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Análise de Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos
Últimos Três Séculos
l Constatação da decadência dos povos peninsulares, após uma época de glória,
decadência essa assumida como um facto incontestável.
l Antero entende a Península como um todo, isto é, Portugal e Espanha: “Como
peninsular...”.
l A necessidade de reconhecer e assumir os erros históricos, a única forma de os
superar, o único caminho de regeneração.
l A delicadeza do tema a tratar: a sociedade possui tradições, crenças e interesses
históricos que representam a sociedade do passado; por outro lado, é difícil
alterar opiniões e crenças.
l No meio da divergência de opiniões, há uma fraternidade moral que se baseia na
tolerância, no respeito mútuo e na procura da verdade.
l Objetivo das Conferências: a discussão de ideias.
Os seus mentores não pretendem impor as suas ideias, apenas tencionam
expô--las para posterior discussão, ainda que desta resulte a derrota dessas
ideias, desde que com argumentos justos e corretos.
l O contraste entre a Península dos três últimos séculos (abatida e insignificante) e
do primeiro período da Renascença, da Idade Média e dos últimos séculos da
Antiguidade (gloriosa, liderante, inovadora).
l Caracterização da “raça peninsular” – passado remoto:
- a caridade;
- a tolerância.
l O espírito peninsular medieval:
-» a filosofia escolástica:
. o Romancero
l Renascimento:
-» primeira geração (até meados do século XVI), espírito brilhante destruído pelas
gerações seguintes:
– ensino:
– arte:
l A decadência (no espaço de 50-60 anos): quadro de abatimento, inércia, pobreza,
insignificância, tanto mais sensível quanto contrasta dolorosamente com a
grandeza, a importância, o progresso, e a originalidade do papel desempenhado
nos últimos séculos da Antiguidade, na Idade Média e no primeiro período da
Renascença:
- o vício;
- a brutalidade;
- o adultério;
. nos “pequenos”: - a corrupção hipócrita;
- a miséria;
- o adultério;
- a prostituição;
- a desagregação da família;
-» em suma, “tais temos sido nos últimos três séculos: sem vida, sem
liberdade, sem riqueza, sem ciência, sem invenção, sem costumes” .
l Causas da decadência:
l O crescimento e progresso de outras nações:
-» causas:
l Consequências:
. conclusões:
– na economia portuguesa:
– na sociedade portuguesa:
. fomentou a hipocrisia;
. promoveu a delação;
. intensificou o fanatismo;
– no domínio colonial:
2. Do absolutismo:
. centralizou o poder;
. corrompeu o rei;
® arte e literatura:
-» odes ao divino;
-» arquitetura jesuítica;
-» discurso fradesco;
3. Das conquistas ultramarinas:
. crescimento da população;
. abundância;
. arborização do país;
. prosperidade agrícola;
. desenvolvimento do comércio;
. nas colónias:
l Soluções propostas para superar a crise:
l O Cristianismo foi a Revolução do mundo antigo, a Revolução moderna é o
Cristianismo do mundo moderno.
A conferência de Antero tem sido considerada como um dos documentos
mais importantes da cultura portuguesa do século XIX, como um balanço da
história portuguesa e peninsular, como um julgamento de Portugal e do seu
passado histórico e, simultaneamente, como uma tentativa de acordar as
consciências.
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Labels: 11.º Ano , Análises , Antero de Quental
Obras de Antero de Quental
1861 - Sonetos de Antero de Quental.
1862 - Beatrice.
1865 - Odes Modernas.
1872 - Primaveras Românticas.
1875 - Odes Modernas (2.ª edição).
1881 - Sonetos.
1886 - Sonetos Completos.
Posted by Filoctetes at 01:39 0 comments
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Labels: 11.º Ano , Antero de Quental
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Vida de Antero de Quental
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Labels: 11.º Ano , Antero de Quental
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Análise do poema "Tormento do Ideal"
(c) Santillana
. 4.º momento (vv. 13-14) ® A dor e a decepção finais (de certa forma já antecipadas no 2.º
momento):
“Mas dentro encontro só, cheio de dor
Silêncio e escuridão - e nada mais!”
¯
abismo entre a realidade e a idealidade ® pessimismo (estado de espírito
do sujeito)
A adversativa “mas” confirma o segundo momento, ou seja, o da
desilusão.
HIPÓTESE B
. 1.ª parte (vv. 1-6) – O sujeito poético busca a felicidade (o palácio encantado), mas é
tomado pelo cansaço e pela desilusão (vv. 5-6).
. 2.ª parte (vv. 7-12) – A ilusão momentânea do sujeito poético, que o leva ao grito de
ansiedade: “Abri-vos, portas d’ouro, ante meus ais!” (v. 12).
3. Tempo: presente.
4. Espaços:
– físico: “desertos” ® sugere a imensidão do mundo físico;
– psicológico: “Sonho” ® “O palácio encantado da Ventura!”
. Recursos poético-estilísticos
1. Nível fónico
ível morfossintáctico
3. Nível semântico
. A proximidade semântica entre as expressões já desmaio (v. 5) e encontro só
(silêncio e escuridão) (v. 13), sendo que os versos 5 e 6 anunciam desde logo o
carácter deceptivo do encontro.
. Alegoria: o sujeito lírico sonha-se alegoricamente um cavaleiro andante – desejo de
evasão – , mediante a figura medieval do defensor dos fracos, que parte na
aventura da procura, inicialmente, entusiasta e, depois, dolorosa do simbólico
“palácio encantado”. O desenlace desta aventura de cavalaria alegórica é o
insucesso, a derrota final.
® concretização sensível de ideias abstractas;
® procura ansiosa da realização de um ideal da felicidade (“Palácio da Ventura”);
significado ® consequências destruidoras, no sujeito, de uma busca infrutífera
(“Vagabundo”, “Deserdado”);
® desilusão, sofrimento, pessimismo (“Silêncio e escuridão - nada mais”).
. Gradação.