da região Norte e Nordeste,
mas foram impedidos pelas forças militares portugueses e pela falta de apoio popular.

Sabendo do perigo que podia representar à Coroa o alastramento da revolta, D. João VI enviou
tropas militares para cercar o porto de Recife por terra e por mar. O elevado número de
combatentes garantiu a vitória aos lusitanos, que fizeram questão de prender aqueles que não
foram mortos em batalha.

Alguns líderes, como Teotônio Jorge, padre Souza Tenório, Antônio Henriques e José de Barros
Lima, foram capturados e condenados à morte, culminando no fim da Revolução
Pernambucana, que se caracterizou pela revolta popular em busca do poder e por ser o último
movimento revolucionário antes da Independência do Brasil, em 1822.

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