Você está na página 1de 2

O exercício do poder senhorial e dominial

(séculos XII e XIII)

❖ O poder senhorial e dominial (no domínio senhorial)


▪ O duplo poder/domínio dos senhores sobre as comunidades rurais dependentes
o O poder senhorial – os senhores exerciam o seu poder sobre os homens;
o O poder dominial – os senhores exerciam o seu poder sobre a terra.

❖ Os privilégios do senhorio no seu domínio senhorial


▪ O comando militar > possibilidade de recrutamento militar, controlar castelos
e organizar expedições ofensivas.
▪ A punição judicial (estabelecimento da alta e baixa justiça > definição de penas
corporais e de multas) – o pelourinho (ou picota).
▪ A coação fiscal – definição de impostos/taxas:
o as banalidades (uso do forno, do lagar, do moinho),
o as portagens (sobre a passagem de mercadoria pelo senhorio)
o as peagens (sobre a passagem de pessoas pelo senhorio)

❖ A concessão real de imunidades ao senhorio no seu domínio senhorial


▪ A carta de couto entregue aos senhores eclesiásticos – um território coutado
(património do clero) > um território imune;
▪ A atribuição do poder público a particulares – o poder banal (ban ou bannus)
a um nobre > as honras (património da nobreza).

❖ A perda de poderes da realeza – o poder real


▪ Os funcionários régios ficavam impedidos de exercerem as funções militares, judiciais e fiscais
que competiam ao rei

❖ A exploração económica do domínio senhorial (ou senhorio)


▪ As partes produtivas constituintes do domínio senhorial (ou senhorio)
o A parte da propriedade explorada diretamente pelo senhor (= a reserva)
- a quintã (ou paço) – domínio senhorial nobiliárquico (nobreza);
- a granja – domínio senhorial eclesiástico (clero).
o A parte da propriedade arrendada aos camponeses (= mansos)
- os casais ou vilares – as unidades de exploração arrendadas aos colonos – os “caseiros”
❖ O poder dominial dos senhores laicos e eclesiásticos sobre as comunidades rurais dependentes
▪ As relações de dependência pessoal – os contratos (estabelecidos entre senhores e camponeses)
o Os contratos temporários (arrendamentos);
o Os contratos enfitêuticos, de longo prazo – definição do aforamento (ou emprazamento)
▪ contratos vitalícios (para a vida do contraente);
▪ contratos “em vidas” (multigeracionais, geralmente afetam 2/3 gerações);
▪ contratos perpétuos (para sempre).

Você também pode gostar