Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Reconquista Cristã
A Reconquista Cristã ,baseia-se na recuperação do território da Península Ibérica ocupado pelos
Muçulmanos. Os Cristãos refugiaram-se nas Astúrias, no Norte da Península Ibérica e organizaram
a resistência aos Muçulmanos. Chefiados por Pelágio, têm a sua primeira grande vitória na Batalha
de Covadonga, em 722. Forma-se o primeiro reino cristão, o Reino das Astúrias. Esta Reconquista
durou oito séculos,apesar de também ter havido períodos de paz.
Com a formação do condado Portucalense em 1096,D. Afonso VI,o rei de Leão e Castela, teve
muitas dificuldades em vencer os muçulmanos e para o conseguir pediu ajuda, ao qual vieram
Cavaleiros Cruzados vindos da Europa,destacando-se D.Raimundo e D,Afonso Henriques.
Como agradecimento, D.Afonso VI deu a mão da sua filha D.Urraca e o condado de Galiza a
D.Raimundo, enquanto que a D.Afonso Henriques foi lhe oferecido a mão da sua filha D.Teresa e o
condado Portucalense. Esta Reconquista foi entregue ao mesmo, que se pôs contra o seu primo
D.Afonso VII, ao qual devia vassalagem e fidelidade.
Pode-se afirmar que Portugal resultou da Reconquista Cristã. Devido ás vitórias no campo de
batalha contra o Islão, deram a D. Afonso Henriques o prestigio e a autoridade necessários para
exigir, junto das autoridades castelhana e papal, o direito de usar o titulo de rei e ser aceite como
soberano pelos seus súbditos. Este foi reconhecido por D.Afonso VII,na conferência de Zamora.
D.Afonso Henriques conquista a cidade de Santarém em 1147. A sua posse abriu-lhe caminho à
conquista de Lisboa, com a ajuda dos cruzados, em 14 de Outubro desse mesmo ano. Mais tarde
sucederam-se as conquistas de Sintra, Almada e Palmela que se tornaram fortalezas importantes
para a defesa de Lisboa, e seguidamente de Alcácer do Sal (1158-1160).
O rei D. Afonso Henriques e os seus sucessores dividiam os seus esforços no povoamento e na
organização administrativa, económica e social das áreas conquistadas, elementos fundamentais
para a consolidação das fronteiras e para a própria sobrevivência do Reino. Para isto foram
concedidos inúmeras cartas de Foral, criaram-se os primeiros órgãos da administração central e
fizeram-se importantes doações de terras e privilégios às ordens religiosas e às ordens militares.
Após duas tentativas bem sucedidas da conquista do Algarve, os Almóadas dominaram as forças
portuguesas,o que fez com que perdessem as conquistas que estavam a sul do Tejo, exceto Évora.
D.Afonso II, substituiu D.Sancho I, onde foi rei de 1211 a 1223,sendo este responsável por
assegurar o poder real. Houveram ainda tentativas da parte das tropas portuguesas para a conquista
do Alentejo mas,por sua vez,foram derrotados(1212).
No reinado de D.Sancho II, conquistaram-se as seguintes terras:
Serpa,Moura,Beja,Elvas,Juromenha,Aljustrel e Mértola,por fim, Algarve Oriental.
Por fim, D.Afonso III (1248-1279) atingiu a conquista ao Algarve, terminando assim a
Reconquista Cristã.
Organização do território
Com a Reconquista Cristã surgiram vários reinos cristãos na Península Ibérica, o reino de Leão e
Castela deu origem a senhorios/condados, denominado por Condado Portucalense.
O território Nacional estava organizado em quatro partes:
Concelhos, que prevaleciam no Norte e no Sul. Devido às batalhas entre cristãos e muçulmanos,
vários territórios não possuíam o domínio de um senhor, o que levou à própria população a auto-
organizar em reuniões públicas, ou seja, assembleias de vizinhos, os 'concilia'. Onde o seu principal
objetivo era gerir as terras comunais, as fontes de água e o gado dos que ali viviam. Os reis
mostraram-se cativados por estas instituições,aprovando forais com diversas finalidades como por
exemplo: atrapalhar a expansão dos senhorios pela falsificação das terras e direitos
humanos,organizar a administração do reino,convocar soldados para a guerra,povoar as terras
assegurando a sua defesa,e impedir a expansão dos direitos senhoriais. Existiam concelhos rurais e
concelhos urbanos. As populações começam a ter menos deveres para com os senhores.
Legalizados mediante as Cartas de Foral.
Honras- Situavam-se geralmente no Norte Atlântico. Eram compostos por uma ou mais freguesias,
ou partes de freguesia. Tratava-se de uma terra, ou circunscrição administrativa, que pertencia a um
Senhor ou Fidalgo. A sua imunidade resultava de o seu senhor ser um nobre que exercia os poderes
públicos e que, por isso, “honrava” o respetivo território.
Coutos- Encontravam-se no Norte Atlântico. Eram bastante semelhantes às Honras, a diferença está
no modo como a imunidade foi conquistada. No caso dos coutos, foi através da carta de couto.
Reconheciam-se através da existência de um Mosteiro, Sé Catedral e um Castelo.
Póvoas-