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Graduação em Psicologia
PROJETO
Belo Horizonte
2014
Regina Márcia Viana
PROJETO
Orientador: Rosa
Belo Horizonte
2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Para entender o tema proposto, este estudo vai buscar o amparo como
referencial teórico nos autores Adorno e HorKheimer, Esses autores elegeram a
autoridade familiar como importante categoria para compreensão do processo de
internalização das relações de poder. Buscaram compreender como a autoridade se
configura nos tempos modernos, e principalmente na família, uma vez que a
internalização das interdições e estruturação da subjetividade do sujeito acontece
principalmente, por meio das figuras parentais. Esse fato demonstra a importância
dessas categorias para a compreensão da formação da subjetividade no mundo
moderno.
Se entendermos que a autoridade parental esta em crise, estes autores
buscam mediações para refletir se esta crise é apenas na família, ou se é uma
expressão particular de uma crise mais ampla, ou seja, que as modificações familiar
são solidárias ao tipo de racionalidade burguesa. Com a família enfraquecida pela
realidade social na contemporaneidade fica comprometida, dando espaço às
práticas autoritárias.
Adorno e Horkheimer (1985), ressaltam que a autoridade familiar
principalmente na sociedade burguesa, mantem estreita relação com as formas de
manipulação. No mundo moderno, as figuras de autoridade converteram-se em
instrumentos de coerção e violência. Nessa realidade, a família assume aspectos
autoritários para tentar manter e ao mesmo tempo pode ser um espaço de defesa
para proteger-se.
Portanto a família e os processos nela envolvidos ensejam não apenas a
inserção social, a identificação e a constituição de valores, normas, ideologias, mas
deve, ao mesmo tempo, dar espaço á diferenciação entre seus membros e ao
desenvolvimento das possibilidades de resistência a dominação.
Na verdade não podemos aderir a uma ausência de autoridade em nome de
uma falsa liberdade.
Para Adorno (2006), a formação de uma pessoa não ocorre apenas no
interior da escola, ela é um processo mais amplo, ocorre em todas as relações no
interior da sociedade, durante o dia-a-dia do indivíduo, por toda a vida,
influenciando o desenvolvimento mental e psíquico do indivíduo. Seja pela influência
dos indivíduos com quem convivemos, pela influência da indústria cultural, pela
cultura e hábitos do próprio ambiente em que vivemos, a todo o momento somos
alvo de informações e ideologias que circulam no interior da sociedade.
O grande problema é que na sociedade contemporânea esta influência ocorre
na maioria das vezes de maneira inconsciente, no decorrer de nossa vida vamos
interiorizando ideias e hábitos sociais, porém, as mesmas é nociva à vida dos
próprios indivíduos e consequentemente da sociedade como um todo.
O processo --- que Freud denominou como desenvolvimento normal --- pelo
qual as crianças em geral se identificam com uma figura de pai, portanto,
com uma autoridade, interiorizando-a, apropriando-a, para então ficar
sabendo, por um processo sempre muito doloroso e marcante, que o pai,
a figura paterna, não corresponde ao eu ideal que apreenderam dele,
libertando-se assim do mesmo e tornando-se, precisamente por essa via,
pessoas emancipadas (ADORNO, 2006, p. 177)
Não é viável submeter a criança a uma autoridade cega e violenta, mas
também não se pode abandoná-la a sua própria sorte, deixá-la livre neste momento
é como privá-la de ser livre realmente. Durante a juventude se percebe os
problemas causados devido a falta da autoridade na primeira infância. Sem um
ideal de autoridade internalizado, com o qual irá se rebelar, o jovem dispara sua
rebeldia para todos os lados, ele volta sua agressividade contra outras figuras de
autoridade no interior da sociedade, como professores, chefes, polícia, entre outros;
assim ele acaba se voltando contra a própria sociedade.
Adorno (ano), ao tratar da questão da autoridade, analisa as mudanças que
vêm ocorrendo ao longo do processo histórico, a questão da perda da autoridade na
primeira infância é um ponto de fundamental importância para pensarmos em como
estabelecer uma formação que fortaleça a individualidade e a capacidade de
resistência sem ter uma postura de autoritarismo não esclarecido, pois este último
pode gerar o fascismo.
Neste ponto fica claro o caráter dialético da formação, impor limites para
gerar a liberdade, utilizar a autoridade para possibilitar a autonomia.
A formação que vise a autonomia deve proporcionar a capacidade auto
reguladora aos indivíduos, para que eles não se deixem conduzir pelo meio. Porém,
ela também deve tornar o indivíduo consciente de que ele deve se comprometer em
agir pelo desenvolvimento e manutenção de uma sociedade justa e igualitária. “O
individuo desenvolvido é fruto de uma sociedade desenvolvida. A emancipação do
indivíduo não é uma emancipação da sociedade, mas o resultado da liberação da
sociedade da atomização”. (HORKHEIMER,1976, p.146).
Yves La Taille (1996) no seu livro: “A indisciplina e o sentimento de vergonha”,
diz que o declínio da autoridade do pai abre caminho para a suspensão da lei
cultural e ainda impede dois sentimentos fundamentais para formar um sujeito ético:
vergonha e culpa. Vergonha diz respeito ao fracasso de cumprir as obrigações
emanadas da lei paterna e a culpa remete a transgressão de uma lei.
Segundo Yves (1996), ambos os sentimentos são necessários para a
formação do sujeito moral, ou seja, o sujeito “sem vergonha” é alguém que por um
lado, ignora e despreza o juízo dos outros e, por outro lado, não considera
condenável, cometer certos atos condenados pela moral vigente.
2.1 Definição de Autoridade
Levantamento bibliográfico X X X X
Justificativa X X
Referencial teórico X
Metodologia X X
Finalização da monografia e
apresentação
5 REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
Htt//prpfaluciana-soares.blogspot.com.br/2012/09/apostila-tema-
autoridadeXautoritarismpo.html.