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Glaciação é o nome dado ao período de resfriamento da Terra, em que densas camadas de gelo recobrem pequenas ou
grandes porções de terras emersas e congelam os oceanos em determinadas regiões. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/glaciacao.htm#:~:text=Durante%20uma%20glacia%C3%A7%C3%A3o%2C
%20as%20temperaturas,uma%20longa%20era%20do%20gelo.&text=Glacia%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20o
%20nome%20dado,os%20oceanos%20em%20determinadas%20regi%C3%B5es
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Henry Bunn arqueólogo das origens humanas, Evolução da dieta humana e estratégias de forrageamento. Disponível em:
https://www.anthropology.wisc.edu/staff/bunn-henry/
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O Período Paleolítico é a primeira fase periódica da história, com início há cerca de 2.5 milhões de anos e final em 10.000
a.C. Essa época foi marcada pelo desenvolvimento da comunicação oral e escrita, criação dos primeiros utensílios de pedra e
manuseio do fogo pelo homem. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/paleolitico
Terceiro estágio: estima-se que essa última fase fica datada entre 1,8 e 1,6 milhão
de anos e evidencia que, além de caçar, os hominídeos do período buscavam por
partes de caça de outros mamíferos carnívoros. Assim estes apresentam uma
evolução carnívora, na qual buscam por resquícios de animais, coletando carcaças
ilesas, uma vez que adquirem novas habilidades para captura de presas de outros
animais ou até mesmo decorrentes da caça, o que passa a se tornar um habito.
Ainda segundo Pinto (2021), o paleontólogo Lars Werdelin 5, afirma que o
desenvolvimento da habilidade de aquisição de carne pelos hominídeos teria
motivado uma diminuição no número de espécies carnívoras no leste da África,
eliminando possivelmente diversas espécies de animais de grande porte. Com a
entrada dos hominídeos na cadeia alimentar carnívora, somada a alterações
climáticas, contribuíram de forma drástica, na mudança do ecossistema de
determinadas regiões africanas.
Os antigos banquetes faraônicos eram um assunto sério para a civilização que prosperou às margens do Nilo.
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Lars Werdelin nascido em 1955, é um paleontólogo sueco especializado na evolução de carnívoros mamíferos. Uma área de
interesse tem sido a interação evolutiva de carnívoros e hominídeos na África. Disponível em:
https://en.wikipedia.org/wiki/Lars_Werdelin
Os antigos egípcios consumiam além da cerveja e do vinho, o leite e a água, estes
fabricavam queijos, criavam gado, carneiros e cabras, os vegetais possuíam um
papel importante, e eles tinham como habito o consumo de alface, pepino e feijão. O
açúcar era obtido a partir do mel e servia para adoçar alguns alimentos e bebidas,
vale ressaltar que grande parte da população egípcia não tinha acesso a alimentos
de origem animal diariamente.
Carne de gado, galináceos, peixes, legumes e frutas eram um dos pratos mais
consumidos da mesa egípcia, o trigo era plantado em grande abundância sendo
este a base do principal alimento egípcio, o pão e entre as bebidas mais
consumidas, a cerveja. Por serem alimentos básicos da alimentação egípcia, o trigo
passava por um processo de moagem entre duas pedras para se transformar em
farinha, após, misturava-se a farinha com água e fazia pães de diversos formatos e
tamanhos, por vezes, eram adicionados temperos, como o alho. Caso desejasse
fazer cerveja, cozia-se os pães muito ligeiramente, em seguida esmigalhava-os,
misturava-os com água e deixava fermentar, o que viria a se tornar a cerveja, essa
mistura deveria de ser coada, antes de poder ingerida.
No entanto não é somente as pirâmides milenares que representam a cultura do
Egito, pode-se dizer que os antigos egípcios eram considerados grandes doceiros, e
suas receitas ficaram retratadas através de pinturas, relevos e esculturas, essas
receitas não só serviam como sobremesas, mas também possuíam fins medicinais
como a cura da tosse. Um exemplo dessa culinária, pode-se citar a bolacha Shayat,
que eram feitas com chufa6, água, tâmaras descaroçadas, mel e fritas no azeite de
oliva, cabe ressaltar ainda que as sobremesas no Egito eram divididas em duas
categorias: “doces de massa e pudim” e “frutas frescas”.
Os egípcios eram privilegiados por possuírem o Rio Nilo à sua disposição, já que
era de lá que provinha a maior parte dos recursos alimentícios e o comercio que era
intenso, que permitia a ligação entre as terras do Sul e as regiões pantanosas ao
norte, as incontáveis fazendas às margens do rio proporcionavam ao povo uma
comida rica e bem variada. Estes utilizavam facas, garfos e colheres, porém o uso
das mãos também não era descartado, durante este período a alimentação era
extremamente rica em nutrientes e muito saudável.
Quando se fala em Rio Nilo, Almeida (2014) descreve que por volta do ano 4000
A.C. foram construídos diques e canais de irrigação.
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A chufa é um tubérculo de pequena dimensão, muito semelhante ao grão de bico, com um sabor adocicado, que apresenta benefícios
para a saúde devido à sua composição nutricional, rica em fibras, antioxidantes e minerais, como o zinco, potássio e cálcio e isento em
glúten.
Contudo a nutrição entre as classes sociais era bem diversificada, enquanto os mais
pobres se alimentavam de pães, legumes, aves, frutas e peixes, as classes mais
nobres tinham acesso a alimentos mais sofisticados como o azeite, manteiga,
gordura de ganso, bolo de frutas, leite, ovos de galinha e óleos vegetais. Fica claro
que, com essa divisão de classes, os mais nobres e proprietários de terra se
alimentavam de suas próprias produções, agenciados por um sacerdote dos
templos, e como forma de pagamento, era oferecido comidas e bebidas (Antigo
Egito – Dieta, 2018).
Porém a alimentação não estava direcionada somente aos vivos, vale ressaltar que
os egípcios alimentavam a crença em uma vida pós mortem e ofereciam uma vasta
variedade de alimentos especiais, como forma de nutrir os espíritos. Assim como o
tema eternidade, a comida também era um assunto muito sério no antigo Egito, os
faraós e os egípcios mais ricos costumavam passar boa parte da vida garantindo
que pudessem oferecer banquetes fartos até mesmo após a morte.
Durante os processos fúnebres, as famílias realizavam oferendas diárias de
alimentos, com grandes cardápios que possuíam dez tipos de carnes, cinco tipos de
aves, dezesseis tipos de pães e bolos, seis tipos de vinho, quatro tipos de cerveja e
onze variedades de frutas. E dependendo da importância do ente querido, o desfile
gastronômico-funerário era altamente qualificado podendo até contar com
cervejarias e padarias, a fim de facilitar a vida de seus familiares.
No antigo Egito a comida tinha muita importância, além de servir para alimentação
da população, era considerada sagrada, sendo oferecida aos deuses e aos mortos,
os egípcios gostavam de comer bem e acreditavam que a maioria das doenças
decorriam da má alimentação, estes realizavam três refeições por dia, sendo elas,
pequeno almoço, almoço e jantar, eles gostavam também de alimentos de países
estrangeiros, e sua culinária era fortemente influenciada por hábitos alimentares
externos.
Ainda na Idade Média, as festas se alternam com os jejuns e durante este período,
carnes e produtos de origem animal como leite, queijo, ovos ou manteiga não são
permitidos, somente peixes. O objetivo é fortalecer a alma da pessoa que jejua e
lembrar-se do sacrifício que Jesus fez pelos humanos. As tentativas da igreja por
meio desses rituais incluem tentativas de perpetuar a fé e a moderação no consumo
de alimentos. Além disso, o jejum possuía funções biológicas e médicas porque
existe uma estreita relação entre o que você ingere com a vitalidade ou doença.
Na época medieval, o pão era a principal fonte de alimento (Anexo D), assim como
grãos, mingaus e massas ressalta-se que, outro hábito alimentar comum naquela
época era o uso de grãos doces e amargos, bem como as amêndoas para a
utilização em pratos, sendo esses moídos ou triturados para engrossar e dar
consistência a sopa, alimento mais comum à época. A produção de carne bovina na
época, possuía um custo bastante elevado uma vez que, eram necessários grandes
investimentos e terras para produção e criação dos animais, já a criação de frangos
e porcos eram consideravelmente menores tanto em custo como na criação sendo
esses mais acessíveis ao cardápio medieval.
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Quaresma é o período de quarenta dias, subsequentes à Quarta-feira de Cinzas, em que os católicos e algumas outras comunidades
cristãs se dedicam à penitência em preparação para a Páscoa
Entre os temperos mais utilizados e acessíveis as classes trabalhadoras estavam o
manjericão, tomilho, sálvia e salsa, além do uso de vertjus, uma forma de suco
obtida por uvas não maduras, o vinho e o vinagre. Para os mais abastados além dos
temperos já citados, o mel e o açúcar compunham a criação de suas receitas
concedendo-lhes um leve toque agridoce aos seus pratos.
O grande destaque para época fica destinados as bebidas com grande teores
alcóolicos, pois acreditava-se que, o consumo do álcool destruía as impurezas e
protegia o corpo contra os males. A cerveja deveria ser consumida sempre fresca,
uma vez que a levedura8 ainda não havia sido descoberta, o prazo de validade da
bebida era curto, o que lhe proporcionava um aspecto escuro, mas não por isso que
as classes mais populares deixavam de consumir. O vinho podia ser feito com
outras frutas além da uva, sendo elas a pera, a romã ou amora, consistia em um
processo de fermentação não muito parecida com atualmente, porém mais diluído
em água. Seu consumo era muito maior no sul da Europa Medieval e era bem
famoso entre as elites, embora os menos favorecidos também usufruíssem muito e
também estes criavam suas próprias versões, como por exemplo o vinagre era
misturado à água.
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Leveduras são organismos anaeróbicos facultativos. Através da fermentação, as leveduras quebram a molécula de glicose
para produzir energia para sua célula. Nesse processo são formados gás carbônico e álcool, favorecendo a produção de
produtos como pães e bebidas alcoólicas.
Renascimento9 movimento intelectual marcado pela cultura, as belas músicas, as
artes plásticas e a descoberta dos prazeres, em especial destaca-se a gastronomia.
Foi durante esse período que surgiram na Itália grandes nomes como Leonardo Da
Vinci, Michelangelo, Shakespeare, Hans Holbein, Cervantes e em destaque
Guillaume Tirel10 apelidado de Taillevent, um chef de reis que escreveu o primeiro
livro gastronômico que se tem registro, o Le Viandier 11.
Com o crescimento populacional que ocorre nesse período, fez com que os
europeus reestruturassem os seus processos produtivos no campo, diminuindo
assim as áreas de pastagens e ampliando as terras destinadas ao cultivo de
cereais, causando a diminuição do consumo de carne e como consequência o
aumento da ingestão de pães, porem não somente esse fator altera a alimentação
no período, com a falta de especiarias, ocasionada pelo fechamento do
Mediterrâneo, o velho mundo se abre para as grandes navegações.
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O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político, surgido na Itália no século XIV e se
estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas
modificações econômicas, o Renascimento reformulou a vida medieval, e deu início à Idade Moderna.
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Guillaume Tirel (1314-1395) apelidado Taillevent, era um cozinheiro francês e cozinheiro chefe de vários reis
da França medieval. Conhecido por seu livro de receitas medieval: Le Viandier, uma das primeiras receitas
escritas em francês. Em 1326, Guillaume Tirel trabalhou como aprendiz de culinária na coroação da rainha
Juana de Évreux, esposa do rei Carlos IV. Até 1346, aparecem novamente documentos em que "Taillevent"
aparece como cozinheiro do rei Felipe de Valois.
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Le Viandier é considerado o primeiro livro de cozinha impresso na França, por volta de 1486, sua história é
complexa e envolve vários manuscritos, com importantes diferenças entre si.
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O açúcar era chamado de ouro branco, pois tinha grande valor comercial. Desse modo , podemos observar
que dependendo da época a qual estamos falando , podemos observar diferentes materiais que eram
comercializados e tinham grande valor agregado.
açucareiras em solo brasileiro (vale mencionar também o desenvolvimento que
Pernambuco alcançou com a indústria açucareira durante a ocupação holandesa).
Com o desenvolvimento desse mercado, o açúcar invadiu o continente europeu e
passou a fazer parte da dieta do "Velho Mundo", ganhando cada vez mais
popularidade. Vários outros produtos fazem parte desse “intercâmbio gourmet” entre
Europa, Ásia, América e África, promovendo a troca de sementes, raízes, cereais,
especiarias e receitas. Entre eles pode-se citar a: mandioca, milho (produtos típicos
da sociedade centro-americana), tomate e pera.
Os franceses comiam pouco pão, pouca fruta, muita carne e gostavam muito de
purê de batata. Tanto os mais abastados, quanto os mais pobres comiam carneiros
e perdiz. Salmão, bacalhau e arenque também eram consumidos em grande escala.
Os franceses degustavam crepes de fígado, queijo parmesão ralado, alcachofras,
trufas, massas, vitela e veado, além de biscoitos de amêndoa, pudim de ovo,
sorvete, melão e geleia como sobremesas. Como resultado, nasceu a França, a
culinária mais requintada e complexa. Em Paris, comer fora virou moda. Shows de
cabaré, hotéis e bistrôs servem refeições em horários específicos.