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O espaço português: a

consolidação de um reino
cristão ibérico
Expansão árabe
 Ao longo do século VII os árabes estenderam-se:
• para Oriente
• para Ocidente
 Os povos iam sendo convertidos ao islamismo.
Em 711, passaram o estreito de Gibraltar e venceram os Visigodos, ocupando
toda a Península Ibérica (excepção a uma faixa montanhosa nas Astúrias).
A fixação do território
A reconquista
Segundo alguns historiadores o processo da
Reconquista processou-se em duas fases:(ver
definição p. 53)

1º fase – Defensiva – os povos montanheses resistiam


aos muçulmanos, chefiados por Pelágio, venceram em
Covadonga.

Pelágio
2ª fase – Ofensiva – a
partir do século XI,
traduziu-se no
engrandecimento dos
reinos.
A reconquista cristã da Península Ibérica estendeu-se
entre 718 e 1492 (conquista do reino de Granada).

Esta cruzada do ocidente foi apoiada por :

 Cruzados que iam a caminho da Palestina;


 ordens religiosas e militares, implantadas na Península
Ibérica (Templários (1128), Hospitalários (1150) Santiago
de Calatrava (1170).
 Cavaleiros oriundos de várias partes da Europa (D.
Henrique e D. Raimundo).
Condado
Portucalense(ver
vídeo escola virtual)
D. Henrique e
D. Teresa

D. Henrique de Borgonha, pelos serviços


prestados na luta contra os muçulmanos,
recebe em 1096 o condado portucalense
e a mão de D. Teresa, filha bastarda de
D. Afonso VI.

D. Afonso VI
Condado Portucalense

D. Henrique como vassalo desenvolveu

uma política de autonomia e

engrandecimento do condado dilatando

as suas fronteiras até ao Tejo.


Formação do reino de Portugal

Após a morte de D. Henrique, D. Teresa assume o


condado, sendo influenciada por nobres
castelhanos.
D. Afonso Henriques
O clero e a nobreza portucalense agrupam-se em
torno de D. Afonso Henriques.
Ação de D. Afonso Henriques para alcançar a
independência

1 – Luta contra a sua própria mãe - D. Afonso Henriques


em 1128 derrota a sua mãe na batalha de S. Mamede.
2 – Luta contra Afonso VII de Leão e
Castela – que herda do seu pai o
condado e os direitos de vassalagem.
 1139 - começa a utilizar o título de rex
(batalha de Ourique).

 1140 - invade a Galiza.

 1143 - na Conferência de Zamora é


reconhecido o título de rex a D. Afonso
Henriques.

 1179 – Bula Manifestis


Probatum (reconhecimento
da independência de
Portugal pelo papa
Alexandre III.)(fazer D. Afonso
exercícios 1 e 2, p. 52) VII
3 – Luta contra os muçulmanos – D. Afonso Henriques
reconquistou Lisboa, Santarém, Alcácer do Sal e Évora
D. Sancho I (1185-1211)

Chega ao Algarve mas, as


investidas almóadas conduzem
a um recuo à linha do Tejo.

D. Afonso II (1211-1223)

Batalha de “Navas de Tolosa” que


congrega forças de Navarra,
Castela, Aragão e Portugal.
Reconquista de Alcácer do Sal.

D. Sancho II (1223-1245)

Conquista do Alentejo e Algarve.


D. Afonso III (1248-1279)

Conclui-se a conquista do Algarve.


• Castela renuncia a quaisquer
Tratado de Badajoz direitos sobre os territórios algarvios.
(1267):
• O rei de Portugal desistia de
pretensões na margem esquerda
do Guadiana.
D. Afonso III passa a intitular-se rei de Portugal e do Algarve
O estabelecimento definitivo das fronteiras
portuguesas

O final da reconquista portuguesa (1249) não significou o


estabelecimento definitivo das fronteiras de Portugal.
Os confrontos entre Leão e Castela continuaram:

 Em 1252 Afonso X de Leão e Castela e suserano do rei mouro

de Granada reivindica o ex-reino algarvio;

 1253, no tratado de paz, o papa Inocêncio consegue que

Afonso X se torne sogro de Afonso III e renuncie

temporariamente ao reino do Algarve.


O estabelecimento definitivo das fronteiras
portuguesas

 1263-64, Afonso X transfere para o neto, D. Dinis, as


obrigações de vassalagem.

 1267- tratado de Badajoz transfere definitivamente a


soberania sobre o Algarve para D. Dinis.

 entre 1295-97 regressam as hostilidades com Castela.


D. Dinis (1279-1325)
Reacende a guerra com Castela e conquista
algumas terras fronteiriças.
Assina o Tratado de Alcanises (1297).(ler doc
13, p. 56)
Definição das fronteiras portuguesas que
se mantém praticamente inalteradas até
hoje. (ver vídeo escola virtual)
 fazer exercício 1 e 2, p. 59

 exercícios p. 61
Nos séculos XII e XIII, Portugal estava,
territorialmente, organizado em
senhorios e em concelhos.

 Os senhorios estruturavam o país


rural.(ver mapa p. 62)

 Os concelhos dinamizavam o país


urbano.
O país rural e senhorial.
Senhorio(ver vídeo escola
Virtual)

Área territorial mais ou menos extensa e nem sempre contínua, cujo


detentor – o senhor -, exercia poderes sobre a terra e os homens
que nela residiam.

Detentores dos  Rei(reguengos)


senhorios
 Nobreza(honras)

 Clero(coutos)

Fazer exercício 1, p.66


Origem dos Senhorios

1- Presúria(ler doc.16, p. 62)


 Ocupação das terras consideradas vagas pela expulsão dos
muçulmanos, na Reconquista (terras sem dono) por parte do rei,
nobres e clérigos.

 A maioria destas terras pertenciam ao rei (reguengos).


Origem dos Senhorios

2- Doações por parte do rei

 Com o tempo os reguengos foram diminuindo através


de doações à nobreza e ao clero.

 Necessidade de povoar e defender o


território
 Recompensa de serviços prestados
 Forma de cultivar a terra.
Relações de vassalagem
Os senhorios dividiam-se em unidades mais pequenas:

Sob exploração direta do senhor, através


do trabalho obrigatório e gratuito – jeiras
Paço/Quintã (nobreza) (corveias no resto da Europa).
Granja (clero) Incluía a morada do senhor, uma igreja,
(Reserva ou Paço) estábulos, celeiros e a terra explorada
pelo senhor;
Concentra os meios de transformação:
forno, lagar, moinho.
Casais Arrendadas a camponeses
(Mansos) Constituída por várias parcelas
(glebas)
Senhorios da Nobreza

 Vulgarmente conhecidos por

honras, os senhorios

expandiram-se sobretudo no

Norte Atlântico.

 Distinguem-se pela presença

de um castelo, torre ou

solar(ver imagem. 64)


Os castelos, torres e solares expressam o poder senhorial da nobreza.

Torre de S. Julião da Silva (século XII), Valença


Castelo da Póvoa de Lanhoso (século
XI)
Senhorios do Clero Normalmente conhecidos por coutos.

 Território imune com

características semelhantes às

honras.

 Distinguiam-se destas por serem

criados através de uma carta de

Prelado couto ou por doações de senhores

feudais ou mesmo do povo em

testamento.(ler doc 18, p. 64)


 No Norte Atlântico, sobressaíam as casas das
ordens religiosas dos Beneditinos, assim como
as sés de Braga e Porto.

 A maioria situava-se no Centro e Sul do país (


a importância das ordens religioso-militares –
Templários, Hospitalários, Calatrava/Avis e
Santiago de Espada, na reconquista foi decisivo
no sul do país). Daí as vastas doações e a sua
implantação naquelas partes do país.
Senhorios do Clero Centro e Sul:
Beneficiaram as ordens monacais
e religiosas

Cónegos Regrantes de Santo


Agostinho (Santa Cruz em
Coimbra)
Ordem de Cister (Alcobaça)
Ordem dos Templários
Ordem dos Hospitalários
Ordem de Calatrava (Avis)
Ordem de Santiago
Os senhores feudais: a nobreza
portuguesa
Os senhores feudais: o clero
português
O exercício do poder senhorial –
privilégios
Os senhores feudais portugueses gozavam dos seguintes
poderes:

1 – Poderes públicos (poder banal/poder sobre os


homens(direitos senhoriais)

 Possuir armas e comandar os exércitos de cavaleiros e

peões armados (comando militar).

 receber multas fiscais relativas ao exercício da justiça.

 cobrar exigências fiscais – o jantar, as banalidades, as

portagens, as lutuosas (imposto sucessório), utilização do

moinho, lagar…..(ver quadro 22, p. 66).


O exercício do poder
senhorial- Imunidades
 Como os senhores detinham o poder público, os
seus territórios gozavam também de
imunidade:

Os funcionários régios
estavam impedidos de entrar
no seu território para exercer
o poder público
O exercício do poder senhorial- Imunidades

Este privilégio foi concedido através de:

 Uma carta de Couto- território couto = território


imune(IGREJA)

 atribuição de poder a um nobre que se passava a


considerar honrado por tal privilégio (Honras).

 de forma abusiva quando os senhores feudais se


apoderavam de terras do rei, senhores feudais e
dos herdadores (reguengos)-exº Amágio(ler doc.
23, p.66)
O exercício do poder senhorial – privilégios e
imunidades

2- Poderes económicos ou dominiais- poderes sobre a


terra

Cobrar rendas aos camponeses


Contratos entre senhores e camponeses

O arrendamento dos casais variava em função da fertilidade da


terra e da dificuldade do seu aproveitamento, sendo elaborados
contratos:
Temporários:
Parte da produção (de parceria)
Renda fixa em géneros (de
arrendamento)
Vitalícios ou perpétuos:
Renda fixa, parcelar ou mista

mais favorável aos camponeses


nas regiões menos povoadas
A situação económica e social das comunidades
rurais
CATEGORIAS TIPO SOCIAL
HOMENS LIVRES 1- HERDADORES
 possuíam uma terra-alódio).
 Não pagavam direitos dominiais.
 Pagavam direitos senhoriais pois
todos os homens livres deviam estar
sujeitos a um senhor

2- COLONOS

 Foreiros, malados e vilãos.


 Não tinham terra própria, pagando
direitos senhoriais e dominiais

HOMENS NÃO LIVRES 1- Servos da gleba


 Filhos de escravos libertos.
 Não podiam abandonar o senhorio
2- Escravos
A situação económica e social das comunidades rurais

 No patamar inferior ficavam os assalariados que viviam


do aluguer do seu trabalho.
O país urbano e concelhio
• Como surgiram as primeiras cidades em
território português?
Desenvolvimento das cidades e vilas/Razões

1- (ler doc 32, p. 76)A ação da Reconquista que motivou a


integração de territórios muçulmanos com características urbanas

(Coimbra, Santarém, Lisboa e Évora); Eram densamente povoadas


MOÇARABES(cristãos que habitavam nessas cidades
durante o domínio islâmico)(ver p. 77)
Desenvolvimento das cidades e vilas/Razões

2- A presença da corte, itinerante, no centro (Coimbra, Leiria) e Sul

(Santarém, Lisboa, Évora), levou à constituição de alguns

agregados populacionais mais importantes.(ler docs 34 e 35-p.78)


Desenvolvimento das cidades e
vilas/RAZÔES

3- Presença de um bispo, possuindo

uma Sé ou catedral, era condição para

que esse local passa-se a ser uma

cidade:Braga, Porto, Lamego, Lisboa

Viseu, Guarda, Coimbra, Évora, Silves,


Desenvolvimento das cidades e
vilas/RAZÕES

3- Desenvolvimento do comércio, fruto do


incremento económico a partir do século XII

Desenvolvimento de cidades costeiras (ver mapa


doc. 42, p. 81)

Mesteirais(ler
doc 44-p. 82)
Comerciantes
Desenvolvimento das cidades e
vilas/RAZÕES

5- Criação de concelhos em zonas urbanas como


forma de povoamento e defesa do reino

Doação de uma carta de foral (pelo rei, nobre ou


elemento do clero) que continha os direitos e
deveres daquele concelho.(fazer exercício 1 e 2 da
pág. 80)
A organização do território e do espaço citadino

 Nas cidades medievais portuguesas pouco resta do urbanismo


romano.

 A organização latina deu lugar às influências visigodas e


muçulmanas e à construção desorganizada
A organização do território e do espaço citadino

Podemos distinguir dois tipos de urbanismo:

 Um cristão, a norte, com ruas tortuosas, becos sem saída, irradiando


sempre para um centro (Rossio).

 Outro, muçulmano, a sul, labiríntico, distinguindo-se por 2 centros: a


alcáçova, reservada aos dirigentes e a almedina, zona popular.
A organização do território e do
espaço citadino(ver escola virtual)

 Castelo

Centro  Praça principal (Sé; paço episcopal,


Paços do concelho, morada dos
mais ricos; rossio
Espaço
amuralhado
Ler doc. 47-p.  Ruas tortuosas,
83) escuras e sujas.(ver
Fora do Centro imagem do.F, p. 85)

 Ruas Novas (século


XIII) (ler doc 48ª-p.
84)
A organização do território e do
espaço citadino

 Ofícios
poluentes.
 O Arrabalde
 Hortas
 Minorias étnico-
religiosas
 Mendigos e
leprosos
Fora das Muralhas

 Aldeias
 Campos
 O Termo
agrícolas.
(indispensável )
As minorias étnico-religiosas

 Os judeus

 Os mouros

(fazer exercícios p. 86)


Minorias étnico-religiosas

Judeus(ver doc G-p. 87)


 Profissões:
• Mesteirais (normal)
• Médicos
• Astrónomos
Judeu Sinagoga de Castelo de Vide
• Cobradores de rendas
• Usura e negócios

 Eram mais letrados que os cristãos,


ocupando junto do rei o lugar de cirurgião
e astrónomo..

Judiaria da Guarda
Judeus

 Devido às elevadas funções que


desempenhavam, os Judeus
despertaram a rivalidade e a
cobiça da sociedade cristã
dominante, em especial dos
mercadores cristãos.

 Os judeus eram acusados de


usura e agiotagem (especulação).
Judeus

 Em 1215, o Concílio de Latrão relegou-os para o espaço


das Judiarias, de onde não podiam sair após o pôr do sol

 Aí eram obrigados a usar um distintivo (uma estrela, por


ordem de D. Afonso IV).

 Em finais do século XV, D. Manuel obrigou os judeus a


converterem-se ao cristianismo (cristãos-novos) para não
serem expulsos do reino.
Comunidades judaicas em
Portugal nos séculos XIV e XV
Mouros

 Não eram tão ricos como os judeus e as suas

casas ficavam afastadas das vias comerciais

mais importantes, o que fazia que não fossem

considerados uma ameaça tão grande.

Mouraria em
Lisboa
Mouros

 Eram receados pelos cristãos, tendo sido


relegados para bairros próprios: as mourarias,
situadas no arrabalde, sobretudo a sul do Tejo
Mouraria
 Dedicavam-se à olaria, fabrico de tapetes e em Lisboa

sapatos e, principalmente, à agricultura.

“Trabalhar que nem um mouro”


Benefícios da atribuição de
uma carta de foral
(exercício 1, p. 88)

 Para o rei:

 Povoamento.
 Facilitar as relações com essas comunidades.

 Para as comunidades concelhias:

- alguma autonomia.
- possibilidade de possuir uma terra ou outros bens.
- fugir à arbitrariedade dos senhores feudais.
A sociedade concelhia

 Todos os homens livres que habitavam o


concelho há um certo tempo, que nele
trabalhavam, que possuíam casa própria e
pagavam os tributos.
VIZINHOS
(ver p. 88)

 Estavam excluídos os nobres, os clérigos, as


mulheres, os judeus, mouros, estrangeiros,
servos e escravos.
A sociedade concelhia

1- Os Cavaleiros –vilãos(ler doc.88)

 Possuíam propriedades e outros bens ; tinham cavalo e equipamento


militar (o foral estabelecia um rendimento limite para possuírem cavalo).

 Privilégios: não podiam sofrer penas corporais, equiparados a cavaleiros


nobres em caso de justiça, isentos da maioria dos tributos.

 Apoderam-se dos principais cargos municipais.

 Com o fim da reconquista a designação de cavaleiros passa a:


Homem-bom (com altos cargos concelhios)
2- Peões

 Maior parte dos habitantes dos concelhos

 Pagam a maioria dos tributos

 São obrigados a prestações militares

 Sobreviviam com dificuldades.

Carpinteiro e mulher fiando


A sociedade concelhia

 As mulheres, escravos, servos e minorias


não eram considerados vizinhos.
A administração do concelho

Aos vizinhos competia a administração do concelho.

Concelho
≠ Senhorio

Administração Administração
comunitária de um só
A administração do concelho

Assembleia dos vizinhos


• questões económicas:
• distribuição de terra;
• tabelamento de preços;
Órgão deliberativo do Concelho,
regulamentava as posturas • aferição de pesos e medidas;
• abastecimento da cidade;
• …
• preceitos de higiene
• manutenção da concórdia e dos bons
costumes entre os habitantes

administrava a justiça

elegia os magistrados
A administração do concelho

As assembleias ou concilium no início, reuniam-se ao ar livre, nos espaços


públicos. Quando o número de participantes foi reduzindo, estes passaram a
reunir em recinto fechado (câmara).
A administração do concelho

Magistrados
(homens bons)

Representantes do rei
Autoridade local

Ver p. 91
A administração do concelho

Magistrados
(homens bons)
Autoridade
local(ver p. 91)

 Alcaide-menor, juízes ou alvazil- defesa militar e


administração da justiça.
 Mordomos – administração dos bens do concelho.

 Almotacés- questões económicas, saúde pública

 Procurador – Tesoureiro e representação externa.

 Chanceler – Guardião do selo e da bandeira.

 Meirinho, seião, porteiro – cobradores de impostos.


A administração do concelho

Magistrados
(homens bons)
Representantes do rei

Alcaide- Serviço militar e justiça

Almoxarife- Cobrança dos direitos régios.

Mordomo do rei- administração dos bens régios no concelho

Vereadores- supervisão da administração concelhia.

Meirinhos, juízes de fora, corregedores- Supervisão da justiça.


A Monarquia Feudal Portuguesa(ler conceito p.
97)

 Num reino composto de


senhorios e concelhos, dotados
de imunidades, privilégios e
autonomia administrativa, o rei
tinha o seu poder partilhado
com o clero e nobreza
A Monarquia Feudal portuguesa

 (ver imagem e texto p. 97)Apesar da concessão de


privilégios, a monarquia portuguesa não ficou tão
enfraquecida como no resto da Europa.

1-A nobreza portuguesa, mais pobre, não conseguia


sustentar um séquito de vassalos .

 O rei era o único suserano.


O poder régio em Portugal: centralização

 (fazer exercício 2, p. 98)


2- o rei é o representante de
Deus na terra.

3- Chefia o exército na guerra


contra os inimigos da
Cristandade (relacionado com a
Reconquista)
O poder régio em Portugal:
centralização

4- É o juiz supremo e exerce a justiça maior-


condenar à morte e talhamento de membros-
condenar os nobres e o recorrer de uma sentença).

5- Garante a ordem e a paz.

6- Direito de cunhar moeda e de a desvalorizar


O poder régio em Portugal:
centralização

7- (ler doc. B, p. 100)A partir de D. Afonso II, a


monarquia assume o papel de legislar para todo o
reino e todos os súbditos.

LEIS GERAIS
O poder régio em Portugal:
centralização

 (ler doc. 64)Algumas dessas Leis


gerais interditavam as vinganças
privadas dos nobres e procuravam
recuperar alguns poderes usurpados
pelos senhores feudais aos longo do
tempo;
O poder régio em Portugal:
centralização

 (ler doc 65-p. 100)

 Outras dirigiram-se aos concelhos


regulando o tabelamento dos preços, a
cunhagem de moeda ...
A reestruturação da administração central e local – o reforço dos poderes da
chancelaria e a institucionalização das Cortes

Os órgãos da administração
central(ver p. 102-doc. 71)
Alferes – mor - chefia do exército na ausência do
monarca
Altos funcionários Mordomo da corte – administração da casa real

Chanceler – guarda do selo real na autenticação dos


Rei documentos

Ordinária

Cúria Régia

Extraordinária
A Cúria Régia

 Composta por membros da corte régia, como


sejam a rainha, irmãos, tios do rei, ricos-homens
e prelados que o seguiam permanentemente.

 Era formada também por funcionários


conselheiros próximos do rei ( chanceler, alferes-
mor....)
 Aconselhavam o rei em questões militares,
legislativas, diplomáticas, económicas e judiciais.
A Cúria Régia

 Podia reunir-se extraordinariamente quando


necessário, junta-se a ela os prelados das várias
dioceses, os abades, os chefes das ordens
religioso-militares.
A evolução da Cúria Régia (ver p. 102)

 No século XIII assiste-se a uma maior


centralização:

 As reuniões ordinárias da Cúria evoluíram


para um novo órgão – o conselho Régio,
cujos membros, os legistas, estavam
mais preparados em termos jurídicos.
A evolução da Cúria Régia (ver p. 102)

 As reuniões extraordinárias da Cúria


Régia evoluíram para as Cortes que
passam, a partir de 1254, a contar com
a representação dos 3 estados sociais
(Clero, Nobreza e Povo).

 Era aqui que se ouviam as queixas e


pedidos dos diferentes grupos sociais(Ver
doc 73, p. 104)
REFORÇO DA AUTORIDADE DO REI NA
ADMINISTRAÇÃO LOCAL

 D. Afonso III estabeleceu uma nova organização


administrativa, dividindo o reino em comarcas,
subdivididas em julgados e estes em almoxarifados.

 Em cada uma destas jurisdições administrativas,


um corpo de funcionários reais cobrava um
conjunto de rendas fundiárias e direitos militares,
judiciais e fiscais: meirinhos, corregedores, juízes,
almoxarifes, alcaide-mor e vereador.
O combate à expansão senhorial

Os monarcas sentem a necessidade de controlar os


abusos do poder local. Estes:

 Alargavam os seus territórios cada vez mais, não


pagando impostos e exercendo poderes que
pertenciam ao rei.

 tendiam a ocupar territórios régios – reguengos.


O combate à expansão senhorial e a promoção política das elites urbanas

Medidas de fortalecimento do poder real e de centralização administrativa.

 (ler doc. 76, p. 106)

 Leis de desamortização (D. Dinis-1211) –


proibição de compra de bens
fundiários pelos mosteiros e ordens
religiosas ou mesmo de os herdarem e
aceitarem doações.
O combate à expansão senhorial e a promoção política das elites urbanas

Medidas de fortalecimento do poder real e de centralização administrativa.

Confirmações (1217-1221) – os senhores


deviam fazer prova da posse dos bens
fundiários; as regalias concelhias
também careciam de confirmação régia;
O combate à expansão senhorial e a promoção política das elites urbanas

Medidas de fortalecimento do poder real e de centralização administrativa.

 Inquirições – ordenados pelo rei,


nos séculos XIII e XIV, com o
objetivo de averiguar o estado
dos bens do rei e da coroa, os
reguengos.
 Permitiram descobrir a existência
de usurpações.
O combate à expansão senhorial e a promoção política
das elites urbanas

Por vezes, a tentativa régia de controlar os poderes


senhoriais atingia os contornos de uma verdadeira luta:

 Os senhores prestavam falsos depoimentos,


chegando a assinar os ofícios régios;

 os prelados e bispos queixavam-se ao Papa que


podia que podia determinar a excomunhão ou interdição
( D. Sancho II foi deposto pelo Papa).(ver doc. 79, p.
109)

 Os monarcas apoiavam-se nas elites urbanas dos


Concelhos.
VER VÍDEO Escola Virtual como
conclusão
A afirmação de Portugal no quadro político ibérico

D. Dinis
Após a definição das
fronteiras( tratado de Alcanises)
criação de uma identidade nacional própria
• núcleo cultural português autónomo:
• português como língua oficial
• criação de escolas
• Estudos Gerais em Lx em 1290 D. Dinis 1279-1325

D. Afonso IV
• Defesa- ajuda o rei D. Afonso XI
contra os muçulmanos
• povoamento e atividades
económicas
Revolução de 1383-85

Apoio ao Mestre de Avis

Cortes de Coimbra (1385)

D. João I

Garantia da Independência de
Portugal
Revolução de 1383-85

Ia começar então a
«Sétima idade», na qual
se levantava outro
mundo novo e nova
geração de gentes,
porque filhos de homens
de tão baixa condição,
por seu bom serviço e
trabalho, foram feitos
cavaleiros.

Fernão Lopes
Crónica de D. João I

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