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POVOS E CULTURAS NAS

Professora Doutora
TERRAS BANHADAS Andreia Mendes
PELO MEDITERRÂNEO
https://www.todamateria.com.br/povos-germanicos/.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/his
toria-santidade-na-igreja-catolica-era-dos-martires.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/das
-insanidades-de-caligula-a-orgias-interminaveis-10-mitos-
sobre-roma-antiga-e-os-romanos.phtml.
https://www.sabedoriaecia.com.br/historia/40-curiosidades-
no-minimo-inacreditaveis-sobre-a-idade-media/.
https://super.abril.com.br/especiais/maome-a-face-oculta-do-
criador-do-isla/.

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OS CONTATOS ENTRE OS ROMANOS E
GERMANOS
Os contatos entre esses povos incluíram:
Interação,
Adaptação
Preconceito e/ou exclusão.

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OS “BÁRBAROS”

Os romanos chamavam os
germanos de “bárbaros”:
Falavam uma língua
diferente;
Desconheciam seus modos e
costumes.
Eram considerados
selvagens, incultos, seres
inferiores aos romanos.

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A DESAGREGAÇÃO DO IMPÉRIO
A partir do século III, no Gastos crescentes;
entanto, uma crise
prolongada, motivada por Pagamento de funcionários
fatores internos e externos, e soldados;
desorganizou o Império Aumento dos impostos;
Romano e contribuiu para
desagregação. Desvalorização da moeda;
Inflação agravada;
Povos vizinhos começaram
a atacar e saquear as
regiões romanas perto das
fronteiras.
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O PROCESSO DE RURALIZAÇÃO
Aumento da insegurança
nas cidades romanas;
Pressão dos germanos nas
fronteiras do Império;
Moradores das cidades se
mudaram para o campo;
Os pobres sem terras
viraram colonos dos
grandes proprietários.
Nova relação de trabalho
chamada de colonato.
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EM BUSCA DE SOLUÇÕES PARA
A CRISE
Generais ambiciosos tomavam o
poder à força: anarquia militar.
Diocleciano: criou, no ano de 285,
a tetrarquia: quatro imperadores.
Constantino (313-337), combateu
os invasores e, por medida de
segurança, mudou a capital do
Império de Roma para Bizâncio.

Teodósio. Em 395, ele dividiu o


território romano em duas partes:
Império Romano do Ocidente,
com capital em Roma, e Império
Romano do Oriente, com capital
em Constantinopla.

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A ASCENSÃO DO CRISTIANISMO
Com a crise prolongada, a
religião oficial e o culto ao
imperador já não traziam
conforto espiritual ou
esperança.
O cristianismo se expandiu e
se consolidou com os
ensinamentos de Jesus.

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A ASCENSÃO DO CRISTIANISMO
Segundo o Novo Testamento, Prometia aos justos o paraíso.
Jesus, filho de Maria e José,
nasceu em Belém, próximo a Conseguiu um grande número
Jerusalém, na Judeia, uma de seguidores entre os judeus
província do Império Romano, pobres.
sob o governo de Otávio Propunha a adoração a um só
Augusto. Deus, opondo- se, à crença
Aos 30 anos, dizendo ser o aos vários deuses romanos;
messias, Jesus percorreu as Afirmava ser o messias que
aldeias e cidades da Judeia. traria a felicidade eterna;
Pregava o amor ao próximo, Se opunha à violência e
humildade e a igualdade prometia a vida eterna.
entre as pessoas;
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A ASCENSÃO DO CRISTIANISMO
Por isso e pela acusação de
se dizer rei dos judeus e de
pregar contra as autoridades,
Jesus foi condenado à morte
na cruz pelos romanos.
Após sua morte, os apóstolos,
com destaque para Paulo e
Pedro, transmitiram seus
ensinamentos aos povos do
Império, já que a proposta
cristã era de uma religião
universal.

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A PERSEGUIÇÃO AOS
CRISTÃOS
A perseguição aos cristãos
aconteceu por mais de dois
séculos e incluiu:
a) execuções públicas e
crucificações;
b) exposição a feras famintas
para serem devorados;
c) destruição de suas igrejas.

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Os cristãos reuniam-se nas
catacumbas, onde oravam e
sepultavam seus mortos;
Continuou atraindo pobres, ricos,
homens, mulheres e, até mesmo,
autoridades romanas.
Em 313, o imperador
Constantino concedeu liberdade
de culto aos cristãos, por meio
do Édito de Milão e se
converteu.
Teodósio, que, em 380,
transformou o cristianismo em
religião oficial do Império
Romano.

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GERMANOS: ONDE
VIVIAM E QUEM ERAM
Germanos era o nome dado
aos habitantes da Germânia,
região da Europa
parcialmente limitada pelos
mares Báltico e do Norte, e
pelos rios Reno e Danúbio.
Os germanos eram divididos
em vários grupos: alamanos,
burgúndios, francos, godos,
jutos, ostrogodos, saxões,
suevos, vândalos, visigodos,
entre outros.

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GUERRA, RAZÃO DE SER DO
GERMANO
1. O germano devia se
preparar para a guerra
desde pequeno.;
2. Ao tornar-se um guerreiro,
recebia honra e
reconhecimento da
comunidade;
3. O jovem passava então a
integrar um comitatus, isto
é, grupo de guerreiros
unidos a um chefe militar,
a quem deviam servir e
honrar.
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1. Com o aumento das
guerras contra os romanos,
os chefes dos comitatus
foram ganhando riqueza e
poder e, alguns deles,
tornaram-se reis.

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CONTATOS, ADAPTAÇÃO E EXCLUSÃO
a) Contatos: penetração dos germanos no Império Romano foi
lenta e gradual;
1. Alguns soldados germanos chegaram a generais do
exército;
2. Os germanos foram agricultores, trabalhando como colonos;
3. Por meio do comércio;
4. Através de casamentos.

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b) Adaptações:
1. ocorreram inúmeras trocas culturais;
2. Assimilação de costumes, valores e técnicas de construção
civil dos romanos;
3. Conversão ao cristianismo;
4. Os germanos, influenciaram a cultura material e a língua
oficial do Império, o latim.

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MIGRAÇÕES E INVASÕES NO
IMPÉRIO
1. No final do século IV, os hunos,
povo nômade vindo da Ásia
central, atacaram os
germanos.
2. Os germanos intensificaram
seus ataques a Roma;
3. Em 476, os germanos
conquistaram Roma e puseram
fim ao Império Romano do
Ocidente;
4. O Império Romano do Oriente,
no entanto, resistiu à invasão
germânica e sobreviveu por
mais de mil anos com o nome
de Império Bizantino.

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OS BIZANTINOS
O Império Bizantino era extenso
e abrigava povos de diversas
culturas e línguas, mas tinha o
grego como língua oficial.
Constantinopla, sua capital, tinha
uma posição geográfica
privilegiada: ficava na entrada
do Mar Negro, entre a Europa e
a Ásia;
Era passagem obrigatória de
importantes rotas comerciais que
ligavam o Oriente ao Ocidente.

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O IMPÉRIO BIZANTINO: POLÍTICA
Constantinopla era conhecida
como “Porta do Oriente”;
A política também tinha a ver
com a religião. O imperador era
considerado representante de
Deus na Terra.
O Império Bizantino era uma
teocracia – do grego theos
(Deus) e kratos (poder);
Era o imperador bizantino quem
escolhia o patriarca, o cargo
mais alto na Igreja Bizantina.;
Constantino: rei e santo. 20
O GOVERNO DE JUSTINIANO
O governo do imperador
Justiniano (527 a 565) e sua
esposa Teodora marcou a
história do Império Bizantino;
Restabelecimento da unidade do
Império Romano, reconquistando
as terras perdidas para os
germanos;
Para cobrir os gastos com a
guerra e dos novos territórios, o
imperador aumentou os impostos,
o que provocou forte
descontentamento e revolta.
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A RELIGIOSIDADE BIZANTINA
Os bizantinos eram cristãos e viviam
intensamente o cristianismo;
As festas oficiais tinham sempre um
caráter religioso.
Os aniversários das pessoas eram
comemorados no dia do seu nascimento
e no dia do santo cujo nome a pessoa
adotou.
Quem faltasse à missa por três domingos
seguidos era expulso da Igreja.
Os ícones (imagens pintadas e
esculpidas de Cristo, de Maria e dos
santos) eram muito populares e serviam
à devoção.
Os principais fabricantes de ícones eram
os monges.

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OS ICONOCLASTAS
Em 726, movido por razões
religiosas e políticas, o
imperador bizantino Leão XIII
proibiu o culto às imagens
religiosas e ordenou a destruição
de ícones;
Explodiram revoltas; muitas
delas lideradas por monges e
interessadas em derrubar o
governo imperial;
Ocorreu uma guerra civil até
843, quando a imperatriz Irene
reestabeleceu o direito de culto
às imagens.

Imperador João II e Imperatriz Irene 23


O CISMA DO ORIENTE
A língua da missa era o grego, os
rituais apelavam aos sentimentos, e
negava-se a existência do
purgatório;
As divergências entre o patriarca e
o papa iam aumentando;
Em 1054, ocorreu o rompimento: a
Igreja cristã dividiu-se em duas – a
Igreja Católica Apostólica Romana,
liderada pelo papa, e a Igreja
Cristã Ortodoxa Grega, dirigida
pelo patriarca;
O Cisma do Oriente perdura até
hoje;
Este cristianismo é chamado de
ortodoxo.
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MAOMÉ E O ISLAMISMO
Maomé nasceu em Meca, na Aos 25 anos, Maomé se casou
Arábia Ocidental, por volta com Cadija, uma viúva
de 570. Os membros da tribo comerciante, e assumiu o
coraixita eram mercadores e comando dos seus negócios;
mantinham negócios com
diferentes áreas da Arábia e Aos 40 anos, ele avistou um
também frequentavam a anjo que o convocou a tornar-
Caaba, o santuário da se mensageiro de Deus;
cidade. Maomé continuou pregando a
Ele travou contato com duas existência de um só Deus
das mais importantes religiões conquistando adeptos, tanto
monoteístas: o judaísmo e o entre a população da cidade
cristianismo quanto entre os beduínos do
deserto;
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OS MUÇULMANOS
Na Arábia surgia um líder
que fundou uma nova religião
monoteísta: o islamismo.
Pregando a crença em um
único Deus, Maomé reuniu à
sua volta um grupo de
seguidores, os muçulmanos;
Os comerciantes passaram a
perseguir Maomé, que por
isso se mudou de Meca para
Yatreb, chamada depois de
Medina, “cidade do profeta”.

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HÉGIRA
Fuga de Maomé de Meca
para Medina;
Ocorreu em 622 e foi
escolhido pelos muçulmanos
como ano I do seu calendário;
Maomé e seus seguidores
conquistaram Meca pela
força das armas (630), fato
que marca o nascimento do
Islã, palavra derivada do
árabe que significa
“submissão total a Deus”.

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CORÃO
Maomé não deixou nada escrito.
Após sua morte, Abu Bakr, seu
sucessor imediato, ordenou a
junção de tudo o que havia sido
escrito sobre os ensinamentos de
Maomé em um único livro, o
Corão, também conhecido como
Alcorão (do árabe Al-Kuran),
que quer dizer “O livro”.
Os muçulmanos creem que o
Corão é a vontade de Deus
revelada a Maomé por um anjo.

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O ISLAMISMO
A religião criada por Maomé
é chamada islamismo, e seu
princípio fundamental é a
crença num único Deus
(monoteísmo);
O islamismo é uma religião
simples, e este é, com certeza,
um dos motivos de sua rápida
expansão pelo mundo;

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TODO MUÇULMANO DEVE:
crer em um só Deus (Alá) e seguir os ensinamentos de Maomé,
seu mensageiro;
 orar cinco vezes ao dia com o rosto voltado para Meca;
 dar aos necessitados uma ajuda proporcional aos bens que
possui;
 jejuar durante os trinta dias do Ramadã (mês do jejum). O
fiel não deve ingerir nem alimento nem água, do nascer ao pôr
do sol;
 ir a Meca ao menos uma vez na vida, caso tenha recursos
financeiros para isso.

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A EXPANSÃO ISLÂMICA
Após a morte de Maomé, os primeiros califas empenharam-se
para expandir o islamismo para além da Arábia:
a) o interesse no controle das vias de comércio por terra e por
mar (através do Mediterrâneo);
b) a jihad, guerra santa para converter os infiéis, nome dado
às pessoas de outras religiões;
c) a crença de que aquele que morresse lutando pela
expansão do islamismo ganharia o paraíso.

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Sob a liderança dos omíadas, os muçulmanos conquistaram
grandes porções de terras a leste e a oeste. Depois, partindo
do continente africano, tomaram a Península Ibérica. Nessa
península, foram finalmente detidos pelos guerreiros francos na
Batalha de Poitiers, em 732;
Conquistaram o norte da África, a Espanha, Portugal e a
Sicília. A metade sul do Mediterrâneo tornou-se um “lago
muçulmano”;
Várias cidades sob domínio islâmico, como Alexandria e Túnis,
no norte da África, renasceram para o comércio e a
comunicação através do Grande Mar.

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A EUROPA E O ISLAMISMO
A Espanha: obtinha grãos no Marrocos e vendia para eles
tecidos, cerâmica, artesanato em metal. Os mercadores já
usavam notas de crédito e cheque para as compras.
Império bizantino: os mercadores bizantinos continuaram
comerciando com o Ocidente via Itália, e com o Oriente, via
Mar Negro.
Os mercadores de Veneza, na Itália, também se arriscaram
por mares muçulmanos levando e trazendo mercadorias.

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