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Saldanha, António Vasconcelos de. “A criação das capitanias”. In: Saldanha, António
Vasconcelos de. As capitanias do Brasil: antecedentes, desenvolvimento e extinção de
um fenômeno atlântico. Lisboa, CNCDP, 2001, pp. 95-105.
As feitorias
• Primeiras instalações:
– Expedição de Gaspar de Lemos, 1501
– Contratadores do pau-brasil
– Expedições guarda-costas
• Mais conhecidas: Bahia, Cabo Frio, Igaraçu (PE), Porto Seguro, Santa Cruz,
Santa Cruz (PE), São Vicente e Rio de Janeiro
A conjuntura europeia
– Nomeação dos oficiais ligados à arrecadação dos tributos devidos à Fazenda Real
(almoxarife, provedor, contador e tabeliães)
– Capitães não podem criar novo ofício, mas podem criar mais ofícios de novo dos
que há
Fisco
• Para a Coroa
– Dízimo do pescado, produtos exportados para fora do reino e mercadorias
importadas do estrangeiro
– Quinto da pedraria e metais preciosos
– Monopólio do pau-brasil
• Para os donatários:
– Pensão anual de 500.000 reais pagos por cada tabelião
– Vintena do dízimo do pescado
– Redízima dos tributos devidos à Fazenda Real e à Ordem de Cristo
– Vintena dos direitos cobrados pela Coroa sobre a exportação do pau-brasil
– Direitos banais (moendas de água, marinhas de sal e engenhos de açúcar)
– Rendimentos das alcaidarias-mor
– Cobrança de direitos de passagem das barcas nos rios
– Possibilidade de enviar escravos para o Reino sem pagar direitos
Problemas
• Donatários
– Custo excessivo, riscos
– Problemas com moradores, especialmente na aplicação da justiça (não isenta)
– Continuidade da presença de franceses
• Coroa
– Crescimento das colônias castelhanas na década de 1540 (vice reinados, bispados)
– Paz entre Espanha e França: liberadas para a expansão marítima
– Falta de unidade administrativa e de ação (justiça, militar)
– Absenteísmo dos donatários
• Governo Geral
– Coordena a defesa e a relação com os indígenas
– O ouvidor-geral implica na retirada substancial dos poderes dos capitães donatários
e respectivos ouvidores
– Provedor mor da Fazenda: concessão de sesmarias e exploração do pau-brasil
Caráter jurídico das concessões
• Cf. Fr. Cristóvão de Lisboa, Bispo de Angola, 1697: “parece justa, acertada e
conveniente a doação da nova Capitania, além de que na presente conjuntura
é bom que se busque por todas as vias coisas de que V. Majestade possa fazer
doações, sem detrimento de sua fazenda, par ter com que pagar serviços e
animar os homens até fazer muitos outros. A mercê das doações tira dois fins,
um enriquecer a pessoa particular que recebe tal benefício pelos seus
serviços, outra a utilidade que daí resulta ao Reino, porque quantas mais
capitanias povoadas, tantos mais navios virão carregados de açúcar e outros
frutos”.
O Poder Real