Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Contexto Histórico
Juliana Bezerra
Professora de História
Origem do Renascimento
O termo Renascimento foi criado no séc. XVI para descrever o movimento artístico que
surgiu um século antes. Posteriormente acabou designando as mudanças econômicas
e políticas do período também e é muito contestado hoje em dia.
Observamos, porém, que na Península Itálica várias cidades como Veneza, Gênova,
Florença, Roma, dentre outras, se beneficiaram do comércio com o Oriente.
Cultura renascentista
Destacamos cinco características marcantes da cultura renascentista:
O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até
dominar a natureza. Por isso, os humanistas buscavam interpretar o cristianismo,
utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.
A religião não perdeu importância, mas foi questionada e daí surgiram novas correntes
cristãs como o protestantismo.
O estudo dos textos antigos, igualmente, despertou o gosto pela pesquisa histórica e
pelo conhecimento das línguas clássicas como o latim e o grego.
Desta forma, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos
seguintes, como os filósofos iluministas do século XVII.
Renascimento literário
O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:
Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi
um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se
a Pietá, David, A Criação de Adão e O Juízo Final. Também foi o responsável por
pintar o teto da Capela Sistina.
Renascimento científico
O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos
campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.
Renascimento comercial
Todas essas inovações só foram possíveis graças ao crescimento comercial que houve
na Idade Média.
Quando as colheitas eram boas e sobravam alimentos estes eram vendidos em feiras
itinerantes. Com o incremento comercial, os vendedores passaram a se fixar em
determinados locais que ficou conhecido como burgo. Assim, quem morava no burgo
foi chamado de burguês.
Nas feiras era mais fácil usar moedas do que o sistema de trocas. No entanto, como
cada feudo tinha sua própria moeda ficava difícil saber qual seria o valor correto. Dessa
forma, surgiram pessoas especializadas na troca de moeda (câmbio), outras em fazer
empréstimos e garantir pagamentos e que é a origem dos bancos.
O dinheiro, então, passou a ser mais valorizado do que a terra e isso inaugurou uma
nova forma de pensar e se relacionar em sociedade onde tudo seria medido pela
quantidade de dinheiro que custava.
RTIGOS
TEORIA DO DIREITO
DIREITO DO TRABALHO
TEORIA DO ESTADO
MODELOS DE ESTADO
Página 1 de 2»
O presente estudo pretende analisar o cenário sócio-político da Revolução Industrial
bem como suas implicações para a sociedade pós-moderna.
Resumo: Antes de representar uma mudança no processo de produção de mercadorias e,
posteriormente, na industrialização deste processo, a Revolução Industrial trouxe uma
verdadeira mudança nas relações sociais e no modo de se viver na Europa Ocidental a partir
do século XVIII. O trabalho, antes feito de modo artesanal, praticamente familiar, em que o
patrão mais se assemelhava a um pai do que propriamente um patrão, ganhou ares totalmente
adversos. Agora, a jornada de trabalho se fixava no tempo e o relógio passou a ser utilizado de
forma quase que escravista. As antigas corporações de ofício perderam a vez para as grandes
fábricas e os trabalhadores, que antes tinham a noção de todo o processo de produção e que,
até certo ponto, tinham um modo de produção bastante flexível, passaram a ficar alienados e
escravos da produtividade. Se antes os indivíduos trabalhavam de acordo com sua
disponibilidade, com a Revolução Industrial a vida social ficaria em segundo plano, e a vida
laboral dava lugar a uma grande massa de trabalhadores cada vez mais dependentes dos
capitalistas, os donos dos meios de produção. O presente estudo analisa o contexto histórico-
social da Revolução Industrial e os impactos que ela trouxe para a vida da coletividade da
época. A História é a ciência do presente, pois parte da análise e da compreensão do passado
para que possamos entender melhor nosso agora e, a partir disso, construir um futuro melhor.
Palavras-chave: Revolução Industrial, Política, Sociedade, Luta de Classes
INTRODUÇÃO
Entre meados do século XVIII e a segunda metade do século XIX, a Europa
Ocidental passou por um processo de grandes transformações econômicas,
tecnológicas e, principalmente, sociais. Iniciadas na Inglaterra, essas transformações
assumiram um caráter revolucionário, embora tenham ocorrido sem derramamento de
sangue e sem a derrubada de governos.
A REVOLUÇÃO SOCIAL
Uma das consequências da Revolução Industrial foi a integração, em escala
internacional, dos vários factores de produção, ou seja, capital, matérias-primas,
recursos naturais e mão-de-obra. Essa integração favoreceu a expansão do mercado
mundial, pela crescente necessidade de escoamento dos excedentes da produção e de
acesso a fontes de matérias-primas. Surgiu, assim, uma nova articulação econômica
entre os países industrializados e as regiões menos desenvolvidas do planeta,
conhecida como divisão internacional do trabalho.
A MORAL DA BURGUESIA
A moral da classe burguesa, no que diz respeito à sexualidade, nos séculos
XVIII e XIX, apresentou um comportamento duplo, bem próximo ao que ainda pode ser
percebido em algumas sociedades atualmente, é dizer, as mulheres solteiras tinham
que permanecer sob o manto da castidade e as casadas, fiéis aos seus maridos. Em
contrapartida, para os jovens burgueses solteiros era permitido ter muitas mulheres e o
adultério era tolerável para os casados. Entretanto nada poderia colocar em risco a
estabilidade da família ou da propriedade burguesa.
Durante o século XIX, a classe média, que era constituída pelos profissionais
liberais, homens de negócios e funcionários públicos, cresceu e prosperou. A classe
burguesa se abriu para aqueles que possuíam escolaridade e talento para os negócios.
Suas casas não eram somente o lugar que abrigava o núcleo familiar; eram também “o
repouso do guerreiro” e o local de onde o empreendedor operava, sob o olhar de
admiração da mulher e dos filhos, embevecidos pela sua capacidade de produzir
riquezas e conforto.
TEORIA DO DIREITO
DIREITO DO TRABALHO
TEORIA DO ESTADO
MODELOS DE ESTADO
«Página 2 de 2
A PROPAGAÇÃO DA REVOLUÇÃO
De 1760 a 1830, a Revolução se limitou praticamente somente à Inglaterra. Era
proibido exportar máquinas e técnicas de produção industrial. Mas não foi possível
conter por muito tempo os interesses dos fabricantes de equipamentos industriais,
desejosos em exportas as máquinas para terem ainda mais lucro.
A REVOLUÇÃO URBANA
A Europa ocidental já possuía uma antiga, porém, significativa, rede urbana,
mas boa parte das cidades ainda estava limitada por suas muralhas medievais. Com o
aumento da população e a expansão das indústrias, essa cidades cresceram e já na
metade do século XIX algumas se tornaram verdadeiras metrópoles, como Londres e
Paris.
A vida social fora das fábricas era difícil. Nos bairros populares dos centros
urbanos em crescimento, o preço da moradia era alto, não havia saneamento básico
nem higiene, muito menos lazer. Em condição social diferente, a burguesia, formada
pelos proprietários das fábricas, dos estabelecimentos comerciais e financeiros,
também ampliou sua presença na sociedade, ocupando lentamente o lugar político e
econômico da antiga nobreza.
A REVOLUÇÃO E AS NOVAS IDEOLOGIAS
O rápido processo de industrialização gerou uma grande repercussão em
vários aspectos da vida social, fazendo gerar um vívido debate sobre a Revolução
Industrial e suas consequências para a sociedade. No centro desse debate, estavam
trabalhadores e empresários, que tinham interesses totalmente divergentes. Os
operários estavam desejosos por condições dignas de trabalho, enquanto do lado
oposto a burguesia desejavam somente aumentar seus lucros e fazer crescer ainda
mais seus negócios.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.