A Revolução Francesa derrubou o absolutismo e introduziu a república, baseada nos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. A revolta popular começou devido à fome e pobreza da maioria, enquanto a nobreza vivia luxuosamente sem trabalhar. A tomada da Bastilha marcou o início da revolução nas ruas de Paris.
A Revolução Francesa derrubou o absolutismo e introduziu a república, baseada nos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. A revolta popular começou devido à fome e pobreza da maioria, enquanto a nobreza vivia luxuosamente sem trabalhar. A tomada da Bastilha marcou o início da revolução nas ruas de Paris.
A Revolução Francesa derrubou o absolutismo e introduziu a república, baseada nos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. A revolta popular começou devido à fome e pobreza da maioria, enquanto a nobreza vivia luxuosamente sem trabalhar. A tomada da Bastilha marcou o início da revolução nas ruas de Paris.
disputa ideológica, introduziu um novo regime político, a república, derrubando o absolutismo na França. Os ideais revolucionários franceses eram: igualdade, liberdade, e fraternidade. No fim do século XVIII, na França, cerca de 25 milhões de pessoas se dividiam em três ordens, denominadas Primeiro Estado, Segundo estado, e Terceiro Estado. Essa divisão separava as pessoas que por obrigação pagavam impostos e viviam de forma miserável e sem nenhum direito político, daquelas que viviam no ANTECEDENTES luxo, desfrutando de privilégios, isenção de REVOLUCIONÁRIOS taxas e de impostos e, além disso tudo, sem a obrigação de trabalhar. A nobreza, os reis e o alto clero não exerciam nenhuma atividade produtiva, levavam uma vida dedicada a festas e reuniões, gastando o dinheiro do povo com joias, vestimentas, comidas caras e outros excessos. Eles não trabalhavam então recebiam pensões do Estado. O PRIMEIRO ESTADO Era formado por membros do alto clero, que ocupavam cargos importantes na hierarquia da Igreja, e também composto por pessoas de famílias nobres tradicionais que tinham grandes privilégios. O SEGUNDO ESTADO Formado pela nobreza, que era dividida entre as famílias que viviam no palácio junto do rei. Além disso, também era composta pelos senhores feudais, que viviam no campo. O TERCEIRO ESTADO Correspondia à maioria da população, cerca de 24 milhões de pessoas eram camponeses. 96% da população e os artesãos e burgueses somavam 700 mil. Essas classes formavam o Terceiro Estado, não tinham nenhum privilégio e eram obrigados a pagar altos impostos para manter a vida do clero e da nobreza. Os artesãos, os pequenos donos de lojas e os operários das manufaturas formavam um grupo conhecido como sans-culottes e também faziam parte do Terceiro Estado. Já a burguesia era formada por diferentes grupos: donos de manufaturas, donos de bancos, grandes comerciantes e profissionais bem-sucedidos, como médicos jornalistas e advogados. Podemos ainda incluir, como grupo pertencente ao Terceiro Estado, alguns padres de paróquias mais afastadas do palácio, que viviam, juntamente com seus fiéis, em extrema pobreza. Apesar dos Reis e nobres ostentarem, a situação econômica da França era ruim. As regras do sistema mercantilista impediam o A situação comércio de se expandir. E além disso, os econômica comerciantes eram obrigados a pagar muitos impostos, sobrando pouco dinheiro para novos investimento, que são essenciais para o crescimento do comércio E ainda para piorar, a França passou por vários problemas envolvendo catástrofes naturais, que prejudicaram a produção. Por volta de 1784, ocorreu no país uma série de chuvas, inundações e nevascas. E quando isso acabou, veio uma terrível seca. Com todos esses problemas, houve uma imensa perda da colheita e queda na produção, fazendo os preços aumentarem muito, o que fez com que a alimentação na França se tornasse algo raro. E com isso os camponeses foram obrigados a se mudar para as cidades, onde eram explorados nas fábricas e ficavam ainda mais pobres. Apesar disso tudo, o governo não se importava em amenizar a situação. Na verdade, todas as leis que ele declarava pioravam mais a situação do povo. Foi durante esse período que o pensamento iluminista atingiu seu ápice. As novas ideias de progresso e igualdade se espalharam rapidamente por todo o país. Escritores habilidosos, mas pouco conhecidos, satirizavam, em pequenos panfletos escritos em As ideias linguagem simples, a nobreza da época, mostrando, ainda, a forma tirânica como o rei tratava seus súditos. Tudo isso gerou um iluministas espírito de revolta, uma ânsia por liberdade, dúvidas e muitos questionamentos. As pessoas começaram a se perguntar se a vida não seria melhor caso deixassem de pagar tantos impostos e por que eles, que trabalhavam, viviam na miséria, enquanto os nobres, que não faziam nada, viviam no conforto. Em 1788, as dividas do governo eram maiores do que o dinheiro arrecadado dos impostos. O Rei Luís XVI convocou o clero e a nobreza para discutirem a crise. Nessa assembleia, o rei sugeriu que essas classes começassem a pagar alguns impostos, almejando arrecadar mais dinheiro. Mas o clero e a nobreza não concordaram. Como alternativa, o Estado sugeriu que os sans-culottes e os camponeses pagassem ainda mais impostos. Diante do impasse, o Assembleia rei foi obrigado a convocar a Assembleia dos Estados Gerais. Algo a também considerar, é que os deputados, nessa época, não tinham o dos notáveis poder de fazer ou aprovar leis. Eles só davam sugestões, e o rei aceitava se quisesse. No decorrer dessa reunião, a situação piorou, ocorrendo o aumento da tensão entre os Estados. A nobreza e o clero não estavam dispostos a nenhuma mudança, o que foi pior para eles. Em vez de amenizarem a situação do Terceiro Estado, diminuindo as pressões que estavam se formando, sugeriram que ele pagasse mais impostos. Ou seja, estavam inflamando ainda mais a revolta na população. A ideia do Terceiro Estado, na primeira reunião, era derrubar o voto por Estado e instituir o voto por cabeça, pois só assim seria possível alguma mudança, visto que eles eram a maioria na Assembleia Diante do impasse e da intransigência do clero e da nobreza, o Terceiro Estado, com o apoio de alguns deputados representantes do Primeiro Estado e do Segundo Estado, que almejavam pequenas mudanças, reuniu-se separadamente, auto intitulando- se Assembleia Nacional. O objetivo era elaborar uma Constituição e, assim, derrubar o regime absolutista. A revolução De início, não existia a intenção de luta armada. Os deputados pretendiam que o governo aceitasse a Constituição e os visse como representantes da população francesa. O rei e a nobreza não aceitaram. O rei ordenou que os soldados dissolvessem à força a Assembleia Nacional. Contudo, para sua decepção, já era tarde. O espírito de luta tinha tomado conta da população. Os camponeses, os trabalhadores e toda a população oprimida se armaram e foram para as ruas protestar. Várias propriedades pertencentes aos nobres foram tomadas, e armamentos foram levados para a revolução nas ruas. Os manifestantes rumaram em direção à Bastilha, antiga prisão usada para manter presas as pessoas consideradas inimigas do rei e também um importante símbolo do poder absolutista monárquico, tomando-a em 14 de julho de 1789 A violência com a qual a população tomou as ruas e atacou as propriedades fez com que os deputados aprovassem, em apenas uma noite, a supressão de todos os privilégios feudais e abolissem as dividas da população com o rei e a Igreja. Esse episódio ficou Declaração conhecido como Noite do Grande Medo.
dos direitos No mesmo ano (1789), a Assembleia proclamou a
célebre Declaração dos Direitos do Homem e do universais Cidadão, cujos principais itens pregavam: liberdade e igualdade das pessoas perante a lei, direito à propriedade individual; democratização de acesso aos cargos políticos, liberdade de pensamento, de opinião e de religião; aprovação do povo para a decretação de uma lei, e direito de resistir à tirania do governo. A nova Constituição da França ficou pronta em 1791 e se baseava na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Entre as mudanças, destacaram-se: • Separação doa três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. França: • Confisco de propriedades e tesouros da Igreja. Monarquia • Imposição de impostos e taxas para a nobreza. Constitucional • Instituição de uma única lei para todos os cidadãos franceses. Embora todo o Terceiro Estado tivesse lutado junto, os grandes beneficiados com a revolução foram a alta burguesia e os comerciantes. As ideias de propriedade privada, defendidas pelo Iluminismo, foram reforçadas com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que proclamava a propriedade privada como inviolável. Isto é, ninguém poderia tocar nas propriedades particulares. As terras confiscadas da Igreja não foram divididas entre quem não possuía terra, na verdade foram vendidas. Como os trabalhadores e camponeses não tinham dinheiro para comprar, os grandes beneficiados foram os burgueses, que aumentaram suas riquezas. Os comerciantes também saíram ganhando com a nova Constituição, pois ela acabou com uma série de regras que limitavam o comércio. Outros aspectos injustos da nova Constituição foram o voto censitário e a Lei de Le Chapelier. O primeiro estabelecia que, para ter direito ao voto, era preciso ter uma renda mínima. O segundo, que os trabalhadores não podiam organizar associações para lutar por seus direitos. Assim, a maioria da população continuava ausente da vida politica e excluída socialmente. Os protestos e as manifestações continuavam. Afinal de contas, a população permanecia oprimida e exigia mudanças. Existiam deputados que queriam realmente uma mudança, como Robespierre, que, em seus discursos, continuava incentivando a revolução Nas primeiras batalhas, os revoltosos perderam, principalmente porque havia traidores, inclusive o próprio rei. Quando os sans-culottes descobriram a traição do rei, ficaram revoltados e foram prendê-lo. Este já tinha fugido, mas acabou sendo detido na fronteira. Foi preso e ficou aguardando julgamento. Fora isso, a guerra continuava. Todos os homens franceses foram convocados para defender a revolução. Muitos morreram, mas, por fim, em 1792, os revolucionários venceram. A França se tornou uma república, passando a ser governada por uma assembleia chamada de Convenção, cujos participantes eram eleitos pelo voto masculino. [As mulheres participaram ativamente na Revolução Francesa, mas, mesmo assim, não tiveram seus direitos reconhecidos pela Assembleia Constituinte.] Esse período que vai de 1789, início da revolução, até a proclamação da República é conhecido como fase moderada. Ainda na elaboração da Constituição, os grupos políticos começaram a se organizar Destes, dois tiveram grande destaque os girondinos, mais modera- dos e as jacobinos, que tinham o apoio dos sans- culottes e eram bem radicais. Alguns dos lideres deste A convenção último grupo tiveram papel essencial na revolução, como Robespierre, Marat, Danton e Saint-Just. Após a proclamação da República, durante o governo da Convenção, esses grupos políticos começaram a disputar o poder. É válido ressaltar que, na administração desse governo, o domínio politico estava praticamente nas mãos de três partidos: a Gironda, a Montanha e a Planície, representados, respectivamente, pelos girondinos, que pertenciam à alta burguesia ocupavam o lado direito da assembleia e não pretendiam grandes transformações, os jacobinos, defensores da pequena burguesia e dos sans-culottes os quais ocupavam o lado esquerdo, mais especificamente as cadeiras do alto, o que lhes rendeu o apelido de montanheses, e, por fim, os representantes da Planície, ou Pântano, ocupantes das cadeiras centrais e apoiadores da alta burguesia. Esses grupos são considerados fundamentais no processo revolucionário francês. Entendê-los é compreender com mais propriedade as contradições presentes na revolução Os jacobinos possuíam discursos inflamados e radicalizadores Seu posicionamento politico era de Os girondinos mudança completa do regime, a começar pelo destronamento do rei, que deveria ser condenado, e os jacobinos encerrando, assim, a Monarquia e implantando a republica na França Seu maior líder foi Robespierre. Que exerceu grande influencia sobre os trabalhadores e artesãos franceses, a parcela mais humilde do povo, que recebeu a promessa de poder participar das decisões politicas daquele momento em diante. Já os girondinos ostentavam um projeto politico diferente desejavam a monarquia constitucional, na qual o poder do rei seria repartido com um grupo de conselheiros escolhidos pelo povo e que o representariam nos momentos de decisão. Eram liderados por Jacques Pierre Brissot, porém seu membro mais conhecido foi Danton. Quando o rei foi aprisionado, os girondinos tentaram negociar com o rela divisão de seus poderes, o que se mostrou em vão. O poder dos girondinos foi declinando à medida que os jacobinos pressionavam e conquistavam mais espaço. Luís XVI tentou fugir, mas foi capturado. A partir dessa situação, os jacobinos assumiram o comando da França revolucionária e iniciaram a Fase do Terror.