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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA E MATEMÁTICA

MARIA NAZARÉ DANTAS DE SOUSA

FICHAMENTO

HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. ZAHAR EDITORES, 1981.

CAPÍTULO I - Sacerdotes, Guerreiros e Trabalhadores.

“[...] A sociedade feudal consistia dessas três classes sacerdotes guerreiros e


trabalhadores, sendo que o homem que trabalhava produzia para ambas as outras classes,
eclesiástica e militar.” (pg. 5).

“Qual era a espécie de trabalho? [...] Era o trabalho na terra, cultivando o grão ou
guardando o rebanho para utilizar a lã no vestuário. Era o trabalho agrícola, mas tão
diferente de hoje que dificilmente o reconheceríamos.” (pg. 5).

“[...] Uma característica curiosa do sistema feudal é que as terras não eram contínuas, mas
dispersas em faixas.” (pg. 6).

“Uma característica curiosa do sistema feudal é que as terras não eram contínuas, mas
dispersas em faixas. [...] segundo a terra era cultivada não em campos contínuos, tal como
hoje, mas pelo sistema de faixas espalhadas. [...] terceira característica marcante - o fato
de que os arrendatários trabalhavam não só as terras que arrendavam, mas também a
propriedade do senhor.” (pg.7).
“O camponês vivia numa choça do tipo mais miserável. [...] conseguia arrancar do solo
apenas o suficiente para uma vida miserável. [...] dois ou três dias por semana, tinha que
trabalhar a terra do senhor, sem pagamento.” (pg. 7).

“[...] Aí organização, no todo, baseava-se num sistema de deveres e obrigações do


princípio ao fim.” (pg. 11).

“[...] no período feudal, a terra produzia praticamente todas as mercadorias estava e,


assim, a terra e apenas a terra era a chave da fortuna do homem.” (pg. 12).

“[...] período feudal tenha sido um período de guerra. Para vencer as guerras, era preciso
aliciar tanta gente quanto possível, e a forma de fazê-lo era contratar guerreiros,
concedendo-lhes terra em troca de certos pagamentos e promessa de auxílio, quando
necessário.” (pg. 12).

“A Igreja foi a maior proprietária de terras no período feudal.” (pg. 15).

“[...] Enquanto os nobres dividiam suas propriedades, a fim de atrair simpatizantes, a


Igreja adquiria mais e mais terras.” (pg. 16).

“[...] Uma das razões por que se proibia o casamento aos padres era simplesmente porque
os chefes da Igreja não desejavam perder quaisquer terras da Igreja mediante herança aos
filhos de seus funcionários.” (pg.16).

“O clero e a nobreza constituíam as classes governantes. Controlavam a terra e o poder


que delas provinha. A Igreja prestava ajuda espiritual, enquanto a nobreza, proteção
militar.” (pg. 17).

“O sistema feudal, em última análise, repousava sobre uma organização que, em troca de
proteção, frequentemente ilusória, deixava as classes trabalhadoras à mercê das classes
parasitárias, e concedia a terra não a quem a cultivava, mas aos capazes de dela se
apoderarem.” (pg. 17).

CAPÍTULO II - ENTRA EM CENA O COMERCIANTE

“toda a alimentação e vestuário de que o povo precisava eram obtidos no feudo.” (pg. 18).

“[...] O dinheiro era escasso e as moedas variavam conforme o lugar. Pesos e medidas
também eram variáveis de região para região. O transporte de mercadorias para longas
distâncias, sob tais circunstâncias, obviamente era penoso, perigoso, difícil e
extremamente caro.” (pg. 19).

“[...] O século XI viu o comércio andar a passos largos; o século XII viu a Europa
ocidental transformar-se em consequência disso.” (pg.19).

“[...] registrou-se um acentuado aumento na população, depois do século X, e esses novos


habitantes necessitavam de mercadorias.” (pg. 19).

“[...], mas nos séculos XII e XIII, como vimos, os meios de transporte não estavam assim
tão desenvolvidos. [...] A maioria das cidades, por esse motivo, não podia ter comércio
permanente.” (pg. 23).

“É importante observar a diferença entre os mercados locais semanais dos primeiros


tempos da Idade Média e essas grandes feiras do século XII ao XV. Os mercados eram
pequenos, negociando com os produtos locais, em sua maioria, agrícolas. As feiras. ao
contrário, eram imensas, e negociavam mercadorias por atacado, que provinham de todos
os pontos do mundo conhecido.” (pg. 24).

“Mas por que o senhor da cidade onde a feira se realizava preocupava-se em fazer esses
preparativos especiais? [...] Havia uma taxa de entrada e de saída, e de armazenamento
das mercadorias; havia uma taxa de venda e uma taxa para armar a barraca de feira.”
(pg.25).

“As feiras eram tão grandes que os guardas normais da cidade não lhes bastavam; havia
a polícia própria da feira, guardas especiais e tribunais. Quando surgia uma disputa, os
policiais da feira intervinham e nos tribunais da feira era resolvida.” (pg.25).

“[...] As feiras tinham, assim, importância não só por causa do comércio, mas porque aí
se efetuavam transações financeiras.” (pg. 26).

“Esse fator é importante porque demonstra como o desenvolvimento do comércio trouxe


consigo a reforma da antiga economia natural, na qual a vida econômica se processava
praticamente sem a utilização do dinheiro.” (pg. 26).

“[...] Depois do século XII, a economia de ausência de mercados se modificou para uma
economia de muitos mercados e com o crescimento do comércio, a economia natural do
feudo autossuficiente do início da Idade Média se transformou em economia de dinheiro,
de um mundo de comércio em expansão.” (pg. 26).
CAPÍTULO III - RUMO À CIDADE

“[...] as novas cidades que se desenvolveram com a intensificação do comércio, ou as


antigas cidades que adotaram uma vida nova sob tal estímulo, adquiriram um aspecto
diferente.” (pg. 27).

“[...] À medida que o comércio continuava a se expandir, surgiam cidades nos locais em
que duas estradas se encontravam, ou na embocadura de um rio, ou ainda onde a terra
apresentava um declive adequado.” (pg. 27).

“[...] O povo começou a deixar suas velhas cidades feudais para iniciar vida nova nessas
ativas cidades em progresso. A expansão do comércio significava trabalho para maior
número de pessoas e estas afluíam à cidade, a fim de obtê-lo.” (pg. 28).

“[...] Toda a atmosfera do feudalismo era a da prisão, ao passo que a atmosfera total da
atividade comercial na cidade era a da liberdade.” (pg. 28).

“[...] As leis e a justiça feudais se achavam fixadas pelo costume e eram difíceis de alterar.
Mas o comércio, por sua própria natureza, é dinâmico, mutável e resistente às barreiras.”
(pg. 28).

“As populações das cidades desejavam algo mais que a liberdade: desejavam a liberdade
da terra.” (pg. 29).

“As populações urbanas desejavam proceder a seus próprios julgamentos, em seus


próprios tribunais. [...] queriam estabelecer seus próprios tribunais, devidamente
capacitados a tratar de seus problemas, em seu Interesse. Queriam, também, elaborar sua
própria legislação criminal.” (pg. 30).

“Na verdade, as populações das cidades em luta, dirigidas pelas associações de


mercadores organizados, não eram revolucionárias, no sentido que emprestamos à
palavra. Não lutavam para derrubar seus senhores, mas apenas para fazê-los abandonar
algum as das práticas feudais já gastas pelo uso, que constituíram um estorvo decisivo à
expansão do comércio.” (pg. 31).

“[...] No início da era feudal, o dinheiro era inativo, fixo, móvel; agora tornara-se ativo,
vivo, fluido. No início da era feudal, os sacerdotes e guerreiros, proprietários de terras, se
achavam num dos extremos da escala social, vivendo do trabalho dos servos, que se
encontravam no outro extremo. Agora, um novo grupo surgia a classe média, vivendo de
uma forma nova, da compra e da venda.” (pg. 36).

“[...] No princípio da Idade Média o empréstimo de dinheiro a. juros era proibido por uma
Potência, cuja palavra constituía a lei para toda a Cristandade.” (pg. 36).

“[...] Emprestar a juros, dizia ela, era usura, e a usura era PECADO.” (pg. 37).

“[...] O comerciante, porque exercia um serviço público necessário, tinha direito a uma
boa recompensa e a nada mais do que isso. Também não se considerava ético acumular
mais dinheiro do que o necessário para a manutenção própria.” (pg. 39).

“[...] foi desaparecendo a doutrina da usura da Igreja, e a prática comercial diária" passou
a predominar. Crenças, leis, formas de vida em conjunto, relações pessoais tudo se
modificou quando a sociedade ingressou em nova fase de desenvolvimento.” (pg. 41).

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