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relações mais igualitárias acabaram por igualar as duas terminologias, dessa forma
ambas passaram a ser amplamente atacados e questionados.
A ciência de certa forma tomou lugar de autoridade perante as famílias,
deslegitimando o poder de autoridade delegado ao pai ou a mãe, dessa forma surge
um medo cada vez mais crescente de dizer não aos filhos.
De certa forma, com a difusão das informações cada vez mais rápidas em
nossa sociedade e com a rapidez das mudanças, pais e mães acabam perdendo as
referencias claras de como deveriam agir em relação as questões do cotidiano, pois
as regras da educação não são claras para eles, o que os engessam e os tornam
inconsistentes diante dos filhos.
As mudanças que afetam as famílias ocorrem cada vez mais rápidas e fazem
com que o saber acumulado seja considerado inadequado e sem utilidade para as
novas situações, dessa forma, não é difícil ver um filho ensinar ao pai modelos de
novas condutas. Essas mudanças foram de suma importância para que os filhos
assimilassem que são detentoras de um direito, deixando em segundo plano seus
deveres.
As interferências econômicas na construção da subjetividade dos indivíduos,
são pautadas em diversos tipos de violências. Violência da economia e estrutural,
geradora da ganância, da exclusão social, da competição individualista, da
impotência individual, expondo o ser humano cada vez mais a solidão, levando ao
enclausuramento na destrutividade psíquica e uma redução narcísica perversa.
Vivemos m uma sociedade de supervaloriza as aquisições e as conquistas
pessoais, há um sentindo amplo de competição que gera uma expectativa
extremamente alta nos pais relacionada a alcançar um ideal de suas funções
parentais, muito incentivada pelos discursos especializados, tais exigências criam e
dão manutenção os mecanismos de culpabilização.
O sentimento de culpa manifesto interfere imensamente na dinâmica das
relações entre pais e filhos, pois elas paralisam. Esse engessamento ocorre diante
do medo de ressentimento dos filhos ou por se sentirem em dívidas com eles, assim
dificultando de se colocarem como figuras de autoridade.
Pode se considerar que a família moderna passou por uma grande
desestruturação e desestabilização, onde as relações perderam o seu valor,
consequentemente passaram a ser frágeis, neuróticas e conscientes de sua
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detrimento dos pais que não conseguiram propiciar o adequado suporte a elas. O
princípio da autoridade torna-se assim necessário, pois sua ausência acarretaria
diversas consequências serias ao desenvolvimento psíquico infantil.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FREUD, S. Sobre o narcisismo: uma introdução. Ed. Standart Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago; 1976.