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Aluno(a): Gabriel Feliphe Ferreira Torquato

Turma: T2

Autor: Leo Huberman

Capítulo 2: Entra em Cena o Comerciante

Questão 1 - página 26.

Como era caracterizada a vida econômica nos primórdios da sociedade feudal?

Resposta: A vida econômica nesse período se caracterizava por transcorrer sem muita
utilização do capital. Era uma economia baseada no consumo, onde cada aldeia feudal
era, praticamente, autossuficiente. O servo e a família cultivavam seu alimento e com
as próprias mãos fabricavam, também, qualquer mobiliário e utensílio que
necessitavam. Ou seja, estado feudal era quase completo em si. Só se fabricava o que
necessitava para viver e consumir.

Questão 2 - página 26/27.

Ainda se referindo ao início do período feudal, sabe-se que devido ao fluxo do


comércio, que era em baixo nível, não havia razão para a produção de excedentes em
grande escala. Só se fabricava ou cultivava além da necessidade de consumo quando
havia uma procura firme. Quando não havia essa procura, não havia incentivo à
produção de excedentes. Com isso, o comércio nos mercados semanais nunca foi
muito intenso e era sempre local. Além disso, quais outros obstáculos retardavam o
progresso do comércio nesse período?

Resposta: Um dos obstáculos que atrasaram intensificação do comércio era a péssima


condição das estradas. Eram estreitas, mal feitas, enlameadas e geralmente
inadequadas às viagens. Outros obstáculos retardavam a marcha do comércio, como o
dinheiro, que era escasso e as moedas variavam conforme o lugar. Pesos e medidas
também eram variáveis de região para região. Logo, o transporte de mercadorias para
longas distâncias, sob essas circunstâncias, obviamente, era inviável, perigoso e
extremamente caro. Por todos esses e outros motivos, era pequeno o comércio
Questão 3 - página 32.

Com o passar do tempo, o fluxo comercial desenvolve-se e não permaneceu pequeno.


Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu tanto que afetou profundamente
toda a vida da Idade Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos; o século
X viu a Europa ocidental transformar-se em conseqüência disso. As Cruzadas deram
uma nova denotação ao comércio. Diante desse cenário, a feiras intensificaram o fluxo
comercial, os mercadores com suas mercadorias deslocavam-se de feira para feira.
Com base nisso, quais características diferenciam os mercados locais semanais dos
primeiros tempos da Idade Média e essas grandes feiras do século X ao XV?

Resposta: Os mercados eram pequenos e se negociava com os produtos locais, em


sua maioria agrícolas. As feiras, ao contrário, eram imensas, e negociavam
mercadorias por atacado, que provinham de todos os pontos do mundo. A feira era o
centro distribuidor onde os grandes mercadores, que se diferenciavam dos pequenos
revendedores e artesãos locais, compravam e vendiam as mercadorias estrangeiras
procedentes do Oriente e Ocidente, Norte e Sul.

Capítulo 3: Rumo à Cidade

Questão 1 - página 36.

É inegável que a expansão do comércio trouxe consigo o crescimento das cidades.


Toda a estrutura do feudalismo era a da prisão, ao passo que a atmosfera total da
atividade comercial na cidade era a da liberdade. As terras da cidade pertenciam aos
senhores feudais, bispos, nobres, reis. Esses senhores feudais, a princípio, não viam
diferença entre suas terras na cidade e as outras terras que possuíam. Esperavam
arrecadar impostos, desfrutar os monopólios, criar taxas e serviços, e dirigir os tribunais
de justiça, tal como faziam em suas propriedades feudais. Entretanto, com a transição
do fluxo comercial para as cidades, algumas dessas ações foram amenizadas. Por que
essas práticas citadas não poderiam acontecer nas cidades?
Resposta: Todas essas práticas eram feudais, baseadas na propriedade do solo e
tinham de ser modificadas, no que se relacionava às cidades. As leis e a justiça feudais
se achavam fixadas no direito consuetudinário e eram difíceis de alterar. Mas o
comércio, por sua própria natureza, era dinâmico, mutável e resistente às barreiras.
Não se podia ajustar à estrutura feudal. A vida na cidade era diferente da vida no
feudo. Logo, novos padrões tinham que ser criados.

Questão 2 - página 37/38.

Consta-se que durante o medievo, a população vivia em relação de interdependência


entre si, com o intuito de se protegerem e se beneficiarem. Quando viajavam pelas
estradas, juntavam-se para se proteger contra os salteadores. Quando viajavam por
mar, juntavam-se para se proteger contra os piratas. Quando comerciavam nos
mercados e feiras, aliavam-se para concluir melhores negócios. Entretanto, face a face
com as restrições feudais que os delimitavam, mais uma vez se uniram, em
associações chamadas “corporações” ou “ligas”, a fim de conquistar para suas cidades
a liberdade necessária à expansão continua. Qual era o objetivo dessas corporações?

Resposta: Essas corporações oriundas das cidades buscavam liberdade, sobretudo,


liberdade da terra. As populações urbanas desejavam realizar seus próprios
julgamentos, em seus próprios tribunais. Eram contrárias às cortes feudais que se
destinavam a tratar dos casos de uma comunidade estática, e totalmente incoerente
aos novos problemas que surgiam numa cidade comercial dinâmica.

Questão 3 - página 44.

Tendo em vista que o período feudal se caracterizou, sobretudo, pela sociedade


dividida em castas, onde a população se diferenciavam pelos privilégios que possuíam,
e pela economia marcada pela produção autossuficiente, tendo em conta que se
destinava ao consumo local e não a comercialização em grande nível. Quais
características marcaram o período de expansão das cidades e, consequentemente, o
comércio?

Resposta: No feudalismo, a terra, sozinha, constituía a medida da riqueza do homem.


Com a expansão do comércio, a riqueza em dinheiro passou a constituir essa medida.
No início da era feudal, o dinheiro era inativo, fixo, móvel, com a expansão se tornou
ativo e fluido. Antes, os sacerdotes e guerreiros, proprietários de terras, se achavam
num dos extremos da ascensão social, vivendo do trabalho dos servos, que se
encontravam no outro extremo. Com a transição, a classe média surgiu vivendo de
uma forma nova: da compra e da venda. Por fim, enquanto no período feudal, a posse
da terra, a única fonte de riqueza, implicava o poder de governar para o clero e a
nobreza. Com a expansão, a posse do dinheiro, uma nova fonte de riqueza, trouxe
consigo a partilha no governo, para a recém nascida classe média.

Capítulo 4: Surgem Novas Idéias

Questão 1 - página 46

Atualmente, grande parte das negociações é realizada com a utilização de dinheiro


emprestado, sobre o qual se pagam com juros. O empréstimo é utilizado tanto pelas
grandes empresas, quanto por comércios pequenos. Entretanto, na idade média, o
empréstimo de dinheiro a juros era proibido pela Igreja, instituição que tinha intensa
influência sobre o Estado. Por que essa prática era proibida e quais foram as
consequências dessa proibição?

Resposta: Como dito, a influência da Igreja sobre o povo na Idade Média era
extremamente forte. Segundo ela, emprestar a juros era usura, e a usura era um grave
pecado. Devido a essa influência, os governos municipais e mais tarde os governos
dos Estados baixaram leis contra a usura, logo, era estritamente proibida a prática de
empréstimo a juros naquelas sociedades, onde o comércio era pequeno e a
possibilidade de investir dinheiro com lucro praticamente não existia, se alguém
desejava um empréstimo, certamente não tinha por objetivo o enriquecimento, mas
precisava dele para viver. O bom cidadão, cristão, ajudava o vizinho sem pensar em
lucro. O justo era receber apenas o que se emprestara, nada além.

Questão 2 - página 47
Apesar de admitir que comércio era importante para o desenvolvimento da sociedade,
a igreja pregava durante o medievo que o lucro do bolso representava a ruína da alma.
Por que a igreja condenava as ações comerciais naquele período?

Resposta: A igreja defendia que o bem-estar espiritual deveria estar acima de qualquer
atividade econômica. Apesar de considerar o comércio útil para o desenvolvimento da
população, a Igreja censurava, com sua doutrina, os comerciantes de obterem mais
lucro do que o necessário pelo seu trabalho. Eles acreditavam fielmente que se alguém
obtivesse em uma transação comercial mais do que o necessário, estaria violando os
princípios divinos e comentando usura.

Questão 3 - página 49/50.

É evidente que os dogmas da Igreja, sobretudo a doutrina do pecado, limitou o


processo de desenvolvimento econômico dos comerciantes que desejavam negociar
numa Europa em expansão comercial. O que mudou quando o dinheiro passou ter um
papel extremamente importante na vida econômica dos homens e, consequentemente,
uma classe de comerciantes surgiu?

Resposta: Com muito relutância, a doutrina da usura como pecado foi sendo driblada e
modificado para atender as novas aspirações da modernidade. As novas leis
passaram, a considerar a usura como pecado apenas em situações “especiais”, ou
seja, passou-se a acreditar que usura moderada era aceitável. Tudo, inclusive dogmas,
se modificou quando a sociedade ingressou em uma nova fase de desenvolvimento.

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