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O tema que vou abordar é A FORÇA DOS IDEAIS, onde vou esclarecer o que são

os ideais e a sua importância. Começando por, o que é um ideal, como o criamos e porquê.
Se abrirmos o dicionário e procurarmos a definição de ideal deparamo-nos com:
Algo que só existe na ideia ou na imaginação - imaginário, fantástico; Algo que reúne toda a
perfeição imaginável - perfeito, sublime. Acabamos por perceber que um ideal é algo que é
perfeito e que satisfaz todos os nossos desejos.
Como sabemos todos nós temos ideais, como por exemplo, o ideal de uma carreira
de sucesso, de como ser uma boa mãe ou um bom pai, entre vários outros exemplos. Ao
longo da nossa vida vamos criando ideais e moldando-os conforme o que acontece no
nosso dia a dia e até tirando inspirações de outras pessoas. Contudo, um ideal não é a
realidade, muito menos a nossa realidade. Um ideal é o que está na nossa mente e que
queremos projetar para o exterior.
Vamos criando ideais para nos ajudar a tomar decisões, para saber no que
acreditamos e no que devemos defender. Esta crença em ideais tem assumido um papel
muito importante para o ser humano. Para além de nos ajudar no nosso quotidiano, os
ideais ajudam-nos, principalmente enquanto jovens, a definirmos quem somos. A verdade é
que somos todos diferentes. Cada um de nós possui características biológicas,
comportamentos, forma de pensar e de agir peculiares. E isto é o que nos distingue uns dos
outros e o que nos faz diferentes, para além de, também, estipular o nosso papel na
sociedade. É importante referir que muito do que nós somos e do que nós acreditamos,
independentemente de fatores genéticos, resulta do contacto que temos com o exterior, ou
seja, com o que acontece na nossa vida.
Podemos dizer que a construção da nossa personalidade tem como base os nossos
ideais. A formação da nossa personalidade começa logo na nossa infância ao estabelecer
contacto com a nossa família. A partir desse momento, acabamos por ser influenciados
pelas relações com os nossos familiares, pela educação dos nossos pais, pela região em
que vivemos e muito mais. Posteriormente, os grupos com os quais nós interagimos ao
longo dos anos também vão moldar a nossa personalidade. Por exemplo, isto acontece na
escola, quando estamos com os nossos amigos, com os vizinhos, no nosso trabalho e até
com o que vemos diariamente tanto na rua, como também na internet que atualmente está
bastante presente nas nossas vidas. Quando, por exemplo, dizemos que x pessoa não vai
mudar porque se ela fez isto ou aquilo então vai fazê-lo para toda a vida, estamos a
especular algo que pode não acontecer. O ser humano está sempre em constante mudança
e isso está mais do que provado. Ao seguirmos a mesma linha de pensamento, podemos
dizer que não nos mantemos os mesmos durante toda a nossa vida, uma vez que quando
estamos em contacto com diferentes grupos, a nossa vida é marcada por mudanças na
forma de agir, de pensar, de encarar as situações. Somos todos seres mutáveis e por isso
não podemos afirmar nada acerca do outro. Há uma frase de um filósofo grego que não sei
se vocês já ouviram falar, mas Heráclico diz a seguinte frase: “Ninguém pode entrar duas
vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas
águas, e o próprio ser já se modificou.”. Esta frase está bastante relacionada com o que
acabei de falar. A partir desse ponto reparamos que o meio em que vivemos tem uma
grande influência no modo em como vemos as coisas, do modo em como nos relacionamos
com os outros e de como vivemos.
O ser humano acaba por ser um pouco o reflexo da vida ao seu redor. Isto é, não
podemos desconsiderar os fatores que estão ao redor de uma pessoa durante o
crescimento da mesma, uma vez que lhe irão ajudar a formar o seu carácter. Não podemos
julgar alguém pelo seu tipo de criação, porque uma criança é perfeitamente capaz de ser
influenciada pelo o ambiente em que se desenvolve. Muitas vezes a educação que temos
em casa não nos dita. O que quero dizer com isto é que muitas vezes até podemos ter o
que é considerado pela grande maioria uma ótima educação e isso não quer dizer que a
vamos seguir. Um exemplo pratico deste tipo de situações é os nossos pais ou avós, mas
imaginando o seguinte cenário: Um homem teve uma educação muito conservadora
enquanto criança, os pais dele ensinavam que a mulher tinha que servir o homem, que as
pessoas com uma cor diferente à nossa são aberrações, que quem faz parte da
comunidade LGBT é para deixar o mais longe possível uma vez que aquilo é uma doença
que se pega facilmente e que não querem ver o filho deles com uma pessoa do mesmo
sexo porque seria algo constrangedor para a família. No entanto esse homem acredita que
o que os pais dele lhe ensinaram não é correto, acredita que todos somos iguais
independentemente, do sexo, da cor, da raça e da sua sexualidade. Ou seja, defende um
ideal que não lhe foi ensinado em casa e sim pelo que ele aprendeu na rua, com os amigos,
na escola, ou até mesmo que partiu do seu íntimo uma vez que não concordava de todo
com o que os seus pais lhe ensinaram enquanto criança. Até pode ter acontecido que em
algum momento da sua vida esse homem tivesse acreditado e seguido o que os pais lhe
diziam para fazer, mas percebeu que não era correto e decidiu não o fazer mais.
Escolhi este tema pois acho que é pouco abordado na nossa vida a forma como o
exterior e o que nós idealizamos está cada vez mais presente para sermos seres humanos
melhores.

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