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Nos séculos XII e XIII ocorreu a reconquista cristã, onde o reino de Leão e Castela estava a
D.Henrique e D. Teresa.
Em 1143 o rei de castela D. Afonso VII com o tratado de Zamora reconheceu a independência
do reino de Portugal.
Em 1147 Lisboa foi reconquistada com o apoio do exército inglês. Consolidou assim, a linha do
Em 1179 o Papa alexandre III assinou a Bula Manifestis Probatum onde reconheceu a
independência do reino de Portugal. Nesta Bula, Portugal estava sobre a condição da Santa Fé
A fronteira entre Portugal e Castela foi sofrendo diversas alterações e o principal responsável
Em 12
97 foi assinado o tratado de Alcanices entre os reinos d eCastela e Portugal. Nesse tratado os
reis D. Dinis (Portugal) e D. Fernando (Castela) definiram as fronteiras definitivas entre os dois
condados.
Nos séculos XII e XIII, Portugal estava organizado em senhorios e concelhos. Os senhorios no
Senhorio- território, extenso ou não, pertence a um senhor e pode ser contínuo ou dividido
por diferentes áreas. O senhor tem poder no território e nas pessoas que lá habitam.
Os senhorios que pertenciam ao rei eram os reguengos. Os que pertenciam aos nobres eram
exploradas pelo senhor. Embora isso não signifique que seja ele a trabalhar nela.
A parte da reserva era separada do local onde viviam os camponeses por um rio ou uma
estrada. A reserva é o local onde eram construídos equipamentos que depois quem quisesse
Nas honras os nobres viviam em castelos, paços ou torres de menagens. Situavam-se mais no
Norte do país devido à nobreza ter um papel defensivo e militar, e como Portugal começou por
Nos coutos, o clero vivia nos mosteiros, junto das Sés ou em castelos. Situavam-se mais no
Centro e Sul do país. Os coutos formavam -se através da atribuição de uma carta de
Foi na Idade Média que se desenvolveu a relação de dependência conhecidas como relações,
contrato feudo-vassálico.
O contrato feudo-vassálico é feito por 2 pessoas dos grupos sociais privilegiados, o clero e a
nobreza. O mais rico era o suserano, dava ao mais pobre o vassalo (o menos importante)
feudo.
O feudo podia ser uma renda, uma casa que podia ser ou não com campo, um campo ou uma
floresta, garantindo assim a sua subsistência. Ambos dão apoio militar, económico e dão
conselhos um ao outro.
uma casa ou campo); jeiras (trabalho gratuito na terra do senhor) e poderes políticos ou
públicos que correspondiam ao poder banal, incidiam sobre as pessoas que viviam no
senhorio, têm poder militar (capacidade de organização do exército e decidir a guerra e a paz),
poder judicial (aplicação da justiça exceto pena de morte e amputação de membros), poder
fiscal (cobrança de impostos). Os impostos podiam ser banalidades (pela utilização do forno,
moinho e dos lagares de vinho e azeite); portagens (pela circulação de mercadorias) e pajens
(circulação de pessoas).
Os senhorios tinham imunidade perante o rei e seus funcionários, exceto nos casos de
Dar a imunidade aos senhores faz-se através de uma carta de couto e da atribuição do poder
público a um nobre.
A exploração económica da terra constituía uma das fontes de rendimento dos nobres e
senhores.
exploração arrendadas- casais (mansos ou vilares). Ambas eram fonte de direitos dominiais.
A Quintã incluía: os estábulos, os celeiros, os moinhos e lagar, e uma porção diminuta de terras
A exploração da quintã cabia aos escravos, servos e colonos livres dos casais que nele
vilares.
A exploração dos casais era feita por contratos entre os senhores e colonos, conhecidos por
“caseiros”. Estes contratos podiam ser perpétuos ou durar de duas a três gerações.
Nos domínios eclesiásticos (do clero) o controlo era ais apertado, o clero preferia a exploração
Para além das rendas pagas aos caseiros a igreja cobrava a dízima-10% de toda a produção
Os dependentes- homens controlados pelo clero e pela nobreza, a quem exigiam tributos e
a ser cobrados Direitos Senhoriais pelos senhores ou pelo rei. Isto em virtude de uma lei de D.
Afonso II que determinava que todo o homem livre devia depender de um senhor.
Os colonos- homens livres que trabalhavam em terra alheia, iram os contratos a prazo
libertados, a quem foram entregues casais para exploração e que viviam sempre a fazer
dos colonos.
Os assalariados que viviam do aluguer do seu trabalho- muito na época das colheitas e pouco
O mundo rural e senhorial deteve, durante a idade média, a primazia em todos os setores da vida
histórica do país. Nele concentravam-se as fontes de riqueza e as elites sociais nobres e eclesiásticas.
Esse país rural comtemplou-se com um país urbano, de vilas e cidades concelhias, que impulsionou o
desenvolvimento do reino.
A ação da própria reconquista que, no avanço de norte para sul, ocasionou a integração de
territórios muçulmanos com marcadas características urbanas. Incluem-se as urbes moçárabes de
Coimbra, reconquistadas no século XI, e de santarém, lisboa e Évora. As urbes sobressaíram-se pela
sua densidade populacional, tanto mais que, apesar do domínio islâmico, a população cristã teve
autorização de nelas permanecer.
Se a presença régia, mesmo que temporária, ajudou a consolidar as estruturas urbanas do reino, se
sede de bispado e possuir a sua sé catedral tornou-se indispensável para receber o nome de cidade,
mesmo se de dimensões demográfica e territorial reduzidas. O reino de Portugal só conhece apenas
nove cidades: Braga, Coimbra, Évora, guarda, lamego, lisboa, porto, silves e Viseu, que se
recuperaram com a reconquista cristã.
Nos centros urbanos existia um grupo socioprofissional encarregue dos ofícios ou mesteres
artesanais – os mesteirais. Os praticantes dessas atividades eram tecelões, tintureiros, curtidores,
ferreiros, ouvires, pedreiros, carniceiros, padeiros. Com o seu bulício animavam as ruas, a sua
memória ficou perpetuada na toponímia das nossas cidades: ruas dos sapateiros, correeiros,
pelames, fanqueiros, caldeireiros, ferreiros, do ouro, da bainharia.
No Norte havia uma maior influencia cristã, as cidades possuem um ou mais praças onde
havia várias ruelas. No Sul encontramos maior influência muçulmana que distribuía as
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O espaço amuralhado
No século V foi construída uma cintura da muralha (cerca moura) à volta da cidade,
delimitando o espaço urbano. A muralha dava-lhes proteção, rendimento por cauda das
cidade foi necessário a construção de novas muralhas, assim no século XIV foi construída a
cerca Fernandina, que passava a incluir no interior arrabaldes. (INTERNET)
No núcleo central era habitado pelos dirigentes e pelas elites locais. Nas cidades com
influência muçulmana, esse núcleo central era a alcáçova, zona alta e acastelada.
No resto das cidades o centro era onde encontrava-se a Sé ou a Igreja, o paço episcopal, os
mercado da cidade.
Fora da cidade havia ruas tortas, onde os despejos eram feitos a céu aberto onde as
epidemias e os fogos estavam sempre presentes. Essas ruas eram compostas pelas
habitações populares, as oficinas dos mesteirais, as tendas para venda dos produtos,
Nos séculos XIII e XIV, para melhor qualidade de vida para os moradores, abriram-se ruas
novas que estabeleciam uma ligação direta entre duas portas da muralha, mais largas, onde
ficavam as melhores oficinas e lojas. Dentro e fora da muralha abriram-se algumas praças
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As minorias étnico-religiosas
A maior parte dos judeus eram mesteirais, ou seja, ourives, alfaiates, sapateiros, mas alguns
também eram médicos, astrónomos e cobradores de rendas. Alguns até tinham mais
estudos do que alguns cristãos, eram abastados e a maior parte vivia do negócio, viviam nos
seus próprios bairros, as judiarias, com os seus funcionários, juízes e hierarquia religiosa.
dos muros.
No final do século XV, a convivência entre as duas religiões rompeu-se. Com o edito de
de expulsão.
Quanto à comunidade mourisca também foi afastada pelos cristãos e foi posta nas
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O arrabalde
O arrabalde ficava fora dos muros e com o tempo acabou por se tornar num prolongamento
da cidade/ vila. No arrabalde ficavam os campos agrícolas, onde o ofício poluente ia parar e
era onde os mais pobres e os excluídos da cidade viviam. Era de pobreza e exclusão que
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O termo
Cada cidade possuía o seu termo, território às vezes espalhado por dezenas de quilómetros.
A cidade/ vila sobre exercia a jurisdição e impunha obrigações ficais ou militares. Quanto
Foi o que aconteceu na revolução de 1383-85, o Porto foi recompensado por apoiar a causa
2.3.3 O exercício comunitário de poderes concelhios; a afirmação política das elites urbanas
Todos os homens livres, maiores de idade, que viviam no concelho eram considerados de
vizinhos. Os que não considerados vizinhos eram as mulheres, o clero, os judeus, os mouros,
regulavam a distribuição das terras, o aproveitamento dos pastos e dos bosques, o exercício
dos mesteres, o abastecimento dos mercados e o tabelamento dos preços, não pondo de parte
a higiene.
justiça;
- os almotacés, que tinham de vigiar os mercados, eram encarregados dos pesos da medida e