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Perry Anderson
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Andreia Regina Moura Mendes
Feudalismo
Dicionário da Idade Média. H. R. Loyn.
Supremacia de uma classe de guerreiros especializados:
cavaleiros.
O feudo era terra de um senhor, confiada a seu vassalo em
troca de serviços meritórios, os quais incluíam serviços
militares, ajuda e conselhos.
O feudo, outorgado por investidura, era a mais desejada forma
de manutenção e desde muito cedo se tornou hereditário.
Trata de uma sociedade baseada na suserania, numa
hierarquia de vassalos e senhores que culminava no rei ou no
príncipe.
O relacionamento era criado por uma desenvolvida e elevada
forma de encomendação germânica antiga, pela qual um
homem livre se submetia a um outro por um ato de
homenagem, confirmado por um juramento sagrado de
fidelidade e vassalagem e usualmente acompanhado pela
outorga de um feudo.
O castelo
Essa foi uma manifestação
arquiteturial ímpar da sociedade
feudal. Como residência fortificada de
um senhor, era símbolo e a essência
do senhorio feudal, que se impunha à
terra por meio dos homens montados
que tinham sua base dentro de suas
sólidas muralhas.
A igreja e o feudalismo
A igreja, também feudalizada; os prelados
tornaram-se vassalos e os monges eram
considerados “cavaleiros de Cristo”, possuindo
feudos em troca do serviço de rezar. Quando
rezamos com as mãos juntas estamos rendendo
homenagem a Deus- um exemplo da poderosa
influência de conceitos feudais, os quais incluem
os princípios das relações pessoais, as obrigações
recíprocas e a disciplina, a lealdade
institucionalizada, e o serviço honroso amenizando
a realidade da hierarquia.
A dinâmica feudal
Perry Anderson
Feudalismo é uma representação de
notável progresso social e econômico
global.
Surgimento século X.
Expansão- século XI.
Auge- século XII e XIII.
Produção de uma civilização unificada e
desenvolvida, com enorme avanço em
relação às comunidades rudimentares e
fragmentadas da Idade Média.
Características do avanço do
feudalismo
Produção de um excedente agrícola.
Surgimento de inovações técnicas: o
arado de ferro, os arreios, o moinho
de água, o adubo calcário e o sistema
trienal.
Formação e consolidação de novas
relações sociais de produção:
suserania e vassalagem.
Organização do feudo
O motor fundamental do progresso agrário encontra-se na
dinâmica interna do próprio modo de produção. O feudalismo
era definido também por uma gradação escalar de
propriedade.
Divisão do feudo: manso senhorial, manso servil e manso
comunal.
O confronto de classes entre senhores e camponeses foi
criado por esta divisão.
A aplicação de novas técnicas, como a introdução do moinho
de água, deu lugar a um dos monopólios exploratórios
senhoriais: as banalitiés.
Com esta obrigação servil, o senhor feudal tornava-se,
segundo Marx, “o manipulador e controlador do processo de
produção e de todo o processo da vida social”.
Principais obrigações servis: talha, corvéia, banalidades,
tostão de Pedro, dízimo.
O campesinato
Era na própria classe produtiva direta que residia a
grande força do desenvolvimento agrário medieval.
O camponês era livre para tentar aumentar a sua
produção em sua própria faixa de terra, nos dias
da semana que lhe cabia o trabalho.
Com a regularidade e estabilidade na cobrança
das obrigações feudais, o campesinato tinha uma
margem de melhoria de produtividade, o que
influenciou a disseminação do cultivo de cereais,
principalmente o trigo.
Mudanças como o uso de cavalos para arar,
aparecimento das forjas, ou seja um incremento
nas técnicas reduziu a demanda por mão de obra e
permitiu o aumento da produtividade nos campos
O crescimento populacional
A expansão da economia e o aumento da
produtividade nos campos ocasionou um
acréscimo demográfico responsável pela redução
das propriedades camponesas.
A população total da Europa Ocidental dobrou
entre 950 e 1348.
A expectativa de vida subiu dos 25 anos para os
35 anos de idade até o século XIII.
Aparecimento da diferenciação social entre os
aldeões: produtores prósperos, kulaks e
camponeses pobres.
Com o aumento populacional, o comércio e as
cidades foram sendo revitalizados aos poucos.
Conflitos entre classes
Presença de lutas dilacerantes e silenciosas.
Apelo à justiça pública (Inglaterra).
Protogreves.
Pressões pela redução nos arrendamentos.
Malandragens nos pesos e medidas.
Os senhores faziam uso da manipulação legal
de novas obrigações e da violência coercitiva,
ou tomando as terras comunais.
As disputas pela terra provocaram a
recuperação e transformação de solo não
cultivado em área arável.
Expansão dos campos: 1000 à 1250
Senhores e camponeses participaram da ocupação
e colonização de novas terras.
As ordens monásticas realizaram a recuperação de
grandes extensões de terras para cultivo e
pastagem.
Os monastérios eram muito opressivos ao
campesinato e concorriam com os nobres por
novas áreas. A nobreza libertava os camponeses
da servidão como forma de estimulá-los ao serviço.
Algumas vezes os lotes dos camponeses eram
tomados pelos nobres e os mesmos eram
reduzidos à servidão.
As mudanças no sistema feudal
Entre os séculos XII e XIII houve redução das
terras senhoriais.
Diminuição da mão de obra campesina.
Aumento dos trabalhadores sazonais, pagos em
salários e isentos de obrigações habituais.
Ampliação dos arrendamentos das reservas
senhoriais a rendeiros camponeses.
Conquista da emancipação de camponeses e
aldeias através do pagamento de somas de
dinheiro aos senhores.
Ressurgimento da “servidão de gleba”.