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Tema: Educação Social Primário Familiar

Assunto: Socialização
Problema de pesquisa:Como a educação primária, respeitosa ou violenta, interfere no
desenvolvimento do indivíduo.

Objetivo geral:
O que é?

Apresentar e conscientizar pais e responsáveis sobre a forma como a educação primária


pode interferir no desenvolvimento do ser humano.

Objetivos específicos:
3 Exemplificar os fatores intrínsecos e extrínsecos que interferem na forma de educar o
indivíduo.
1 Diferenciar a educação respeitosa e a educação violenta.
2 Apontar dados que comprovem a diferença das educações.

Justificativa:

A pesquisa tem seu alvo na conscientização do desenvolvimento humano. A tarefa


de socialização primário é historicamente associada à família, visto que se trata do primeiro
contato da criança com outros indivíduos e formas de conhecimento. A educação parental é
uma questão em constante desenvolvimento, pois a cada geração passada, novas formas
de aprendizado, ensino, conhecimento, entre outros são explorados.
Com esses aprofundamentos, foi visto como certas formas de ensino interferem no
desenvolvimento social do indivíduo, amplificando ou diminuindo sua confiança ou gerando
inseguranças no dia a dia, levando a exclusão social como um exemplo. Com enfoque na
educação respeitosa e educação violenta, que trazem muitos conflitos de opiniões nos dias
atuais, pois gerações atuais visam uma educação primária familiar humanizada focando na
criança como um ser em desenvolvimento, o que leva gerações mais antigas a indagar
sobre a criação de crianças na atualidade.
O aprofundamento neste tema permite uma análise da formação social primária do
indivíduo, e de forma ampla, como se adapta com as variáveis formas da educação
primária. Com o intuito de conscientizar a importância que a socialização primária impacta
no ser humano.

Metodologia: Como eu realizei o meu estudo?


Escrito de forma interpessoal. Exemplo: Este artigo fala sobre….
Referencial teórico:

‘’Os cientistas podem discutir a família, mas não podem negar a condição
natural dela’’, frase dita por uma autoridade chilena na II Conferência
Ibero-americana sobre a Família. Partindo deste meio, é nítido nos dias atuais que o
primeiro contato da criança com a sociedade ocorre por meio da família de forma
natural, na qual molda a criança para se comportar socialmente, ensina a realizar
afazeres básicos como juntar seus brinquedos para manter o quarto organizado, a
identificar o que sente no momento para assim aprender que está com fome ou
sono. Após a fase da infância, quando paramos para pensar em como aprendemos
a identificar necessidades básicas, como por exemplo saber que estamos com sede
ou sono, não conseguimos achar o ponto inicial em que aprendemos a analisar o
que sentimos, pois esses ensinamentos são dados pela família em nosso momento
de desenvolvimento inicial de nossa vida. Dessa forma, historicamente é tarefa
primordial da família educar e ensinar seus filhos, abrangendo mais a mulher como
responsável da criação, visto que desde os tempos iniciais a mulher possui o
trabalho de cuidado em afazeres domésticos ou com sua família. Nesse contexto,
vale analisar a importância da família na formação do indivíduo, pois é por meio dela
que nos formamos socialmente em comunidade e individualmente como ser
humano. A diversidade social presente no mundo atual nos faz verificar que não
existe apenas um modelo padrão de família e criação, e sim um grande número de
famílias com suas características individuais e singular, porém o ponto chave desse
contexto possui algo em comum em todos os tipos de famílias, o processo de
formação do ser humano em comunidade.

Por socialização entende-se a formação do indivíduo de sua fase criança até


o momento em que se reconhece como membro social de uma comunidade, tendo
como responsáveis por esse processo seus familiares. Este momento é de extrema
importância para o ser humano, pois a forma como foi criado deixa marcas
profundas ao longo de sua vida, de forma boa ou ruim. Segundo Guarizo (2017), a
família apresenta o mundo para os seus filhos, apresenta a sociedade, a natureza, é
ela que influencia na visão de mundo que a criança terá. Vale ressaltar que crianças
afastadas de sua família após o nascimento, possuem sua visão de mundo e
criação de acordo com o modo estipulado pela instituição que a acolheu. Assim, é
visto a importância em que a família possui no desenvolvimento de um ser humano,
pois a sua formação é baseada em valores já aplicados anteriormente, ou seja, para
que o indivíduo seja criado e socializado para o mundo seus pais também passam
pelo processo de criação na qual influencia a forma como seus filhos serão criados
futuramente.

O ser humano é racional, possui inteligência para fazer


escolhas, o que lhe confere poder de decisão e o torna
responsável pelos seus atos. É único, afetivo e precisa
estabelecer vínculos e redes sociais para garantir sua
sobrevivência. É pluridimensional, pois além do aspecto
biológico, há que se considerar o psicológico, espiritual e
social e é isso que lhe confere o caráter de singularidade e
complexidade (Noeremberg, 2009, p. 16).

Ao longo dos séculos, foi comum a prática violenta para a criação infantil
domiciliar, na qual era visto como efetivo a forma severa de tratamento como a
repreensão, castigos ou até mesmo agressão física para corrigir seus filhos. Esses
gestos de violência, geram marcas ao longos da vida do indivíduo, no qual sofre
transtorno como o fechamento emocional se sentindo incapacitado de conversar
sobre seus problemas, ansiedade para realizar afazeres do dia a dia em decorrencia
da cobrança parental sofrida, depressão devido ao sentimento de incapacidade
gerado também pela cobrança parental, entre outras consequencias que a criação
agressiva gera no indivduo. Esse comportamento violento em que muitos pais
possuem, são consequência de criações agressivas e exigentes também
vivenciadas pelos mesmos, ao longo dos tempos foi visto como normal a
repreensão da criança para se comportar, pois se trata de um espelho vivido
anteriormente após a repreensão a criança se comporta pois sente medo de se
comportar mal e ser repreendida novamente ou agredida fisicamente.

Esta é uma prática que continua sendo passada entre as


gerações, e aqueles que agora estão no papel de
cuidadores parecem não perceber os impactos negativos de
tais práticas, muitas vezes, minimizando-os em seu
discurso. (Fernandes; Pereira; 2021, p.1)

Se tornou comum socialmente a criação agressiva parental devido a rotina


presente no cotidiano de cada indivíduo, onde a monotonia do dia a dia na ida ao
trabalho e volta para casa cansa o ser humano e o deixa refém dessa padronização
estabelecida socialmente por gerações. Levando assim, ao estresse diário no qual
os pais negligenciam a criação de seus filhos devido ao cansaço rotineiro, levando a
criação de forma violenta pois a mesma é considerada uma forma mais fácil de
cuidado e estabelece um padrão em gerações futuras que adentram o padrão
rotineiro social.

é contraditório observar que frases como “cresci


apanhando e hoje sou normal” e “o que peia/surra e
dinheiro não resolve, não tem jeito”, ainda se perpetuem em
uma sociedade em que castigos físicos já eram proibidos
desde 1990 através dos artigos 3 e 70 do Estatuto da
Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990). (Fernandes;
Pereira; 2021, p.3)

A forma como a violência se tornou algo normal nos dias atuais é


preocupante para nossas crianças, pois padroniza uma forma agressiva de viver. O
foco principal deste artigo é a criação infantil, porém a violência externa vista em
televisões ou no dia a dia passa uma imagem de que a violência é normal e serve
como forma de conseguir algo ou de ensinar. Como visto anteriormente, é
padronizado por gerações a criação de forma rígida e agressiva na qual muitas
vezes são passadas para outras gerações, porém na modernidade, é dado mais
atenção a criação humanizada desenvolvendo diversos estudos para que a
negligência sobre esse tema acabe.

O uso da violência como prática de parentalidade é uma


questão que ainda permeia discussões científicas e do
senso comum, visto que a legislação atual brasileira a
proíbe e que a OMS e a ONU desaconselham fortemente
que elas se propaguem.
(Fernandes; Pereira; 2021, p.1)

Seguindo esse contexto, a criação de forma violenta é aquela em que para


corrigir um comportamento da criança é utilizado meios agressivos como
xingamentos, grosserias, surras ou constrangimentos de forma pública ou particular.
Esses meios de punição gera severas consequências no desenvolvimento individual
do ser humano, pois como mencionado anteriormente a forma como é criado marca
a vida do indivíduo, visto que o molda para se tornar um ser na comunidade social.

A surra, xingamentos, entre outros meios agressivos de criação é visto a


gerações como a forma correta de ensinamento, como diz o provérbio ‘’ Não poupes
ao menino a correção: se tu o castigares com a vara, ele não morrerá; castigando-o
com a vara salvarás sua vida da morada dos mortos" (Bíblia Sagrada, Provérbios
23: 13-14).

A vinculação da punição corporal com a disciplina vem


sendo transmitida ao longo de muitas gerações como
verdades inquestionáveis, consideradas modelos a serem
seguidos pelos pais na educação de seus filhos.
(Weber;Viezzer;Brandenburg, p.1, 2002)

Ao longo das gerações, a prática da surra foi vista cada vez mais como algo
problemático e necessário de interferência, levando a criação de leis para que essa
prática seja banida, a primeira lei conhecida contra os maus tratos infantil foi criada
em 374 d.C (Badinter,1985; Gallardo, 1988; Marinopoulos, 1998; Roig &
Ochotorena, 1993; Postman, 1999).

Em 1959, no século XX ocorreu a valorização da criança, na qual foi


proclamada a Declaração dos Direitos da Criança elevando o número de estudos
em relação à criação infantil de forma humanizada e consciente.
Nos dias atuais é muito comum vermos em mídias sociais mães e pais
influenciando a criação dialógica e não violenta, onde a base da educação primária
é o diálogo e a compreensão do desenvolvimento infantil. Esta prática humanizada
do desenvolvimento infantil é muito benéfica para o desenvolvimento social do
indivíduo, pois o transforma em um ser seguro de si e confiante para a convivência
em comunidade.
A educação a base do diálogo faz com que os pais mostrem aos filhos o
motivo de seu comportamento errado e o corrige sem nenhum tipo de agressão,
conversando e identificando o motivo do comportamento estar incorreto utilizando
um vocabulário direto fazendo com que a criança entenda que o comportamento
está incorreto.

Para mudar as atitudes dos pais é preciso entender o que


os leva a baterem em seus filhos. Em verdade, a punição
corporal é utilizada principalmente pela produção de um
efeito imediato, mas também pela falta de conhecimento
dos pais sobre as fases do desenvolvimento infantil, sobre
outras estratégias educativas e sobre os malefícios da
educação coercitiva. (Fernandes; Pereira; 2021, p.1)

A educação afetiva evita diversos transtornos futuros à criança, como


ansiedade, depressão e entre outros transtornos. É necessário compreender a fase
em que a criança se encontra e entender a forma como se comporta e aprende
sobre suas próprias atitudes.

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