Introdução: O presente artigo discute a relação entre linguagem, cultura e meio
ambiente, com foco na percepção dos cenários de maguari na Floresta
Nacional do Tapajós, localizada na região amazônica do Pará, Brasil. O estudo busca compreender como os moradores locais percebem e se relacionam com o ambiente natural, destacando a importância da cultura e da linguagem na formação dessas semelhanças.
Metodologia: Para a realização do estudo, foram conduzidas entrevistas
estruturadas e observações participantes com membros da comunidade local, incluindo moradores tradicionais e indígenas. A escolha da floresta nacional como área de pesquisa se deve à sua herança ecológica e à presença significativa da espécie de ave conhecida como maguari. A coleta de dados ocorreu ao longo de um período de seis meses, durante os quais foram registradas como proibição, os conhecimentos e as práticas dos participantes em relação ao maguari e ao meio ambiente em geral.
Resultados: Os resultados revelaram uma relação estreita entre a linguagem, a
cultura e a percepção dos cenários de maguari na floresta nacional. Os moradores locais possuíam um rico e específico relacionado às aves e aos seus habitats, refletindo sua profunda conexão com a natureza. Além disso, a linguagem também desempenhou um papel crucial na transmissão de conhecimentos tradicionais sobre o maguari, incluindo suas características, comportamento e importância ecológica.
A cultura local também se mostrou fundamental na forma como os moradores
percebiam e interagiam com o meio ambiente. As crenças, mitos e práticas culturais influenciaram a interpretação dos cenários de maguari, conferindo- lhes significados simbólicos e sagrados. Essa cosmovisão cultural contribuiu para a preservação da floresta e das espécies, uma vez que os moradores entenderam a importância da preservação do habitat do maguari para a manutenção do equilíbrio ecológico.
Discussão: A análise dos dados revelou a complexidade das emoções entre
linguagem, cultura e meio ambiente na percepção dos cenários de maguari. A linguagem funcionou como uma ferramenta de comunicação e preservação do conhecimento tradicional, ao passo que a cultura desempenhou um papel central na atribuição de significado aos elementos naturais. A compreensão dessas relações pode contribuir para a valorização das culturas locais e adoção de políticas de conservação mais efetivas, que considerem não apenas os aspectos ambientais, mas também os sociais e culturais. A pesquisa também destacou a importância da linguagem na construção da identidade cultural da comunidade. A língua local, suas expressões e orientações específicas relacionadas à natureza refletem a cosmovisão e a relação profunda que os moradores têm com o ambiente em que vivem. Através da linguagem, eles perpetuam sua herança cultural e preservam vivas as tradições e práticas que sustentam sua subsistência e seu modo de vida. Além disso, o estudo identificou desafios e ameaças enfrentados pela comunidade de Maguari em relação ao meio ambiente. A pressão crescente da exploração madeireira, da expansão agrícola e das mudanças climáticas coloca em risco a sustentabilidade dos recursos naturais e o modo de vida tradicional da comunidade. A pesquisa ressalta a importância de reconhecer e valorizar os conhecimentos tradicionais dos moradores, integrando-os políticas de conservação e desenvolvimento sustentável.
Conclusão: O estudo evidencia a importância da linguagem e da cultura na
percepção dos cenários de maguari na Floresta Nacional do Tapajós. Através da linguagem, os moradores locais expressam seus conhecimentos e experiências, transmitindo-os às gerações futuras. A cultura, por sua vez, molda as afinidades, atitudes e práticas em relação ao meio ambiente, promovendo uma relação harmoniosa entre a comunidade e a natureza. Compreender esses sentimentos é essencial para o desenvolvimento de estratégias de conservação que considerem a diversidade cultural e promovam a sustentabilidade ambiental na região da Amazônia.