Você está na página 1de 16

A VIDA SOCIAL E DESENVOLVIMENTO DA

CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Socialização e primeiros contactos

Denisse Nobre & Fernanda Fernando


Objectivos do trabalho

Geral:
 Abordar sobre a vida social e do desenvolvimento.

Específicos:
 A vida social da criança e do adolescente;
 Abordar sobre o desenvolvimento social e psicológico;
 Falar da socialização e primeiro contacto.
A socialização os primeiros contactos
A socialização é o processo pelo qual aprendemos normas, regras e
costumes de uma sociedade, de forma que consigamos nos conduzir em nossa
convivência diária.

A interação é a chave do processo de socialização


A sabedoria popular já dizia: ninguém nasce sabendo alguma coisa. De fato, é no
decorrer de nossas vidas que aprendemos a língua que falamos, entendemos
símbolos que encontramos no nosso dia a dia, agimos de determinado modo em
certas ocasiões e tudo mais que fazemos em nossa convivência diária. Devemos
tudo isso à socialização, que nada mais é do que o processo em que aprendemos
a nos guiar pelo grande número de significados que uma sociedade possui, de
forma que consigamos, por exemplo, comunicar-nos, entender e sermos
entendidos pelos demais integrantes dessa sociedade.
Socialização e construção da identidade cultural

A socialização inicia-se na infância. Os primeiros contatos sociais a que


somos expostos, geralmente, ocorrem na nossa família. É dela que aprendemos os
primeiros conjuntos de ideias, normas, valores e língua. Essa primeira ordem de
aprendizado é determinante para grande parte do caminho que percorreremos na
construção de nossa identidade.

Embora seja pela socialização e pela convivência com o outro em um meio social
que construímos nossas identidades, não quer dizer que esse é um processo fixo
ou que estamos condenados a ser o que o meio em que nascemos determina. Não
somos sujeitos passivos em nossa convivência, pois realizamos ações e
possuímos vontades individuais que nos movem em uma direção ou outra, de
acordo com nossas experiências em nossas interações sociais.
Socialização em Anthony Giddens

o sociólogo britânico Anthony Giddens aborda a ideia da socialização observando


os seus diferentes agentes, isto é, grupos e processos que fazem parte da
socialização de um sujeito e que possuem ação significativa. Esse processo ocorre
em duas grandes fases e com diferentes números de agentes de socialização.

A socialização primária ocorre na Já na socialização secundária, o sujeito


infância e é o período de maior mais maduro passa a ter contato com
intensidade de aprendizado cultural. É outros agentes de socialização, como a
quando aprendemos nossa língua e escola, os amigos, a mídia e o trabalho.
padrões básicos de comportamento Nesses ambientes, as pessoas passam a
com nossa família, que é o principal conviver com normas e valores de outros
agente de socialização nesse indivíduos, o que tomará parte na
período. apreensão dos padrões de sua cultura.
Embora nosso convívio com os diferentes atores do mundo social exerça forte
influência na construção do indivíduo social, a liberdade e a individualidade
também toma parte na construção de nossa identidade.
Sociabilidade e socialização: a construção do
indivíduo

 Não nascemos com traços culturais embebidos em nossas mentes. A


socialização, enquanto aprendizagem de uma cultura, acontece no convívio
diário da criança, que nasce já inserida em uma comunidade que possui formas
definidas de compreender sua realidade e de interagir com os demais membros
de sua sociedade.

 Esse processo é responsável por garantir que o novo sujeito social aprenda
como se guiar em meio ao mundo de significados que a sua realidade possui, e
exercerá grande influência sobre seu comportamento.
 O processo de socialização não termina na vida adulta. As experiências são
diferentes nas várias etapas da vida humana, onde entramos em contato
com pessoas diferentes e convivemos com gerações diferentes que, por
terem vivido um outro período de tempo e visto que o comportamento e
compreensão de mundo se altera no decorrer da vida, possuem formas
diferentes de ver o mundo. Esse contato com diferentes gerações garante a
continuidade do processo de socialização.
Contacto Social

Uma conversa entre duas pessoas, um aperto de mão, um “bom-dia” ou uma


consulta médica são exemplos de contatos sociais, que em função deles, irão surgir
as relações sociais e os graus de intensidade dessas relações. Existem diferentes
tipos de contatos sociais.

Os contatos sociais primários se caracterizam por serem pessoais, diretos e com


uma forte influência emotiva. Estes são os primeiros tipos de contatos que as
pessoas estabelecem, originados das relações entre pais e filhos, irmãos, amigos,
etc.
Os contatos sociais secundários se diferenciam dos primários pelo fato de
serem calculados, racionais e sem influências emotivas. Quando alguém vai
comprar pão, por exemplo, a pessoa já sabe que vai haver um vendedor ali e
que terá que se comunicar com ele. Essa comunicação, extremamente
racional, breve, calculada e sem nenhuma carga emocional é classificada
como um contato social secundário.
Vida social

O Padrão de comportamento do individuo com a sociedade ocorre através de suas


relações, com amigos e familiares, relacionamentos, interação com os outros,
sabendo conviver com compromissos sociais que a sociedade impõe.
Desenvolvimento social e psicológico

A família é o centro da vida social para as crianças. Durante a adolescência, o


grupo de colegas começa a substituir a família como o principal foco social da
criança. Os grupos de colegas frequentemente são estabelecidos por causa de
distinções no vestuário, aparência, atitudes, passatempos, interesses e outras
características que podem parecer profundas ou triviais a quem vê de fora.
Continuação

Inicialmente, os grupos de colegas geralmente são do mesmo sexo, mas


costumam se mesclar no final da adolescência. Esses grupos são importantes para
os adolescentes porque fornecem validação para escolhas preliminares do
adolescente e suporte em situações estressantes.

 Adolescente que não é parte de um grupo de colegas pode desenvolver


sentimentos intensos em relação a ser diferente e alienado;
 eles podem agravar o potencial de comportamento disfuncional ou antissocial;
 No outro extremo, o grupo de colegas pode assumir muita importância;
 Participação em gangues é mais comum quando os ambientes domésticos e
sociais são incapazes de contrabalançar as exigências disfuncionais de um
grupo de colegas.
A incidência de distúrbios de saúde mental durante essa fase da vida é
maior e pode resultar em pensamento ou comportamento suicida. Transtornos
psicóticos, como esquizofrenia, embora raros, na maioria das vezes são percebidos
durante o final da adolescência.

O uso de substâncias tipicamente começa na adolescência. O consumo excessivo


de álcool é comum e leva a riscos de saúde agudos e crônicos.
Os pais podem ter uma forte influência positiva sobre seus filhos dando bons
exemplos (p. ex., o uso de álcool com moderação, evitar o uso de drogas ilícitas),
compartilhando seus valores e definindo expectativas quanto a ficar longe das
drogas. Aconselhamento adequado deve ser dado como parte dos cuidados de
saúde de rotina porque demonstrou-se que mesmo intervenções muito curtas por
médicos e profissionais de saúde diminuem o uso de substâncias por
adolescentes.
Sexualidade e gênero

Alguns adolescentes enfrentam a questão da identidade sexual e podem sentir


medo de revelar sua identidade sexual a amigos ou familiares. Adolescentes
podem se sentir indesejados ou não aceitos pela família ou por colegas se
expressarem certos desejos sexuais ou identidade de gênero.

Essa pressão pode causar estresse grave. Medo do abandono pelos pais, às
vezes real, pode levar a comunicação desonesta ou pelo menos incompleta entre
adolescentes e os pais. Esses adolescentes também podem ser insultados e
intimidados pelos colegas.
O desenvolvimento emocional dos adolescentes é mais bem auxiliado por
médicos de apoio, amigos e familiares.

É muito importante auxiliar os adolescentes a colocar a sexualidade e a


identidade de gênero em um contexto saudável por meio de respostas honestas
em relação à reprodução e doenças sexualmente transmissíveis.

Os adolescentes e os pais devem ser encorajados ao diálogo aberto com relação


às atitudes de sexo e sexualidade; as opiniões dos pais permanecem um
determinante importante do comportamento do adolescente.
FIM DA APRESENTAÇÃO

GRATAS PELA ATENÇÃO DISPENSADA

Você também pode gostar