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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S.

JULIÃO DA BARRA

Escola Secundaria Sebastião e Silva

Documento de Apoio Nº 1

II - O PAS RURAL E SENHORIAL

Os Reis com o objectivo de ocupar, defender e desenvolver o


território, recompensar os serviços prestados doou parcelas de
propriedade territorial à nobreza e ao clero.

Em troca, os vassalos fiéis ajudavam na guerra, financeiramente,


com aconselhamento e apoio.

Senhorios
Reguengos Honras Coutos

Terras Terras pertencentes à Nobreza Terras pertencentes ao Clero


pertencentes (senhorios laicos) (senhorios eclesiásticos)
ao Rei
- Norte Atlântico (entre o Douro e - Norte Atlântico:
o Minho) Ordem Religiosa dos
Beneditinos, sés do Porto e
Privilégios: Braga.
- Imunidade – isentos de impostos
à coroa, interdita a entrada de - Centro e Sul:
oficiais do rei, quer para cobrar Ordens religiosas de Santa Cruz
impostos quer para multar. de Coimbra e de
Alcobaça(Cister).
- administravam , aplicavam
justiça e cobravam impostos. Ordens religiosas militares:
Templários – Beira Baixa, Alto
- direitos sobre os habitantes do Alentejo;
senhorio: cobrança de impostos Hospitalários – Crato
por uso das terras, sobre bens de Calatrava – Évora, Avis;
uso comum, em géneros, dinheiro Santiago de Espada (Setúbal,
e serviços. Podiam requisitar Baixo Alentejo e Algarve.
homens para o seu exército.
Privilégios:
Terras atribuídas através de
carta de couto.
- Imunidade.
- administravam , aplicavam
justiça e cobravam impostos.
- Administração: Abade ou
mestre da ordem militar.
- Direito de Asilo – proteger os
fugitivos.

GRAUS DA NOBREZA

Nobreza Senhorial – o Nascimento (famílias antigas), o poder


económico, a força das armas, a autoridade sobre os outros
_______Superioridade social

Infanções Fidalgo

Ricos-homens – possuidores de domínios onde exerciam a justiça


e gozavam de isenções fiscais. Possuíam exército que
comandavam e sustentavam.

Cavaleiros – dedicavam-se à guerra e deviam cumprir um rigoroso


código de honra e de cortesia.

Escudeiros – nem todos eram nobres. Acompanhavam o seu


cavaleiro e ajudavam-no a vestir as armas e a combater na sua
retaguarda.
Pagens – encontravam se ao serviço de um nobre ou rei e
transitavam para a categoria de escudeiros depois dos 14 anos.

A natureza do poder senhorial

Os senhores exerciam um poder económico e, sobretudo político.


Este fora-lhes delegado por um rei em troca de favores militares e
da administração de terras e castelos.

A natureza do poder senhorial caracteriza-se pelo exercício de:


- funções militares – possuir armas e comandar os exércitos;
- funções judiciais – receber multas judiciais ao exercício da justiça;
- funções fiscais – cobrar exigências fiscais:
- banalidades – uso do forno, moinho, lagar, peagens
e portagens;
- jantar – dever de alimentar o senhor e o seu séqui-
to;
- lutuosa e manaria – espécie de impostos de suces-
- são;
- osas ou gaiosas – prestações pagas por quem
casasse fora do domínio senhorial.

A exploração económica do senhorio

Domínio Senhorial

Quintã (nobreza); Granja (clero) Casais ou vilares


(também designada por reserva ou (no resto da Europa, mansos)
paço)

- terra directamente explorada pelo - unidades de exploração arrendadas;


senhor;
- o casal era subdividido em glebas;
- incluía a moradia do senhor, igreja,
estábulos, celeiros, moinhos; - casais explorados através de contratos
(arrendamento, por duas ou três vidas)
- a quintã era explorada pelos entre senhores e colonos;
escravos, servos e colonos livres dos
casais; - pagavam as rendas de forma fixa ou
cedendo uma parcela das colheitas.
- prestavam trabalho gratuito e
obrigatório – jeira ou foro (no resto da
Europa, corveias).

As granjas eram administradas


directamente e beneficiavam do
pagamento da dízima (10% de toda a
produção).

A situação social e económica das comunidades rurais dependentes


Todos os homens que não pertencessem a um concelho, ao clero ou à nobreza
eram dependentes, porque ou habitavam num senhorio (dependência administrativa,
judicial e militar) ou nas terras do rei.
Herdadores – donos de Servos – eram descen-
terras herdadas de Colonos – (chamados de dentes de escravos
homens livres que não foreiros, malados, vilãos) libertos a quem foram
estavam sujeitos à justiça eram homens livres que entregues casais para
senhorial e passaram a arrendavam terras para exploração e viviam
ter prestações cultivar; sobrecarregados com as
senhoriais: jeiras.
- fossado – dever de - pagavam as jeiras e outros Assalariados – trabalha-
participação militar ou impostos (jantar, osas, dores sazonais.
fossadeira – pagavam lutuosa). Escravos - cativos
imposto para não fazer a mouros – faziam todos os
guerra, jantar, lutuosa… trabalhos.

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