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III – A administração da cidade.

1. As instituições.
2. As leis.
3. Os Senhores das cidades.
1. As instituições.
• O Concilium
• A Vereação
• As magistraturas concelhias

• Os oficiais de nomeação régia:


• Alcaides
• Juízes de fora
• Mordomos
• Corregedor
• Almoxarife
2. As leis

• A carta de doação
• A carta de foral
• Os foros e costumes
• As posturas
3. Os Senhores das cidades.

• 1. O rei
• 2. A rainha
• 3. Os infantes
• 4. Os grandes senhores do reino
• 5. As sés catedrais
• 6. Os grandes mosteiros
• 7. As Ordens Religiosas Militares
As vilas da Rainha.
A administração das “terras da rainha”

• a) A jurisdição;
• b) As rendas e direitos reais;
• c) As compras e as doações privadas;
• d) O direito de padroado.
• A cada jovem rainha era concedida a jurisdição sobre um
certo número de vilas ou lugares pertencentes à coroa e os
respetivos direitos reais eram transferidos para a sua
posse.
• O estatuto de Senhoras de determinadas vilas atribuía-lhes
também direitos jurisdicionais, isto é, permitia que
exercessem sobre as populações das suas terras certa
autoridade, sobretudo do ponto de vista judicial.
• Recebiam, normalmente, como complemento do seu
senhorio, o padroado das igrejas das suas vilas e, por
vezes, o direito de nomear o alcaide que, porém, deveria
prestar homenagem ao senhor rei, responsável pelas
questões militares.
• Em termos judiciais funcionavam como instância de apelo.
• A partir da doação em dote e em arras que o rei D.
Fernando fez a D. Leonor Teles, propter nuptias, a
jurisdição das régias donatárias é sempre descrita
como sendo alta e baixa e permitindo o exercício
do mero e misto império (poder soberano e
judicial), como se os monarcas lhes dispensassem
todos os seus direitos rendas e poderes
• Pelas populações locais, o senhorio da rainha parecia ser
olhado, por vezes, como uma intermediação entre a
autoridade do rei e da sua administração e as
autoridades locais:
• Apelava-se à rainha para que apoiasse as medidas
tomadas pelos Concelhos que propunham tarefas que
eram do interesse de todos – desassoreamento de rios,
construção e reconstrução de fontes, pontes e calçadas,
etc.
• Em alguns momentos, houve mesmo apelos por parte
das autoridades eclesiásticas locais para que usasse a sua
influência a seu favor.
• Mas também se torna notório que qualquer intervenção
ativa das rainhas nas suas terras era encarada com
grande resistência.
• Em cada vila tinham, pelo menos, um tabelião,
almoxarife, mordomos, despenseiros.
• A seu cargo tinham a receção de todos os direitos
concedidos pelos reis às esposas porque o seu
património representava principalmente proventos
económicos com os quais podiam sustentar a sua Casa.
• Assim os oficiais das rainhas recolhiam
• jugadas - que incidiam sobre as superfícies lavradas de
certa extensão (que necessitassem, pelo menos, de
uma junta de bois para serem lavrados)
• e oitavos sobre o que era produzido
• e os pedidos que as Senhoras entendiam fazer aos
naturais do seu senhorio,
• além de direitos sobre mercadorias entradas por alguns
portos.
• Como era habitual em qualquer regime senhorial, as
Senhoras, o seu séquito e os oficiais ao seu serviço
usufruíam da aposentadoria, ou seja, da possibilidade de,
em deslocação a certa localidade, se alojar e/ou poder
usufruir gratuitamente de alimentos, roupas de cama e
outros bens
• e, quase todas as cartas de doação lhes garantiam
também, direitos de aposentadoria e de comedoria nas
Igrejas das suas vilas por via do direito de padroado que
lhes passava a pertencer.
• Encontram-se exigências de géneros, como trigo ou
cevada, a pagar em ajuda, alvarás obrigando os
moradores dos concelhos a dar roupas e pousadas aos
seus oficiais e até a leprosos que se iam tratar a termas
Bibliografia
• GOMES, Rita Costa, 1995, A Corte dos Reis de Portugal no Final da Idade Média, Carnaxide,
DIFEL.
• RODRIGUES, Ana Maria S. A., 2007, “For the Honor of Her Lineage and Body: the Dowers and
Dowries of Some Late Medieval Queens of Portugal” in E-Journal of Portuguese History, Volume
5, number 1.
• URL:http://www.brown.edu/Departments/Portuguese_Brazilian_Studies/ejph/html/issue9/html
/arodrigues_main.html
• RODRIGUES, Ana Maria S. A., 2009, “Infantes e rainhas: garantes de paz, pretexto para guerras”
in A Guerra e a Sociedade na Idade Média. VI Jornadas Luso-Espanholas de Estudos Medievais,
Volume II, Campo Militar de S. Jorge (CIBA), Porto de Mós, Alcobaça, Batalha, pp.39-60.
• RODRIGUES , Ana Maria S. A., SILVA, Manuela Santos, 2010: “Private properties, seigniorial
tributes and jurisdictional rents: the income of the Queens of Portugal in the Middle Ages” in
Women and Wealth in Late Medieval Europe, ed. by Theresa Earenfight, New York, Palgrave
Macmillan, pp. 209-228.
• SILVA, Manuela Santos, 2010, “A Casa e o Património da Rainha de Portugal D. Filipa de
Lencastre: um ponto de partida para o conhecimento da Casa das Rainhas na Idade Média”,
Revista Signum, 11-2 (2010) pp. 207-227.
• URL:http://www.revistasignum.com/signum/index.php/revistasignum11/article/view/29/28.
• SILVA, Manuela Santos, 2008, "Os primórdios da Casa das Rainhas de Portugal" in As Raízes
Medievais do Brasil Moderno, Lisboa, Academia Portuguesa de História/Centro de História da
Universidade de Lisboa, pp.27-41.

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