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Medici
Fugger
A burguesia do século XVI era basicamente comercial ou financeira, sendo as suas atividades
industriais limitadas. A maior parte da produção industrial estava em mãos de artesãos
especializados, que nas cidades estavam organizados em guildas ou associações de artesãos.
As guildas ou corporações regulamentavam a formação profissional, por meio do sistema de
aprendizagem e organizavam as condições de trabalho, fabrico e venda dos produtos.
Durante o século XVI, o nº de corporações aumentou e o artesanato em geral. Nas grandes
cidades, houve um incremento do número de corporações, por meio de uma especialização.
A partir do século XV, o acesso à condição de mestre de uma corporação realizava-se através de
um exame de mestria. Este ato devia provar em primeiro lugar a capacidade técnica de um
aspirante, mediante a realização de uma “obra mestra”, mas esta prática tinha-se convertido num
mecanismo de seleção económica e social.
As corporações estavam relacionadas com os governos municipais.
Os membros das corporações eram trabalhadores especializados, mas nas cidades havia uma
massa de trabalhadores não qualificados que trabalhavam normalmente por um saldo diário
em trabalhos eventuais, ou então, como se denomina, trabalhavam à jorna.
Os camponeses – população rural
Cerca de 80% da população europeia era composta por camponeses. Este grupo tinha diversas
diferenças internas. As diferenças dependiam, das condições da exploração da terra em si: se
eram ou não proprietários, em que condições, de que capital disponham (animais de trabalho ou
equipamentos ou ferramentas agrícolas), a que pagamentos estavam obrigados, etc … A maioria
dos camponeses não eram proprietários, eles também estavam sujeitos ao pagamento de um
aluguel pela propriedade em que trabalhavam. Geralmente, trabalhavam em condições
precárias, muitas vezes devendo parte da colheita a comerciantes ou a camponeses mais ricos.
Além disso, todos os cultivadores de terras diretos, titulares de exploração, estavam obrigados a
pagar uma décima da sua produção (o dízimo) para a manutenção do eclesiásticos, pago tanto
nos países católicos como nos protestantes.
Havia 2 tipos de contratos de arrendamento:
As paróquias que tinham propriedade tinham o direito de uso de montes e prados, para a
obtenção de madeira ou para a manutenção do gado.
Esse direito ao espigueiro ou à poda de pâmpanos permitia a alimentação do gado dos
camponeses pobres. Para exercer esse direito, era essencial que os campos
permanecessem abertos e que os camponeses observassem um ritmo uniforme de
trabalho, regulado pela comunidade.
Ao longo a Época moderna as terras coletivas estiveram submetidas a um forte processo
de erosão. No século XVII, na Inglaterra, estas terras viram-se afetadas com as
“enclausures”.
Sociedade camponesa do século XVI – constituição: