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RESUMO
A abordagem etnoecológica tem feito parte das principais iniciativas que visam à
conservação da biodiversidade em ecossistemas tropicais. O etnoconhecimento,
conjuntamente com as inovações tecno-científicas e, com base em enfoques participativos,
busca integrar os agentes locais que agem sobre os objetos da conservação. Este trabalho
estudou, com uso de metodologias participativas, o conhecimento étnico visando avaliar
sua contribuição na conservação da biodiversidade em áreas naturais e sua relação com o
uso sustentável dos recursos naturais na agricultura familiar. A pesquisa foi realizada com
grupos de agricultores tradicionais nos municípios de Painel e Bocaina do Sul, no estado
de Santa Catarina. Esta região é conhecida pela pecuária extensiva e pela presença do
pinheiro (Araucaria angustifolia), cujas florestas naturais foram intensamente devastadas,
das quais restam apenas 3% do bioma original. Atualmente, o setor florestal está em
crescimento, mas baseado na monocultura de Pinus, causando conflitos ambientais, sociais
e econômicos, que contrastam com a rica diversidade biológica e cultural historicamente
marginalizada. Nas comunidades rurais a conservação da biodiversidade é construída
socialmente pela cultura na culinária tradicional, terapia medicinal popular e outros usos,
determinando estratégias de manejo peculiares que afetam populações biológicas e formas
da paisagem. O etnoconhecimento e a forma de vida relacionada, muitas vezes entram em
conflito com os interesses econômicos que desprezam a biodiversidade local, substituída
por espécies exóticas para o lucro imediato, ou mesmo porque determinam formas de
produção “modernas”. O grande desafio para a reversão deste quadro exige construção
coletiva do saber, por parte de técnicos, mas também participação e protagonismo efetivo
das comunidades. As políticas governamentais, visando capacitação e formação, as
pesquisas e a legislação ambiental devem favorecer uma melhor irradiação de tecnologias e
o desenvolvimento criativo nos programas de extensão rural baseados na pesquisa-ação e a
reflexão-na-ação para a sustentabilidade da agricultura familiar.
INTRODUÇÃO
A relação entre o etnoconhecimento e suas contribuições para a conservação da
diversidade representam um desafio no entendimento de como proceder no dia-a-dia da
extensão rural, atendendo a um dos princípios básicos de qualquer projeto em
desenvolvimento rural sustentável: Valorização do conhecimento local e protagonismo dos
atores sociais envolvidos.
Os padrões de intervenção na natureza das populações rurais são reflexos das
1
Mestranda em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências
Agroveterinárias (CAV/UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, Lages, SC. Bolsista da CAPES.
mshmafra@yahoo.com.br
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Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes, Departamento de Ciências
Sociais. Campus A. C. Simões, Br 104 km 14, Tabuleiro dos Martins, Maceió, AL. stadtler@elogica.com.br
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MATERIAL E MÉTODOS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
nova que produzem pinhão são abundantes, e por isso valem mais em pé do que cortados
(FLORIANI, 2004).
As comunidades tradicionais se destacam pela abrangência dos remanescentes
florestais nativos, com grande número de famílias desenvolvendo atividades relacionadas à
floresta, destoando-se do entorno caracterizado por condições sociológicas distintas, com
predomínio da pecuária extensiva e plantios comerciais de pinus.
O manejo da mata nativa com sua biodiversidade é bem vista pelos agricultores,
desde que atenda as necessidades imediatas, como lenha, palanques, ervas medicinais, mel
e frutas. Tais agricultores indicam que as árvores maiores devem ser cortadas para deixar
lugar para as menores crescerem. Esta forma se justifica por gerar renda imediata. O maior
problema apontado é a legislação, pois os critérios são inadequados ou desconhecidos pela
população local. A maioria das propriedades possui área de terra maior que 30 hectares,
limite para haver possibilidade de cortar a araucária. Em virtude disso os agricultores ficam
sem meios para manejar os recursos florestais.
Na maioria das florestas nativas observou-se a presença do gado no seu interior,
gerando pressão de seleção sobre a diversidade biológica, prevalecendo espécies não
palatáveis ao gado. Os diferentes sistemas observados demonstram que há vários graus de
degradação, de acordo com o tipo de manejo adotado em cada situação. Fazem-se
necessárias pesquisas que busquem as informações e transformem em indicadores para
sustentabilidade dos sistemas produtivos multifuncionais.
As florestas da região são ricas em espécies não madeireiras para consumo e para
fins econômicos, como o pinhão e a erva-mate, além de fazerem parte da culinária, cultura
e tradição regional, representam importante contribuição econômica com a sua
comercialização. Ainda sob as copas dos pinheiros, se juntam plantas medicinais, frutíferas
e melíferas. As florestas também fornecem lenha utilizada para aquecimento das casas no
inverno.
Entre as espécies frutíferas nativas pode-se destacar a goiaba serrana, que cresce em
abundância nas florestas, capões e nos quintais das casas. Atualmente Embrapa, EPAGRI e
algumas Universidades estão pesquisando as variedades com interesse econômico, como
alternativa de geração de renda. Para Franzon et al. (2004), as espécies frutíferas nativas do
sul do Brasil apresentam grande potencial para exploração econômica.
A floresta nativa passa a ser um elemento fundamental na propriedade, uma vez que
ela é a base para toda a produção e se integra em todas as atividades importantes das
famílias. Há necessidade e vontade por parte dos agricultores de preservar mais a
vegetação nativa, não pelo simples fato do cumprimento da legislação ambiental, mas pela
percepção da perda econômica na apicultura, atividade desenvolvida por muitas famílias de
ambas as comunidades. A região é peculiar pelos tipos de mel que são produzidos. Obtém-
se basicamente dois tipos de mel, o primeiro é do néctar das flores de bracatingas,
agulheiros, vassouras e uma infinidade de plantas nativas que florescem no inverno e
primavera resultando no mel claro, já o segundo mel é obtido do exsudado açucarado da
cochonilha que se alimenta da seiva nos troncos da bracatinga.
Em Casa de Pedras observou-se que as frutíferas como maçã, pêssego, nêsperas,
pêras e até cítricas, naturalmente formam sistemas dinâmicos em diferentes extratos onde
uma se favorece com as outras. Como exemplo, a bergamota cresce no sub-bosque de um
pinheiro, encostado na copa da nêspera, voltada para o norte, recebendo assim suficiente
radiação solar, mas protegido da incidência dos ventos gelados do sul. As famílias que
conseguem ter limão para o consumo, são as que descobriram que ela se desenvolve bem
em capões, voltada para o lado norte. As maçãs e pêras comuns se desenvolvem no interior
de capões de vegetação nativa e produzem frutos sadios sem a necessidade de tratamentos
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Agricultura
A coivara é uma das práticas tradicionais das populações locais, caracteriza-se pela
derrubada da vegetação florestal seguida de queima dos resíduos, constituindo um sistema
agroflorestal alternado. A regeneração natural durante o pousio recupera parte da
fertilidade dos solos transportada com os produtos. Neste sistema são utilizadas
principalmente sementes crioulas, insumos externos são utilizados raramente. Conhecer
como a atividade é gerida não pressupõe ausência de impacto, mas abre um precedente
para a compreensão do papel das populações locais em áreas que conservam
remanescentes de araucária. Recriminada por degradar o ecossistema e obter baixos níveis
de competitividade com sistemas extensivos modernos, ainda hoje é parte fundamental da
atividade familiar de agricultores tradicionais. Sua aplicação está intimamente ligada a
conhecimentos locais, dos quais depende o sucesso da implantação da lavoura, seja pela
efetiva eliminação de plantas concorrentes, pela adequada liberação de nutrientes e
capacidade de regeneração florestal. Mas tende a ser abandonada com a adoção de práticas
modernizadoras de uso do solo, pela supressão da vegetação para outros usos permanentes,
como campos e reflorestamentos ou pressão de restrições legais.
A eliminação da floresta e a ruptura de sua interação com o solo podem ter
aumentado a expansão de campos naturais na região, e o papel das práticas tradicionais,
como a coivara, associada ou seguida da criação extensiva de animais pode ter contribuído
para perda de resiliência ecológica dos ecossistemas originais nos diferentes solos do
planalto sul de Santa Catarina, práticas estas imprescindíveis para compreender a formação
da paisagem e da cultura regional (MAFRA & ARENHARDT, 2005).
O extrativismo do pinhão e da erva mate justifica a preferência dos agricultores
tradicionais por que não resulta em custos externos. A resistência dos agricultores
tradicionais à “modernização” da agricultura imposta nas últimas décadas e a aversão ao
risco, que se observa em praticamente toda população da região, é reflexo do risco real. A
produção pode variar devido à baixa fertilidade dos solos e clima, com geadas fortes e
presença de cerração, pela altitude entre 900 a 1300 metros acima do nível do mar. Assim,
propiciam a incidência de doenças nas culturas.
sobrou da cultura anterior, para então plantar na roça “limpa”. A área da lavoura tem cerca
de um hectare, cultivado com milho crioulo, batata doce (não mais que 20 m2), batatinha e
feijão no meio do milho. Quando considera que a terra da área já não corresponde em
produtividade, parte-se para nova área, iniciando com roçada da vegetação alta do tipo
capoeirão, composto por vassoura, bracatingas e araucárias. Enquanto isso a área
abandonada fica em pousio, a vegetação se regenera e em cinco ou seis anos a “gordura”
da terra “volta”, segundo o agricultor. Durante a regeneração inicial se limita a presença de
bovinos que voltam para a área após o terceiro e quarto ano quando as plantas pioneiras
como as bracatingas, vassouras e pinheiros não são mais comidos pelo gado. As atuais
restrições legais para o corte do capoeirão podem coibir estas práticas agrícolas.
O sistema produtivo é fundamentalmente de extrativismo. Apesar da grande
biodiversidade, a família passa por necessidades. Os produtos vendíveis ou que tem valor
monetário são gado e pinhão que se concentram em uma época do ano. A família
desconhece formas de aumentar a renda dentro da propriedade. A única saída que vêm é o
trabalho assalariado e “benefícios” políticos para melhorar a vida.
presente em toda a área, seja nas áreas de conservação permanente como nos topos de
morro, nascentes, mata ciliar, na área de preservação legal, como no meio das pastagens.
A propriedade manejada pelo Senhor Edson é composta por três áreas (Figura 4), as
áreas 1 e 2 são de propriedade dele, e a área 3 é arrendada. A área 1 possui 20 ha, com
sede, áreas de floresta nativa, pastagem nativa, lavoura, vime, pomar e uma horta
diversificada. Próximo à sede é mantida área de floresta nativa e pastagem na qual os
animais bovinos têm acesso e permanecem na maior parte do tempo. A lavoura é manejada
com pastagem no inverno e grãos durante o verão. Mais para o extremo da área tem-se
mata nativa e vime próximo ao Rio Faxinal. O vime é uma renda extra, o preço varia
muito, mas é um componente da diversificação que ajuda a diluir os riscos: “As vezes o
vime tem preço ruim, mas o leite ou o mel estão com preço bom, ou o contrário, assim um
compensa o prejuízo do outro e dá mais estabilidade financeira”.
A área 2 é pobre em recursos hídricos, possui 29 ha, é coberta de floresta em
estágio adiantado que fornecerá no futuro madeiras e lenha e, além disso, possibilitou a
expansão da apicultura. As abelhas se beneficiam da vegetação nativa e como o gado tem
acesso restritivo, a floresta não sofre pressão de seleção e conseqüente degradação como é
comum na maioria das propriedades da região. A bracatinga, principal árvore que fornece a
matéria prima para produção de mel, está presente em toda a área. Mas ao longo do ano as
abelhas se beneficiam de muitas espécies florestais, e quanto maior a diversidade, maiores
são as chances de suprir alimentação para as colméias durante todo o ano.
A área 3 tem a maior parte das 400 colméias produzidas na propriedade além de
uma área de produção de grãos no verão e pastagem no inverno, manejada no sistema
convencional. Mas revela “gostaria de transformá-la em agroecológica, preciso mais
informações, ainda não estou preparado, sei que demanda mais mão-de-obra e eu sempre
ando apertado no tempo”. A produção de mel já está toda certificada como orgânica e por
isto recebe até 30 % a mais pelo produto.
Seu Edson se preocupa com as grandes áreas de monocultura de pinus que já estão
inviabilizando a atividade apícola de muitos vizinhos que não tem a preocupação pela
regeneração e conservação de espécies melíferas que fornecem alimento e néctar ao longo
do ano. Muitos apicultores perderam grande parte das suas colméias devido à falta de
alimento e falta de conhecimento para o manejo.
A família do Sr. Edson tem acesso à educação formal e centros para formação e
tecnologias em agricultura. Seu Edson faz parte da Associação dos apicultores, já foi
presidente da associação. Participou de muitos cursos e gosta de inovar. Segundo ele: “hoje
plantamos tudo na tecnologia, fazemos plantio direto, e estou sempre disposto a melhorar”.
Buscou financiamentos bancários para custeio das máquinas da casa de mel. E
desenvolveu projeto para plantio e manejo de mais floresta nativa. A Sra. Marilda
igualmente participou de muitos cursos e foi por algum tempo agente da pastoral da saúde.
O casal cursou a escola para adultos, concluindo o ensino médio e a Sra. Marilda iniciou o
curso de Pedagogia: “Em pouco tempo irei fazer um concurso e passar a ser professora”.
Hoje o Sr. Edson se considera realizado: “tenho uma casa de mel decente, bem equipada, a
propriedade está bem estruturada, tenho reconhecimento e prestigio social quanto a minha
profissão de agricultor apicultor e tenho uma família equilibrada, é tudo que eu queria”.
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Floresta
Pastagem sem gado
Lavoura
Área 2
Área 1
Floresta
com gado
Colmeias
s
Fonte de água
protegida
Vime
Rio Faxinal
Rio Ponte Alta Rio Lavapé sede
Floresta
sem gado Lavoura
Área 3
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os agricultores familiares tradicionais na região do planalto catarinense em suas
práticas produtivas baseadas no conhecimento étnico vêm utilizando a biodiversidade local
em razoável equilíbrio entre a apropriação dos recursos e a manutenção da atividade
produtiva. Com base nas comparações/confrontos entre o pensar popular e o conhecimento
científico é possível estabelecer pontos comuns. É necessário adequar a extensão e a
pesquisa a uma melhor interlocução entre agricultores e técnicos, uma vez compreendidos
os processos cognitivos do produtor, o que possibilita ações participativas eficazes. Na
pesquisa identificaram-se diferentes questões relativas ao uso e manejo da biodiversidade,
imersas na história das comunidades e presentes nos sonhos dos atores envolvidos.
A região constitui-se um dos principais remanescentes da mata atlântica na região
sul do Brasil, com relevante interesse ecológico especialmente por constituir cabeceiras de
importantes rios da região e uma vasta biodiversidade ainda presente, principalmente onde
se concentra a agricultura tradicional. Para que a biodiversidade florestal ainda existente da
região seja conservada é fundamental o desenvolvimento de programas de valorização dos
seus produtos e o saber local. A valorização deve prever a possibilidade de usufruir. O
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camponês cuida daquilo que ele precisa para viver e para reproduzir seu estado de humano,
sua identidade, seu ethos ao longo das gerações.
Na agricultura tradicional a floresta tem importância que vai além da economia,
além de ser a base dos sistemas de produção apícola, e é um elemento importante na
pecuária tradicional. A floresta fornece inúmeros produtos demandados pela agricultura
tradicional, de caráter econômico, cultural, religioso e espiritual que fazem parte do ethos
de cada grupo ou sociedade. Assim o etnoconhecimento depende da biodiversidade do
ecossistema e este depende do etnoconhecimento local das populações que a manejam e a
perpetuam com seus costumes, tradição, religião e moral. Fato este comprovado pelos
cemitérios das antigas comunidades de camponeses que hoje se perdem no meio de
monoculturas de soja ou pinus.
Quanto à conservação da agrobiodiversidade pode-se considerar que os agricultores
familiares tradicionais preservam ou selecionam a biodiversidade local. Historicamente os
agricultores tradicionais selecionaram espécies mais adaptadas e com características
desejadas, deixando de reproduzir as que não interessavam. Na diversidade cultural dos
diferentes ecossistemas encontram-se as espécies que cada família preserva e reproduz
aquilo que o identifica como tal, com seus valores simbólicos, sociais e religiosos. Além
do que, os agricultores estão sempre trocando sementes gerando redes informais de troca
de material genético. Estas redes são responsáveis pelo sucesso da agrobiodiversidade
existente até hoje, apesar das perdas de muito material por conta de promessas de
“milagres genéticos” das variedades comerciais “melhoradas” que muitas vezes se
caracteriza como o ponto de cisão de uma cadeia de seleção que vinha sendo realizada por
gerações.
Os técnicos devem conhecer as práticas populares tradicionais para a partir daí
buscar o fortalecimento destas e a valorização do conhecimento étnico e local relacionado.
Esforços inter e multi-institucionais devem ser buscados para potencializar ações que
envolvam todos os atores sociais, passando a entender os fenômenos, por meio de um
processo que incorpora o saber local através da pesquisa-ação-participativa e de co-
investigação de um tema que interesse tanto aos agricultores como aos técnicos. A partir da
qual a objetividade da racionalidade científica e a subjetividade da visão e crenças do senso
comum de agricultores (mas também de técnicos e pesquisadores) devem ser consideradas
na avaliação da realidade dos sistemas de manejo.
Ainda que tenha se observado em ambas as propriedades alto nível deconservação
da biodiversidade natural agrícola e florestal, elas se contrastam na capacidade de geração
de renda e na qualidade de vida entre as duas famílias. As políticas governamentais,
visando capacitação e formação, as pesquisas e a legislação ambiental devem favorecer
uma melhor irradiação de tecnologias e o desenvolvimento criativo nos programas de
extensão rural.
O desenvolvimento de pesquisa através da pesquisa-ação e co-investigação tem
sido fundamental para qualificação das avaliações dos problemas e oportunidades da
região, descobrindo, sistematizando e potencializando os elementos de resistência locais
frente ao processo de modernização, para, através deles, desenhar, de forma participativa,
estratégias de desenvolvimento definidas a partir da própria identidade local do etno-
ecossistema concreto em que se inserem. Enfim, tornando possível uma melhor tomada de
decisão por parte dos envolvidos em projetos, bem como na proposição de políticas
públicas. A análise antropológica, com perspectiva etnoecológica, visou o contraste e
valorização do saber local e das possibilidades de mediação sociotécnica para a construção
e difusão participativa de sistemas produtivos mais coerentes com a agricultura familiar
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