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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO - GWAZA

MUTHINI

Licenciatura em Administração Pública

A história da riqueza do Homem

Estudante:
Antonieta Vasco Matecana

Maputo, Março, 2023


O presente resumo, analisa a obra de Huberman sobre a riqueza de Homem. São
discutidos aqui 22 capítulos, possuindo uma ligação entre eles.

CAPÍTULO I: GUERREIROS, CLÉRIGOS E TRABALHADORES.


Neste capítulo, Huberman (1981), descreve as sociedades a idade medieval, mostrando a
ruptura que houve com império Romano com a invasão Barbárie no século V. Neste
período, a sociedade era constituída por três classes: sacerdotes, guerreiros e
trabalhadores. A última era quem sustentava as outras duas primeiras. A maioria das
terras agrícolas da Europa Ocidental e Central estava dividida em áreas conhecidas como
Feudos. Como explica Huberman (1981, p. 3), um feudo consistia apenas de uma aldeia
e as várias centenas de acres de terra arável que a circundavam, e nas quais o povo da
aldeia trabalhava. Percebe-se então, que a terra era organizada em Feudos em que existia
um senhor feudal que coordenava seus servos, que eram arrendatários os quais mexiam
com a terra. O servo não podia ser vendido separadamente da terra em que morava. Os
servos deveriam cultivar as terras do senhor (embora fossem terras arrendadas do rei ou o
clero – dono da terra). A riqueza do homem estava na terra e a Igreja é quem detinha o
monopólio, como explica Huberman (1981, p. 13), a Igreja foi a maior proprietária de
terras no período feudal.

CAPÍTULO II: ENTRA EM CENA O COMERCIANTE


Na idade média, não necessitava do dinheiro para adquirir as coisas. Nada era comprado,
pois os meios de subsistência básicos eram adquiridos no próprio feudo, o restante eram
trocados. O feudo era auto-suficiente. O comércio nesse tempo era precário, havendo
apenas trocas de excedentes eventuais, não se produziam em massa para poder trocar por
outros produtos pois não havia uma procura consistente por produtos, era uma economia
de consumo. Por não haver comércio, a produção do excedente não era regra. A falta de
estradas e os ladrões eram um obstáculo ao comércio. Além do mais, a cada feudo que o
comerciante passava, tinha que pagar o pedágio. A moeda variava conforme a região.
Outro problema para o comercio, era a distancia e a condição das estradas assim como a
variedade e a escassez da moeda. A situação muda quando começa as cruzadas (expansão
territorial - terras).
Os guerreiros conheceram a cultura requintada dos orientais e passaram a procurar por
elas no ocidente, isso fez com que os mercadores enxergasse a possibilidade de comércio.
Contudo, os mercados eram pequenos, negociando com os produtores locais, em sua
maioria agrícola. As feiras, ao contrário, eram imensas, e negociavam mercadorias por
atacado, que provinham de todos os pontos do mundo conhecido (Huberman, 1981, p.
22).
Com as navegações, a rota comercial oriente-ocidente foi reaberta e o comércio
intensificou-se. Desde então criou-se uma moeda universal e mais adiante feiras
periódicas apareceram na Europa. Há aqui no entanto o processo de transformação das
estruturas antigas em a riqueza era dada apenas pelas extensões de terras.

CAPÍTULO III: RUMO À CIDADE


Um dos efeitos mais importantes do aumento do comércio foi o crescimento das cidades
(Huberman, 1981, p. 26). A expansão do comércio representou melhores oportunidades
de trabalho. A emigração foi inevitável. Neste sentido, o feudalismo representava uma
prisão em vista do ar de aventura e liberdade ligado à cidade e ao comércio. Face a face,
com as restrições feudais que os asfixiavam, mais uma vez se uniram em
associações chamadas corporações ou ligas, a fim de conquistar para suas cidades a
liberdade necessária à expansão contínua (p. 28). O ar da cidade torna o homem livre -
Stadtlujt macht frei (p. 29). Ao nascer a cidade, uma nova classe se criou, os burgueses,
que eram os mercadores. Assim houve conflitos entre essa nova classe com as classes
antigas, pois o comércio trazia toda a liberdade que antes fora evitada pelo sistema
feudal, a vida era diferente, a riqueza tornou-se mutável e rentável, os antigos costumes
feudais não podiam ser aplicados as cidades.

CAPÍTULO IV: SURGEM NOVAS IDEIAS


O desenvolvimento do comércio catapultou a estrutura semeada no feudalismo,
aparecendo assim o conceito de juros, empréstimos, que eram proibidos pela igreja. Na
idade média, o empréstimo não tinha a função de enriquecer aquele que empresta. Não se
devia lucrar com a desventura alheia. O imaginário era dominado pelos padrões de
conduta da igreja. O tempo pertence a Deus, ninguém tem o direito de vendê-lo. A usura
era um pecado.

CAPÍTULO V: O CAMPONÊS ROMPE AMARRAS


O crescimento do comércio, introdução da economia monetária, o crescimento das
cidades, constituiu factores que possibilitaram a libertação do camponês da terra: Quando
surgem cidades nas quais os habitantes se ocupam total ou principalmente do
comercio e da indústria, passam a ter necessidade de obter do campo o
suprimento de alimentos. Surge, portanto, uma divisão do trabalho entre cidade e
campo (Huberman, 1981, p. 42). Houve consequentemente a melhoria das condições de
vida e também aumento da populacional. Como consequência desse aumento
populacional, era necessário que se aumentasse também a produção de alimentos, isso fez
com que os camponeses se encorajassem a buscar terras ainda não exploradas, podendo
assim ter sua própria propriedade livre das imposições dos senhores feudais. Essa nova
relação possibilitou a mobilidade social e foi levando ao fim o antigo mundo feudal.

CAPITULO VI: E NENHUM ESTRANGEIRO TRABALHARÁ.


Antes a indústria se realizava na casa do próprio camponês. A indústria se fazia em casa e
o propósito da produção era simplesmente o de satisfazer as necessidades domésticas
(Huberman, 1981, p. 53). Com o desenvolvimento do comércio, outros sectores se
desenvolveram, como as indústrias. Nos feudos, os servos produziam tudo o que
precisavam, e os senhores tinham seus próprios artesãos. Com cidade, os artesãos
conseguiram se libertarem dos senhores, montaram sua própria loja e com o aumento da
procura aumentou sua produção, chegando a contratar ajudantes, que inicialmente eram
aprendizes depois tornavam-se ou donos das suas próprias lojas ou empregados de seu
mestre, e recebiam salários. Nesse sentido, os artesãos criaram corporações próprias para
se fortalecerem e se ajudarem mutuamente, assim monopolizaram o mercado. Como
consequência disso, todos que tentavam entrar no mercado sem fazer parte de nenhuma
dessas corporações terminavam por falir, assim nenhum estrangeiro conseguia firmar-se
no comércio. Mas a relação entre os integrantes dessas corporações foram ficando cada
vez mais complicadas devido a diferença social existente e com o tempo extinguiu-se
essas organizações com as cidades voltando para as mãos dos nobres.

CAPÍTULO VII: AÍ VEM O REI!


No século XV, surgem as nações e com elas as divisões. Surgem as leis nacionais, a
literatura nacional, língua nacional, indústrias nacionais. Havia desta forma ordem e
segurança eram palavras de ordem, todos os comerciantes necessitavam delas para
desenvolverem seus negócios. Desta forma, necessitava-se de uma autoridade central,
um Estado nacional. Um poder supremo que pudesse colocar em ordem o caos feudal
(p. 71). Neste contexto, o rei foi um aliado forte das cidades na luta contra os senhores
feudais. Tudo que reduzia a força dos barões fortalecia o poder real. Com o
dinheiro dos comerciantes, o REI passou a sustentar um exército paralelo aos dos
senhores feudais.

CAPÍTULO VIII: HOMEM RICO...


Há três modos, em minha opinião, pelos quais é possível obter lucros com dinheiro, além
de seu uso natural. O primeiro é a arte da troca, a guarda ou movimentação do dinheiro;
a segunda é a usura; e o terceiro é a alteração do dinheiro (Huberman, 1981, p. 86).
Nesta época os reis tornavam se cada vez mais gananciosos, e procurava sempre
aumentar seu luxo e sua riqueza e quem sofria com isso eram o povo que era cada vez
mais explorado. Uma medida tomada pelos reis era a desvalorização da moeda (política
mercantilista), assim o povo recebia a mesma quantidade de moeda mas estas tinham
menor valor.

CAPÍTULO IX: HOMEM POBRE, MENDIGO, LADRÃO


Os dados sobre o número de mendigos nos séculos XVI e XVII são surpreendentes. Um
quarto da população de Paris na década de 1630 era constituído de mendigos. Qual a
explicação dessa miséria generalizada entre as massas, num período de grande
prosperidade para uns poucos? A guerra, como sempre, foi uma das causas (p. 97).
Portanto, as guerras financiadas pelos reis, devastaram a Europa, pois varias cidades
foram a ruínas e os que sobreviviam viravam mendigos. O ouro explorado nas colónias
vinham para os monarcas que o usavam para suas guerras e devastando mais e mais
cidades e levando mais pessoas a miséria. Isso e o acumulo de ouro e prata significou
uma grande inflação. Os mercadores comemoravam isso, já o restante da população
desde os governos ate os pobres. Outro fato fez com que piorasse a situação na Europa,
os senhores que ainda tinham terras arrendadas perceberam que a criação de ovelhas para
a produção de lãs era mais interessante do que arrendar as terras. A terra deixa de ser o
bem mais preciosos e passa a ser apenas uma forma de renda, o bem mais almejado era
então o dinheiro.

CAPÍTULO X: PRECISA-SE DE TRABALHADORES: CRIANÇAS DE DOIS


ANOS PODEM CANDIDATAR-SE
A expansão do mercado é uma chave importante para a compreensão das forças que
produziram a indústria capitalista. A estrutura das corporações era destinada ao mercado
local, quando este se tornou nacional e internacional, a corporação deixou de ter
utilidades. Os artesãos locais podiam entender e realizar o comércio de uma cidade, mas
o comércio mundial era coisa totalmente diversa (p. 108). Com o crescimento do
mercado, o que era municipal, passou a ser nacional e algumas vezes internacional, isso
fez com que mudasse as formas de produção, antes o artesão era responsável por varias
funções na produção : a de produzir, de conseguir matéria-prima, eram empregador de
seus aprendizes e jornaleiros, supervisor de seus empregados e também vendedor de seus
produtos. Surgiu então o intermediário, este fornecia a matéria-prima ao artesão e
também vendia o produto pronto. Neste contexto, há um processo de especialização de
funções de trabalho tornava mais ágil e assim mais produtivo, surgindo assim a ideia
capitalista, o detentor do dinheiro era o capitalista e o orientador dessa produção
doméstica.
No sistema de corporações, que surgira com a economia urbana, o capitalista tinha
apenas um pequeno papel. Com o sistema de produção doméstica, surgido com a
economia nacional, o capital passou a ter papel importante. Era necessário muito
dinheiro para comprar a matéria-prima para muitos trabalhadores. Era o homem do
dinheiro, o capitalista, que se tornava o orientador, o director do sistema de produção
doméstica (p. 114).

CAPÍTULO XI: OURO, GRANDEZA E GLÓRIA


O mercantilismo não constituiu um sistema. O mercantilismo não era um sistema no
actual sentido da palavra, mas antes um número de teorias económicas aplicadas
pelo Estado em um momento ou outro, num esforço para conseguir riqueza e
poder (p. 119).
O mercantilismo era o regime dos mercadores. Os mercantilistas acreditavam que, no
comércio, o prejuízo de um país era lucro de outro isto é, um país só podia aumentar seu
comércio a expensas de outro [...]. Não consideravam o comércio como algo que
proporciona benefício mútuo. Vemos que a crença de que não há nada mais
importante e necessário para o bem geral do Estado do que a redução do
comércio e indústria de um Estado rival só poderia levar a uma coisa: a guerra. O fruto
da política mercantilista é a guerra. A luta pelos mercados, pelas colónias tudo isso
mergulhou as nações rivais numa guerra após outra (pp. 130-131). A Espanha no século
XVI era o país mais rico e poderoso, já que ouro e prata era o índice de riqueza na época.
Como o ouro e a prata era o factor que determinava o poder e a riqueza dos países, eles
faziam de tudo para que não perdesse seus bens chegando a criar leis. Aumentou o
incentivo as industrias nacionais por causa do sistema de importar mais e exportar menos,
os governos defendiam as industrias com altas tarifas para produtos estrangeiros e davam
protecção aos bons funcionários. Existia outro problema, as grandes nações não estavam
satisfeitas em pagar marinheiros holandeses para transportar suas mercadorias.

CAPÍTULO XII: DEIXEM-NOS EM PAZ!


Muitos comerciantes eram contra as políticas mercantilistas. Os comerciantes queriam
uma parte dos enormes lucros das companhias monopolizadoras privilegiadas. Quando
tentaram participar delas, foram excluídos como intrusos (p. 132). Quem tinha dinheiro
queria liberdade para aproveitar as oportunidades. A liberdade de negociar traria
vantagens mútuas. Adam Smith se ocupava mais do estudo das causas que influenciam a
produção e distribuição da riqueza (p. 134). Os escritores mostravam ideias e formas de
economia que seriam bem mais vantajosas que o mercantilismo e diziam que a ideia de
riqueza de um pais não se deve a quantidade de metais preciosos esse pais tem mas sim
em relação ao preço de suas mercadorias. A ideia de que a riqueza de um país é o
acumulo de dinheiro fixo, estava acabado, o fluxo de dinheiro de mercadorias e de
riquezas que tornava um país rico e um comércio livre. Baseado em três princípios, a
divisão de trabalho causa o aumento da produtividade, a divisão do trabalho aumenta ou
diminui segundo o tamanho do mercado, e o mercado se amplia ao máximo possível pelo
livre comércio, por isso o livre comércio proporciona a maior produtividade. Por outro
lado, os fisiocratas franceses defendiam o livre comércio. Uma tradução livre dessa frase
famosa (laissez-faire!) seria deixem-nos em paz (p. 138). Os fisiocratas abordavam todos
os problemas sob o ângulo de seus efeitos na agricultura. Argumentavam ser a terra a
única fonte de riqueza e o trabalho na terra o único trabalho produtivo. Diziam os
fisiocratas que somente a agricultura fornece as matérias-primas essenciais à indústria e
comércio.

CAPÍTULO XIII: A VELHA ORDEM MUDOU


O governo francês do século XVIII taxava só os pobres. Devido a crise, o governo passou
a pensar em taxar também os privilegiados. Turgor, ministro das finanças, em 1776,
tentou por em prática algumas reformas. A sociedade estava dividida em Estados:
Clero rezavam; Nobres defendiam o estado; Pobres pagam tributos. Alguns tentaram
mudar essa ideia de que os pobres deviam sustentar a nobreza, mas os nobres e até
mesmo o clero defendiam que nada podia se fazer, já que se a pessoa era determinada
pela classe social onde nascia, se ela nascesse nobre consequentemente estaria isenta de
pagar impostos e taxas do governo. A revolução Francesa foi liderada pela burguesia, ela
fazia parte do terceiro Estado, mas tinha muito mais dinheiro e educação do que o
restante da classe, eles lideraram os pobres e camponeses e conseguiram a revolução com
os lemas da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

CAPITULO XIV: DE ONDE VEM O DINHEIRO?


O dinheiro só se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias ou trabalho
com a finalidade de vendê-los novamente, com lucro. Quando o dinheiro é empregado
num empreendimento ou transacção que dá lucro (ou promete dar), esse dinheiro se
transforma em capital. É a diferença entre comprar para uso (fase pré-capitalista) e
comprar para vender com o objectivo de ganhar (fase capitalista) (p. 157-158). Existem
tipos de capital, o dinheiro só se torna capital quando se usa para comprar coisas para se
revender depois obtendo lucro, já o dinheiro usado apenas para desfrutar daquilo que é
oferecido não é considerado capital. O capitalista não compra apenas produtos mas
também os serviços e a força do trabalhador e vende os produtos feitos por essa mão de
obra. Os meios de produção: edifícios, máquinas e matéria-prima. Todas essas coisas
fazem parte do património do capitalista, já a mão-de-obra é comprada, a interacção
desses itens que caracteriza a produção capitalista, o dinheiro não é a única forma de
capital. Muitos camponeses não queriam deixar suas terras onde produziam seu sustento
para arriscar sua sobrevivência em uma vida na cidade trabalhando em uma indústria com
um futuro incerto.

CAPÍTULO XV: REVOLUÇÃO: NA INDÚSTRIA, NA AGRICULTURA E


TRANSPORTE
A máquina já vinha ajudando o homem no trabalho diário já um bom tempo. Mas com a
associação da máquina à força do vapor ocorreu uma modificação importante no
método de produção. O aparecimento da máquina movida a vapor foi o nascimento do
sistema fabril em grande escala. Era possível ter fábricas sem máquinas, mas não era
possível ter máquinas a vapor sem fábricas (p. 172). No ano de 1776 na presença de
alguns homens da ciência, foi dissipada as dúvidas quanto a importância e a utilidade de
uma máquina a vapor. Em 1800, a máquina tinha recebido o seu devido valor dos
ingleses que agora reconheciam sua importância e sua utilidade para a indústria e já
estava sendo usada em diversos sectores de produção. Acelera a produção de alimentos,
igualmente há revolução no sector de transporte. Desenvolveu-se também a ferrovias e
navios de vapor ,isso pode atender o mercado interno e também o externo e possibilitou a
abertura das portas do novo mundo.

CAPÍTULO XVI: A SEMENTE QUE SEMEAIS, OUTRO COLHE...


Todos os números do século XVIII na Inglaterra provam o progresso... pelos números
de crescimento, a Inglaterra se mostrava como o paraíso mundial. Para o trabalhador,
as estatísticas não significavam nada. Em termos de felicidade e bem-estar dos
trabalhadores, aquelas estatísticas róseas diziam mentiras horríveis (p.176). Com as
máquinas substituindo a mão-de-obra do homem, se tornou cada vez mais comum ver
manifestantes nas ruas protestando contra as condições de trabalho na indústria. Os
trabalhadores naquela época viviam submetidos a cargas de horário absurdas de 16 horas
por dia, além de morarem em verdadeiros chiqueiros sem nenhum tipo de segurança ou
conforto. Enquanto isso haviam homens que nunca se quer trabalharam em suas vidas e
mesmo assim faziam leis que governavam o povo. A Inglaterra tinha duas realidades a
dos pobres que viviam na miséria, e a dos ricos que aumentaram sua fortuna com a
produção em larga escala que aumentava os seus lucros e também suas riquezas.
O trabalho infantil não é surpresa para ninguém já havíamos visto no sistema doméstico,
mas lá as crianças ajudavam seus pais complementavam o trabalho deles, já na revolução
industrial eles trabalhavam por si só sem nenhum tipo de ajuda ou de protecção de algum
adulto.

CAPÍTULO XVII: LEIS NATURAIS DE QUEM?


O universo físico é regido por leis naturais. O conhecimento das leis permite ao homem
planejar melhor as acções. De mesmo modo os economistas da época da revolução
industrial desenvolveram uma série de leis que, diziam, eram tão válidas para o mundo
social e económico como as leis dos cientistas para o mundo físico (p. 195) Mas se
essas leis não fossem seguidas as consequências se tornariam desastrosas. Uma das leis
era que se o homem buscava o melhor emprego aquele que pagasse mais por sua mão-de-
obra, ele consequentemente estaria servindo a toda sociedade. Foram discutidas também
questões que envolviam a população, como a razão da pobreza e da falta de alimentos
para a população.

CAPÍTULO XVIII: TRABALHADORES DE TODOS OS PAÍSES: UNI-VOS!”


A visão utópica elimina a pobreza, o desperdício, a má distribuição, a injustiça, a miséria.
Estabelece a justiça, a saúde e felicidade para todos. Os utópicos sonhavam com um
mundo anti-capitalista. Para eles, os males capitalistas vinham do fato dos ricos terem os
meios de produção. Surge Marx desejando tal sociedade, mas contra as utopias. Estava
tremendamente interessado na sociedade do passado, em como evoluiu, desenvolveu-se e
decaiu até se tornar a sociedade do presente. Estava tremendamente interessado na
sociedade do presente porque desejava descobrir as forças que nela provocariam a
modificação para a sociedade do futuro. Desejava saber que movimentava as rodas
da sociedade capitalista onde vivia (p. 213). Em suma, Karl Marx, socialista, desejava
melhorar as condições das classes trabalhistas, sonhava com uma sociedade planificada e
mentor do socialismo cientifico criticou o capitalismo. Sua teoria mais importante foi a
mais-valia, segundo essa teoria o produto deveria ser vendido ou trocado não pelo seu
valor ,mas sim pelo trabalho que foi gasto para a produção daquela mercadoria

CAPÍTULO XIX: EU ANEXARIA OS PLANETAS, SE PUDESSE

Vários economistas clássicos deram sua opinião e elaboraram suas teorias sobre o valor
do trabalho, a classe progressista a burguesia já se tornava um poder maior que os donos
de terras. Porém Marx acreditava no valor do trabalhador e de seu trabalho, teoria que aos
olhos da burguesia foi um desastre, a situação se inverteria totalmente. Os economistas
apresentavam uma teoria totalmente nova e inovadora. Era a teoria da marginal da
utilidade. Utilidade é a palavra que se expressa no sentimento de quem vai comprar um
produto, se necessita muita do produto sua utilidade será grande, mas se não for tão
necessária sua utilidade será pequena. A partir de 1870 surgem os trustes nos EUA, os
cartéis na Alemanha, a concorrência foi trocado pelo monopólio comercial. Portanto, as
grandes indústrias expulsaram e faliram as menores empresas, isso gerou crescimento
dessas grandes empresas que se tornaram muito fortes no mercado. O mercado interno já
não saciava todo o desejo de venda dessas empresas, os países já estavam ficando sem
saída para a venda de seus produtos, e o comércio entre eles era muito difícil, por causa
das tarifas protectoras. Eles encontraram a solução para o problema, as colónias, as terras
recém conquistadas era uma nova rota para os produtos excedentes. Por outro lado, temos
o CARTEL que designa uma associação baseada num acordo contratual entre
industriais do mesmo ramo que, embora conservando sua independência legal, se
associam com o objectivo de exercer uma influência monopolizadora no
mercado (p. 242).

CAPÍTULO XX: O ELO MAIS FRACO


O mundo é abalado pela crise 1929, Mas há uma nítida diferença entre as surgidas antes
do crescimento capitalista e as que apareceram depois. Antes do século XVII o tipo
mais comum de crise era provocado pelo fracasso das colheitas, pela guerra, ou
por algum acontecimento anormal; eram caracterizadas pela escassez de alimento e
outros artigos necessários, cujos preços se elevavam (p. 258). Esta crise começou
por causa do próprio sistema capitalista. O fato que culminou a crise era o seguinte no
sistema capitalista mercadorias são produzidas com o intuito de vendas ou trocas gerando
lucros.
Muitos deram sua opinião sobre a origem das crises que aconteciam no decorrer dos
séculos muitos apontavam causas naturais como o Sol e também o Planeta Vênus, já
outros disseram que era causadas pela relação entre optimismo e pessimismo do capitães
da indústria. Os economistas acreditavam que as crises eram causadas pelo aumento e
pela diminuição dos preços, causado pelo aumento ou diminuição do volume de dinheiro
em circulação.

CAPÍTULO XXI: A RÚSSIA TEM UM PLANO


DEZESSETE anos antes do fim do século XIX, Karl Marx morria. Dezassete anos após o
início do século XX, Karl Marx tornava a viver. O que com Marx era teoria foi posto em
prática por seus discípulos - Lenin e outros bolcheviques russos - ao tomarem o poder
em 1917. Antes disso, os ensinamentos de Marx eram conhecidos de um pequeno grupo
de dedicados adeptos (p. 250). Lênin considerado um gênio até hoje, soube o momento
perfeito de tomar o poder, e de convencer seus companheiros a lutarem junto com ele
para essa tomada de poder, um revolucionário que considerava o objectivo de um Estado
Socialista, controlado pela classe trabalhadora. Lênin anunciou o inicio da construção da
ordem socialista. Um pensamento que visava o bem-estar social, garantindo a toda
população seus direitos básicos como saúde, educação, transporte diversão, arte ciência, e
alimentação. Com a abolição da propriedade privada, tudo se tornou do Estado e assim
património da população, a terra, fábricas, minas, usinas, máquinas, bancos, ferrovias e
etc. A URSS criou programas e planos quinquenais para garantir melhoria das condições
de vida da sua população.

CAPÍTULO XXII: DESISTIRÃO ELES DO AÇÚCAR?


O MUNDO ocidental se defrontou em cheio com o paradoxo da pobreza em meio à
abundância (p.271). O mundo estava em colapso o sistema capitalista tinha saindo do
controle, e criado milhares de desempregados e indústrias paralisadas, fazendeiros
arruinados com suas colheitas perdidas. Como diz huberman (1981, p. 271), Na União
Soviética, há produção para consumo; nos países capitalistas, há produção visando
lucro. Na União Soviética, aboliu-se a propriedade privada dos meios de produção; nos
países capitalistas, é sagrada a propriedade privada dos meios de produção. Era a
pobreza em meio a abundância, após a quebra em 1929 o mundo vivia em meio de uma
abundância de produtos porem não tinham recursos para a compra destes, logo foi
estabelecida a abolição da abundância, plantações tiveram que produzir menos, animais
de corte foram sacrificados. No entanto, com algumas oscilações do governo e da
economia surgiram personagens que foram de extrema importância para toda a
humanidade, como o ditador alemão Hitler que instalou o nazismo em toda Alemanha,
além de conquistar quase toda a Europa ocidental, na Itália de Mussolini o fascismo era a
forma de governo, esses dois ditadores deixaram todo o mundo em pânico. O capitalismo
estava sem controlo e o socialismo ganhava asas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Riqueza do homem em Leo Huberman, não é linear. Com a queda do Império Romano,
com a expansão do cristianismo, a história do homem ganha uma nova dinâmica. Sucede
no entanto, a Idade Média, onde a riqueza do homem não era o capital (dinheiro) e nem o
ouro, mas sim, a terra sob o domínio da igreja e nobreza. As cruzadas permitiram a
interacção entre comerciantes de diferentes lugares (embora com dificuldades devido a
falta de estradas, moeda não padronizada), possibilitando o desenvolvimento do comércio
(que era desenvolvido localmente, mas baseava-se na troca de produto, pelo produto). Há
abertura do uso da moeda, surgem bancos e juros. Foi esses contextos que surgem as
cidades livres da servidão, capitalismo (divisão do trabalho e meios de produção). Leo,
termina as suas colocações falando da Herança deixada pelo Marx (luta contra o
capitalismo) ao Lenin e as dificuldades do capitalismo em superar a crise de 1929.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Huberman, Leo. (1981). História da Riqueza do Homem. ZAHAR EDITORES.

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