Você está na página 1de 12

ASPECTOS HISTÓRICOS E

POLÍTICOS DO GOVERNO
JOANINO
Prof.ª Caroline Lima
Doutora em Ciências Sociais (UFBA)
Mestre em História Regional e Local (UNEB)
Cronologia

• 1808 – chegada da Família Real a


América Portuguesa; Abertura dos
Portos – fim do Pacto Colonial
• 1815 – Elevação do Brasil a Reino Unido
• 1817 – Movimentos em Pernambuco e
Lisboa
• 1820 – Retorno de D. João VI a
Portugal
• Para Iara Schiavinatto na década de
1980 a produção historiográfica,
preocupada com os anacronismos nas
análises do processo de
independência e do governo
monárquico indicou que a nação fora
artifício da cultura política e histórica.
A depender da conjuntura a
construção da nação mudava de
lugar.
• A memória da Família Real e de D. João transita entre a
comédia e a tragédia. Contudo, um estudo aprofundado e a
historiografia pós década de 1970 indicam um outro perfil do
período Joanino.
• A produção historiográfica compreendeu que os estudos
cartográfico e geográficos da América Portuguesa em relação a
seu locus no império luso são importantes, para analisar como a
relação homem – identidade – território contribuiu no processo
de independência, e no fortalecimento de uma classe “nativa”
e como está negociou com a família real.
Um outro olhar sobre o
governo Joanino
• Na Península Ibérica a gestão Joanina continuou reformas nas
esferas administrativas, reordenando institucionalmente e
redefinindo o poder de mando político, estas fundamentadas
na questão colonial. Segundo a autora houve a flexibilização da
política colonial, tendo em vista as reivindicações vinda do
ultramar. A corte também sofreu influências do movimento das
luzes.
Pensadores do Estado

•Universidade de Coimbra
• Movimento Iluminista
•Liberalismo – o modelo monárquico
inglês
• Tendo em vista o contexto histórico, percebe-se e o ambiente
intelectual, a transferência da Família real para o Brasil, de
acordo com Iara Schiavinatto, não pode ser visto como uma
ação acovardada, mas sim enquanto um projeto político.
• A nova configuração política constituiu a ideia da existência de
um império luso-brasileiro, espaço aberto para disputas políticas
em torno da coroa, e de uma nova geração de intelectuais.
• As ações de D. João e a elevação do Brasil a Reino Unido: “O
monarca das Américas”.
• A transplantação da Corte portuguesa para o Brasil foi
interpretada de forma negativa, fragilizando a imagem da
monarquia lusitana.
• Para a autora houve a necessidade de criar uma simbologia –
em caráter de urgência – que demonstrasse a força da Coroa,
sua imponência e articulação política, e assim manter a
obediência dos vassalos.
Crise do Sistema Colonial
•Fortalecimento do Mercado
Interno;
•Abertura dos Portos e uma nova
lógica de mercado;
•Negativa interna a condição de
Colônia;
•Universidade e ambiente cultural:
uma nova mentalidade
Implementação da Corte
• Novas relações de sociabilidades
• Não foi pacífica
• Disputas por privilégios
• Insatisfação das elites marginalizadas
• Revolução Pernambucana (1817) que envolveu outras
províncias. Motivações: custo do escravo, pesada carga
tributária, insatisfação com a cultura política imposta pela corte
lusitana. Logo, declarou-se independente, federalista e
republicano.
• A Coroa respondeu com violência – o simbólico estava em jogo!
1821-1820
• Movimento Liberal
• Novo pacto político: fim do absolutismo e afirmação dos direitos
dos cidadãos
• A Liberdade de Imprensa e a disputa de opinião pública e de
sua posição
• 1821 - Diminuição da figura do Rei e perda da força da corte
transplantada
• 1822 – Novos horizontes para um Império luso-brasileiro
Referência
• SCHIAVINATTO, Iara. Entre história e historiografias: algumas
tramas do governo joanino. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo.
(Org). O Brasil Imperial, vol. I: 1808-1821. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2009, p. 55-94.

Você também pode gostar