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• Enquadramento normativo;
• Tipologia de concelhos;
• composição e perfil social das vereações;
• funcionários das câmaras e prestadores de serviços externos;
• atribuições dos concelhos.
Bibliografia: consultar sumário desenvolvido e, em particular, a obra de Maria Helena
da Cruz Coelho e Joaquim Romero Magalhães intitulada "O Poder concelhio", pp.
45-76
A população portuguesa na época moderna.
Contexto geral:
Cultura das Luzes: Ideias que fizeram parte da matriz europeia, que vinham já dos gregos.
Esta era a cultura dos intelectuais dos finais do seculo 18, consideravam que era esta que
deveria guiar a humanidade.
O Iluminismo é uma corrente de origem humanista que vai no século XX convergir com os
direitos humanos. Caracterizou-se pela "pluralidade de movimentos nacionais e regionalmente
heterogéneos" inspirado nas ideias de pensadores reformistas que criticavam a "ignorância e o
obscurantismo". Em Portugal, os iluminados, nome dado aos pensadores desta corrente,
tinham a consciência do atraso económico e cultural que tanto atingia o país.
Tais situações em Portugal não aconteceram com o mesmo vigor que em outros países,
estrangeiros e estrangeirados sentiram e tomaram consciência deste atraso, surge a vontade
de introduzir reformas na economia, na sociedade, na cultura e na educação.
• Terramoto de 1755.
• Regicídio (1758) e afirmação do "regalismo".
• Expulsão dos Jesuítas (1759).
• Criação da Intendência Geral da Polícia (sendo este conceito mais abrangente do que o
conceito atual) 1760.
Teve uma carreira política intensa e publicou muitas leis sobre uma multiplicidade de assuntos.
Voluntarismo político dava-lhe força para mudar a organização económica e social.
A época moderna (século 16 aos inicos do seculo 19) caracteriza-se pelo respeito pela tradição.
A nível jurídico os tribunais tendiam a manter a tradição, iam ver as decisões tomadas em
certos assuntos em épocas anteriores como pontos orientadores.
Impactos do Terramoto a nível nacional e internacional.
• 25 a 30 mil mortos
• 20 mil casas destruídas.
• Edifícios das principais instituições destruídos (Rei e nobreza passam a viver em
tendas).
• Desorganização total do governo.
• Confrontos entre a Religião e Ciência.
• Terramoto como castigo de Deus.
O terramoto de 1755 em Lisboa, foi um dos acontecimentos mais marcantes do seculo XVIII,
quer a nível interno quer a nível internacional pelos interesses que trouxe a lisboa (cientistas de
várias partes do mundo). O terramoto teve um grande impacto nas perdas de vidas humanas,
em edifícios destruídos (desde os edifícios do governo aos solares da nobreza portuguesa), o rei
e a nobreza chegam a passar muito tempo a viver em tendas porque ficaram tão assustados que
temiam as replicas do terramoto. Um dos aspetos importantes sobre o terramoto é o confronto
entre religião e ciência. É natural que as conceções providencialistas eram maioritárias (pessoas
acreditavam que Deus intervinha na sociedade) e reforçadas através de membros políticos que
diziam que o terramoto tinha sido um castigo de Deus. Um dos maiores defensores desta ideia
foi o jesuíta Malagrida.
Mudanças institucionais:
• Prisão dos membros das casas dos duques de Aveiro, marqueses de Távora, condes de
Atouguia e outros fidalgos (1758).
• Prisão de Jesuítas (Gabriel Malagrida 1759).
• Execução da sentença de pena capital aos 3º marqueses de Távora, a seus filhos (o 4º
marquês), ao conde Atouguia, ao duque de Aveiro e a criados destes titulares (1759).
• Confisco dos seus bens.
• Acusações feitas ao Jesuítas (Argumentos invocados)
Marca iluminista:
• Informações fornecidas por Gomes Freire- atuação dos jesuítas no Sul do Brasil.
• Informações fornecidas por Francisco xavier de Mendonça Furtado (governador do
Pará e Maranhão)
Atuação no Reino.
Os jesuítas no Japão começaram a criar clero local, traduções do latim para o japonês,
tinham uma relação mais amigável.
Práticas de Poder:
Intensa atividade de Legislação - bom indicador daquilo que Pombal pretendia atingir:
• Reconstrução de Lisboa
• Criou a Companhia das vinhas do alto-douro
• Aboliu a distinção entre cristãos-novos e velhos.
• Extinguiu o estatuto de escravo para filhos de escravas nascidos em Portugal.
• Manteve a primeira nobreza.
• Criou condições para a ascensão de estratos superiores da burguesia ao poder
Maus anos agrícolas + ano chuvoso que destruiu as colheitas. = crise na agricultura,
que O estudo do reino não pode ser desligado das vicissitudes do Império.
A crise agrícola tem reflexos nos preços e rendimentos, assim como nos rendimentos
das casas senhoriais.
Incapacidade das pessoas que trabalham nas terras, de pagar renda aos senhores.
D. Maria I (1777-1816)
Reinado da "Viradeira".
Atualmente, tem-se que esta monarca e o futuro D. João VI foram os mais prudentes e
reformistas.
Pombal, com o seu voluntarismo político, quis mudar tudo, tendo sido o período em que se
publicaram mais leis: Explosão legislativa pombalina (Nuno Monteiro).
Estas leis tiveram efeitos perversos, com um determinado objetivo que depois, a sociedade e
particularmente os juristas, utilizaram-nas noutros sentidos. Exemplo: A legislação agrária.
D. João VI (1816-26)
• Coroa
• Senhorios
• Concelho
• Igreja
Circunscrição do poder.
• Províncias:
o Mapa das províncias coincide em parte com o das comarcas.
o As províncias não têm expressão institucional.
o Referências de organização do território.
o Espaços de identidade
• Comarca:
o
• circunscrição administrativa e judicial
• o aumento de comarca é uma tentativa de centralização régia
• ver pp
• Ouvidorias: supervisionadas por um ouvidor escolhido pela casa senhorial. Espaço de
jurisdições (...)
• Provedorias: áreas de exercício do provedor. Circunscrições administrativas e fiscais.
Poder e espaço.
Organização eclesiástica:
• Também há concelhos com e sem termo: Ou seja, conjunto do que hoje são
“freguesias" dependentes de uma sede. A grande maioria dos concelhos tinham termo.
O concelho de Coimbra tinha 100 concelhos, com estatutos diferentes.
• Quadro normativo: as leis que regulavam o funcionamento dos concelhos, neste caso
era o livro primeiro das ordenações filipinas.
Abastecimento de água:
Obras públicas:
• Tipos de mortalidade:
o Estrutural
Evolução da população:
• “Entre finais do século XV e meados do século XVIII a população portuguesa não chegou
a duplicar. O aumento demográfico do Portugal moderno pautou-se por ritmos
moderados em ciclos de média e curta duração, a que correspondem avanços e recuos
pontuais do número de almas. Os seus efeitos contraditórios permitem compreender a
lentidão de crescimento populacional como um todo, bem como as assimetrias regionais
com que se processa, o que só pontualmente difere da dinâmica que caracteriza a
maioria dos Estados europeus contemporâneos” (Teresa Rodrigues, 1).
o Censos
▪ Numeramento (1527/32)
▪ Recenseamento Geral do Reino
1801.
o Contagens
▪ Fins militares
▪ Fins fiscais
• Onde houver muita gente haverá muita agricultura, arte, comércio e soldados e assim
se fazia a “felicidade” de um reino. Sendo assim, tanto as doutrinas mercantilistas como
as fisiocráticas são defensoras de políticas que fomentassem o aumento da população.
Demografia histórica:
• GALEGOS
o Finais do séc. XVIII – 50 ou 60 mil
o Locais de residência:
▪ Lisboa (40 mil)
▪ Entre Douro e Minho
▪ Trás-os-Montes
o Ocupações: criados, jornaleiros, pedreiros …
• INGLESES
o Comerciantes
▪ Vinho do Porto.
o Militares
o Alguns números:
▪ Lisboa (1755) – 900 pessoas
▪ Porto (1750-1787) – batizadas 183 crianças.
• FRANCESES
o Comerciantes
o Militares
o Técnicos (ind. Têxtil e minas).
o 1745 – 1000 pessoas
o 1785 – 8000 pessoas
• Meios credíveis:
o Correspondência de mercadores, embaixadores e médicos.
o Correspondência entre a coroa e os municípios.
• Meios menos credíveis:
o Gazeta de Lisboa (nem sempre difundiam notícias sobre doenças para evitar
alarmismos entre nacionais e estrangeiros.
o boatos, panfletos.
A trilogogia mortífera: a fome, a peste e a guerra.
• Mortalidade
o Por doença, infantil e mortalidade feminina no parto.
o Violência dos agentes patogénicos (bactérias, vírus ..), atraso da medicina, más
condições higiénicas, carências alimentares.
• Mortalidades excessivas:
o Decorrentes de crises de subsistência (escassez alimentar)
o Doenças: epidemias
o Guerra
• Pessoas e animais (pulga, mosquito) que chegavam aos portos marítimos (“a morte
que vinha do mar”).
o Mercadores.
o Pessoas que trabalhavam nos navios.
• Pessoas atravessavam a fronteira terrestre: (trabalhadores sasonais e outros viajantes.
• Correspondência vinda do exterior (higienização nas fronteiras terrestres e marítimas)
• Pessoas e animais (pulga, mosquito) que chegavam aos portos marítimos (“a morte
que vinha do mar”).
• Mercadores.
• Pessoas que trabalhavam nos navios.
• Pessoas atravessavam a fronteira terrestre: (trabalhadores sasonais e outros viajantes.
• Correspondência vinda do exterior (higienização nas fronteiras terrestres e marítimas)
• Pessoas e animais (pulga, mosquito) que chegavam aos portos marítimos (“a morte
que vinha do mar”).
• Mercadores.
• Pessoas que trabalhavam nos navios.
• Pessoas atravessavam a fronteira terrestre: (trabalhadores sasonais e outros viajantes.
• Correspondência vinda do exterior (higienização nas fronteiras terrestres e marítimas)
Mortalidade diferencial
• Os mais afetados:
o Trabalhadores agrícolas, artesanais e do comércio.
o Criados e criadas sem trabalho
o Pessoas que abasteciam as cidades.
o Pobres que viviam em casas e ruas insalubres.
o Mendigos e vagabundos.
• Receita universal ou breve notícia dos santos especiais advogados contra os achaques,
doenças, perigos e infortúnios.
Com a citação de um extrato das Ordenações Filipinas que nos remete para uma sociedade em
que a desigualdade de direitos e de deveres tinha uma fundamentação jurídica,
particularmente visível no campo do direito penal, um poderoso instrumento de diferenciação
social e de construção de uma representação diferenciadora e hierarquizada da sociedade.
A sociedade organizava-se de acordo com um modelo funcional, isto é, o critério que presidia à
hierarquização social era a função desempenhada, hierarquizando-se as funções (vida religiosa,
vida militar, vida económica) segundo a honra ou a dignidade que a sociedade atribuía a cada
uma das funções.
1ª ordem – Clero
2ª ordem – nobreza
3ª ordem - Povo
A sociedade de Antigo Regime registou mobilidade social, mobilidade que não era de grupo
mas individual. Constituíram-se como factores de mobilidade social os rendimentos
nobilitantes, como eram os de natureza fundiária.
NOBREZA
Conceito:
• Nobre era “aquelle que por sangue ou por Alvará de Principe se diferença em honras e
estimação dos plebeus e mecânicos”.
• “Os reis por acrescentar/ as pessoas em valia, /por lhes serviço pagar,/ vimos a uns o
dom dar/e a outros fidalguia” (Garcia de Resende)
A nobreza era um grupo hierarquizado, sendo a designação dos vários graus de nobreza
particularmente difícil de destrinçar. As Ordenações Filipinas distinguem três categorias:
Fidalgos, Cavaleiros e Escudeiros.
A categoria de fidalgo titular - duques, marqueses, condes, viscondes e barões – é aquela que
tem uma configuração mais clara.
Abaixo desta categoria situavam-se os fidalgos não titulares e um grupo de nobres muito
heterogéneo; alguns distinguiam-se dos plebeus por viveram “à lei da nobreza”, por
ostentarem um conjunto de símbolos sociais que os podiam catapultar à obtenção de nobreza
formal.