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LARISSA STEFANNI TEODORO DA SILVA

GRUPO FLORESCER

POUSO ALEGRE
2023

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LARISSA STEFANNI TEODORO DA SILVA

RELATO: CAMPO DE ESTÁGIO


- PSICOLOGIA SOCIAL
Estágio supervisionado obrigatório na graduação de
psicologia na Universidade Do Vale do Sapucaí – orientada
pelo professor Lucas Navaroli Ribeiro Silva

POUSO ALEGRE
2023

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Resumo

O presente trabalho procurou estimular a autonomia de meninas entre 13 a 17 anos, na


escola Estadual Coronel Gabriel Capistrano, através de encontros de grupos e
acolhimento, promovendo interações sociais, discussões de temas referentes a ser
adolescente e mulher, nos dias de hoje. Embora a finalidade não seja de um grupo
terapêutico, houve como resultados insights e discussões socioemocionais que
proporcionaram e estimularam um processo de autoconhecimento. O projeto foi
dividido em duas etapas, a primeira aconteceu de abril a junho, e a segunda aconteceu
de agosto a novembro.

Palavras-chave: Adolescência, Grupo, Expectativa de gênero, Mulher, socialização,


Escola.

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Sumário
Introdução 5

Objetivo 8

Justificativa 8

Metodologia 9

Florescer 13

Grupo: Resultados e discussões 14

Considerações finais 18

Referências 20

Apêndices 21
Relatórios 21
Folha de frequência 59

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Introdução

Embora as definições variem, as Nações Unidas definem a adolescência como a

segunda década de vida entre 10 e 19 anos. Durante esse período, os adolescentes

experimentam mudanças físicas, neurológicas, psicológicas e sociais e iniciam a

transição da infância para a vida adulta.

Todos os adolescentes possuem direito a uma vida saudável, mas as meninas

adolescentes enfrentam riscos desproporcionais e consequências distintas relacionadas

às suas vulnerabilidades físicas e sociais. Durante a adolescência, a influência das

normas sociais de gênero na vida das adolescente torna-se mais evidente (UNICEF

2011).

As normas culturais e sociais de gênero costumam ser mais restritivas para meninas

adolescentes, o que dificulta o acesso a várias informações e cuidados, entre eles com a

saúde sexual e reprodutiva, por exemplo, um fato originado do tabu introduzido

socialmente onde falar sobre orientação sexual seria uma maneira de incentivar

precocemente a atividade sexual, o que já foi comprovado cientificamente que na

realidade é exatamente o contrário, mas vivemos em uma sociedade patriarcal que

muitas vezes optam pelo senso comum e o silêncio, o que deixa as meninas muitas

vezes com um papel passivo na tomada de escolhas sexuais, tornando-as menos capazes

de decidir sobre sexo seguro. Esse e outros temas ainda são tabus quando falamos do

gênero feminino.

O início da adolescência feminina é uma fase de intensas transformações corporais,

frente às quais torna-se necessária uma reformulação da imagem corporal. Este processo

parece mais complexo na contemporaneidade, onde ocorre uma idealização do corpo

feminino. Ela não só o que é percebido pelos sentidos, mas também as idéias e

sentimentos referentes ao próprio corpo, em grande parte inconscientes (Schilder,

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1999). Esse período é facilmente observável, pois num curto espaço de tempo, junto

com o advento da puberdade, ocorrem mudanças substanciais no corpo e na mente da,

agora, adolescente.

Faz-se uma certa confusão entre puberdade e adolescência, pois essas duas condições

ocorrem mais ou menos ao mesmo tempo na vida das jovens. A puberdade, no entanto,

diz respeito aos processos biológicos, que culminam com o amadurecimento dos órgãos

sexuais. A adolescência, por sua vez, compreende as alterações biológicas, mas também

as psicológicas e sociais que ocorrem nessa fase do desenvolvimento.

Atualmente a puberdade chega cada vez mais cedo, modificando o corpo

rapidamente, mas as mudanças emocionais não avançam na mesma rapidez que as

físicas. Frente às pressões internas, biológicas, que ocorrem cada vez mais cedo, e as

pressões externas, sociais e culturais, que traduzem-se, entre outros fatores, por uma

valorização exacerbada da sexualidade e da aparência na sociedade contemporânea, as

adolescentes parecem estar vivendo um momento de muita fragilidade, baixa autoestima

e solidão.

O projeto veio de um estágio obrigatório do curso de Psicologia, na modalidade de

psicologia social, da Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVAS. Teve a duração de

encontros temáticos + uma devolutiva, onde trabalhamos com meninas de uma escola

Estadual sobre psicossocialização.

O grupo que foi nomeado como florescer, surgiu na Escola Estadual Coronel Gabriel

Capistrano, localizada na cidade de São Sebastião da Bela Vista, em Minas Gerais.

Após divulgação do projeto em salas de aulas de adolescentes entre 13 e 17 anos,

algumas adolescentes do 8° ano e 9° ano, e do 2° ano do ensino médio se interessaram e

buscaram os encontros.

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No município de São Sebastião da Bela Vista existe apenas duas escolas urbanas, uma

municipal (da creche ao 5° ano) e uma estadual (do 6° ano do fundamental ao 3° do

ensino médio, e EJAS, na zona rural que comporta mais de 15 bairros ao redor da

cidade, existem duas escolas de ensino fundamental até 5° ano, entretanto sem muita

aderência da população. Portanto, a escola Estadual acaba sendo destino de todo

adolescente da comunidade, o que faz dela uma instituição fundamental para sua

população, visto que está presente na formação de todo indivíduo alfabetizado.

O adolescente atual não demanda apenas o ensino tradicional como era no século

passado, a escola precisa oferecer um papel muito maior do que o da educação formal.

Pesquisas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) demonstraram como os

adolescentes precisam trabalhar habilidades e competências além do que sempre se foi

esperado, e a escola se tornou um marco importante nessa transmissão de

conhecimento.. Ela é responsável também por oferecer suporte emocional e acolhimento

para que os estudantes se sintam respeitados e valorizados, auxiliar o aluno no

desenvolvimento de competências socioemocionais, para que aprenda a lidar com

conflitos, sentimentos e situações vivenciadas ao longo da vida.

A função da socialização, também é um ensinamento importante na construção do

indivíduo já que ocupa grande parte do seu tempo. Por se tratar de um ambiente

coletivo, é onde aprendem a conviver em sociedade e adquirir valores, além dos já

inseridos pela família. O Sociólogo Francês Émile Durkheim, um dos teóricos mais

conceituados na referência de socialização mediante a educação citou: "A sociedade só

pode viver se existir uma homogeneidade suficiente entre seus membros; a educação

perpetua e fortalece esta homogeneidade gravando previamente na alma da criança as

semelhanças essenciais exigidas pela vida coletiva". Durkheim (2011, p.53). Ou seja, a

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educação ajuda a reduzir o egoísmo e a individualidade, preparando o adolescente para

o desenvolvimento do bem estar de um grupo de convivência.

É o local em que encontram os seus pares, pessoas com quem vão se identificar,

criando sensação de pertencimento: passo fundamental para o desenvolvimento

humano. Não por acaso, é justamente nessa fase em que se estabelecem relações que

vão durar para a vida toda. É no ambiente escolar que muitas vezes afloram dúvidas

naturais em relação à construção da identidade. Esses questionamentos e necessidades

apareceram nos encontros iniciais com as adolescentes da escola Estadual.

Pensando nesse contexto atual, um projeto se fez necessário para olhar para esse

público adolescente e após algumas observações em campo, especificando o público, foi

estabelecido que trabalharia com as meninas devido ao grande impacto que o gênero

feminino sofre durante todas as fases da vida.

Objetivo

Estimular as relações e interações sociais, provocar discussões sobre temas

contemporâneos afim de estimular ideias, formar opiniões, analisar pontos de vistas

diferentes, proporcionar contato com algo novo e consequentemente incentivar a

autonomia, a aceitação e a autenticidade.

Justificativa

O grupo Florescer se fez necessário, pois validar o que as adolescentes estão sentindo

nesse momento de tanta confusão e indecisão, é algo que faz a diferença na vida de uma

futura adulta, ainda mais em uma sociedade patriarcal que está evoluindo em passos

lentos.

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Renzo Magno Nogueira falou em seu artigo sobre a sociedade patriarcal. “ A origem

da palavra “patriarcado” está conectada com essa organização doméstica e social

centrada na autoridade do homem através da figura do pai, do chefe de família. As

mulheres, crianças, servos e escravos eram considerados os agregados, aqueles que

circulam a órbita do patriarca e a quem devem obediência.” É possível perceber que o

valor da mulher está historicamente associado à sua capacidade reprodutiva, enquanto o

homem permaneceu em uma posição de poder e controle de diversos aspectos da vida

social.

Estamos no meio de um processo de transição de época e costumes, saindo de uma

cultura totalmente patriarcal e passando para uma sociedade que valoriza mais o que a

mulher pensa, deseja e escolhe. As meninas que estão nessa fase de quases (não está

mais na infância, mas não chegou na fase adulta), possuem muitas questões para

elaborar, e no meio dessa transição de culturas, o processo de identificação se tornou

mais difícil.

Freud (2011b, p. 46), destaca a importância da identificação na formação do Eu e da

personalidade, “ a psicanálise conhece a identificação como a mais antiga manifestação

de uma ligação afetiva a uma outra pessoa”. Portanto, é importante validar os

sentimentos e valorizar as opiniões, mesmo que esses pontos de vista sejam diferentes

dos valores da família, da escola, e é essencial que essas adolescentes sejam escutadas

e que lhe sejam permitido expor as suas ideias.

Metodologia

Foi realizado em um primeiro momento uma análise institucional, usando de

ferramentas como entrevistas estruturadas, entrevistas semiestruturadas, entrevistas

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livres, observação, análise de documentos. Os participantes foram o diretor, professores,

supervisoras, vice diretora e as alunas que se interessaram pelo projeto.

A seleção das participantes foi realizada de maneira onde se estipulou a faixa etária e

as salas que aconteceria a divulgação oral do projeto. Após essa divulgação, ficou uma

lista com a supervisora, limitada a 25 alunas, e as primeiras a se escreverem entrariam

no projeto. São adolescentes de 13 a 17 anos, do 8° ano e 9° ano, e do 2° ano do ensino

médio, divididas em dois grupos por faixa etária.

O grupos foram conduzidos de maneira onde sempre discutiremos temas relevantes

para o grupo, alguns de sugestões do próprio grupo, outros retirados da literatura atual e

reafirmado em discursos trazidos por elas em rodas de conversas investigativas.

As ferramentas utilizadas nos encontros foram roda de conversa, intervenção com arte

(pinturas, desenhos, colagem), poemas, dinâmicas e caixa de mensagens.

O primeiro encontro aconteceu a reintegração, onde falamos sobre as férias e fizemos

uma dinâmica sobre soluções ou apoio dentro de um grupo, onde colocamos problemas

que nos barram dentro da caixinha de mensagem, anonimamente e todas foram tirando

os papéis e comentando sobre soluções ou palavras de apoio. O objetivo foi perceber

que nem todos problemas possuem soluções imediatas.

O segundo encontro abordamos papéis sociais, onde discutimos sobre essa

diferenciação de local, sem perder a essência, mas sabendo não se prejudicar. Além de

roda de conversa, fizemos uma dinâmica muito conhecida: Delegado, assassino e vítima

- Link da dinâmica .

O terceiro encontro será sobre amizades, laços e afetos – linguagem de afeto, onde um

curta sobre as linguagens de afeto foi passado e abrimos uma discussão sobre o tema.

Após os comentários, li uma frase da psicanalista Ana Suy onde ela retrata o afeto e a

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infância, e expliquei como funcionava a teoria do apego, assim produzimos materiais

sobre o modo de sentir e demonstrar afetos de cada garota.

No quarto encontro falamos sobre sexualidade, onde elas produziram materiais com

imagens, escritas, colagem sobre como percebem a sexualidade. Também esclarecemos

dúvidas deixadas na caixinha de mensagem anonimamente e comentamos sobre elas.

Devido ao mês de setembro estar ligado diretamente de uma forma empenhada à

desmistificação e prevenção do suicídio, realizei palestras sobre ser adolescente no

mundo de hoje, suas doçuras e amarguras, dificuldades e facilidades, normalizando

emoções e trabalhando a resiliência durante os vários conflitos externos e internos que o

adolescente passa. As meninas do grupo participaram visto que a palestra foi realizada

para o 9 ano do ensino fundamental e 1,2,3 do ensino médio.

O quinto encontro com o grupo abordou amor, expectativas e relacionamento. Levei

frases da psicanalista Ana Suy, onde ela retrata várias definições de estar apaixonada.

As meninas escolheram a frase que se identificaram e comentamos sobre. Como

conseguimos elucidar todas dúvidas em um encontro, não foi realizado como no

cronograma onde estava estipulado falarmos sobre sexualidade por dois dias. Entrou o

fato também, que a priori, pensei em trabalhar orientação sexual onde convidaria uma

enfermeira para executar essa função, mas percebi durante o primeiro encontro que isso

poderia prejudicar o vínculo estabelecido com o grupo, visto que elas confiam em mim

para serem elas mesmas e dizerem o que pensam, então orientei a direção da escola

sobre a mudança de perspectivas e repassei a função de uma orientação sexual para eles,

assim podendo intermediarem essa possível palestra.

Após essa semana, todo tema que estava no cronograma foi modificado. Antes dessa

nova etapa os três últimos encontros seriam ficados em um momento de introspecção e

autorreflexão. Entretanto, como no primeiro semestre isso foi trabalhado com bastante

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frequência, pois focamos no autoconhecimento pra depois pensarmos no coletivo,

modificou-se esses temas para assuntos mais relevantes a coletividade feminina.

Portanto, os temas a seguir são novos e pensados durante os acontecimentos do grupo

florescer no segundo semestre.

O sexto encontro foi sobre ser mulher, ser você. Produzimos materiais com imagens,

frases, adjetivos, desenhos, para tentar definir um pouco de si na cartolina. As meninas

colocariam coisas positivas e negativas sobre si, na intenção de demonstrar que não

existe jeito certo de ser mulher, apenas sendo quem são, isso já as tornam mulher.

O sétimo encontro foi sobre Ser mulher nas diversas áreas – Perspectiva de futuro.

Conversamos sobre como ser mulher na sociedade atual, analisando a segurança, as

diferenças de salários, a dificuldade de encontrar mulher nos cargos de liderança, a

pressão da maternidade, a sobrecarga para dar conta de afazeres domésticos e de um

trabalho CLT e de outros ambientes que a mulher frequenta durante sua vida. Após a

discussão, separamos temas importantes para se trabalhar com as adolescentes na visão

das meninas do grupo. Sorteamos esses temas para produção de material que incentive

outras meninas do colégio a serem elas mesmas, buscarem ajuda caso precisem,

buscarem o autoconhecimento, seguirem pro caminho da autovalorização.

O oitavo encontro aconteceu a produção de materiais planejada, onde ficarão expostos,

com intuito de levar as temáticas trabalhadas para fora do grupo e poder estimular

outras adolescentes.

Por fim, tivemos uma devolutiva com a instituição e também um coffe break com cada

grupo onde avaliaram o próprio desempenho e evolução ao longo do processo. Apenas

estimulando uma autoanálise conseguimos incentivar mulheres a olharem para si.

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Florescer: a psicologia da vida que vale a pena ser vivida

A flor é a parte da planta que permite que ela gere mais vida. É através da flor que é

possível espalhar sementes para que a espécie continue de desenvolvendo. Pássaros,

beija-flores e até o próprio vento são exemplos de condutores dessas sementes.

Florescer envolve atingir um estágio de bom funcionamento, viver uma vida boa e

significativa. É uma capacidade de todo ser humano. Martin Seligman trouxe o conceito

de florescimento humano para a Psicologia propondo que esse deve ser o principal

objetivo da Psicologia: florescer pessoas, instituições e comunidades.

Por muito tempo a Psicologia focou em estudar doenças e os comportamentos

disfuncionais, focando no que dá errado ou precisa ser consertado. Isso fez com que

essa ciência perdesse sua essência e não usasse seus recursos e conhecimentos para

promover saúde em vez apenas se preocupar com o tratamento de doenças. Na década

de 90 esse olhar tem sido ampliado e a Psicologia tem se dedicado a focar no que

promove saúde e realização. Desde então muitos estudos têm sido realizados e

melhorado o serviço que a Psicologia pode oferecer para a sociedade.

O florescimento humano tem ganhado evidência e se mostrado útil para o sentimento

de uma vida bem vivida e também para a diminuição de sofrimento mental. Descobriu-

se que quando focamos em gerar bem-estar, naturalmente os sinais de ansiedade,

depressão diminuem e ainda se tem um ganho significativo em qualidade de vida.

Florescer também está ligado a uma analogia a flor, ao processo de desabrochar.

Pensando nisso, foi dado esse nome, porque florescer é tornar-se próspero; desenvolver-

se, evoluir, e isso casa com o propósito e objetivo desse grupo, se tornar mais,

transformar-se e se tornar a versão mais bela que conseguem ser, apesar de espinhos, de

secas e tempestades, de estações, assim como qualquer flor no processo de florescer.

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O grupo – Discussão e resultados

O grupo florescer foi divido em duas etapas: a primeira foi ligado ao

autoconhecimento e as integrantes se conhecerem e criarem laços, vínculos. Temas

como: ser como se é, julgamentos, inseguranças, medos, como vejo o outro, como me

vejo, como percebo meu corpo e a gentileza com você mesmo, foram trabalhados.

A segunda etapa foi ligado a psicoeducação e psicossocialização, e a validação de

opiniões e sentimentos. Os temas abordados foram escolhidos durante a primeira etapa

do projeto, onde conseguimos estabelecer um vínculo, elas opinaram sobre as dúvidas e

outros assuntos foram estabelecidos de acordo com o próprio desenvolver do projeto,

onde algumas necessidades foram evidenciadas. Uma temática mais social e coletiva,

onde olhar para si e para outras mulheres foi necessário, porque além de se olhar,

precisamos olhar para o ambiente, os fatores, a sociedade que estamos inseridas e qual

imagem está sendo transmitida.

Uma abordagem mais descontraída foi adotada e acabou sendo mais assertiva para

comunicar-se, visto que quando o assunto ficava muito teórico, filosófico e sério, elas

costumam a dispersar. Uma linguagem mais coloquial aproxima o público da

mensagem.

Notou-se dificuldades em lidar com temas que requer um conhecimento de si, existe

uma grande intenção e dependência em ser o que esperam delas, comportamentos e

escolhas adultas, com a mentalidade e o psiquismo imaturos, o que demonstra que

apesar da sociedade atual influenciar o adultecer mais rápido, a capacidade de

elaboração das adolescentes não acompanha.

Foi observado também, que a diferença de gênero ainda impede muitas escolhas

experiências. A sociedade que vivemos no qual a cultura patriarcal capitalista é

dominante, acaba influenciando meninas no processo de autoconhecimento e auto amor

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– (EINSENSTEIN, 1978). Cada época teve seu empecilho nessa luta pela igualdade de

gênero e o grande desafio atual segundo uma pesquisa realizada em 2022 pela Opinion

Box, é lidar com a grande pressão estética, idealização da mulher guerreira, da mulher

que é consegue cuidar da casa sozinha e trabalhar fora, da mulher perfeita, da mulher

recatada, da mulher que consegue dar conta de tudo. Os preconceitos e estigmas do

século passado ainda existem, mas recebeu uma carga extra quando somado com a

idealização da mulher moderna, o que consequentemente leva-nos a viver na época de

contradição e incertezas.

Um dado comum, que embora exista a diferença de idade entre os grupos, esse fator

não fez diferença na questões com a família e principalmente com os pais. Existem uma

distância entre as adolescentes e sua rede de apoio. Muitas delas executam o papel de

responsável pela casa, onde caímos em um importante fator, a sobrecarga da mulher. O

feminismo nos proporcionou sair de casa para o mundo externo, mas de presente

ganhamos jornadas duplas e triplas. A mulher passou de invisibilizado para a pessoa

multitarefa, porque nada ficou dividido, mas sim, ficou somado, por exemplo, a mulher

precisa dar conta da casa, como antes, mas também precisa trabalhar, estudar, ter vida

social. Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2022, as mulheres dedicam o dobro

do tempo que os homens a afazeres domésticos e cuidados de pessoas na casa. Estamos

reforçando esse padrão na geração de adolescentes atuais, onde a garota estuda, trabalha

e precisa cuidar da casa.

Uma queixa frequente entre as garotas foi a falta de uma rotina de diálogo, de

validação de opinião, de respeito, então muitas vezes optam por viver suas experiências

no sigilo ou acabam se afastando de interações sociais. A maioria das participantes do

grupo possuem questões negativas socioemocionais e familiares, e algumas passaram

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por traumas infantis que precisariam ser trabalhados em uma psicoterapia individual

devido à complexidade das experiências.

Um dos assuntos que elas possuem receio em falar com os responsáveis, é sobre a

descoberta da sexualidade, um processo importante e essencial na vida de todo ser

humano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): “A sexualidade faz parte

da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano

que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é sinônimo de

coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é

muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e

se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são

tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e,

portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde

sexual também deveria ser considerada um direito humano básico.”

Note que a sexualidade está presente em todas as fases da nossa vida. Geralmente, o

desejo sexual surge na puberdade, por volta dos 12 anos, sendo uma característica

natural dos seres humanos. Como falar sobre isso é um tabu para as meninas, percebe-se

que muitas estão confusas e tentando parecer maduras, assim não respeitando seu tempo

e limites, ou entrando em relacionamentos abusivos com homens mais velhos. A

maioria namora “escondido dos pais”, pois não sente segurança para conversar sobre

esse assunto em casa, outras namoram para ter um refúgio e escape da rotina familiar. A

fragilidade emocional somado com a pouca experiência acabam sendo um facilitador

para esses relacionamentos.

Nota-se também que devido a era da internet e exposição, possuem um grande apreço

por status e como o outro percebe a si. Buscam constantemente validação de terceiros e

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a passar uma imagem estilosa e popular, principalmente as meninas mais novas, algo

que influencia em uma comparação velada entre elas.

A rivalidade feminina esteve presente em alguns encontros e podemos perceber como

a sociedade estimula esse fator. Para a psicóloga Priscila Sanches, com formação em

Saúde Mental, Gênero e Sexualidade, a competição entre as mulheres beneficia o

patriarcado, um sistema sociopolítico em que os homens estão em situação de poder. “O

grande cerne da questão é manter o poder no domínio masculino, porque se as mulheres

não perceberem o poder que existe na própria união, elas nunca vão se acolher. Então, a

rivalidade feminina é muito conveniente para esse sistema que a gente vive”, destaca.

Essa competição uma com as outras é enraizada e impulsionada a cada dia pela

própria comunidade que são compostas por pessoas que julgam, se comparam,

sustentam papéis sociais que não condiz com a postura. A socióloga Teresinha Vergo

em uma entrevista para a revista correio do povo em 2023, traz em sua fala como as

mulheres são ensinadas desde sempre a abrirem mão de si pelo o outro, “ As mulheres

sempre tiveram esse papel de formar o cidadão que vai para o público, mas elas não são

essa pessoa que vai. Então, dentro dessa cultura ocidental de elas estarem sempre no

ambiente privado, cuidando da própria família, do marido e dos filhos, existe a questão

de que a vida dos outros não importa”.

O pré julgamento sobre o público feminino é evidenciado nos discursos dentro e fora

da escola, mesmo que veladamente. Uma perspectiva feminista muitas vezes soa como

ultraje ou militância contra o sistema. Enquanto as mulheres são desestimuladas a se

unirem, os homens, por outro lado, se unem em um senso de coletividade, chamado de

pacto narcísico da masculinidade. O pacto narcísico é essa perspectiva que favorece,

que fortalece, que protege, que assegura privilégios.

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Precisamos como educadores estimular e incentivar as garotas a acharem seu próprio

lugar e serem como são sem sentir-se ameaçada pela outra, sem pensar que a vida é uma

constante competição, sem reforçar os padrões patriarcais e capitalistas. O mundo é

enorme e as possibilidades são infinitas, ou seja, temos lugares para todas pessoas

poderem ser quem são e evoluírem.

Considerações finais

O grupo aconteceu na única escola Estadual do município de São Sebastião da Bela

Vista. Olhando como um todo para a cidade, ela não oferece nenhum projeto com

psicólogos na escola. A cidade não possui clínicas particulares e na rede de saúde existe

apenas uma psicóloga que atende casos emergenciais em aconselhamento psicológico e

na rede social, um psicólogo no CRAS. Por tanto, não existe estrutura e serviços voltado

para a população adolescente que envolva a psicologia.

Poder estagiar em um lugar onde que mesmo diante a esses fatores ser totalmente o

oposto do esperado, se mostrando uma instituição receptiva as ideias e aberta a

evolução, foi algo gratificante.

O grupo gerou discussões e gerou comentários positivos na escola, onde muitas

meninas vieram durante o ano tentarem ingressar, mas infelizmente devido a proposta

do estágio, não foi possível. Laços entre as participantes foram criados, outros

fortalecidos, o que demonstra que mulheres que se unem em um mesmo propósito e se

propõem a ouvir a outra respeitando suas particularidades, conseguem ir mais além.

Como o estado não oferece psicólogo para essa função na escola e o município não

oferece psicólogo na rede municipal de saúde para realizar grupos – a demanda é mais

palestras e atendimentos individuais, provavelmente o projeto irá acabar. Entretanto,

fica uma possibilidade que após minha formatura, possa reativar esse projeto

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socialmente para fora das escolas. Fazer a diferença e olhar para as mulheres desde a

adolescência, é pensar nas possibilidades e em um futuro possivelmente mais igual e

mais seguro para o público feminino.

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Referências

ABE. Associação brasileira de enfermagem. Brasília - link

Baldissera, O. Como os padrões de beleza afetam a sociedade . Pós Puc PR, 2022.
link

Campagna,V . Os descompassos da adolescência feminina. Ed.Casa do Psicólogo


/Fapesp, 2005 - Link

Campagna, V . Corpo e imagem corporal no início da adolescência feminina. Bol.


psicol v.55 n.124 São Paulo jun. 2006 - link

EINSENSTEIN, Z. R. Patriarcado capitalista y feminismo socialista. Ciudad de


México: Siglo Veintiuno, 1980.

Folter, R. O que é patriarcado?. Revista Politize!, 2021 - Link

Marx, J. Por que focar nos adolescente, principalmente nas meninas?. Médicos sem
fronteiras, 2019 - Link

Santos, G, G, & M. Casetto, S, J . Os Processos de Identificação na Adolescência e


sua Relação com Obras Literárias: Relato de Pesquisa . Scielo, 2020 - Link

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Apêndices

RELATÓRIO SEMANAL N 1

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 14/08/2023
Horário da atividade: 15:30 as 16:30
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Fui até a instituição reafirmar o estágio e o termo de compromisso que fizemos

baseado em um estágio anual. Algumas mudanças aconteceram na instituição, por

exemplo, o quadro de professores modificou e a Valquíria, que me auxiliou e foi

conexão com a instituição estava se despedindo, era sua última semana na Escola

Estadual Coronel Gabriel Capistrano. Ela foi designada para supervisionar em uma nova

escola, situada na cidade de Pouso Alegre, isso foi após sair o resultado do concurso

estadual que ela fez.

Ainda não foi realocado um novo profissional para o cargo.

Na reunião, estabelecemos os dias e horários dos grupos. Ficou combinado que toda

quarta feira, as 10 ou 10:30 (intercalemos o quarto e quinto horário da escola), será

realizado o grupo com as meninas do 2 ano do ensino médio. Enquanto isso, o grupo

das meninas do 8 e 9 ano do ensino fundamental ficou para toda quarta feira as

13:30hrs.

Os grupos começarão nessa semana e acontecerão na biblioteca da instituição, salvo

algum dia que iremos para o jardim onde produziremos conteúdos artísticos.

Repassei com a instituição sobre o cronograma desse semestre, enviei o projeto

corrigido e aprovado pela professora Camila, sem a parte de orçamento que tínhamos

realizado para treinamento de custos.

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RELATÓRIO SEMANAL N 2

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 16/08/2023
Horário da atividade: 09:30 as 11:00 | 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Primeiro encontro com os dois grupos. O primeiro horário do dia (10 as 11hrs) ficou

com as meninas do 2 ano, enquanto o segundo grupo das meninas do 8 e 9 ano

acontecerão as (13:30 as 14:30).

Para o primeiro encontro, estabeleci uma conversa sobre as férias e sobre o período

que não nos encontramos. Após as novidades colocadas em dia, propus uma dinâmica

para poder trazer um conceito importante pra essa fase do grupo, a diferença entre

suporte e solução. Além disso, reafirmar o combinado de sigilo e empatia dentro e fora

do encontro.

A dinâmica consistia em escreverem em um papel algum obstáculo que veem

enfrentando atualmente, algo que elas sintam que as barram. Este papel não deve conter

identificação e deve ser colocado na caixa de mensagens. Feito isso, vamos misturar e

redistribuir os papéis. Cada uma irá pegar um papel, ler o que está escrito e comentar

sobre. O objetivo é que elas percebam que nem todo problema tem solução pontual e

rápida e que muitas vezes o que a outra traz não cabe conselhos e soluções, mas

acolhimento, empatia, escuta.

Isso acontecerá muito nos encontros que teremos. Apesar de ser um tema social e

geral, muitas vezes demandas pessoais são colocadas e trazidas por elas. É uma coisa

que não podemos controlar e impedir, porque assim impediríamos a liberdade de

expressão e autonomia delas, algo que o projeto trouxe como proposta, proporcionar a

autônoma e confiança do público feminino. Então, precisamos saber que muitas coisas

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faladas e trazidas deverão ser acolhidas por mim, mas também pelo grupo, é isso será

uma habilidade que poderão levar para fora da instituição, proporcionando mais respeito

pelas experiências, sentimentos e interpretações do outro.

Com o primeiro grupo, os problemas que foram colocados na caixa foram em relação a

confusão com a própria sexualidade, dificuldade em contato social, rotina corrida e

sobrecarregada, e o distanciamento com a família.

Além de proporcionarmos acolhimento, houve muita identificação de algumas meninas

quando o papel era lido .A partilha foi rica e proporcionou um pouco de alívio ao falar

sobre – palavras ditas por elas.

Com o segundo grupo, os problemas trazidos foram relacionados a baixa autoestima,

dificuldades em comunicação e distanciamento familiar. Os problemas desse grupo

coube mais o acolhimento do que solução. Enfatizamos como nem sempre saberemos

ajudar os amigos solucionando os problemas deles, e que na realidade muitas vezes são

eles próprios que precisam analisar e decidir como lidar com os conflitos que aparecem,

mas que mesmo assim, podemos estender a mão, acolher e ouvir.

A dinâmica foi o princípio para restabelecermos o vínculo construído durante o

primeiro semestre, um período de 4 meses.

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RELATÓRIO SEMANAL N 3

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 23/08/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30 | 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Segundo encontro com os grupos. O tema proposto foi papéis sociais. Conversamos

sobre o que seria papéis sociais, o que seria status e sobre como isso foi surgindo.

Falamos sobre prós e contras desses comportamentos esperados por um status.

Em ambos os grupos a discussão foi em torno da desigualdade que percebem entre

meninos e meninas, mesmo ocupando o mesmo status, o papal social é diferente de um

para o outro.

Isso me deixou intrigada, mas fez sentindo porque em entrevistas realizadas com

professores no primeiro semestre, aconteceram comentários sexistas e rígidos em

relação ao comportamento feminino. Falas como: “as meninas provocam e insinuam

com vestimentas inapropriadas, enquanto os meninos só querem brincar. Os meninos

imaturos e as meninas pensando muito na frente.”. Essa fala veio de uma professora,

enquanto pelos homens da instituição, apesar de acontecer, veio um pouco velado,

como: “As meninas estão mais maduras, não aceitam regras de roupas e se colocam em

situações que não precisavam se seguissem o estilo de roupa que pedimos”.

No grupo, veio muito essa questão de roupa. Para as meninas, elas se vestem como

deveriam ser e não concordam que as roupas sejam motivos para evitar que os

comportamentos dos meninos ultrapassassem limites. Trouxeram a questão da escola

pedir um certo padrão de roupa, mas não explicar o porquê e que esse padrão não se

aplica entre os meninos, visto que eles veem de regatas, shorts e durante a educação

física ficam sem camisa.

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Afirmaram que algumas meninas ultrapassam os limites com os meninos, mas a

maioria delas apenas conversam para socializar e isso já se torna o bastante pra a

direção puni-las.

Trouxe a questão de namoro na escola. A maioria delas não namoram e as que

namoram não convivem com os namorados na escola para evitarem comentários.

Perguntei como elas pensariam que seriam um papel social dos alunos e se elas acham

que possuíam. A maioria diz que dentro da sala sim, mas no recreio elas querem

socializar, querem ser elas.

Puxaram a tecla de que os professores não teriam um papel social bom, pois eles

respondem de uma maneira ríspida e as vezes com palavras de baixo calão, o que

deixam elas mais nervosas.

Percebi que elas querem ser o que são na rua, em casa, na escola e em qualquer

situação que frequentem. Então trouxe pra elas como seria seguir um papel social, mas

serem elas mesma, sem perder a essência e se anularem. Qual o limite entre ser a gente

mesmo e seguir esses papéis sociais sem nos prejudicar?

Não é fácil ter que se moldar pra encaixar em certos status, e sinceramente, nem seria o

ideal, mas conseguimos equilibrar ser essência e também seguir normas e

comportamentos, sem nos prejudicar. Por exemplo, uma das meninas trouxe que não se

segurar quando algo a incomoda, ela briga, grita e isso a prejudica muito perante aos

colegas e professores. Questionei se ela já tentou conversar ao invés de ser assim, ou se

esperou a aula acabar para poder resolver esse assunto, pra assim não prejudicar a si.

Ela disse que nunca tentou, então não sabe se conseguiria.

Adolescência é uma fase que o sistema límbico sofre modificações e as vezes certos

impulsos acontecem, mas até quando se prejudicar por conta disso acontecerá?

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Existem situações que devemos pensar em abrir mão de comportamentos nossos para

não nos prejudicar em sociedade. Por exemplo, se vou na igreja, tentarei me adequar aos

dogmas que possuem. Se escolhi uma profissão, preciso seguir certos comportamentos

que esse status pede. Assim como ser aluna.

Viver em uma sociedade machista onde comportamentos femininos são mais

avaliados, punidos e comentados, não é fácil. A escola estadual está seguindo apenas a

cultura que sempre teve. Como ex aluna da instituição, percebo que o que foi pedido e

exigido na época de 2010, ainda é o mesmo de hoje em 2023.

É difícil modificar cultura institucional, ainda mais de uma cidade pequena, com cerca

de 8 mil habitantes. Não podemos deixar de ser quem somos, mas não seria saudável

prejudicar a si próprio.

Pelos discursos trazidos, percebe-se que as meninas dessa instituição sente a diferença.

Em ambos os grupos trouxeram a frase: “as regras se aplicam para quem eles querem”,

foi colocada na roda. Todas consentiram.

Debates assim se tornam importantes, mas limitantes. A escola veio com a demanda de

uma hipersexualização das meninas, de infringirem regras, de serem hostis, mas fica um

sentimento de contradição, visto que no discurso das meninas isso vem como uma

possível opressão e silenciamento.

Será que elas não agem assim como forma de rebeldia do sistema? Será que estão

agindo como adolescentes típicas, mas a cobrança em cima delas é maior? Será que elas

são flexíveis para tentarem serem mais permissíveis a essas regras? Será que a

instituição parou para ouvi-las de fato? São tantas questões que precisam ser

esclarecidas.

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Por fim, levei a dinâmica: “Detetive, assassino é vítima”, para jogarmos. As meninas

se empolgaram e gostaram dessa distração. No fim, perguntei o que percebiam sobre

papéis sociais, status e ser essência. Trouxeram respostas coerentes ao assunto.

RELATÓRIO SEMANAL N 4

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 30/08/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30 | 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Terceiro encontro – Teoria do apego e linguagens de afeto.

Conversamos sobre afetos. Começamos com um curta metragem sobre as linguagens

de afeto e depois analisamos o que cada uma gosta de receber e gosta de oferecer.

Percebemos que nem sempre o que oferecemos é o que recebemos. Através disso

conversamos como nem sempre conseguimos oferecer tudo ou receber tudo. Ia ser bom

demais ter tudo, mas nem sempre isso acontece de primeira, porém, isso não impede da

gente ter um pouquinho de cada em relações de amizade ou namoro, podemos conversar

com a outra pessoa sobre como você demonstra o seu afeto, como o outro demonstra e

entrar em consenso para conseguir achar um caminho saudável e bacana para os dois.

Depois dessa autoanálise, falamos sobre a frase da Psicanalista Ana Suy:

“O amor, por exemplo, a gente aprende na infância.

Amar se aprende sendo amado.

Mesmo o amor por nos mesmos, a gente aprende com o outro nos amando.”

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Conversamos então sobre a teoria do apego, uma teoria que retrata o vínculo da criança

com os responsáveis, principalmente com a figura materna, e como ela se estende até a

fase adulta, onde estabelece como lidamos com o outro, como esses laços são

estabelecidos. Priorizei por enfatizar uma autoanálise após explicar o que seria cada

estrutura de apego e depois enfatizar que ela é mutável e pode modificar com as

experiências da vida e principalmente quando causa algum sofrimento

Após essa rodada de conversas, onde a maioria das meninas se colocaram com um

apego desorganizado (Ansioso + evitativo), o que casa muito bem com a fase da

adolesce onde existe a descoberta de si, do outro e do mundo, e também da convivência

que retratam dos pais onde não existe diálogos, mas existe uma superproteção, falamos

sobre afetos novamente, mas com um olhar diferente após essa autoanálise. Por fim,

produzimos materiais onde elas precisariam expressar o que pensam sobre afeto.

A seguir os materiais produzidos:

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RELATÓRIO SEMANAL N 5

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 06/09/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30 | 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Quarto encontro – Sexualidade.

Produzimos materiais sobre o que entendem sobre sexualidade e escreveram dúvidas

pra nortear a roda de conversa. Durante a atividade conversamos sobre como a

sexualidade para as mulheres é tabu e como é difícil ter espaço para conversar sobre ou

experimentar. Para elas, muitos conflitos e problemas relacionados a isso deve-se pelo

fato de todos falarem apenas pra elas não engravidarem, como se a sexualidade se

resumisse apenas a isso, e que muitas acabam não entendendo realmente esse conceito e

engravidam por falta de ter quem converse com elas sobre ter seu próprio tempo, sobre

ir no seu ritmo, fazer o que tem vontade, não sucumbir a pressão de amigos e amigas, de

parceiros e do próprio ciclo social.

Percebi que o público mais novo (meninas de 13 a 15 anos) possuíam mais

curiosidade, falta de maturidade pra lidar com o assunto, porém uma mente mais aberta.

Temas trazidos foram sobre: Mandar nudes, menage (trisal), experiências homoafetivas,

anticoncepcionais, pílula do dia seguinte. Ficaram muito na relação sexual e menos na

sexualidade, como a própria sociedade prega. Falaram sobre gravidez, houve até uma

reprodução do machismo julgando meninas que engravidaram cedo e quem usa roupas

“mostrando tudo” – como uma delas citou.

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O grupo de (16/17 anos) trouxe conversas liga a dificuldade que é se descobrir, como

diálogo em casa traz mudanças, na diferença de sexo com amor ou por prazer, como ser

mulher e explorar sua sexualidade acaba sendo afrontoso pra muitas pessoas, como é

difícil ter respeito no processo. A conversa foi mais profunda e mais madura.

Isso traz uma reflexão sobre como apenas alguns anos colocam um abismo no modo de

pensar das meninas. As meninas de 16 anos soam maduras, consciente sobre o assunto

sexualidade, elas parecem tentar entender mais no quesito relacionamento, porque o que

as preocupam é a convivência com o outro, além do desejo. As meninas de 14 anos

como a maioria são virgem ficam naquela expectativa e as que já transaram gostam de

vangloriar sobre isso, o que soa como se a preocupação delas seja essa afirmação de que

são mulheres, que são adultas, como se falar e fazer sexo desse a elas um

posicionamento de superioridade e de menos infantilização.

Tema foi focado na diferença entre sexualidade e sexo

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Maneiras de expressar a sexualidade

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Sentimentos envolvidos e afetos envolvidos na sexualidade

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RELATÓRIO SEMANAL N 6

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 11/09/2023
Horário da atividade: 07:30 as 10:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Foi realizado a palestra com os adolescentes do ensino médio da escola Estadual


Coronel Gabriel Capistrano. Esse mês trabalhamos a saúde mental em pro a vida,
onde realizamos a conscientização, desmitificação e prevenção contra o suicídio, que
cada vez mais vêm crescendo mundialmente. Chegamos mais cedo para arrumar o
local e fazer os preparativos para o encontro.

A palestra começou com a Psicóloga Letícia, onde destacou as psicopatologia mais


relacionadas com o suicídio, os comportamentos mais visíveis para conseguirmos
ajudar algum conhecido, os mitos e verdades relacionados a esse tema e sobre o CVV.
Após o encerramento, passei o curta metragem “Sinking Fleeling”, distribui os
folhetos que a RAPS preparou para distribuição no município e três perguntas em um
papel para que no final fizéssemos uma interação.

Em seguida, comecei a conversar sobre o conteúdo que preparei, que estará em


anexo. A abordagem realizada foi com slides chamativos para capturar a atenção dos
adolescentes e palavras chaves para evitar tanta escrita. Comecei contando a história
do Mike, adolescente que inspirou a criação do setembro amarelo, enfatizando a sua
habilidade com carros, mas sua dificuldade em pedir ajuda e conversar. Após essa
introdução aproveitei para normalizar emoções, humor e sentimentos considerados
ruins, mostrando que fazem parte da vida e nem sempre acaba se tornando uma
psicopatologia, mas caso haja atenuantes, isso deveria ser observado. Assim, deu
início a parte onde trouxe maneiras que auxiliam na saúde mental, como fazer pausas,
fazer o que gosta, traçar objetivos importantes pranteia vida e pedir apoio de amigos,

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pessoas que confiam e profissionais caso tenha necessidade.

O conteúdo das mudanças da adolescência como crise da separação, tentativas de


se encaixar em um ciclo, autoestima, ansiedade social, tédio, cobranças (de si, da
família, da escola e da sociedade), sentimento de vazio e outros foi pontuado também,
e logo em seguida sobre o isolamento típico e como isso ficou mais forte depois da
pandemia, e que agora estamos tendo que aprender a lidar com esse pós.

Por fim, a resiliência frente aos problemas e rede de apoio foi pontuado. Então,
passei a caixinha para que colocassem as respostas das três perguntas que entreguei
no início. Os papéis foram anônimos e rendeu interações, participações, comentários,
risos e brincadeiras.

Para concluir, além dos agradecimento, enfatizei nosso papel frente aos problemas
que parecem não ter soluções e onde nos achar caso necessitem e queiram conversar.

Observações sobre o público


Foram 150 alunos, sendo do 1 ao 3 ano do ensino médio matutino. Algumas meninas
dormiram na primeira palestra, mas em geral, ficaram atentos. Se emocionaram com o
curta metragem e vocalizaram isso. Na segunda palestra participaram mais,
principalmente na dinâmica da caixa. Todas questões estavam respondidas e durante o
bate papo onde eu retirava e lia o que estava escrito e comentava, eles comentaram,
inclusive alguns retiraram e leram as respostas contribuindo se aquilo fazia sentido pra
eles ou não.

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RELATÓRIO SEMANAL N 7

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 19/09/2023
Horário da atividade: 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Palestra - Foi realizado a palestra com os adolescentes do 9 ano do ensino

fundamental e 1 do ensino médio da escola Estadual Coronel Gabriel Capistrano.

Esse mês trabalhamos a saúde mental em pro a vida, onde realizamos a

conscientização, desmitificação e prevenção contra o suicídio, que cada vez mais vêm

crescendo mundialmente. Chegamos mais cedo para arrumar o local e fazer os

preparativos para o encontro.

A palestra começou com a Psicóloga Letícia, onde destacou as psicopatologia mais

relacionadas com o suicídio, os comportamentos mais visíveis para conseguirmos

ajudar algum conhecido, os mitos e verdades relacionados a esse tema e sobre o CVV.

Após o encerramento, passei o curta metragem “Sinking Fleeling”, distribui os

folhetos que a RAPS preparou para distribuição no município e três perguntas em um

papel para que no final fizéssemos uma interação.

Em seguida, comecei a conversar sobre o conteúdo que preparei, que estará em

anexo. A abordagem realizada foi com slides chamativos para capturar a atenção dos

adolescentes e palavras chaves para evitar tanta escrita. Comecei contando a história

do Mike, adolescente que inspirou a criação do setembro amarelo, enfatizando a sua

habilidade com carros, mas sua dificuldade em pedir ajuda e conversar. Após essa

introdução aproveitei para normalizar emoções, humor e sentimentos considerados

ruins, mostrando que fazem parte da vida e nem sempre acaba se tornando uma

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psicopatologia, mas caso haja atenuantes, isso deveria ser observado. Assim, deu

início a parte onde trouxe maneiras que auxiliam na saúde mental, como fazer pausas,

fazer o que gosta, traçar objetivos importantes pranteia vida e pedir apoio de amigos,

pessoas que confiam e profissionais caso tenha necessidade.

O conteúdo das mudanças da adolescência como crise da separação, tentativas de

se encaixar em um ciclo, autoestima, ansiedade social, tédio, cobranças (de si, da

família, da escola e da sociedade), sentimento de vazio e outros foi pontuado também,

e logo em seguida sobre o isolamento típico e como isso ficou mais forte depois da

pandemia, e que agora estamos tendo que aprender a lidar com esse pós.

Por fim, a resiliência frente aos problemas e rede de apoio foi pontuado. Então,

passei a caixinha para que colocassem as respostas das três perguntas que entreguei

no início. Os papéis foram anônimos e rendeu interações, participações, comentários,

risos e brincadeira. Pra concluir, além dos agradecimento, enfatizei nosso papel frente

aos problemas que parecem não ter soluções e onde nos achar caso necessitem e

queiram conversar.

Observação do público

Compareceram 70 alunos. Durante o bate-papo todos prestaram atenção, pareciam

bastante motivados, entretanto com a caixinha, apenas os alunos do 9 ano que

preencheram. Os alunos do 1 ano não responderam e entregaram em branco as folhas.

Acontece que 1 ano tem o público masculino como uma porcentagem muito maior que

o emiliano, sendo 30 meninos e 5 meninas. No final, fomos tirar uma foto pra

divulgação no instagram da secretaria de saúde e apenas o 9 ano participou.

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RELATÓRIO SEMANAL N 8

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 27/09/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30 | 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Quinto encontro – Amor, expectativas e relacionamentos

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Levei frases sobre definição de amor:

- A gente se apaixona pela completude que o outro nos proporciona, mas ama
a falta que ele nos causa. (Ana Suy)

- Amar é como saltar de paraquedas, só que sem o paraquedas. Ou você se


esborracha, ou aprende a voar. (Ana Suy)

- Amar é constantemente elaborar o luto pelo que a gente pensava que era o
amor. (Ana Suy)

- O amor não preenche os nossos vazios, mas dá contorno a eles. (Ana Suy)

As frases foram pensadas para estimular a conversa e o tema, visto que toda

possuem dificuldades em começar a falar sem ter algum norte. O grupo das

meninas de manhã tem tido bastante faltas, mas isso porque elas estão

faltando nas aulas também, uma pauta que a supervisão irá se reunir para

entender o porque disso.

Cada menina interpretou a frase de uma forma, relacionaram com suas vidas

pessoais onde aconteceram relatos referente as formas de amor, ex’s

namorados, namoro atual, relacionamento abusivo, insegurança – pautas

presentes nos dois grupos – porém, no grupo da tarde, aconteceram relatos de

pais que interferem muito nos relacionamentos delas, abusos sexuais,

importunação e assédio sexual por parte de padrasto, configurações familiares

poliafetivas (mãe, madrastra e padrasto), relações sexuais com parceiros

atuais.

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No grupo da tarde, aconteceu um atrito entre duas participantes no qual

mediei. No fim, ambas entenderam o sentir um da outra.

RELATÓRIO SEMANAL N 9

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 04/10/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30 | 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Sexto encontro – Ser mulher, Ser eu.

O tema proposto veio com a finalidade de produzirmos materiais para mostrar que

gostos, qualidades, desfeitos, podem ser múltiplos se tratando de uma mulher. Levei

imagens sobre várias situações e palavras, onde serviriam de auxílio e inspiração para

que elas pudessem produzir um material onde colocassem como era ser mulher

vestindo a pele delas, ou seja, sendo e sentindo o que elas sentem e são.

Achei produtivo, pois todas colocaram coisas boas e coisas ruins, embora que uma

menina do grupo da tarde fez um trabalho mais simples e com mais coisas negativas.

Esta menina andava faltosa no grupo e hoje apareceu, disse que está tudo dando errado

pra ela, mas devido ao momento optei por não aprofundar. Ela estava passando no

centro de convivência, mas parou por conta de trabalho. Possui grandes traumas não

ressignificados.

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De manhã, o grupo com menos tempo elaborou mais conteúdo, conversamos, descobri

sentimentos que não eram conhecidos devido a dificuldade das meninas de expressar,

por exemplo, existe uma menina muito introvertida, sempre objetiva no que vai falar e

não elabora muito ou delonga o assunto. Sempre pareceu muito resolvida com suas

escolhas e isso ainda é real, entretanto, não sabia que ela possuía pensamentos

negativos, e no trabalho hoje se descreveu como uma pessoa extrema, ou muito positiva,

ou muito negativa. Outras meninas me confirmaram muitas características que observei

ao longo do nosso contanto.

Percebi que os dois grupos se divertiram bastante para realizar a tarefa, entretanto, no

grupo da tarde, existe uma monopolização de atenção vinda de 3 meninas. Na realidade,

existe uma líder e todos a seguem, e quem não faz isso, acaba sendo excluída. Um traço

interessante que existe uma pequena rixa entre três meninas que possuem traumas

parecidos infantil envolvendo assédio e abuso. Elas tentam, mas sempre acabam se

cutucando. Uma delas é a líder do grupo, enquanto as outras duas são um pouco

excluída da turma.

Dentro do grupo eu manejo pra tentar não pesar esse sentimento de exclusão, porém

não consigo poupar tudo, até pelo fato que fora dali elas vivem nessa dinâmica de amor

x ódio. São amigas, mas se desentendem.

Nota-se a diferença de postura entre os grupos. As meninas de manhã estão pensando

em futuro, em escolhas, em objetivos, crises existenciais, enquanto a de tarde pensa

sobre festas, álcool, parecer descolada, meninos, sexo e várias brigas imaturas no qual

um diálogo resolveria, mas que sempre vira algo enorme, intenso e devastador.

Estamos com 9 meninas pela manhã e 12 pela tarde. Faltou 4 da tarde hoje.

Os materiais produzidos foram:

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RELATÓRIO SEMANAL N 10

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 18/10/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30. |. 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

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Sétimo encontro – mm

 Grupo da manhã:

Neste dia apenas 4 meninas compareceram, 5 não estiveram presentes devido a falta na

escola. Conversamos sobre como elas imaginam a vida de uma mulher fora da cidade

que moram – uma cidade pequena com menos de 10 mil habitantes.

Apesar das queixas quanto a cidade, me parece que possuem mais segurança morando

aqui. Cidade pequena tem suas vantagens, visto que aqui, o índice de violência contra a

mulher é menor que cidades maiores.

Conversamos sobre futuro, sobre faculdades, rotinas, renúncias e as dificuldades que a

mulher precisa enfrentar ao longo da sua caminhada porque parece que ainda precisa-se

escolher entre vida pessoal X vida profissional, como se uma anulasse a outra e não

pudéssemos ter sucesso e estabilidade em ambas as áreas.

No fim do diálogo, separamos temas para trabalharmos no último encontro. Temas que

estimulem e incentivem outras mulheres. Eles foram escolhidos de acordo com o que o

grupo pensa sobre a realidade feminina e como podem auxiliar neste contexto.

 Grupo da tarde:

Neste dia apenas 4 meninas faltaram, então tivemos 8 meninas presente. Levamos a

conversa basicamente da mesma maneira como pela manhã, porém a direção da

conversa das meninas foi um pouco menos madura, profunda.

Focaram a conversa em crimes, feminicídio, abusos, violência, algo que embora não

seja comum ou pelo menos algo que gere denúncia na nossa realidade de cidade

pequena, é algo presente na vida de mulheres diariamente, até mesmo aqui, porém de

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maneira mais velada. A religião é um fator importante na comunidade e por ela várias

situações camufladas acontece – relatos de meninas do grupo.

No fim dividimos temas para produção de material no último encontro. Os temas

foram escolhidos junto com as meninas enquanto conversávamos. Após o sorteio e

instruções encerramos o encontro.

RELATÓRIO SEMANAL N 11

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 25/10/2023
Horário da atividade: 10:00 as 11:30. |. 13:30 as 15:00
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Oitavo encontro – realizamos a produção de materiais pra expor pela escola com o

objetivo de incentivar outras meninas e levar para fora do grupo tudo que ficou dos

nossos encontros.

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Os trabalhos realizados foram:

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As meninas do grupo:

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RELATÓRIO SEMANAL N 12

Instituição: Escola Estadual Cel Gabriel Capistrano


Data: 01/11/2023
Horário da atividade:
instituição- 09:00 às 10:00
Grupos - 10:00 as 11:30. |. 13:30 as 15:00.
Aluna/o: Larissa Stefanni Teodoro da Silva - 98008032

Relato da visita

Devolutiva com instituição, onde repassei todo processo do grupo, os pontos

observados, as maiores dificuldades (principalmente com os conflitos com os pais e

pouco apoio entre eles e a escola).

Fizemos um café pela manhã com as meninas do 2 ano e de tarde com as meninas do

9 ano.

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Segue as fotos:

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Folha de Frequência

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