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Agrupamento Monte da Lua

Escola Secundária de Santa Maria

SUPORTE BÁSICO
DE VIDA
Educação Física 10º Ano
Professora Irene Ferreira
Ano Letivo 2022/2023
Leonor Bento | nº11
Maria Baeta | nº15
Tomás Quintas | nº27
Benjamim Silva | nº29
Diana Oliveira | nº31
10º O
Índice
Introdução _________________________________________________________________Página 3
Fig.1: "Suporte Básico de Vida" - Página 3
Suporte Básico de Vida ___________________________________________________Página 4
Paragem Cardiorrespiratória ____________________________________________Página 4
Fig.2: "Paragem Cardiorrespiratória" - Página 4
Cadeia de Sobrevivência _________________________________________________Página 5
Fig.3: "Cadeia de Sobrevivência" - Página 5
Suporte Básico de Vida Adulto __________________________________________Página 6
Avaliar as condições de segurança _________________________________Página 6
Fig.4: "Vítima exposta a gás" - página 6
Avaliar o estado de consciência ____________________________________Página 6
Fig.5: "Avaliação do estado de consciência" - página 6
Permeabilizar a Via Aérea __________________________________________Página 7
Fig.6: "Permeabilização da Via Aérea" - página 7
Avaliar Respiração __________________________________________________Página 7
Fig.7: "Ver, Ouvir e Sentir (VOS)" - página 7
Fig.8: "Posição Lateral de Segurança (PLS)" - página 7
Ligar 112 ___________________________________________________________Página 8
Realizar compressões torácicas ____________________________________Página 8
Fig.9: "Compressões Torácicas" - página 8
Fig.10: "Profundidade das Compressões" - página 8
Realizar Insuflações ________________________________________________Página 9
Fig.11: "Insuflações boca-a-boca" - página 9
Fig.12: "Insuflações boca-máscara" - página 9
Manter Suporte Básico de Vida ____________________________________Página 10
Fig.13: "Realização de compressões e insuflações" -página 10
Algoritmo do Suporte Básico de Vida ______________________________Página 10
Fig.14: "Algoritmo do suporte básico de vida adulto" -página 10
Cadeia de Sobrevivência Pediátrica ___________________________________Página 11
Fig.15: "Cadeia de sobrevivência pediátrica" - Página 11
Suporte Básico de Vida Pediátrico _____________________________________Página 12
Fig.16: "Suporte Básico de Vida Pediátrico" - Página 12
Avaliação das condições de segurança ____________________________Página 13
Fig. 17: "Avaliação das Condições de Segurança" - Página 13
Avaliação inicial / Estimulação _____________________________________Página 13
Fig.18: "Estimulação de uma criança" - página 13
Fig.19: "Estimulação de um recém-nascido" - página 13
Pedido de Ajuda ___________________________________________________Página 14
Fig.20: "Pedido de Ajuda" - página 14
Sequência ABC ____________________________________________________Página 14
Fig.21: "Permeabilização da via aérea" - página 14
Fig.22: "Ver, ouvir e sentir se a criança respira normalmente" - página 15
Fig.23: "Técnica boca a boca-nariz" - página 16
Fig.24: "Técnica boca a boca" - página 16
Fig.25: "Compressões Torácicas Pediátricas" - página 17
Fig.26: "Técnica dos dois dedos" - página 18
Fig.27: "Técnica do abraço" - página 18
Fig.28: "Compressões Torácicas em crianças" - página 19
Ligar 112 __________________________________________________________Página 19
Fig.29: "Chamada para o 112" - Página 19
Chamada para o 112 _____________________________________________________Página 20
Fig.29: "Chamada para o 112" - Página 19
Conclusão _________________________________________________________________Página 21
Autoavaliação ____________________________________________________________Página 22
Webgrafia _________________________________________________________________Página 24 2
Introdução
O nosso grupo escolheu o Suporte Básico de Vida como tema a trabalhar no 1º semestre do
10ºano, na disciplina de educação física.
Este tema pareceu-nos interessante para esclarecer os seguintes pontos:
O que é o Suporte Básico de Vida?
Quais os procedimentos?
Como aplicá-los?
Quais as diferenças entre o Suporte Básico de Vida dos adultos e o pediátrico?
O que devemos dizer numa chamada para o 112?

Fig. 1 - Suporte Básico de vida

3
vida
SUPORTE BÁSICO de

O Suporte Básico de Vida (SBV)


é um conjunto de procedimentos
que tem como objetivo a
recuperação da vida de uma
vítima de paragem
cardiorrespiratória (PCR), até à
chegada de ajuda especializada.
Fig. 2 - Paragem Cardiorrespiratória

Paragem cardiorrespiratória
A paragem cardiorrespiratória é um acontecimento súbito, sendo esta uma das
principais causas de morte na Europa. Em Portugal ocorrem cerca de 10000 casos
de paragem cardiorrespiratória por ano. Segundo dados do INEM só cerca de 3% das
vítimas é que sobrevive, ou seja, só cerca de 300 pessoas.

4
CADEIA DE
sobrevivência
As quatro fases da cadeia de sobrevivência

Fig. 3 - Cadeia de Sobrevivência

A cadeia de sobrevivência é composta por quatro fases:

1ª Ligar 112

Estes quatro elos são

2ª Reanimar um conjunto de
procedimentos vitais
para recuperar uma


vítima que sofreu uma
Restabelecer
paragem
cardiorrespiratória.

4ª Estabilizar

5
SUPORTE BÁSICO de VIDA
adulto
Avaliar as condições de segurança
Antes do reanimador se aproximar da vítima deve-se assegurar que não corre nenhum
perigo ambiental (choque elétrico, derrocadas, explosão) e/ou toxicológico (exposição a
gás, fumo, tóxicos).

Vamos imaginar que encontramos uma vítima


que está na cozinha e existiu uma fuga de gás.
Devemos entrar para ajudar ou não? A resposta é
NÃO! Nunca nos devemos colocar em risco
mesmo que seja para ajudar outra pessoa, pois
em vez de haver uma vitima poderia haver duas e
a equipa médica não seria alertada tão
rapidamente. Neste caso ligaríamos 112 e
pediríamos ajuda.
Fig. 4 - Vítima exposta a gás

Avaliar o estado de consciência


O reanimador, deve se possível colocar-se lateralmente em relação à vítima e de seguida
abanar os ombros da vítima, com cuidado, e perguntar em voz alta "Está-me a ouvir?"

Vítima consciente Vítima inconsciente


Garantir a inexistência de
perigo para a vítima;
Mantê-la na posição
encontrada;
Identificar situações Permeabilizar a
causadoras da aparente Via Aérea
alteração do estado da
vítima; Fig. 5 - Avaliação do estado de consciência
Ligar 112
Reavaliar com regularidade
6
Permeabilizar a Via Aérea
Numa vítima inconsciente a queda da língua pode bloquear a Via Aérea, é por este motivo
que se deve permeabilizá-la.
A permeabilização da via aérea e o restabelecimento da ventilação são passos essenciais no
Suporte Básico de Vida, com o propósito de evitar lesões por oxigénio insuficiente nos
órgãos nobres, principalmente no cérebro.

Colocar a vítima em
decúbito dorsal (ou seja,
barriga para cima);
Colocar uma mão na testa
e inclinar a cabeça para trás
(extensão da cabeça);
Elevar o queixo usando os
dois dedos da outra mão
colocados debaixo do
queixo.
Fig. 6 - Permeabilização da Via Aérea

Avaliar Respiração
Mantendo a via aérea permeável, o reanimador deve realizar o VOS (ver, ouvir e sentir), até
10 segundos, para verificar se a vítima está a respirar normalmente.

O reanimador deve:
VER os movimentos
torácicos
OUVIR os sons
respiratórios saídos da
boca e/ou nariz
SENTIR o ar expirado na
sua face
Fig. 7 - Ver, Ouvir e Sentir (VOS)

Se a vítima respirar
normalmente o
reanimador deve colocá-
la na Posição Lateral de
Segurança (PLS).

Fig. 8 - Posição Lateral de Segurança (PLS) 7


Ligar 112
Se a vítima não responde e não tem uma respiração normal, o reanimador deve de
imediato ligar 112. Preparando-se assim para responder às perguntas: ONDE? O QUÊ?
QUEM? COMO?.

Só se encontra o reanimador no local

Neste caso o
Nesta situação uma
reanimador pode e
das pessoas deve ligar
deve colocar a
para o 112 enquanto
chamada em alta voz
outra inicia o Suporte
e executar o Suporte
Básico de Vida
Básico de Vida

Várias pessoas no local

Realizar compressões torácicas


Durante a paragem cardiorrespiratória o sangue que se encontra retido nos pulmões e no
sistema arterial permanece oxigenado por alguns minutos. São as compressões torácicas
que mantêm o fluxo de sangue para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais, pelo que é
prioritário o início de compressões torácicas, ao invés de iniciar insuflações.

Manter os braços e cotovelos esticados, com


5º os ombros na direção das mãos (fig.9)

Aplicar pressão sobre o esterno,


6º deprimindo-o 5-6 cm a cada compressão
(fig.10)

Fig. 9 - Compressões Torácicas

Passos a seguir pelo reanimador:


Fig. 10 - Profundidade das Compressões
1º Posicionar-se ao lado da vítima
Aplicar 30 compressões de forma rítmica
7º numa frequência de 100/120 por minuto
Garantir que a vítima se encontra deitada
2º de costas No final de cada compressão garantir a
Afastar ou remover as roupas que cobrem a 8º descompressão total do tórax sem remover
3º zona do tórax as mãos

Colocar a base de uma mão no centro do Nunca interromper as compressões mais do


4º tórax e a outra sobre a primeira 9º que 10 segundos
entrelaçando os dedos (fig.9) 8
Realizar Insuflações
Após 30 compressões devem serem efetuadas, por parte do reanimador, 2 insuflações. A
insuflação quando é eficaz provoca a elevação do tórax (semelhante à respiração normal),
devendo ter duração de apenas 1 segundo. As insuflações podem ser feitas de duas formas:

Insuflações boca-a-boca Insuflações com máscara de bolso

Fig. 11 - Insuflações boca-a-boca Fig. 12 - Insuflações boca-máscara

1º Posicionar-se ao lado da vítima 1º Posicionar-se ao lado da vítima

2º Permeabilizar a Via Aérea 2º Permeabilizar a Via Aérea

Aplicar duas insuflações na vítima, Aplicar duas insuflações na vítima,


3º mantendo a via aérea permeabilizada:
3º mantendo a via aérea permeabilizada:

Comprimir as narinas usando o dedo Colocar a parte mais estreita da


1 indicador e o polegar da mão que máscara sobre o dorso do nariz da
1
colocou na testa da vítima vítima e a parte mais larga da máscara
deverá ficar sobre a boca da vítima
Permitir que a boca se abra, mas
2
mantendo a elevação do queixo Colocar o polegar e o indicador na
2
parte mais estreita da máscara
Inspirar normalmente e colocar os
3 seus lábios em torno da boca da vítima, O reanimador deve colocar o polegar
certificando-se que não há fugas da outra mão na parte mais larga da
3
máscara e usar os outros dedos para
Soprar a uma velocidade regular e elevar o queixo da vítima
controlada para a boca da vítima
4 enquanto observa a elevação do tórax Soprar suavemente pela válvula
(deve durar cerca de 1 segundo, tal unidirecional durante cerca de 1
4
como na respiração normal) segundo (por cada insuflação), de
forma a que o tórax da vítima se eleve
Mantendo a inclinação da cabeça e o
queixo elevado, o reanimador deve Retirar a boca da válvula da máscara
5 5
afastar-se da boca da vítima e observar após insuflar a vítima
o tórax a baixar quando o ar sai

Por fim, o reanimador deve inspirar


novamente e voltar a soprar na boca
6
da vítima para conseguir um total de
duas insuflações
9
Manter Suporte Básico de Vida
Passos a seguir pelo reanimador após as duas insuflações:

Manter as manobras de reanimação,


alternando 30 compressões com 2 insuflações
até:

Que chegue a emergência médica

Ficar exausto

A vítima retomar sinais de vida, como


por exemplo:
despertar
fazer algum tipo de movimento
abrir espontaneamente os olhos
voltar a ter uma respiração normal

Fig. 13 - Realização de compressões e insuflações

Algoritmo do Suporte Básico de Vida


É importante todos nós conhecermos os passos a seguir para socorrer alguém, para isso foi
criado um Algoritmo do Suporte Básico de Vida Adulto:

Fig. 14 - Algoritmo do Suporte Básico de Vida Adulto 10


CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
pediátrica
As quatro fases da cadeia de sobrevivência
pediátrica

Fig. 15 - Cadeia de Sobrevivência Pediátrica

A cadeia de sobrevivência pediátrica é composta por quatro fases, tal como a dos
adultos:

1ª Prevenir a paragem cardiorrespiratória

2ª Suporte básico de vida pediátrico:


para otimizar a oxigenação
Representa, simbolicamente,
o conjunto de procedimentos
que permitem salvar crianças

3ª Ligar 112 vítimas de paragem


cardiorrespiratória. Estes
procedimentos sucedem-se de


uma forma encadeada.
Estabilizar

11
SUPORTE BÁSICO de VIDA
pediátrico
Entende-se por Suporte Básico
de Vida Pediátrico um conjunto
de procedimentos encadeados
com o objetivo de fornecer
oxigénio ao cérebro e coração,
sem recurso a equipamentos
diferenciados, até que o suporte
avançado de vida possa ser
aplicado.
Fig. 16 - Suporte Básico de Vida Pediátrico

As manobras de Suporte Básico de Vida devem ser executadas com a criança


deitada de costas no chão ou num plano duro.

As manobras de Suporte Básico de Vida, nomeadamente as compressões


torácicas, não serão eficazes se forem feitas em cima de uma cama, pois a força
exercida será absorvida pelas molas ou a própria espuma do colchão.

Se a criança se encontrar em decúbito ventral (deitada de barriga para baixo),


deve ser rodada mantendo o alinhamento da cabeça, pescoço e tronco.

O reanimador deve procurar manter-se junto à vítima para que não sejam
necessárias grandes deslocações para realizar, se necessário, compressões
torácicas e insuflações.

O Suporte Básico de Vida pediátrico deve ser efetuado numa determinada


sequência, seguindo uma ordem de ações cujo o sucesso da próxima depende da
eficácia da anterior.
12
Avaliação das condições de segurança

O reanimador ao aproximar-
se da criança deve procurar
pistas para o que possa ter
causado a emergência. Este
passo é importante para o
reanimador perceber qual
tipo de abordagem deve ter. Fig. 17 - Avaliação das Condições de Segurança

Avaliação inicial / Estimulação

Se o reanimador encontrar uma criança


que já não seja muito pequena, como a
imagem 19, deve bater suavemente nos
ombros e perguntar em voz alta:
"Estás bem, sentes-te bem?".

Fig. 18 - Estimulação de uma criança

Quando se trata de uma criança, como


a imagem 20, o reanimador deve
estimulá-la mexendo nas mãos e/ou
nas mãos ao mesmo tempo que
chama em voz alta pela criança.

Fig. 19 - Estimulação de um recém-nascido

Se a criança se mexer, a chorar ou a falar, o reanimador deve avaliar a situação e potenciais


riscos. Se necessário, deixá-la na posição em que se encontra ou na posição que a criança
adotar e ligar para o 112, nunca deixando de reavaliar a criança.
Caso a criança não responda o reanimador deve passar para o "Pedido de Ajuda"
13
Pedido de Ajuda

Se como no exemplo da
figura 21 o reanimador se
encontrar sozinho deve pedir
ajuda gritando: "Preciso de
ajuda! Está aqui uma
criança desmaiada!"

Fig. 20 - Pedido de ajuda

Será importante referir que o reanimador nunca deverá abandonar a criança para ir pedir
ajuda, deve sim gritar por ajuda e continuar com o Suporte Básico de Vida, avançando para
o paço seguinte.
Caso o reanimador não se encontre sozinho, deve pedir para que a outra pessoa ligue para
o 112, enquanto continua com os procedimentos.

Sequência ABC
O próximo procedimento é constituído pelas etapas ABC, em que as inicias resultam de
termos ingleses Airway, Breathing e Circulation.

A - Via Aérea (Airway) - Permeabilizar a Via Aérea


Passos a seguir pelo reanimador:

1º Posicionar-se ao lado da criança;

Garantir que a vítima se encontra em


2º decúbito dorsal, ou seja, deitada de costas;

Colocar a palma da mão na testa da criança


3º e inclinar a cabeça cuidadosamente para
trás;

Com a outra mão fazer a elevação do


queixo, colocando os dedos indicador e
médio no maxilar inferior (ou queixo). Deve
4º ter cuidado para não pressionar os tecidos
Fig. 21 - Permeabilização da via aérea

moles abaixo do queixo, pois pode causar a


obstrução da via aérea.
14
B - Ventilação (Breathing)
O reanimador deve manter a via aérea permeabilizada e aproximar a sua face à face da
criança olhando para o tórax e:

VER - se existem movimentos torácicos

OUVIR - se existe saída de ruídos de ar da boca ou nariz da criança

SENTIR - na sua face se existe saída de ar pelo nariz ou boca da criança

Fig. 22 - Ver, ouvir e sentir se a criança respira normalmente

Se a criança respira normalmente Se a criança continua inconsciente


O reanimador deve:
Colocar a criança e
O reanimador deve:
posição de recuperação
Manter a via aérea
Pedir ajuda, ligando
permeabilizada
para o 112
Iniciar a ventilação com
Continuar reavaliando a
ar expirado, fazendo 5
criança para ver se
insuflações
continua com uma
respiração adequada

Como devem ser feitas as insuflações caso a criança não responda?

Cada insuflação de ar deve ser feita de forma lenta e com duração de 1 segundo.

O volume de ar deve ser suficiente de forma a causar uma expansão torácica visível.

Após cada insuflação, o reanimador, deve afastar a boca e manter a via aérea
permeável para permitir a expiração e repetir o procedimento, voltando a encher o
peito de ar antes de cada insuflação, isto permite melhorar o conteúdo de oxigénio
no ar expirado que irá insuflar. 15
Técnica de ventilação boca a boca-nariz
A técnica de ventilação boca a boca-nariz é recomendada para crianças com menos de um
ano de idade. Para esta técnica ser executada com sucesso, o reanimador deve:

1º Manter a permeabilidade da via aérea;

Após encher o peito de ar deve adaptar a


2º sua boca ao nariz e boca do bebé e insuflar
durante 1 segundo;

Fig. 23 - Técnica boca a boca-nariz

Técnica de ventilação boca a boca


A técnica de ventilação boca a boca é recomendada para crianças com idade superior a um
ano de idade. Neste caso o reanimador deve:

Adaptar a sua boca com a boca da criança e


1º garantir uma boa selagem;

Com os dedos da mão que faz a extensão da


2º cabeça deve pinçar as narinas da criança
(evitando a fuga do ar insuflado);

Se, apesar do correto Fig. 24 - Técnica boca a boca

procedimento, o
reanimador, não
conseguir adequada Neste caso o reanimador deve seguir
expansão torácica deve os seguintes passos:
ser considerada a
Abrir a boca da criança e procurar objetos
possibilidade da via
1º visíveis, e se realmente existirem deve
aérea estar obstruída. removê-los com cuidado;

Voltar a reposicionar a cabeça da criança de


2º forma a permeabilizar adequadamente a via
aérea

Tentar ventilar novamente, mas fazendo


3º somente 5 insuflações
16
C - Circulação (Circulation)
Após as 5 insuflações iniciais o reanimador deve procurar sinais de vida (movimento, tosse,
respiração normal não agónica) ou se necessita de compressões torácicas. Esta observação
por parte do reanimador não deve demorar mais do que 10 segundos.

Se depois da avaliação:

A criança apresenta alguns sinais de vida, mas não respira ou a respiração é


inadequada, o reanimador deve continuar as insuflações com ar expirado numa
frequência de 12 a 20 ciclos por minuto. O reanimador nesta altura deve ligar
para o 112.

O reanimador deve reavaliar constantemente a criança e manter as insuflações até que a


criança respire normalmente ou chegue a ajuda.

Se a criança recuperar a respiração normal, o reanimador, deve colocar a


criança em posição de recuperação.

Se não houver quaisquer sinais de vida, o reanimador, deve iniciar de imediato


as compressões torácicas, alternando 15 compressões com duas 2 insuflações.

As compressões devem ser realizadas de forma a causar uma


depressão de 4 cm do tórax nas crianças até um ano de idade e de
5 cm em crianças com idade superior a 1 ano de idade, a uma
frequência de pelo menos 100 a 120 por minuto. Entre as
compressões é fundamental que, o reanimador, permita a
expansão completa do tórax, aliviando totalmente a pressão
exercida sobre o mesmo, sem, no entanto, retirar as mãos ou os
dedos do local das compressões. A qualidade das compressões é
essencial no prognóstico da situação, pelo que devem ser feitas de
forma rápida, com força suficiente e minimizando as
interrupções.

Fig. 25 - Compressões torácicas pediátricas


17
Compressões torácicas em bebés até 1 ano de idade
Técnica dos dois dedos
Esta é a técnica recomendada para que um reanimador único efetue as compressões nos
lactentes (crianças até 1 ano de idade).

Neste caso o reanimador deve fazer o seguinte:

Manter a permeabilidade da via aérea, ou


1º seja a extensão da cabeça com uma mão)

Colocar a ponta de dois dedos da outra mão


2º sobre a metade inferior do esterno do bebé

Comprimir o tórax na vertical, de forma a


3º causar uma depressão de cerca de 4 cm de
altura

Depois de cada compressão, deve aliviar a


4º pressão de forma a permitir ao tórax Fig. 26 - Técnica dos dois dedos
retomar a sua forma.

Técnica do abraço
No caso de estarem presentes dois reanimadores, e se a estrutura física da criança o
permitir deve ser utilizada a técnica da compressão com os dois polegares. Neste caso um
dos reanimadores efetua as compressões e outro as insuflações.

Esta técnica deve ser efetuada da seguinte forma:


O reanimador que efetua as compressões
pode estar colocado aos pés do bebé ou ao
1º lado, e coloca os dois polegares lado a lado
sobre a metade inferior do esterno, com a
ponta apontando para a cabeça. (fig. 28)

Deve pressionar o tórax causando uma


depressão de cerca de 4 cm de altura, com
2º alívio de forma a permitir a re-expansão e a
uma frequência de pelo menos 100 a 120 por
minuto.

O reanimador que efetua as insuflações


deve estar posicionado à cabeça do lactente
3º e efetuar duas insuflações após cada série
Fig. 27 - Técnica do abraço
de 15 compressões, efetuadas pelo outro
reanimador 18
Compressões torácicas em crianças com idade superior a 1 ano
Passos a seguir pelo reanimador:
Mantendo o braço esticado, sem fletir o
1º Posicionar-se ao lado da criança cotovelo e de modo a que o ombro fique
perpendicular ao ponto em que se encontra
4º a base da mão, deve pressionar o tórax
cerca de 5 cm, usando o próprio peso do
corpo
Colocar a base de uma mão sob a metade
2º inferior do esterno Após cada 15 compressões, permeabilizar a
5º via aérea e efetuar 2 insuflações, mantendo
esta relação 15:2 sucessivamente

Deve levantar os dedos, de forma que só a Na descompressão do tórax, deve aliviar a


3º base da mão faça pressão (de maneira que 6º pressão mas sem tirar a mão o esterno
as costelas não sejam comprimidas)

Fig. 28 - Compressões torácicas em crianças

Ligar 112
Caso esteja presente apenas um reanimador devem
ser mantidas as manobras de SBV durante 1 minuto (5
ciclos da sequência de 15 compressões e 2 insuflações)
e só depois, se ainda estiver sozinho, deverá ligar 112.

Quando ligar 112 o reanimador deverá estar preparado


para responder às questões: ONDE, O QUÊ, QUEM,
COMO. Fig. 29- Chamada para o 112

19
CHAMADA PARA O
112
Quando ligamos para a
emergência médica, 112,
devemos ser claros no que
estamos a querer
transmitir para ajudar a
pessoa do outro lado da linha
a ajudar-nos.

Fig. 30- Chamada para o 112

Recomendações a seguir numa chamada para o 112:

1ª Procurar manter-se calmo, de modo a transmitir a informação relevante

Quando possível, deverá ser a vítima a fazer a chamada – ninguém melhor do que a própria para
2ª dizer o que está a sentir

Quando a chamada for atendida deve identificar-se pelo nome e facultar um número de
3ª telemóvel que fique contactável

ONDE? - Indicar a localização exata onde se encontra a(s) vítima(s) (se possível: Freguesia, Código
4ª Postal, pontos de referência)

5ª O QUÊ? - Dizer o que aconteceu e quando

QUEM? - Número de vítimas, género e idade (se não souber a idade concreta deve dizer uma
6ª idade aproximada)

7ª COMO? - Dizer quais as queixas principais, o que observa, situações que exijam outros meios

Responder a todas as questões colocadas e seguir as orientações do operador (não desligar até

que o operador o diga para fazer)
IMPORTANTE: Se a situação se alterar antes que os meios de socorro cheguem ao local, deve voltar a ligar
para o 112 20
Conclusão
Acreditamos que com este trabalho aprendemos como socorrer uma vítima, adulto
ou criança, de paragem cardiorrespiratória, efetuando o Suporte Básico de Vida
adequado.
Este trabalho para nós é gratificante, pois se alguma vez nos encontrarmos no papel
de reanimador vamos saber em que circunstâncias, quando e como agir.

Fig. 31- Suporte Básico de Vida

21
Autoavaliação
Leonor Bento

17 Acredito que mereço esta nota pois fui eu


que fiz o Word todo e eu é que procurei a
informação inicial, resumida grande parte
depois pelos outros elementos do grupo.

Maria Baeta

13 Acho que mereço um 13 pois ajudei a resumir


a informação dos ficheiros em que nos
baseamos para fazer este trabalho,
juntamente com os outros colegas.

Tomás Quintas

12 A minha participação neste trabalho foi


resumir uma parte da informação
encontrada sobre o Suporte Básico de Vida
Adulto. Por isso, defendo que a minha nota
deveria ser 13.

22
Benjamim Silva

10 Admito que deveria ter participado mais no


trabalho, ou seja, só ajudei na elaboração do
texto do que é o suporte básico de vida e o
que é a paragem cardiorrespiratória. Por isso
acho que mereço um 10.

Diana Oliveira

12 Acho que mereço um 12, pois deveria ter


ajudado mais na elaboração do Word e não
resumir somente uma parte da informação
sobre o Suporte Básico de Vida Pediátrico.

23
Webgrafia
•https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-do-coracao/paragem-
cardiorrespiratoria/suporte-basico-de-vida/

•https://www.inem.pt/wp-content/uploads/2017/09/Suporte-
B%C3%A1sico-de-Vida-Adulto.pdf

•https://www.inem.pt/wp-content/uploads/2017/09/Suporte-
B%C3%A1sico-de-Vida-Pedi%C3%A1trico.pdf

24

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