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O Absolutismo em Portugal

Trabalho realizado por: Diana Jesus /nº4/11ºH


Índice:

1. Introdução..............................................................................................................3

2. Desenvolvimento
2.1. Características do absolutismo..................................................................4
2.2. D. João V..................................................................................................5
2.3. Consequências do absolutismo...........................................................….6
2.4.. O Mercantilismo........................................................................................7

3. Conclusão.........................................................................................................…8

4. Bibliografia.........................................................................................................…9
Introdução

O Absolutismo europeu é o nome de um período político que teve lugar na Europa


Ocidental entre os séculos XVI e XVIII e a sua ideia é a concentração de todos os
poderes numa única pessoa: o rei. O estado absoluto foi protegido por leis divinas
que justificaram a sua existência. O Absolutismo começou como uma forma de
governo em que o monarca era a autoridade mais alta, após as guerras religiosas e
a devastação que isso significava para o continente, houve um modo de governo
baseado na autoridade única e absoluta. No absolutismo, o monarca fez leis de
acordo com seus interesses, que costumavam ser confundidos com os do Estado. E
com isso temos a famosa frase de Luís XIV “O Estado sou eu”. A classe monárquica
era constituída por grupos de nobres, que atribuíam funções de conselheiros e
assistentes diretos do rei em suas decisões. O poder político da época não tinha
outra autoridade senão o julgamento do monarca. Na Europa, o absolutismo
começa na Era Moderna e coincide com o desenvolvimento do mercantilismo.
Características do Absolutismo:

O termo Absolutismo refere-se ás monarquias absolutas que se estabeleceram na


Europa Ocidental, neste regime, o topo da sociedade era o rei, era nele que se
concentrava todos os poderes, legislativo, judicial e executivo, pois o seu poder era
de origem divina, e o rei era o representante de Deus na terra. O poder real
conjugava 4 características básicas:
 Era sagrado, porque o poder foi-lhe dado por Deus e ninguém o pode
contestar;
 Era paternal, pois o rei devia proteger o seu povo e satisfazer as suas
necessidades;
 Era absoluto, pois todo o poder estava concentrado numa só pessoa, o rei;
 Estava submetido á razão.
O rei frequentava a corte, de modo a facilitar o controlo da nobreza e do clero, que
estavam constantemente em sua vigilância. A sociedade estava dividida em 3
grupos sociais:
 O clero (grupo privilegiado), com uma organização e hierarquia interna
própria, regia-se por leis específicas – o Direito Canónico. Apresentava-se
como um estado dentro do Estado, a quem o resto da sociedade se
subordinava. Os membros do clero estavam isentos do serviço militar e não
pagavam impostos, usavam vestuário próprio e formas de tratamento
diferenciadas e exclusivas, recebia rendas e tributos decorrentes da posse da
terra e a dízima e tinha leis e tribunais próprios.
 A nobreza (grupo privilegiado), desempenhava cargos na corte e tinham
como privilégios a isenção de pagamentos de impostos, possuíam
propriedades que garantiam rendas e impostos senhoriais, estes tinham
tratamento diferenciado perante a lei e gozava do direito de ser julgada em
tribunais especiais, os seus privilégios decorriam do nascimento e da
linhagem que passava de geração em geração e estes distinguiam-se pelo
uso de vestuário próprio.
 O terceiro estado (grupo não privilegiado), a ordem não privilegiada,
englobava a maior parte da população. É a ordem tributária por excelência,
podendo ser dividida em quatro grupos fundamentais: agricultores (trabalham
em terra alheia e/ou na sua própria terra); mercadores e negociantes;
artesãos; trabalhadores assalariados. Não sendo uma ordem uniforme, a sua
camada superior compreendia os proprietários rurais e os mercadores,
enquanto a inferior era constituída pelos artesões e os que trabalham por
conta de outrem. Estes estavam sujeitos a penas humilhantes e públicas e
pagavam pesados impostos ao rei.
D. João V

D. João V foi o protagonista do absolutismo em Portugal, tendo como modelo Luís


XIV, estando até presente em si todos os aspetos da moda francesa, nas suas
vestes e nos seus gostos, mostrando-se sempre como uma figura luxuosa e com
etiqueta. Sonhava em oferecer grandeza ao seu reino e a si mesmo, conseguindo
isto pois o seu reinado correspondeu a um período de paz. Recusava-se a reunir as
Cortes, o que demonstra uma subordinação das ordens sociais e controlava muito a
administração pública. Apoiou bastante as artes e as letras, enviou embaixadas
para o estrangeiro, distribuiu moedas de ouro pelo povo e tinha uma política de
grandes construções, as toneladas de ouro que lhe chegaram do Brasil trouxeram-
lhe uma enorme riqueza, tanto a ele como ao país, riqueza essa nunca vista em
Portugal e que lhe permitiu construir o seu principal símbolo, o Convento de Mafra.
Porém o reconhecimento de D. João V não ficou só pela Europa, estendeu-se
também ao Oriente, este prossegue uma política de reforço de colonização do
Brasil, bem como a sua defesa militar e das rotas comerciais. É dessa grande
colónia portuguesa que vêm todas as toneladas de ouro que permitem a D. João V
rodear-se de uma corte luxuosa e iniciar um plano de construções por todo o reino.
Para D. João V conseguir assegurar toda esta política, existiam instrumentos
fundamentais, como a máquina burocrática altamente hierarquizada, distribuída por
todo o reino e que aplicava os éditos e as ordens régias, uma fiscalidade rigorosa
com impostos gerais para pagamento dos gastos da Corte e do rei e a venalidade
dos cargos, sendo que os oficiais régios ascendiam a estes por indicação do
antecessor mediante o pagamento de uma quantia. Na verdade, a Corte, o seu
esplendor e luxo, davam igualmente uma imagem esplendorosa do poder real e
assim uma imagem de poder absoluto e riqueza ao rei. O cumprimento dos cargos e
a sua eficácia era averiguada por comissários do rei. Tenta-se, também, organizar
as finanças públicas. Toda a manutenção deste aparelho de Estado implicava
constante aumento das receitas, por isto, havia um aumento dos impostos gerais.
Consequências do absolutismo

Durante o absolutismo, a desigualdade e o declínio das classes mais baixas


aumentaram, os privilégios eram dirigidos apenas aos nobres e ao clero, cujo
direitos eram superiores aos da maioria, independentemente das condições de vida.
A característica central do modelo político da monarquia absoluta é a concentração
de todo poder do rei, sem controlo e sem limites alguns. O desejo de ganhar o poder
levou os reis europeus a enfrentar política, económica e militarmente a hegemonia
continental e mundial. Nesta altura, a principal atividade económica de Portugal, no
século XVII, era a agricultura, contudo essa apresentava baixos níveis de
produtividade, visto que:
 Utilizavam se técnicas e instrumentos agrícolas velhos,
 A terra pertencia, quase na sua tonalidade, ao Rei, á nobreza e ao clero, que
exerciam direitos senhoriais sobre os camponeses, contribuindo para o
atraso da agricultura,
 Os camponeses, sobrecarregados de impostos e obrigações, mal
conseguiam garantir a sua subsistência,
 Por outros lado, muitos senhores deixavam as suas terras incultas,
 Á falta de braços e de investimentos, junta se o atraso técnico e a falta de
animais, que não permitia obter estrumes. A cultura do milho, da vinha e da
Oliveira eram as mais produtivas.
O Mercantilismo

O mercantilismo era uma política económica , praticada durante os séculos XVII e


XVIII, pelos governantes europeus, uma vez que, através desta política, era possível
o aumento da riqueza e do poder do estado. O mercantilismo defendia que, para
conseguir uma balança favorável, era necessário o aumento da exportações e a
diminuição das importações, ou seja, tentar evitar a saída de metais preciosos do
país, como por exemplo o ouro e a prata, no aumento das exportações o estado
deve apoiar o desenvolvimento da indústria manufatureira, facilitando a aquisição de
matérias-primas, evitando a compra de produtos aí estrangeiro. Na diminuição das
importações é que através do aumento das taxas alfandegárias sobre os produtos
importados e através da promulgação de leis pragmáticas que proibiam o uso de
determinados artigos importados.
Na segunda metade do século XVI I, Portugal atravessou uma crise económica
devido, principalmente, as guerras da restauração com Espanha, que implicaram
grandes custos, á queda do comércio do açúcar e do tabaco, á concorrência dos
ingleses e holandeses devido à diminuição das exportações do vinho e do sal
produzidos no país. Para tentar resolver a crise, o Conde da Ericeira, ministro da
fazenda do rei D. Pedro II, foi influenciado pelas ideias de Colbert e assim,
promoveu a industrialização do país, começando pelo sector dos lanifícios, fundou
manufaturas na Covilhã, Fundão e Lisboa, nadou vir do estrangeiro equipamentos e
técnicos experientes e aprovou algumas das leis pragmáticas que proibiam o uso de
panos e outros artigos de vestuário de origem estrangeira.
Conclusão

D. João V foi a figura central no que diz respeito ao Absolutismo em Portugal,


criando até a sua própria identidade nesta monarquia. É lembrado como o
magnânimo, porque era bondoso, e como tal, distribuía moradia ao povo, na praça
principal, o que era também uma símbolo da sua grandeza. Cativou o respeito e o
amor do seu povo, e ao mesmo tempo era temido por eles.
É também conhecido com , o Rei Sol português o que mostra as suas semelhanças
com Luís XIV.
Bibliografia

O Absolutismo na Europa e em Portugal (comunidades.net)


O absolutismo em Portugal - RTP Ensina
Absolutismo europeu: princípios, causas e consequências - Maestrovirtuale.com
Manual de História A - parte 1 (Páginas 10,13, 22, 24, 26, 29, 30, 42, 68 e 69)

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