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O combate à expansão senhorial e a promoção política das elites urbanas

Desde D. Afonso||, os monarcas deixaram de tolerar o cresecimento desenfreado


da propiedade nobre e eclesiática. Muitos nobres eclesiáticos se serviam de
estratagemas frauduentos pra expandirem os seus bens convertendo propiedades
do rei e os herdadores em honras e coutos.

O combate à expansão senhorial envolvia várias medidas, incluindo:

a criação das leis de desamortização que proibiram os mosteiros e as igrejas de


comprarem bens de raiz, de os herdarem dos seus professos ou de aceitarem
doações de particulares

as confirmações gerais que representaram o reconhecimento pelo rei dos títulos


de posse de terras e direitos da nobreza e do alto clero, doados pelos
predecessores. Os senhores eram assim consciencializados de como muitos dos
seus bens podiam regressar à coroa.

As inquirições- averiguavam a natureza das propiedades se eram efetivamente


imunes ou se havia direitos e rendas devidos ao rei. Permitiram descobrir que os
fidalgos as ordens religioso-militares, os bispos e os abades haviam cometido
inúmeas usurpações e abusos

Resistências

Os monarcas encontraram diversas resistências. Os senhores prestavam falsas


declarações dizendo aos funcionários régios que as terras lhes pertenciam e que
tinham sempre sido imunes, caso estes não acreditassem os senhores
expulsavam-nos ou até os assassinavam

O apoio dos conselhos

No seu combate à expansão senhorial os monarcas contaram com o apoio dos


concelhos. Num dos conflitos entre prelados e os populares D.Afonso |V
conseguiu para o Porto o estatuto de concelho perfeito que permitia à cidade
nomear os seus júizes e usufruir de autonomia judicial. Estava-se assim perante a
promoção de elites urbanas, meio dos monarcas premiarem os concelhos que os
apoiavam na recuperação do poder real

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